Notícias
Observatório da Caatinga: Projeto desenvolvido pelo INSA/MCTI e UFCG busca gerar informações sobre a dinâmica do bioma
Torre de monitoramento do OCA - Foto: Camila Gurjão
O Observatório Nacional da Dinâmica da Caatinga (OCA), surge para ser referência no monitoramento dos fluxos de energia e carbono em florestas localizadas na região semiárida. Atualmente o projeto possui duas torres de monitoramento, com 15 metros de altura cada, instaladas na área de reserva florestal da Estação Experimental Ignácio Salcedo do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
O projeto que é fruto da parceria entre o INSA, sob a coordenação do pesquisador da área de Desertificação e Agroecologia Aldrin Perez, e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) - Campus Sumé, existe desde 2019, e objetiva desenvolver pesquisas a partir dos dados coletados pelas torres, para prover informações quali-quantitativas suficientes sobre a dinâmica da Caatinga. Estes equipamentos são importantes para medição dos balanços de energia e carbono, incluindo os sistemas de cintilômetro e fluxos turbulentos.
Os sistemas de cintilometria e fluxos turbulentos estão entre as mais avançadas técnicas de instrumentação. Além destes sensores, estão em operação sensores de saldo de radiação integrados por componentes como temperatura, umidade do ar em diferentes níveis, velocidade, direção do vento, precipitação, fluxo de calor, temperatura do solo, umidade e potencial mátrico do solo e fenocâmeras.
As medições são realizadas semanalmente de forma presencial, e captam principalmente dados da perda de água da vegetação para a atmosfera e o consumo de gás carbônico.
O projeto também inclui o processamento de dados de imagens de satélite, e utiliza a área do INSA/MCTI como referência para analisar os processos ecossistêmicos que ocorrem na Caatinga, como explica o professor John Elthon de Brito, Coordenador do Projeto pela UFCG: “Utilizamos a área do instituto para ter uma informação para todo o bioma, então temos um mapa para toda a Caatinga dessas variáveis micrometeorológicas que são monitoradas aqui e vão servir para avaliação dos serviços ecossistêmicos, e também poderão ser base para tomadas de decisões por parte de gestores”, afirmou ele.
VISITAÇÃO
No último dia 12 de abril, o Observatório da Caatinga recebeu a visita da turma de pós-graduação em Ecologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Na ocasião, os estudantes conheceram o OCA, e receberam explicações sobre a estruturação do projeto.
Durante a visita o pesquisador bolsista Rodrigo Macedo, da área de Solos e Mineralogia, também realizou uma aula expositiva sobre as características do solo de maior representatividade no Semiárido brasileiro, ressaltando a formação, suas potencialidades agronômicas e não agronômicas e papel desses solos frente a provisão de serviços ecossistêmicos.
Participaram também da visita os professores José Etham Lucena Barbosa (UEPB/Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação - PPEC) e Dilma Maria Brito Melo Trovão (UEPB/PPEC).
Pesquisador Responsável: Aldrin Perez