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INSA/MCTI desenvolve projeto para construção de casa de vegetação com baixo custo
Com o objetivo de realizar pesquisas com produção vegetal e gerar ações de difusão que contribuem com melhor convívio da população com as adversidades enfrentadas no Semiárido brasileiro, o Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTI), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio da área de Biodiversidade, desenvolveu recentemente um projeto de construção de uma casa de vegetação. Esta vem sendo utilizada pelos pesquisadores da instituição como viveiro de produção de mudas de diferentes espécies botânicas e faz parte das pesquisas voltadas para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e eficientes para produção vegetal na região semiárida.
Para realização da pesquisa, foram utilizadas tecnologias eficientes, de baixo custo e com menor quantidade de matéria prima, se comparada a construções convencionais. Foi reproduzida uma estrutura chamada de domo geodésico, também comumente conhecida por cúpulas, abóbadas ou simplesmente geodésicas, cujo arcabouço é composto por uma rede de polígonos, geralmente triangulares. O que proporciona rapidez no processo de construção e menos geração de resíduos que as estruturas de casas de vegetação tradicionais. Outro ponto positivo é a alta capacidade de resistência da estrutura em relação a ventos devido à física de seu formato e por possuir mais espaço livre pela ausência de pilares no interior.
Dentre os vários benefícios observados nessa construção, é notável que a forma esférica promove fluxos de ar de forma circular, facilitando a aclimatização, bem como a cobertura curva proporciona menor exposição solar e estabilidade de temperatura nas estações secas e chuvosas, além também da cúpula possuir 30% a menos de área de superfície, se comparado a uma estrutura retangular equivalente, isso significa uma economia de cerca de 30% para aquecimento ou resfriamento do ambiente.
Dentre os experimentos que estão sendo realizados por pesquisadores do INSA/MCTI, a exemplo do que utiliza mudas de pitaya (Hylocereus sp.), já foi observado desenvolvimento vegetal de 30% mais eficiente com a estrutura geodésica, quando comparado a outros métodos. Essa estrutura também está sendo testada para outros fins e futuramente serão publicados os resultados obtidos nessas pesquisas, no entanto, já estão acontecendo visitas de pessoas e instituições ao INSA/MCTI interessadas em conhecer melhor os propósitos da construção.
Para melhores esclarecimentos, você pode entrar em contato com o núcleo responsável pelas pesquisas pelo telefone (83) 96330757 ou e-mail fabiane.costa@insa.gov.br ou consultar o Portal INSA/MCTI.
Pesquisadora responsável: Fabiane Costa