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V CONBRAU
Durante o V CONBRAU, Diretor do INPP destacou as funções sociopolíticas das instituições de pesquisa em Áreas Úmidas
Foto: Vicente de Souza
A palestra de encerramento do V Congresso Brasileiro de Áreas Úmidas (V CONBRAU), foi ministrada pelo Diretor do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), Prof. Dr. Paulo Teixeira de Sousa Jr, a apresentação abordou “As funções sociopolíticas das instituições de pesquisa nas Áreas Úmidas em tempo de crise climática”.
Em sua palestra, o Prof. destacou as principais funções da instituição como a produção e disseminação de conhecimento científico, a pesquisa, orientação, assessoria para as políticas públicas, a contribuição com a sociedade para o desenvolvimento sustentável, além da busca de uma rede de colaboração e de apoio governamental. ”A gente faz pesquisa e monitoramento dos impactos climáticos, geramos dados do ecossistema, contribuímos para a preservação das Áreas Úmidas”(AUs), informou.
Entre as funções da instituição, segundo ele, está a contribuição para a conservação e a gestão sustentável dos recursos naturais, no sentido de liderar e articular iniciativas multi-institucionais, catalisando a formação de redes de cooperação horizontais e não competitivas. Dessa maneira, contribuindo com ações e práticas sustentáveis, que possam ser adotadas por comunidades locais, visando o engajamento comunitário e a inclusão social.
Outro ponto abordado por ele, é a promoção da cooperação internacional, contribuindo com as organizações sociais e governamentais, para enfrentar os problemas globais, além de proporcionar o intercâmbio de conhecimento.
Na sua avaliação, a promoção do ecoturismo está entre as ações que podem ser realizadas com sustentabilidade. Ele frisou a valorização econômica e cultural das Áreas Úmidas. “Nesse sentido, a atividade do turismo sustentável e a preservação cultural são importantes, é preciso documentar e proteger as culturas tradicionais, sem esquecer do valor espiritual destas unidades de paisagem, que é fundamental”.
Durante a fala foram apresentadas também as estruturas organizacional e física da nova instituição (INPP), explicando que o prédio abriga em sua estrutura física de 5000 m2 construídos, 27 salas para diversas funções, além de laboratórios, dois auditórios e demais dependências.
Em relação à produção dos pesquisadores, adiantou que o recém-criado Instituto já apresenta 61 artigos científicos publicados, quatro capítulos de livros e duas solicitações de patentes. No programa de capacitação institucional, são 26 pesquisadores com bolsas em atuação pelo INPP.
“Nessa linha, buscamos cumprir a nossa missão, que é: contribuir para o estabelecimento de sociedades sustentáveis no Pantanal e outras AUs.”
Destacou ainda duas importantes conquistas: o Acordo de Cooperação com a South China Agriculture University (SCAU), e também o lançamento do Inventário das Áreas Úmidas Brasileiras com foco na ecologia, manejo, ameaças e lacunas de conhecimento’; e-book que reúne o trabalho de pesquisadores de todas as regiões brasileiras.
Durante a realização do Congresso, o INPP demonstrou coerência com um dos seus principais valores, que é a sustentabilidade, não distribuindo materiais plásticos, como copos e outros utensílios. O ambiente estava totalmente limpo para a circulação dos participantes do grande evento. No Congresso, participaram aproximadamente trezentas pessoas, grande parte oriunda de nove estados. No encerramento, foi anunciada a realização do próximo CONBRAU em 2026, na cidade de Manaus-AM.