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Aquecimento ôhmico agrega valor a alimentos
Usar a própria resistência elétrica de um alimento para aquecê-lo é a base do aquecimento ôhmico, uma das tecnologias emergentes mais estudadas atualmente no setor alimentício. As aplicações são várias. Inicialmente, a tecnologia foi usada como processo de pasteurização, que mantêm os alimentos protegidos contra a ação de fungos e bactérias. No contexto da Bioeconomia, o aquecimento ôhmico tem sido empregado na valorização de diferentes biomassas. A tecnologia se destaca pela economia de energia e redução da quantidade de solvente orgânico requerido em processos de extração de compostos bioativos, quando comparada às abordagens tradicionais.
O tema pode ser melhor conhecido nesta terça-feira (14), no evento Terças Tecnológicas Lives, promovido pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), que será transmitido a partir das 10h, no link https://bit.ly/3aTec_Aquecimento-Ohmico.
O convidado da live é um pesquisador português com experiência internacional no uso dessa tecnologia: o engenheiro alimentar Ricardo Nuno Correia Pereira, do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho, em Braga, Portugal. Doutor em engenharia química e biológica, também com mestrado em biotecnologia e especialização em engenharia de bioprocessos, ele integra projetos em diversas áreas da tecnologia e indústria alimentar, com ênfase em novas tecnologias de processamento baseadas na aplicação de campos elétricos. Ricardo Pereira tem aplicado o aquecimento ôhmico na elaboração de filmes comestíveis, obtenção de compostos bioativos de resíduos agroindustriais, conservação de alimentos e funcionalização de proteínas.
O bate-papo será conduzido pela pesquisadora Eliane Przytyk Jung, chefe do Laboratório de Análises Químicas Orgânicas e Inorgânicas (LAQOI) do INT. Integrando a Divisão de Química e Biotecnologia (DIQIM) do Instituto, o LAQOI hoje desenvolve pesquisas voltadas à indústria alimentícia, como o uso de cascas de banana como fonte de compostos antioxidantes para o enriquecimento de óleo de soja, ou o aproveitamento de resíduos do processamento de frutas nativas, como a juçara e o umbu, visando substituir os aditivos antioxidantes e corantes sintéticos em formulações alimentícias.
Serviço:
Terças Tecnológicas Lives – INT 100 anos
Data: 14/09/2021 (terça-feira)
Horário: Das 10h às 11h
Tema: “Aquecimento Ôhmico e Bioeconomia”
Convidado: Ricardo Nuno Correia Pereira – CEB/Universidade do Minho
Mediadora: Eliane Przytyk Jung – INT
Abertura: Marcia Oliveira – diretora substituta do INT
Transmissão: https://bit.ly/3aTec_Aquecimento-Ohmico