Projeto do LABIC é selecionado no Programa TCT da Faperj

A pesquisadora Ayla Sant’Ana, do Laboratório de Biocatálise (LABIC) do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), teve aprovado pelo Programa Treinamento e Capacitação Técnica (TCT), da Faperj, o projeto “Enfrentando desafios analíticos na quantificação de procianidinas oligoméricas da semente de açaí: desenvolvimento e validação de métodos”. O anúncio foi feito na última quinta-feira (31/08) e a bolsa manterá atividade de um técnico especialista, que desenvolverá uma metodologia para medir substâncias bioativas (procianidinas) presentes no caroço do açaí, junto com o bolsista de pós-doutorado PCI, Gabriel Rocha Martins.

O bolsista escolhido é o químico Pedro Vitor de Oliveira Martins, recém titulado mestre pelo programa de pós-graduação em bioquímica da UFRJ, orientado pela pesquisadora Viridiana Ferreira-Leitão e co-orientado por Ayla Sant’Ana, que também o orientou em projeto de Desenvolvimento Tecnológico Industrial do CNPq "Biorrefinaria da semente de açaí".

A nova bolsa TCT serve à capacitação, ao mesmo tempo em que suas atividades se voltam à implementação, modernização e funcionamento de laboratórios ou equipamentos multiusuários, em atividades de apoio a projetos também financiados pela FAPERJ. O projeto se desenvolve por 1 ano, com possibilidade de até duas renovações pelo mesmo período.

Metodologia estratégica

Correspondendo a 85% do fruto, a semente é o principal resíduo da produção de polpa do açaí, se acumulando em lixões: um problema ambiental e sanitário na região amazônica. As procianidinas identificadas nessa semente, por sua vez, são substâncias bioativas – encontradas também na semente de cacau e na casca da uva e do amendoim, entre outros alimentos – com grande potencial para atividades biotecnológicas.

Estudos prévios desenvolvidos no LABIC indicam que 15% da semente é composta por uma mistura rica em procianidinas de diversos tamanhos – chamadas de oligômeros. Após investir na caracterização química dessas substâncias, o laboratório do INT pretende desenvolver uma nova metodologia para calcular o teor das procianidinas encontradas neste resíduo com precisão e, a partir daí, determinar aplicações adequadas e capazes de agregar valor à semente do açaí.