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INCLUSÃO
INSS atende pessoas que vivem em situação de rua em Curitiba
Foram realizados cerca de 50 atendimentos em ação promovida em parceria com a prefeitura da capital paranaense
Publicado em
06/09/2024 15h51
Atualizado em
06/09/2024 16h28
O depoimento emocionante que abre essa reportagem é de Jeremias José Calisto de 53 anos. Um homem franzino, maltratado pelas drogas e pelo álcool, mas com uma vontade imensa de renascer. Após a morte da esposa em 2020, "seu" Jeremias abandonou a profissão de caminhoneiro e resolveu morar nas ruas. Ele saiu do interior do Paraná para viver em Curitiba e há quatro anos luta para conseguir reconstruir a vida. Ao receber a notícia de que o Benefício de Prestação Continuada (BPC) havia sido concedido, estampou logo um sorriso no rosto.
“Eu era caminhoneiro e contribuía direitinho para o INSS antes de morar na rua. Aqui na capital não tive nenhuma oportunidade e também perdi a vontade de viver depois que minha esposa morreu. Hoje eu volto para o abrigo muito feliz e agradecido. Esse dinheiro do BPC vai mudar tudo. Principalmente a minha vida na rua, que vai acabar. Agora eu posso pagar o aluguel de uma casinha pequena onde eu vou fazer uma comidinha do meu jeito e refazer a minha vida. Estou muito tranquilo agora porque poderei realizar boa parte do meu sonho que é visitar a minha filha e meus parentes que ficaram lá pra trás. Eu quero começar tudo de novo”, disse.
Ao longo da quarta-feira (04) depoimentos emocionantes motivaram os técnicos e assistentes sociais do INSS. “Foi muito gratificante ver o sorriso no rosto do "seu" Jeremias quando comuniquei que o benefício havia sido concedido. Nos faz relembrar sempre a nossa missão enquanto servidores”, afirmou o chefe do Serviço de Gerenciamento de Benefícios, Ênio Takashi Takahashi.
A ação organizada pela Gerência-Executiva do INSS em Curitiba e pela Fundação de Ação Social (FAS) aconteceu no Centro Pop Solidariedade e segue o artigo 22 da lei Nº 14.821, de 16 de janeiro de 2024. A legislação garante a celeridade e prioridade na análise dos processos das pessoas em situação de rua e facilita o acesso dessa população aos requerimentos de aposentadoria, de pensões e de benefícios, sem condicionamento das solicitações à apresentação de comprovante de residência. Nestes casos o INSS poderá realizar ações itinerantes nos territórios com grande concentração de pessoas em situação de rua.
O objetivo desses mutirões é priorizar os atendimentos num mesmo espaço onde é possível dar entrada nos requerimentos de benefícios, realizar a avaliação social requerida para benefícios como BPC e se consultar com um médico psiquiatra. As perícias também são agendadas, o que agiliza a conclusão dos requerimentos.
Participaram da ação a gerente-executiva do INSS em Curitiba, Silvana Bernardino; o coordenador de Gestão de Benefícios da SR Sul, André Luís Pontes; a chefe do Serviço de Gerenciamento de Relacionamento com o Cidadão; Joziane Ferreira Cirilo; o chefe de Suporte Técnico à Manutenção de Benefícios, Bruno Pereira Martins; o chefe do Setor de Apoio Técnico ao Relacionamento com o Cidadão, Péricles Moleta; e a Técnica do Seguro Social Melania Conopka. Além do médico psiquiatra Elizandro Alexandre Pogogelski e o médico perito Leonardo Biscaia de Lacerda.
“Um médico perito, serviço social, análise de benefícios e um médico psiquiatra, todos reunidos num mesmo espaço de forma voluntária. Sabemos das dificuldades das pessoas que moram na rua e por isso o INSS aceitou participar e não mediu esforços para reunir todos os profissionais. Hoje é o início de muitas ações que virão, porque é o INSS reconhecendo direitos e esse é o nosso compromisso: humanizar os serviços ao cidadão”, informou Silvana.
Para o médico psiquiatra Elizandro Alexandre Pogogelski, a ação é uma forma de identificar patologias que na maioria dos casos não são tratadas. “É a primeira vez que eu faço uma ação desse formato com a FAS e INSS e eu espero poder colaborar. O objetivo é identificar algumas doenças, patologias desse público vulnerável que não tem acesso a esse serviço. Uma vez que a pessoa não tem uma identificação de uma patologia não consegue ter seus direitos reconhecidos. Então a minha ideia foi vir como médico mesmo, fazer a parte da saúde mental mas também trabalhar com as referências com as patologias clínicas que porventura eles possam ter, que a gente possa ajudá-los aqui”, declarou.
Esse foi o caso de uma das atendidas que preferiu não ser identificada. Ela saiu com a receita médica nas mãos e com esperança de ter uma condição melhor de vida. “Eu estou em situação de rua e tenho muitos problemas. A medicação me ajuda e eu espero ficar melhor depois desse atendimento. Com o diagnóstico agora posso pedir pelo BPC", disse ela.
Gilmar Ribeiro também mora nas ruas e fez questão de deixar o depoimento dele. “Eu era viciado em drogas e álcool e estou buscando pelo benefício porque não tenho nenhuma renda e vai melhorar em tudo pra mim. Eu poderei comprar os meus remédios e refazer a minha vida. Eu só quero agradecer o pessoal do INSS”, relatou.
Além da estrutura do INSS, o encontro só foi possível com a ajuda da fundação do município de Curitiba. “A nossa unidade é referência no atendimento para a população em situação de rua ou em desabrigo, incluindo migrantes. Essa população é carente de todo e qualquer serviço público. Essa ação é muito importante para conseguirmos - com essa cooperação do INSS - fazer no mesmo espaço todo atendimento pra garantir direitos. Essa ação interdisciplinar, multidisciplinar com foco intersetorial é muito produtiva”, concluiu Rondinelli Dutra Oliveira, educador social da FAS.
Ana Panatta e Eveline Cunha Moura – Secom/PR
“Eu era caminhoneiro e contribuía direitinho para o INSS antes de morar na rua. Aqui na capital não tive nenhuma oportunidade e também perdi a vontade de viver depois que minha esposa morreu. Hoje eu volto para o abrigo muito feliz e agradecido. Esse dinheiro do BPC vai mudar tudo. Principalmente a minha vida na rua, que vai acabar. Agora eu posso pagar o aluguel de uma casinha pequena onde eu vou fazer uma comidinha do meu jeito e refazer a minha vida. Estou muito tranquilo agora porque poderei realizar boa parte do meu sonho que é visitar a minha filha e meus parentes que ficaram lá pra trás. Eu quero começar tudo de novo”, disse.
Ao longo da quarta-feira (04) depoimentos emocionantes motivaram os técnicos e assistentes sociais do INSS. “Foi muito gratificante ver o sorriso no rosto do "seu" Jeremias quando comuniquei que o benefício havia sido concedido. Nos faz relembrar sempre a nossa missão enquanto servidores”, afirmou o chefe do Serviço de Gerenciamento de Benefícios, Ênio Takashi Takahashi.
A ação organizada pela Gerência-Executiva do INSS em Curitiba e pela Fundação de Ação Social (FAS) aconteceu no Centro Pop Solidariedade e segue o artigo 22 da lei Nº 14.821, de 16 de janeiro de 2024. A legislação garante a celeridade e prioridade na análise dos processos das pessoas em situação de rua e facilita o acesso dessa população aos requerimentos de aposentadoria, de pensões e de benefícios, sem condicionamento das solicitações à apresentação de comprovante de residência. Nestes casos o INSS poderá realizar ações itinerantes nos territórios com grande concentração de pessoas em situação de rua.
O objetivo desses mutirões é priorizar os atendimentos num mesmo espaço onde é possível dar entrada nos requerimentos de benefícios, realizar a avaliação social requerida para benefícios como BPC e se consultar com um médico psiquiatra. As perícias também são agendadas, o que agiliza a conclusão dos requerimentos.
Participaram da ação a gerente-executiva do INSS em Curitiba, Silvana Bernardino; o coordenador de Gestão de Benefícios da SR Sul, André Luís Pontes; a chefe do Serviço de Gerenciamento de Relacionamento com o Cidadão; Joziane Ferreira Cirilo; o chefe de Suporte Técnico à Manutenção de Benefícios, Bruno Pereira Martins; o chefe do Setor de Apoio Técnico ao Relacionamento com o Cidadão, Péricles Moleta; e a Técnica do Seguro Social Melania Conopka. Além do médico psiquiatra Elizandro Alexandre Pogogelski e o médico perito Leonardo Biscaia de Lacerda.
“Um médico perito, serviço social, análise de benefícios e um médico psiquiatra, todos reunidos num mesmo espaço de forma voluntária. Sabemos das dificuldades das pessoas que moram na rua e por isso o INSS aceitou participar e não mediu esforços para reunir todos os profissionais. Hoje é o início de muitas ações que virão, porque é o INSS reconhecendo direitos e esse é o nosso compromisso: humanizar os serviços ao cidadão”, informou Silvana.
Para o médico psiquiatra Elizandro Alexandre Pogogelski, a ação é uma forma de identificar patologias que na maioria dos casos não são tratadas. “É a primeira vez que eu faço uma ação desse formato com a FAS e INSS e eu espero poder colaborar. O objetivo é identificar algumas doenças, patologias desse público vulnerável que não tem acesso a esse serviço. Uma vez que a pessoa não tem uma identificação de uma patologia não consegue ter seus direitos reconhecidos. Então a minha ideia foi vir como médico mesmo, fazer a parte da saúde mental mas também trabalhar com as referências com as patologias clínicas que porventura eles possam ter, que a gente possa ajudá-los aqui”, declarou.
Esse foi o caso de uma das atendidas que preferiu não ser identificada. Ela saiu com a receita médica nas mãos e com esperança de ter uma condição melhor de vida. “Eu estou em situação de rua e tenho muitos problemas. A medicação me ajuda e eu espero ficar melhor depois desse atendimento. Com o diagnóstico agora posso pedir pelo BPC", disse ela.
Gilmar Ribeiro também mora nas ruas e fez questão de deixar o depoimento dele. “Eu era viciado em drogas e álcool e estou buscando pelo benefício porque não tenho nenhuma renda e vai melhorar em tudo pra mim. Eu poderei comprar os meus remédios e refazer a minha vida. Eu só quero agradecer o pessoal do INSS”, relatou.
Além da estrutura do INSS, o encontro só foi possível com a ajuda da fundação do município de Curitiba. “A nossa unidade é referência no atendimento para a população em situação de rua ou em desabrigo, incluindo migrantes. Essa população é carente de todo e qualquer serviço público. Essa ação é muito importante para conseguirmos - com essa cooperação do INSS - fazer no mesmo espaço todo atendimento pra garantir direitos. Essa ação interdisciplinar, multidisciplinar com foco intersetorial é muito produtiva”, concluiu Rondinelli Dutra Oliveira, educador social da FAS.
Ana Panatta e Eveline Cunha Moura – Secom/PR
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