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RIO GRANDE DO SUL
Mobilização para auxiliar as vítimas da enchente no Sul continua
A catástrofe climática no Rio Grande do Sul parece longe de terminar para os gaúchos, que vivem agora os efeitos prolongados da devastação causada pelas enchentes e inundações. No último dia 2, dia em que o decreto que reconheceu a calamidade pública completou um mês, ainda há 37,8 mil pessoas em abrigos e mais de 580 mil fora de casa.
Duramente afetados, os povos originários, que sobrevivem da agricultura familiar e pesca artesanal, tiveram que deixar suas casas. Em todo país, segundo a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil (Conafer), existem 150 povos originários distribuídos em 800 aldeias. De acordo com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), aproximadamente 9 mil famílias indígenas dos povos Guarani Mbya, Kaingang, Xokleng e Charrua, vivem na região afetada pela enchente.
Doações
A mobilização para levar doações às famílias atingidas permanece por todo país. Além da Funai e do Ministério de Povos Indígenas, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está recebendo doações na Administração Central e na Superintendência Norte/Centro-Oeste, em Brasília, nas gerências-executivas em todo país e nas superintendências regionais.
Além das doações, o INSS antecipou o calendário de pagamentos para o primeiro dia do pagamento da folha até que acabe o estado de calamidade pública. "As doações recebidas aqui em Brasília vão por carreta para o Rio Grande do Sul. No momento, não há como utilizar outro meio de transporte", afirmou o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
O que doar
Água potável, alimentos não perecíveis, absorventes, fraldas infantis e geriátricas, kits de saúde bucal (com pasta e escova), lenços umedecidos, pomada para assadura, sabonetes, repelentes e outros itens de higiene. Os produtos devem estar fechados e o doador precisa se atentar à data de vencimento.
Produtos de limpeza, como esponjas, vassouras, rodos e sabão em pó, também devem ser novos. Além disso, ração para animais (como cães, gatos,bovinos e equinos, por exemplo) e e milho para aves e outros animais.
11 carretas solidárias
Empresas e estatais também têm se dedicado na logística de distribuição das arrecadações, como por exemplo, os Correios e a Conafer, que tem ampla oferta de serviços às populações indígenas, quilombolas, além de pescadores e pequenos agricultores.
A confederação já destinou 11 carretas solidárias carregadas com doações para a região. Os suprimentos beneficiaram mais de 30 mil pessoas.
O presidente da Conafer, Carlos Lopes, avalia que cada doação, cada gesto de carinho e cada esforço para reconstruir vidas faz uma diferença imensurável para as famílias atingidas.
"A Conafer continuará monitorando prestando o apoio necessário para que o Rio Grande do Sul possa se reerguer dessa calamidade", afirmou.
Já os Correios arrecadaram, até quinta-feira (6), cerca de 30 mil toneladas de doações para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. Os donativos incluem itens da cesta básica, ração para pet, água e kits de higiene pessoal e de limpeza. Atenção: os Correios não estão mais recebendo itens de vestuário.
“Por orientação do presidente Lula, nossa estatal desde o primeiro dia esteve à disposição para ajudar a população do Rio Grande do Sul. Temos hoje uma campanha que tomou corpo nacionalmente e posso afirmar com toda a tranquilidade que é a maior campanha de doação já realizada no Brasil e uma das maiores campanhas de solidariedade feitas no mundo", afirma o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos.
A campanha de arrecadação é uma iniciativa conjunta dos Correios e do Ministério das Comunicações. A estatal recebe os donativos, faz a triagem, o transporte e a entrega dos itens até a sede da Defesa Civil na capital gaúcha, que distribui para os atingidos pelas enchentes. Mas atenção: os Correios não estão mais recebendo itens de vestuário.
Crise econômica
O temor agora é que a região passe por uma crise econômica prolongada no setor pesqueiro (Pelotas, Rio Grande, São José do Norte e São Lourenço), e nas plantações das comunidades indígenas, afetando a agricultura da região.
Entre os programas desenvolvidos pela Conafer, alguns terão um papel preponderante na recuperação da Região Sul quando as águas dos rios baixarem. Entre eles estão: o programa +Pecuária, que visa o melhoramento genético de gado e o projeto Replantar, que trata da recuperação de áreas degradadas para que elas voltem a ser produtivas.
30 mil toneladas
Já os Correios arrecadaram, até quinta-feira (6), cerca de 30.000 toneladas de doações para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. Os donativos incluem itens da cesta básica, ração para pet, água e kits de higiene pessoal e de limpeza. Atenção: os Correios não estão mais recebendo itens de vestuário.
“Por orientação do presidente Lula, nossa estatal desde o primeiro dia esteve à disposição para ajudar a população do Rio Grande do Sul. Temos hoje uma campanha que tomou corpo nacionalmente e posso afirmar com toda a tranquilidade que é a maior campanha de doação já realizada no Brasil e uma das maiores campanhas de solidariedade feitas no mundo", afirma o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos.
A campanha de arrecadação é uma iniciativa conjunta dos Correios e do Ministério das Comunicações. A estatal recebe os donativos, faz a triagem, o transporte e a entrega dos itens até a sede da Defesa Civil na capital gaúcha, que distribui para os atingidos pelas enchentes.
Martha Imenes/Ascom
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