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Visões de futuro: dirigentes apresentam suas expectativas para os próximos anos do INSS
Mediada pelo assessor da presidência do INSS, Jefferson Cardoso, a mesa redonda começou com fala dos representantes do MTP e TCU, que trouxeram suas expectativas sobre a adoção de novas tecnologias e automação em suas atividades. Veja as previsões para o futuro de cada área:
Procuradoria Federal Especializada
Para o chefe da Procuradoria Federal Especializada (PFE) do INSS, Sebastião Faustino de Paula, é preciso uma maior atenção do governo e da sociedade para garantir um financiamento sustentável da previdência, considerando o atual fenômeno da "pjotizacao" nas relações de trabalho e também a evolução demográfica do Brasil.
Atualmente, a procuradoria tem como um de seus principais focos de trabalho o combate às causas que levam à judicialização contra o INSS. Segundo Sebastião, a maior proximidade entre INSS e Conselho de Recursos tem permitido os ajustes necessários para haver mais uniformidade nas decisões e maior prevenção de litígios.
Diretoria de Tecnologia da Informação
O Diretor João Rodrigues acredita que precisamos ter plena consciência de que a tecnologia deve ser vista apenas como um meio e não um fim na administração pública."Precisamos saber para onde queremos ir e usar a tecnologia como ferramenta", explicou. Para Rodrigues, um dos papéis de destaque da TI na atualidade é viabilizar tecnicamente a automação de processos de trabalho e ampliar o acesso da população aos serviços de governo.
"Mas precisamos estar atentos às necessidades dos diversos públicos: muitas vezes, o futuro que chegou aqui ainda não chegou a outras regiões do Brasil. Nosso desafio é atender a essas populações, levar conectividade a essas regiões. Enxergar o que a sociedade precisa e viabilizar isso de forma prática", concluiu.
Diretoria de Gestão de Pessoas
Eva Lorena, diretora de gestão de pessoas, lembrou que estamos em pleno processo de mudança na cultura interna do INSS. Como exemplo, citou as capacitações, exames médicos periódicos e outras ações de valorização e desenvolvimento de pessoas que foram implantadas no INSS no último ano. Para Eva, não há como falar em futuro sem trabalhar para cuidar e investir no servidor hoje. "Buscar e transferir conhecimento é caminho para o futuro", resumiu Eva.
Diretoria de Governança, Planejamento e Inovação
A Diretoria que hoje é realidade já foi um projeto de futuro. O diretor Alexandre Guimarães aproveitou a oportunidade para apresentar as principais ações da mais nova diretoria do INSS. Planos de conformidade, planejamento estratégico, aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados e Gestão de riscos estão entre as atividades desenvolvidas pelo setor.
Guimarães deu destaque ainda para o trabalho desenvolvido pela equipe de Ouvidoria, que também é uma novidade no INSS e, apesar do pouco tempo em atividade, já apresenta altos índices de resolução.
Diretoria de Benefícios
O diretor de benefícios, Edson Yamada, falou sobre o reconhecimento automático, e destacou o aumento no percentual de pedidos analisados automaticamente: de 10% para 40% em um ano.
Para o futuro, ele espera que o cidadão não precise mais pedir por um benefício. "Nosso ideal é que o INSS mesmo ofereça o benefício mais vantajoso para o cidadão que tiver o direito", explicou.
Edson prevê um grande trabalho pela frente, mas acredita que é possível tornar sua previsão uma realidade. "Para conseguir essa realização, vamos precisar qualificar ainda mais nossa base de dados, mas é possível e já estamos trabalhando nisso", explicou.
Diretoria de Orçamento, Finanças e Logística
Larissa Mora, diretora de finanças e logística, destacou que hoje vemos uma grande integração entre os diretores do INSS, propiciada pela gestão do presidente Guilherme. "Acredito que isso é fundamental para o trabalho da diretoria, pois nosso trabalho perpassa e é integrado a todos as demais áreas do INSS".
Larissa acredita que há uma coesão do corpo diretivo, que cultiva uma mesma visão de futuro, com melhoria contínua do serviço oferecido para o segurado.
Novos rumos para o INSS
Encerrando as falas, o presidente do INSS, Guilherme Serrano, avalia que se pode traçar perspectivas para um futuro próximo, mas é difícil prever a previdência daqui a 100 anos. “Hoje já se fala numa maioria de trabalhadores informais no mundo, e isso conota uma certa despreocupação com a proteção social. A previdência é um pacto da sociedade, em que todos assumem o compromisso de se ajudarem mutuamente”, frisou.
“Então, como resgatar, convencer e ensinar as pessoas a respeito da importância da previdência? Talvez a resposta esteja no uso da tecnologia, que permite ao cidadão se tornar auditor dos serviços prestados pelo governo. Esse é um processo democrático e republicano, em que as pessoas se sentem parte do sistema e participantes dele. Dessa forma, elas também constroem a previdência”, completou.
Outra alternativa, apontada por Guilherme, é a unificação da base de dados e o batimento dessas informações entre as instituições.
No entanto, ainda segundo o presidente, a tecnologia não vai resolver tudo. “A crítica das pessoas nos ajuda a construir serviços melhores e nos ajuda a caminhar em direção à melhoria”, avaliou.