Indígenas de áreas isoladas são foco de ação do INSS

Ação começa com curso de informações previdenciárias para lideranças indígenas, profissionais do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) e da Prefeitura de Guajará-Mirim, em Rondônia

Publicado em 06/11/2023 12h08 Atualizado em 25/07/2024 09h53

Os povos indígenas que vivem em áreas isoladas e que desconhecem a Previdência Social e todos os serviços a que têm direito são foco de ação do Programa de Educação Previdenciária (PEP) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no projeto Educação Previdenciária para os Povos Originários.

A iniciativa surgiu com a identificação de que parte significativa dessa população deixa de ter acesso aos benefícios previdenciários não apenas pela restrição geográfica, mas também em função da barreira da língua, já que muitos indígenas desses grupos não falam português.

No projeto-piloto, que já integra o Plano Plurianual (PPA) 2024/2027 da área, o PEP identificou em Rondônia os indígenas Wãri (Txapacura) e as tribos do Alto Solimões, no Amazonas.

A primeira etapa do projeto ocorrerá de 7 a 9 de novembro, com o curso Disseminadores das informações previdenciárias para lideranças indígenas, profissionais do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) e da Prefeitura de Guajará-Mirim, em Rondônia.

Serão educadores dessa etapa do projeto Saulo Sampaio Macedo, gerente-executivo em Porto Velho, e Alexandre Fortunato Silva. A coordenação pedagógica será feita pela coordenadora-geral de Educação, Desenvolvimento e Carreiras, Sandra Luna.

Ao todo, 27 participantes vão conhecer os princípios básicos da legislação previdenciária para atuarem como multiplicadores das informações quando estiverem em missões junto a esses povos.

A segunda turma será realizada na Região do Alto Solimões, em Tabatinga/AM, no período de 28 a 30/11/2023, tendo como educadores os servidores Niéliton Sandson da Costa Góis e Maria Luciene da Silva Azevedo.

O projeto está atrelado a produção de vídeos educativos do PEP em algumas línguas indígenas e é uma articulação com a Funai e o Museu Emílio Goeldi. O objetivo da disponibilização dos vídeos nas línguas indígenas é levar as informações previdenciárias às comunidades que não falam o idioma português.

A partir de 2024, o projeto deverá ganhar novos parceiros como instituições de ensino e de preservação da cultura indígena para dar capilaridade ao projeto.

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texto: Kátia Carminatto/PEP
Edição: Martha Imenes/Ascom