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ROTA 2030: Projeto assinado entre empresas e ICTs visa melhorar o desempenho do etanol nos motores flex
Foi assinado no dia 9 de março o primeiro projeto do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) dentro do Programa Rota 2030, uma iniciativa do Governo Federal (Lei nº 13.755/2018) que estimula o investimento e o fortalecimento das empresas brasileiras do setor automotivo por meio do desenvolvimento e da aplicação de novas tecnologias. Intitulado “Eficiência energética em motores flex com enriquecimento de hidrogênio obtido por reforma catalítica embarcada” o projeto busca o uso eficiente do etanol em motores veiculares, de modo a obter maior rendimento energético e menor emissão de gases poluentes.
Construído a partir da interação multidisciplinar universidade-indústria, o projeto, com valor total de aproximadamente R$5,4 milhões, tem coordenação geral do Centro Universitário FEI e o INT e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) como coordenadores associados, envolvendo ainda as empresas AVL South América e Sabó Indústria e Comércio de Autopeças.
A tecnologia a ser desenvolvida nos próximos três anos consiste em um processo embarcado de conversão de etanol, que deverá aumentar a eficiência energética do etanol nos motores flex convencionais. O processo envolve a reforma parcial do etanol para produzir hidrogênio verde. Essa mistura etanol-hidrogênio tem características adequadas para injeção e queima em motores ciclo Otto e elevado conteúdo calorífico, que poderá aumentar a performance do álcool em cerca de 6,5%.
A pesquisa envolve a produção de catalisador para uso na conversão eficiente de etanol em hidrogênio em reformadores em pequena escala, a instalação de reformador no motor, o reaproveitamento energético do processo de combustão para utilização na reação de reforma, a simulação do processo em ambiente virtual e a determinação do regime de operação do motor a partir de testes de desempenho e emissão. Estas etapas são compostas por processos complexos e que requerem elevada expertise técnico-científica, de cada um dos parceiros do projeto.
O INT será responsável pelo processo de produção catalítica de hidrogênio verde a partir do etanol, desenvolvido pela equipe do Laboratório de Catálise (LACAT). Inicialmente capitaneado pelo servidor licenciado Fábio Bellot, o projeto seguirá sob coordenação do pesquisador Marco Fraga. O projeto se insere na Chamada nº 01/2020 da Linha V – “Biocombustíveis, Segurança Veicular e Propulsão Alternativa a Combustão” – do Programa ROTA 2030, coordenada pela Fundep.