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Pesquisadores do INSA publicam artigo sobre a relação entre solos e degradação no Semiárido brasileiro
Luvissolo Crômicos em processo de degradação (Cariris, PB)
Pesquisadores do núcleo de Solos e Mineralogia do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em colaboração com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) publicaram recentemente no periódico Caminhos da Geografia o artigo “Processos pedogenéticos e susceptibilidade dos solos à degradação no Semiárido brasileiro”, que compreende a dinâmica dos solos no combate à degradação em regiões semiáridas.
O pesquisador Rodrigo Macedo relatou que a pesquisa foi desenvolvida a partir da classificação e interpretação de atributos físicos e químicos de solos representativos da microrregião do Seridó (RN e PB) e Cariris (PB). Mapas de cobertura do solo também foram elaborados com o objetivo de entender a relação entre a degradação dos solos com as atividades antrópicas.
A pesquisa revelou que a degradação dos solos na região estudada pode ocorrer de forma natural e/ou ser acelerada pelas atividades humanas. Foi demonstrado que Luvissolos Crômicos e Háplicos, que predominam no Seridó Ocidental e nos Cariris, são naturalmente susceptíveis à degradação dado a ocorrência de horizonte subsuperficial mais argiloso do que sua camada superficial, o que aumenta consideravelmente as perdas de solo por erosão.
Nesse cenário, a ação humana também contribui diretamente para acelerar e/ou desencadear alguns processos específicos, tais como erosão, salinização e sodificação. A remoção da vegetação natural pode acelerar a erosão, acarretando perdas do horizonte superficial e expondo superfícies horizontais subsuperficiais extremamente duras e de baixa permeabilidade, o que dificulta a infiltração de água e o desenvolvimento da maioria das atividades agropecuárias locais e serviços ecossistêmicos associados. Esses processos erosivos também podem levar ao assoreamento de corpos hídricos, agravando a degradação ambiental.
Confira aqui o artigo na íntegra.