Notícias
Dia Mundial do Meio Ambiente: Pesquisador do INSA fala sobre o processo de Desertificação
De acordo com o pesquisador Rodrigo Macedo, do Núcleo de Solos e Mineralogia, dados da FUNCEME/Centro de Gestão e Estudos Energéticos (CGEE) mostram que a Paraíba tem aproximadamente 54.000km2 de Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD), sendo que aproximadamente 5.000 km2 dessas áreas estão fortemente degradadas. As áreas com maiores índices de degradação no estado estão localizadas na mesorregião da Borborema (Cariri Oriental e Ocidental; Seridó Oriental e Ocidental) e na mesorregião do Sertão.
Durante a entrevista Rodrigo Macedo esclareceu que a desertificação, um processo que ocorre em regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas (terras secas), pode causar a degradação dos solos, acarretar em perda da biodiversidade e comprometer corpos hídricos.
Resultados de pesquisa recente realizada pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), mostrou que no território paraibano, a desertificação pode ocorrer de forma natural e/ou ser acelerada pela ação humana, principalmente a partir da remoção da cobertura vegetal e das práticas inadequadas de manejo.
Nessa pesquisa foi demonstrado que Luvissolos Crômicos/Háplicos, no qual predominam no Seridó Ocidental e nos Cariris, são naturalmente susceptíveis à degradação por que apresentam horizonte subsuperficial muito mais argiloso do que sua camada superficial, o que aumenta consideravelmente as perdas de solo por erosão. Nesse cenário, a ação humana pode diretamente acelerar e/ou desencadear alguns processos específicos, tais como erosão, salinização e sodificação, cuja atuação em conjunto ou separado pode levar a redução nos teores de matéria orgânica, perdas de horizontes superficiais e assoreamento e/ou eutrofização de corpos hídricos.
Confira a entrevista na íntegra (a partir de 24 min): https://www.facebook.com/watch/live/?v=475690190402938&ref=watch_permalink