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Múmia poderá ser vista em realidade virtual em evento no Museu Nacional
Destruída no incêndio do ano passado, uma múmia poderá ser vista novamente por meio da tecnologia de realidade virtual, durante a VII Semana de Egiptologia do Museu Nacional (SEMNA), de 30/09 a 4/10, no Auditório do Horto, na Quinta da Boa Vista. A experiência com óculos VR foi viabilizada a partir do projeto V-Horus, coordenado na PUC-Rio pelo designer Jorge Lopes, pesquisador da Divisão de Desenho Industrial do INT.
A reconstrução digital da múmia, que era de uma jovem de família nobre da época romana do Antigo Egito, tem como base imagens de tomografia da peça. A partir desses arquivos foi possível gerar uma visualização 3D com as medidas exatas da peça e a textura que envolve todo o corpo. Sobre essa imagem foi ainda realizada a restauração fiel da pintura, com base em fotografias dos detalhes da múmia, e a imagem final foi colocada em ambiente virtual, numa plataforma Unity. O trabalho foi feito em conjunto pelo Museu Nacional, pelos laboratórios NEXT e EAI, do Departamento de Artes & Design da PUC-Rio, e pelo Visgraf, laboratório de computação gráfica do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
O processo de tomografar artefatos egípcios vem sendo feito pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), em parceria com o Museu Nacional, a PUC-Rio e a Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), há mais de 20 anos. O trabalho de transformar a imagem em realidade virtual agregou a experiência do coordenador do Visgraf, Luiz Velho, e as orientações da equipe do Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional/UFRJ, coordenado pelo pesquisador Antonio Brancaglion.