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INSA/MCTI participa da COP 16 na Arábia Saudita
Acontece em Riad, Arábia Saudita, a conferência COP 16, que reúne países, organizações internacionais e outras partes interessadas em um espaço global para discutir os problemas ambientais e sociais mais sérios. Nesta edição está sendo abordada a ligação entre degradação da terra, desertificação, seca e seus efeitos na migração, segurança alimentar e meios de vida. O Instituto Nacional do Semiárido — INSA/MCTI esteve representado pela diretora Mônica Tejo, que esteve na comitiva brasileira da ciência, tecnologia e inovação, participou de debates internacionais e da programação do pavilhão Brasil. A COP 16, promovida pela UNCCD, sigla em inglês para Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, começou no dia 02 e se estende até o dia 13 de dezembro.
A conferência visa criar soluções inovadoras para apoiar comunidades afetadas por crises ambientais, focando em temas como escassez de água, desemprego e saúde pública. A desertificação e a degradação da terra afetam a segurança alimentar, especialmente em regiões áridas, como o Oriente Médio e o Norte da África, onde 20–25% das terras agrícolas estão degradadas, impactando 1,3 bilhão de pessoas. A crise hídrica, agravada pelas mudanças climáticas, afeta 25% da população mundial, com um impacto ainda maior na região até 2050.
As secas afetam quase todos os cantos do planeta, com 1,84 bilhão de pessoas afetadas em 2022, e mais de 55 países declarando emergências de seca entre 2020 e 2023, conforme a UNCCD. Enquanto isso, seu impacto parece estar apenas piorando. Na África, 38% da área terrestre relatada foi afetada pela seca entre 2016 e 2019, e a América Latina e o Caribe experimentaram devastação semelhante, com 37,9% da área terrestre relatada afetada durante o mesmo período, com base nas descobertas da UNCCD. A seca é uma causa motriz da insegurança alimentar e hídrica, deslocando milhões e cobrando um preço econômico devastador dos países afetados.
O Semiárido brasileiro conhece a realidade da convivência com a seca e o INSA/MCTI desenvolve inúmeras ações que contribuem para a qualidade de vida da população. A diretora Mônica Tejo acompanhou os debates e compartilhou experiências. “Foi muito interessante conhecer as iniciativas dos outros países sobre a mitigação dos efeitos da seca, bem como saber o que eles fazem para promover a sustentabilidade e a diminuição de gases do efeito estufa. Vemos e comprovamos que o INSA está no caminho certo ao ver, também, as ações realizadas no mundo com energias renováveis. Além disso, me impressionou muito a ousadia da Arábia Saudita com relação à meta de plantar bilhões de árvores no deserto até 2030. Não estamos isolados, somos parte de um corpo mundial preocupado com o futuro do planeta.”
Para conhecer todas as ações e discussões da COP 16, acesse o site oficial.