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GT de Energia Renovável dos BRICS define propostas para novos editais
O Grupo de Trabalho dos BRICS sobre Energia Nova e Renovável e Eficiência Energética (WG NREEE), realizou nos dias 14 e 15 de outubro sua segunda reunião, reunindo 47 representantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O encontro foi presidido pelo professor Nikolay Rogalev, reitor da Universidade Nacional de Pesquisa (MPEI) da Rússia, localizada em Moscou, que oficialmente sediou o evento, realizado por videoconferência devido à pandemia de Covid-19.
A delegação brasileira foi coordenada pelo diretor do Departamento de Tecnologias Estruturantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Eduardo Soriano; com o apoio do assessor técnico da Coordenação-Geral de Cooperação Multilateral do MCTI, Gustavo Cocentino, e três delegados que se apresentaram nos painéis técnicos: os professores Sergio Peres, da Universidade de Pernambuco (UPE), e Mário Gonzalez, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e o pesquisador Eduardo Cavalcanti, da Divisão de Corrosão e Biocorrosão (DICOR) do Instituto Nacional de Tecnologia (INT).
Após a apresentação de abertura pelo coordenador Eduardo Soriano, Eduardo Cavalcanti fez uma exposição sobre biocombustíveis líquidos e gasosos e produtos verdes, produzidos a partir de biomassa e resíduos, mostrando oportunidades de projetos com o INT e seus potencias parceiros. Já o Prof. Sergio Peres (UPE) falou sobre a valorização dos resíduos e sua utilização para produção de energia elétrica, enquanto o Prof. Mário Gonzalez (UFRN) apresentou palestra intitulada “Energia Eólica Offshore e Hidrogênio Verde: Sinergias.
Seguiu-se um debate sobre todas as propostas e temas-chave apresentados e, na assembleia geral de encerramento do encontro, no dia 15/10, foram definidos os temas que irão compor os Editais para seleção de projetos de cooperação internacional entre os países BRICS, em 2021. Os projetos terão duração de dois anos, tendo validade propostas bi, tri e multilaterais.
Dois temas propostos pelo Brasil foram aceitos por unanimidade:
1) Diretrizes e Tecnologias para o aumento da competitividade da energia eólica offshore nos países do BRICS – com base na justificativa de que, segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e a Agência Internacional de Energia (AIE), até 2040, o vento representará uma das principais fontes de energia na matriz energética dos países do grupo, que têm o maior fator de capacidade média de parques eólicos offshore do mundo e um grande mercado para expansão.
2) Biocombustíveis líquidos e gasosos, incluindo resíduos de energia, novas rotas tecnológicas, novas matérias-primas e misturas de biocombustíveis fósseis – com base na necessidade dos países dos BRICS de consolidarem sua liderança neste campo em relação à Europa e aos EUA; de atenderem às necessidades de emprego nas regiões rurais e interioranas; e reafirmarem seu compromisso com a implementação do Acordo de Paris.