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Pesquisador do INSA/MCTI publica artigo sobre capacidade de planta nativa do Semiárido em retirar do solo alguns contaminantes ou poluentes orgânicos ou não-orgânicos do solo
Experimento com capim elefante (Pennisetum purpureum Schum) destacando as diferentes proporções de lixiviado de aterro diluído (LAD) em água de irrigação pública (AIP) em solo do Semiárido - Foto: Francisco de Oliveira Mesquita
O Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), publicou em parceria com pesquisadores da Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA, Campus de Mossoró (RN), o artigo “Fitoextração de metais pesados por pennisetum purpureum schum acrescido de concentrações variadas de lixiviado de aterro sanitário”, (PHYTOEXTRACTION OF HEAVY METALS BY Pennisetum Purpureum Schum GROWN WITH VARYING CONCENTRATIONS OF LANDFILL LEACHATE), publicado no periódico Internacional "Environmental Science and Pollution Research", no primeiro semestre de 2021.
O trabalho teve como objetivo retratar a capacidade fisiológica de fitoextração de metais pesados pelas plantas de capim elefante (Pennisetum Purpureum Schum) em um Argissolo Vermelho-amarelo utilizando diferentes proporções de lixiviado de aterro sanitário, comumente chamado de chorume, e água de abastecimento, da região semiárida. Ou seja, a pesquisa avaliou a capacidade dessas plantas retirarem do solo alguns contaminantes ou poluentes orgânicos ou não-orgânicos.
O estudo que conta com a participação do pesquisador da área de Recursos Hídricos do INSA, Francisco de Oliveira Mesquita, utilizou como metodologia para execução do trabalho, diferentes proporções de chorume diluído em água de abastecimento, nas seguintes proporções: T1- parcelas irrigadas apenas com água de irrigação, T2 - 50% da dose de efluente mais água de irrigação, T3 - 100% da dose de efluente mais água de irrigação, T4 - 150% da dose de efluente mais água de irrigação, e T5 - 200% da dose de efluente mais água de irrigação. Cada proporção desta foi utilizada como água de irrigação nas parcelas das plantas de capim elefante.
Para Mesquita, avaliando a capacidade dessa planta em extrair contaminantes do solo, pode-se concluir que o capim elefante apresentou alta capacidade de extração de íons da solução do solo até as raízes e das raízes até a parte aérea, retirando principalmente os metais pesados potencialmente tóxicos presentes no solo como o Ni, Cd e o Pb.
Colaboraram também com a pesquisa os pesquisadores Rafael Oliveira Batista, Talita Dantas Pedrosa e Eunice Maia de Andrade da UFERSA.
O artigo completo está disponível no link.
Pesquisador responsável: Alexandre Bakker