Notícias
Gerente do Fundo Amazônia apresenta instrumentos de apoio a projetos voltados à bioeconomia florestal
“As Instituições de pesquisa podem atuar como um hub de inovação na Região Amazônica, disseminando a cultura da inovação entre as comunidades e cooperativas locais, de forma a contribuir com o seu desenvolvimento sustentável” – com este enfoque, a gerente de Gestão do Fundo Amazônia, Thaissa Ferreira de Sousa, mostrou ao público do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) algumas oportunidades de atuação em pesquisa tecnológica viabilizadas pelo fundo gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A apresentação aconteceu nesta quinta-feira (31/08), no auditório Fonseca Costa, encerrando a edição de 2023 do ciclo de palestras Ideias & Tendências 2023.
Envolvendo a estruturação de arranjos produtivos sustentáveis no desenvolvimento de produtos, serviços e processos que agregam valor à biomassa nativa, a bioeconomia florestal possui um vasto cenário para a inovação. Segundo estudo de 2018 (Silva, Pereira e Martins), o potencial para o mercado da bioeconomia florestal no Brasil é de US$ 153 bilhões ao ano, valor que, segundo a gestora do Fundo Amazônia, deve dobrar em um próximo levantamento.
“Na visão compartilhada pelo BNDES, essas atividades devem, no entanto, levar em conta a retenção de valor para populações locais, além da preservação e expansão das florestas” – enfatiza Thaissa, graduada em Direito pela UERJ, com mestrado em Administração Pública pela London School of Economics and Political Science (LSE) e, desde 2009, no quadro do Banco.
Além do Fundo Amazônia, Thaissa Sousa, destaca outros instrumentos não reembolsáveis do BNDES no viés da bioeconomia, como o Blended Finance (voltado a estruturas financeiras híbridas para alavancar investimentos privados com impacto socioambiental nos diversos biomas brasileiros); o Fundo Socioambiental (apoio a projetos com foco em Educação, Meio Ambiente e Geração de trabalho e renda) e o Fundo Tecnológico – Funtec (apoio a projetos de PD&I executados por ICTs em parcerias com empresas, em focos definidos pelo Banco).
No caso do Funtec, este tem uma parceria com a Embrapii, que prevê a disponibilização de R$170 milhões em projetos de P,D&I no âmbito do Sistema Embrapii. Esses recursos têm sete focos definidos: Bioeconomia Florestal (soluções para exploração econômica sustentável de florestas nativas); Economia circular (recuperação, reuso, reparo, reciclagem e remanufatura); Tecnologias estratégicas do SUS (medicamentos, IFAs, biofármacos, vacinas, etc.); Materiais avançados (metálicos, químicos, compósitos/nanomateriais); Novos biocombustíveis (equipamentos, sistemas, processos/ênfase em hidrogênio renovável, biometano, bioquerosene de aviação); Defesa (tecnologias estratégicas da defesa); e Transformação Digital (soluções digitais para Agro, Saúde, Cidades e Indústria / Sistemas e componentes para conectividade).
No debate com o público, mediado pelo coordenador substituto de Planejamento Tecnológico, Marco Fraga, a gerente do Fundo Amazônia respondeu a questões de pesquisadores do Instituto. Na mesa de encerramento, Marco agradeceu a oportuna e generosa contribuição da palestrante.