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Estande do INSA/MCTI na 74 ° SBPC atrai público com mostra científica voltada para o Semiárido brasileiro
Começou no último domingo, 24, a 74ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A SBPC é uma entidade civil sem fins lucrativos, voltada para o avanço científico, tecnológico, cultural e educacional do Brasil. Possui assento permanente no Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), e colabora para a definição de políticas que são parte do campo de Ciências e Tecnologias.
A reunião anual integra estudantes, pesquisadores, unidades de pesquisa e outras instituições interessadas no desenvolvimento tecnológico do país. E dispõe, em Brasília, de um espaço destinado para a exposição de projetos e ações das Unidades Vinculadas ao MCTI, a “Avenida da Ciência”. A Semana conta com um estande do Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTI), com exposição de projetos e iniciativas da Unidade de Pesquisa do MCTI.
Ns áreas de Produção Vegetal e Agroindústria, o INSA/MCTI apresenta produtos alimentícios à base de palma forrageira (Opuntia fícus indica e/ou Nopalea cochenellifera), Ora-pro-nobis (Pereskia aculeata) e vinagreira (Hibiscus sabdariffa); além de doces cristalizados do fruto e da raquete de palma forrageira, farinha da palma e bolachas feitas com esta farinha, doce de corte de vinagreira, doce de vinagreira com coco, biscoitos de Ora-pro-nobis, entre outros produtos. Também estão expostos raquetes de palma forrageira, resistentes a Cochonilha-do-carmim, e cartilhas sobre o cultivo e manejo da palma forrageira em condições do semiárido.
Em Recursos Hídricos, o Instituto Nacional do Semiárido expõe a tecnologia SARA (Saneamento Ambiental e Reúso Água). A iniciativa, desenvolvida pelo INSA/MCTI e reconhecida pela ONU como um potencial para política pública capaz de alavancar o desenvolvimento econômico do Brasil, está sendo difundida pelo Semiárido através de projetos e em parceria com outras instituições, como MDR, IICA, IRPAA, UFERSA, FUNASA, MAPA e PaqTCPB. O Instituto Nacional do Semiárido implantou mais de 80 unidades da tecnologia em residências de agricultores familiares e em escolas famílias agrícolas, nos estados da Bahia, Paraíba, Ceará e Pernambuco, junto com outros parceiros. Também serão implantadas mais 22 unidades, ainda em 2022, e cerca de 105 unidades em 2023.
E na área de Biodiversidade, responsável pela curadoria e manutenção da coleção vegetal do Cactário Guimarães Duque, o INSA/MCTI demonstra parte das pesquisas desenvolvidas em diferentes áreas, incluindo as ações para a conservação das cactáceas do Semiárido Brasileiro. A coleção do cactário conta com mais de 150 espécies e 1100 espécimes, das quais 80 são nativas do Semiárido - aproximadamente 70% da diversidade de cactos do Semiárido Brasileiro, e com vários representantes classificados em alguma categoria de ameaça.
Além da iniciativa ‘Adote um Cacto”, que visa incentivar a conservação de espécies de cactáceas nativas da Caatinga através da redução das elevadas taxas de extrativismo na natureza, bem como valorizar o potencial ornamental destas espécies por meio de práticas sustentáveis, promovendo o comércio de cactos nativos como uma oportunidade para uso sustentável no Semiárido brasileiro, contribuindo assim para diversificação e melhoria de renda da população. E o projeto de “Conservação do cacto globoso ameaçado de extinção Melocactus lanssensianus P.J. Braun”, que busca estabelecer um programa de restauração ecológica, a fim de recuperar a população de M. lanssensianus em seu ambiente natural, integrando ações de conservação, por meio do cultivo de plântulas e sua reintrodução na natureza.