Pesquisadora do INT vence 1ª edição do Prêmio Elos da Amazônia

O primeiro lugar do Prêmio Elos da Amazônia 2021 – Edição Açaí  foi concedido à pesquisadora Ayla Sant'Ana da Silva, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT). Realizado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) e Impact Hub Manaus, com o apoio da rede Uma Concertação pela Amazônia, o prêmio  se destina a oferecer soluções para as cadeias produtivas da Região Amazônica, auxiliando comunidades e cooperativas que atuam diretamente nesses processos.

A solução contemplada foi o projeto de uma biorrefinaria de sementes de açaí. A tecnologia elaborada pela  pesquisadora da Divisão de Catálise, Biocatálise e Processos Químicos do INT propõe uma solução para o acúmulo e descarte inadequado do principal resíduo gerado pela cadeia produtiva do açaí: as sementes. Chamada popularmente de caroço, essa biomassa corresponde a mais de 1 milhão de toneladas por ano. Por meio do seu processamento integral – que corresponde ao conceito de biorrefinaria – o que era resíduo adquire a possibilidade para gerar novos produtos de alto valor agregado.

Neste caso, as pesquisas da bioquímica Ayla Sant’Ana apontam principalmente para a produção do extrato, com grande potencial antioxidante e antimicrobiano; de açúcares, com aplicações de alto valor; e para o uso da biomassa, como alternativa para geração de energia: um desafio comum nas comunidades do interior da Amazônia.

A primeira edição do Prêmio Elos da Amazônia 2021 teve duas fases de seleção. Na primeira, os participantes inscreveram seus projetos respondendo a um questionário para indicar as vantagens da tecnologia inscrita. Para a segunda fase, foram indicados nove finalistas, que apresentaram suas soluções no evento Açaí Pitch Day. No formato de  pitch, rápida apresentação com duração de três minutos, os proponentes resumiram os objetivos dos seus projetos e responderam a perguntas dos jurados.

Os outros projetos contemplados foram: em 2º lugar, Valéria Moura, com o projeto "Café padronizado do caroço de açaí"; em 3º lugar, Jonas Silva, com o projeto “RevFood - película comestível”; e, em 4º lugar, Leandro Santos, com o projeto "Debulhadora automatizada sustentável".