Notícias
INSA e UFCG desenvolvem estudos sobre a Palma Forrageira
Unidade Experimental de Palma Forrageira localizada no INSA - Foto: Thyago Aires
O Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola (PPGEA), desenvolveram estudos sobre aspectos da palma forrageira de algumas espécies que são cultivadas na Estação Experimental Ignácio Salcedo do INSA.
O primeiro estudo, intitulado “Crescimento, fisiologia e produção de palma forrageira sob regimes hídricos e adubação orgânica”, faz parte da dissertação de Mestrado da pós-graduanda Raúcha Carolina de Oliveira, que avaliou o crescimento, aspectos fisiológicos e produtivos das variedades de palma forrageira Orelha de Elefante Mexicana (Opuntia stricta) e Negro Michoacan (Opuntia atropes Rose), adubadas com cinza de biomassa e esterco bovino, em sistema de sequeiro e irrigado. O trabalho apresentou resultados positivos para ambos os genótipos estudados utilizando essa combinação de adubo, tornando-se uma opção de tecnologia acessível e de baixo custo ao produtor rural na região Semiárida. O estudo teve como coorientadora a pesquisadora titular do Núcleo de Produção Vegetal Jucilene Araújo, e contou com acompanhamento dos pesquisadores da equipe no desenvolvimento das atividades e avaliações.
O outro estudo, Tese da Doutoranda Jaciara Ribeiro Miranda, tem como título “Desempenho da palma forrageira cultivada em diferentes frequências de irrigação na Mesorregião do Agreste paraibano”, e objetivou avaliar o desempenho da palma forrageira sob diferentes frequências de irrigação (7 e 28 dias) e realizar a modelagem agrometeorológica da palma através do modelo AquaCrop, ferramenta que permite estimar o potencial produtivo das culturas em diferentes cenários climáticos, com intuito de simular a produtividade para esta Mesorregião.
Observou-se que a dinâmica de crescimento da palma forrageira sofreu influência do regime hídrico, com crescimento mais elevado quando irrigada a cada 7 dias, porém as variáveis fisiológicas e bromatológicas não apresentaram modificação entre as diferentes frequências de irrigação. Verificou-se também uma redução entre 6 e 13 ºC da temperatura do solo, entre as frequências de irrigação, enquanto que a estimativa da produção através do modelo AquaCrop apresentou resultados satisfatórios para a cultura da palma forrageira e clima específico da Mesorregião do Agreste paraibano, mostrando valores de produtividade simulados semelhantes aos obtidos em campo. Assim o modelo mostra ótimo desempenho com erros próximos a zero e índices de concordância em torno de um, sendo a aplicabilidade do software AquaCrop uma ótima ferramenta no auxílio da previsão agrometeorológica para o campo.
Ambos os trabalhos têm previsão de defesa para até o fim de julho de 2021.