Em Rondônia, indígenas e quilombolas recebem atendimento previdenciário

Em Rondônia, indígenas e quilombolas, somados a pescadores artesanais, seringueiros, extrativistas e outros produtores rurais, formam grande parte dos segurados da bacia hidrográfica Guaporé-Mamoré. Durante esta semana, essas comunidades contam com o reconhecimento de direitos previdenciários proporcionado pela Gerência-Executiva do INSS Porto Velho (RO).

“É importante para o INSS realizar o atendimento destes povos que representam tanto para a territorialidade do estado de Rondônia”, ressalta o gerente-executivo Saulo Macedo. O gestor esclarece ainda que as principais dificuldades enfrentadas por essas comunidades são a distância, já que todo o transporte de alimentos e outros materiais é feito por voadeira/barco, e a lacuna do Estado, tanto nas áreas de educação e saúde, quanto no que diz respeito à previdência e à assistência social.

A intenção dessas ações voltadas ao público historicamente vulnerável, também é em lembrança e reconhecimento aos povos originários e quilombolas que já habitavam a região antes da formação territorial de Rondônia. Simbolicamente realizou-se a ação em comemoração às datas do dia dos povos indígenas (19 de abril) e abolição da escravatura (13 de maio).

Destaca-se que o Quilombo Remanescente de Pedras Negras e Santo Antônio está situado às margens do rio Guaporé. Partindo da cidade de São Francisco do Guaporé, a viagem leva em média 40 minutos de carro até a margem do rio, 40 minutos até Santo Antonio e mais 5 horas de barco/voadeira até a comunidade Pedras Negras. Atualmente, 17 famílias moram na comunidade Santo Antonio e 28 em Pedras Negras.

O coordenador da missão e chefe do Serviço de Gerenciamento de Relacionamento com o Cidadão da Gerência Porto Velho, Franciomar Meneguetti, comenta que as comunidades surgiram a partir da fuga de escravos que eram levados como mão de obra para construção do Forte Príncipe da Beira. A localidade às margens do rio era usada como ponto de abastecimento de lenha para os barcos.

Luciana Azevêdo - ACS Norte/Centro-Oeste

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