Medicamentos
MEDICAMENTOS
28/08/2021 a 03/09/2021
Por meio de reposicionamento de fármacos, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP encontraram sete possíveis medicamentos para inibir a replicação do coronavírus. Os fármacos, testados em simulações no computador, já são aprovados pela FDA o que facilitaria o avanço para testes clínicos caso sua eficácia seja comprovada in vitro (em testes de laboratório). Usando aprendizado de máquina, os cientistas testaram mais de 11 mil moléculas e selecionaram aquelas que obtiveram maior afinidade com a enzima 3-chemotrypsin-like protease (3CLpro), alvo do estudo, e que registraram maior estabilidade dentro do sítio ativo (região onde ocorre reação química) desta proteína. A 3CLpro é a principal protease do SARS-CoV-2 e é essencial para que o vírus consiga se replicar (09/08/2021 e 01/09/2021). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics e Jornal da USP
27/08/2021 a 03/09/2021
Pesquisadores desenvolveram uma proteína de fusão ECA2-Fc humana recombinante (hECA2-Fc) e um mutante hECA2-Fc com atividade catalítica reduzida. hECA2-Fc e a mutante hECA2-Fc bloquearam eficientemente a entrada de SARS-CoV-2, SARS-CoV e HCoV-NL63 em células que expressam hECA2 e inibiram a fusão célula-célula mediada por proteína S SARS-CoV-2. A hECA2-Fc também neutralizou várias cepas de SARS-CoV-2 com infecciosidade aprimorada, incluindo mutações D614G e V367F, bem como as variantes emergentes de SARS-CoV-2, B.1.1.7 (Alfa), B.1.351 (Beta), B .1.617.1 (Kappa), e B.1.617.2 (Delta), demonstrando seus efeitos antivirais potentes e de amplo espectro. Além disso, as proteínas hECA2-Fc protegeram o HBE da infecção por SARS-CoV-2. Ao contrário dos anticorpos neutralizantes de direcionamento a RBD, o tratamento com hECA2-Fc não induziu o desenvolvimento de mutantes de escape. Além disso, os tratamentos profiláticos e terapêuticos com hECA2-Fc protegeram efetivamente os camundongos da infecção por SARS-CoV-2, conforme determinado pela redução da replicação viral, perda de peso, alterações histológicas e inflamação nos pulmões. A proteção fornecida por hECA2 mostrou eficácia dependente da dose in vivo. Dados farmacocinéticos indicaram que hECA2-Fc tem uma meia-vida relativamente longa in vivo em comparação com ECA2 solúvel, o que o torna um excelente candidato para profilaxia e terapia para COVID-19, bem como para infecções por SARS-CoV e HCoV-NL63(12/08/2021). Fonte: Nature
14/08/2021 a 20/08/2021
Estudo de meta-análise teve como objetivo resumir as evidências de ensaios clínicos randomizados (RCTs) para determinar se azitromicina (AZ) ou cloroquina ou seu derivado hidroxicloroquina (HCQ) está associado a melhores resultados clínicos. Foram pesquisados desde o início da pandemia até 7 de março de 2021 e foram incluídos RCTs publicados que investigaram a eficácia de AZ, HCQ ou sua combinação entre pacientes hospitalizados com infecção por COVID-19. Os desfechos de interesse foram mortalidade por todas as causas e o uso de ventilação mecânica. A idade média dos participantes variou de 40,4 a 66,5 anos. Não houve efeito significativo na mortalidade associada com AZ mais HCQ, AZ sozinho, ou HCQ sozinho. Da mesma forma, com base em tamanhos de efeito combinados derivados de evidências diretas e indiretas, nenhum dos tratamentos teve um benefício significativo na redução do uso de ventilação mecânica. Nenhuma heterogeneidade foi identificada e evidências de ECRs sugerem que AZ com ou sem HCQ não foi associado a um efeito significativo na mortalidade ou nas taxas de ventilação mecânica em pacientes hospitalizados com COVID-19 (09/08/2021). Fonte: Medical Virology
O objetivo foi avaliar o efeito do tratamento com anakinra na mortalidade em pacientes internados com COVID-19. Dos resultados a Anakinra pode ser uma opção segura de tratamento anti-inflamatório para reduzir o risco de mortalidade em pacientes internados no hospital com pneumonia COVID-19 moderada a grave, especialmente na presença de sinais de hiperinflamação, como concentrações de PCR superiores a 100 mg/L (09/08/2021). Fonte: The Lancet
Estudo teve como objetivo desenvolver um sistema de liberação de fármaco polimérico biocompatível e biodegradável direcionado ao local de ligação ao receptor relevante e que forneça liberação controlada do fármaco. O fosfato de oseltamivir (OP) é um pró-fármaco antiviral administrado por via oral para a terapia primária da doença na forma de carboxilato ativado bioquimicamente (carboxilato de oseltamivir OC). No estudo apresentado, as nanopartículas (NPs) de poli (ácido lático-co-glicólico) (PLGA) carregado com o fármaco peptídeo de ligação a spike 1 (SBP1) de SARS-CoV-2 foram projetadas para serem usadas como um eficiente sistema de liberação prolongada de medicamentos antivirais. Ao avaliar os resultados, foi relatado que a modificação da superfície de NPs carregados com OP foi significativamente eficaz em características como tamanho, valores de potencial zeta, funcionalidade da superfície e comportamento de liberação. O modelo terapêutico da formulação polimérica carregada com o fármaco direcionado a um peptídeo específico pode servir como uma alternativa para produtos farmacêuticos de liberação controlada mais eficazes no tratamento de COVID-19 após uma extensa investigação (10/08/2021). Fonte: Nanotechnology
Pesquisadores avaliaram como o uso de corticosteroides inalados está associado aos desfechos de COVID-19. Em uma coorte nacional de 6.267 indivíduos com teste positivo para SARS-CoV-2 hospitalizados na Dinamarca, estimaram a taxa de risco, após 30 dias, de admissão em unidade de terapia intensiva (UTI) ou de morte entre usuários de corticosteroides inalados (ICS) em comparação com usuários de broncodilatadores (β2-agonistas / antagonistas muscarínicos) e não usuários de ICS em geral. Compararam com análises que haviam sido realizadas entre os pacientes com teste positivo para influenza durante 2010-2018. Dos 6.267 pacientes hospitallizados, 614 (9,8%) foram internados na UTI e 677 (10,8%) morreram em 30 dias. O uso de ICS foi associado a uma razão de risco de 1,09 para admissão na UTI e 0,78 para morte em comparação com o uso de broncodilatador. Comparado com nenhum uso de ICS geral, a taxa de risco de admissão na UTI foi 1,17 e 1,02 para morte. Entre 10.279 pacientes com influenza hospitalizados, dos quais 951 (9,2%) foram admitidos na UTI e 1.275 (12,4%) morreram, as razões de risco foram 1,43 e 1,11 para admissão na UTI e 0,80 e 1,03 para morte em comparação com o uso de broncodilatador e nenhum uso de ICS em geral, respectivamente. Os pesquisadores concluem que os resultados não apóiam um efeito do uso de corticosteroide inalado nos desfechos de COVID-19 (14/08/2021). Fonte: Phamacoepidemiology & Drug Safety
Embora as vacinas continuem a ser a opção primária para a prevenção de COVID-19, os anticorpos monoclonais neutralizantes (mAbs), como o bamlanivimabe e o etesevimabe, mostraram beneficiar certas subpopulações após a exposição ao SARS-CoV-2, com o potencial de reduzir a progressão da doença, visitas ao pronto-socorro, hospitalizações e morte. As diretrizes atuais para a administração de bamlanivimabe sozinho ou junto com etesevimabe são informadas por um processo iterativo de teste e desenvolvimento. Nesta revisão, os pesquisadores abordam as questões clínicas mais comuns recebidas de profissionais de saúde (HCPs) e pacientes em relação à população indicada, dose, uso com outros medicamentos e vacinas, duração da proteção e variantes na prática clínica, além da relação ao impacto potencial das variantes do SARS-CoV-2 na eficácia ao considerar as opções de tratamento (10/08/2021). Fonte: Infectious Diseases and Therapy
07/08/2021 a 13/08/2021
A OMS lança um novo programa de estudos o Solidarity Plus que testará em 600 hospitais de 52 países três medicamentos: artesunato, imatinibe e infliximabe. Estes medicamentos foram selecionados por um painel de especialistas independentes por seu potencial na redução do risco de morte em pacientes hospitalizados com COVID-19. Eles já são usados para outras indicações: artesunato é usado para malária grave, imatinibe para certos tipos de câncer e infliximabe para doenças do sistema imunológico, como doença de Crohn e artrite reumatoide (11/08/2021). Fonte: WHO
Os anticorpos monoclonais e coquetéis de anticorpos vem sendo uma terapia e profilaxia promissora para a doença COVID-19, no entanto, a evolução contínua da SARS-CoV-2 pode tornar os anticorpos monoclonais ineficazes. Este estudo mapeou completamente todas as mutações para o domínio de ligação ao receptor da spike do SARS-CoV-2 (RBD) que escapam da ligação por um anticorpo monoclonal líder, LY-CoV555, e sua combinação de coquetel com LY-CoV016. Mutações individuais que escapam da ligação por cada anticorpo são combinadas nas linhagens B.1.351 e P.1 SARS-CoV-2 circulantes (E484K escapa de LY-CoV555, K417N / T escapa de LY-CoV016). Além disso, a mutação L452R na linhagem B.1.429 escapa de LY-CoV555. Além disso, os pesquisadores identificaram alterações de aminoácidos individuais que escapam do coquetel combinado LY-CoV555 + LY-CoV016 sugerindo que esforços futuros diversifiquem os epítopos direcionados por anticorpos e coquetéis de anticorpos para torná-los mais resilientes à evolução antigênica do SARS-CoV-2 (01/04/2021). Fonte: Cell
Para entrar nas células humanas, o domínio de ligação ao receptor da subunidade S1 do SARS-CoV-2 (SARS-CoV-2-RBD) se liga ao domínio da peptidase (PD) do receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2). O emprego de peptídeos para inibir a ligação entre SARS-CoV-2-RBD e ECA2-PD é uma solução terapêutica para COVID-19. Um estudo experimental anterior descobriu que o peptídeo 23-mer (SBP1) se ligava ao SARS-CoV-2-RBD com menor afinidade do que a ECA2. Para aumentar a afinidade SBP1, um estudo anterior usou os resíduos 21-45 da hélice α1 de ECA2-PD (SPB25). Para projetar SPB25 com melhor afinidade do que ECA2, os pesquisadores realizaram um projeto computacional para as proteínas com as melhores mutações projetadas no estudo anterior. A dinâmica molecular mostra que as afinidades de ligação previstas de três peptídeos (SPB25Q22R, SPB25F8R / K11W / L25R e SPB25F8R / K11F / Q22R / L25R) são melhores do que ECA2. Além disso, suas estabilidades previstas podem ser um pouco maiores do que SBP1. Este estudo desenvolveu uma abordagem para projetar ligantes de peptídeo SARS-CoV-2 com afinidades de ligação previstas melhores do que ECA2. Esses peptídeos projetados são candidatos promissores como inibidores da SARS-CoV-2 (02/08/2021). Fonte: Scientific Report (Nature)
O efeito anti-inflamatório dos macrolídeos levou ao estudo da claritromicina oral em COVID-19 moderado. Neste trabalho, foi realizado um ensaio clínico aberto não randomizado em 90 pacientes com COVID-19 de gravidade moderada, entre maio e outubro de 2020. Carga viral, biomarcadores, função das células mononucleares e segurança foram avaliados. O final do tratamento foi alcançado em 86,7% dos pacientes tratados com claritromicina. As respostas foram melhores para pacientes infectados por variantes não B 1.1. O uso de claritromicina foi associado a diminuições na proteína C reativa circulante, fator de necrose tumoral-alfa e interleucina (IL) -6; por aumento da produção de interferon-gama e diminuição da produção de interleucina-6 por células mononucleares; e por supressão da carga viral SARS-CoV-2. Nenhuma preocupação de segurança foi relatada. Os pesquisadores concluíram que o tratamento precoce com claritromicina fornece melhora clínica na COVID-19 moderada (06/08/2021). Fonte: Infectious Diseases and Therapy
Anvisa autorizou em 11/08/2021 uso emergencial de novo medicamento para Covid-19. O Regkirona (regdanvimabe) é um anticorpo monoclonal, ou seja, um produto biológico produzido em laboratórios e que reproduz anticorpos que ajudam o organismo no combate a alguma doença específica. É importante destacar que esses anticorpos não previnem a doença. Segundo a diretora da ANVISA, os resultados dos ensaios clínicos com os anticorpos monoclonais, do tipo “mabes” (do inglês monoclonal antibodies – mAbs), mostraram uma redução dos danos pulmonares, diminuição da viremia (presença de vírus no sangue) e do risco de hospitalização, o que levou agências reguladoras como a norte-americana Food and Drug Administration (FDA) e a europeia European Medicines Agency (EMA), além da Anvisa, a aprovarem esse tipo de medicamento para uso emergencial, em casos específicos. O produto é injetável e de uso restrito a hospitais, preferencialmente para uso em programas de saúde pública no combate ao coronavírus (SARS-CoV-2). Fonte: ANVISA
31/07/2021 a 06/08/2021
Estudo descreve um potencial anti-SARS-CoV-2 de uma planta medicinal brasileira tradicionalmente utilizada no tratamento de infecções respiratórias, como gripes e resfriados, com um longo histórico de comercialização para esse fim. Dois flavonóides isolados inibiram a replicação viral do SARS-CoV-2 com maior eficiência e menor citotoxicidade do que o tratamento com lopinavir/ritonavir e cloroquina. Dentre os flavonóides isolados, a tetra-o-metil-quercetina está sendo relatada pela primeira vez no gênero, assim como o potencial inibitório dos o-metil-flavonóides livres contra a SARS-CoV-2. Os resultados in silico demonstraram a potencial interação entre flavonóides e resíduos-chave de COVID-19 3CLpro, bem como PLpro, de forma semelhante à dos inibidores potenciais selecionados contra COVID-19. Retusina (3,7,3,4-tetra-o-metil-quercetina) demonstrou os melhores resultados nos ensaios e no docking molecular. Este estudo destaca a possível aplicação de flavonóides metilados como a retusina, como uma terapia antiviral ou adjuvante no tratamento de COVID-19(20/07/2021). Fonte: Revista brasileira de Farmacologia
No estudo RECOVERY, de avaliação do tocilizumabe foram incluídos paciente com concentração de proteína C reativa (CRP) de 75 mg/L ou mais; portanto, o estudo já restringiu a comparação com um subgrupo de pacientes selecionado em um biomarcador. Embora não tenham coletado dados sobre as concentrações basais de IL-6, os dados de CRP foram coletados porque a CRP está associada às concentrações de IL-6 e à gravidade clínica, e é globalmente um biomarcador mais acessível e disponível do que IL-6, segundo os pesquisadores. Em uma análise post-hoc de No desfecho primário de mortalidade em 28 dias com base em tercis aproximados de CRP, não houve evidência de heterogeneidade de efeito pela concentração basal de CRP de 75 mg/L ou mais (p = 0,30; apêndice). Esses dados, portanto, não apóiam a hipótese de restringir o tratamento com tocilizumabe aos pacientes com níveis mais altos de CRP ou outros biomarcadores de inflamação. Ao contrário, esses dados levantam a questão de se ainda mais pacientes com COVID-19 poderiam se beneficiar da inibição de IL-6 se um limite inferior (CRP <75 mg / L) fosse usado para iniciar o tratamento(24/07/2021). Fonte: The Lancet
Pesquisadores citam que os efeitos colaterais dos β-coronavírus em humanos e o surgimento de variantes do SARS-CoV-2 destacam a necessidade de amplas contra medidas para o coronavírus. Neste trabalho os pesquisadores descrevem cinco anticorpos monoclonais (mAbs) em reação cruzada com a hélice da haste de múltiplas glicoproteínas S de β-coronavírus isoladas de indivíduos convalescentes COVID-19. Usando estudos estruturais e funcionais, mostram que o mAb com a maior amplitude (S2P6) neutraliza os vírus pseudotipados de três subgêneros diferentes por meio da inibição da fusão da membrana e delineia a base molecular para sua reatividade cruzada. S2P6 reduz a carga viral em hamsters desafiados com SARS-CoV-2 através da neutralização viral e funções efetoras mediadas por Fc. Os anticorpos da hélice do tronco são raros, muitas vezes de especificidade estreita e podem adquirir amplitude de neutralização por meio de mutações somáticas(03/08/2021). Fonte: Science
Existem poucos dados que descrevem as tendências no uso de hidroxicloroquina para COVID-19 após a publicação de estudos randomizados que não conseguiram demonstrar um benefício desta terapia. Identificamos 13.957 pacientes admitidos para COVID-19 ativo em 85 hospitais dos EUA participantes de um registro nacional entre 1 de março e 31 de agosto de 2020. A proporção geral de pacientes que receberam hidroxicloroquina atingiu um pico de 55,2% em março e abril e diminuiu para 4,8% em maio e junho e 0,8% em julho e agosto. No nível hospitalar, o uso médio foi de 59,4% em março e abril (IQR 48,5–71,5%, intervalo 0–100%) e diminuiu para 0,3% (IQR 0–5,4%, intervalo 0–100%) em maio e junho e 0% (IQR 0–1,3%, intervalo 0–36,4%) em julho e agosto. A taxa e uniformidade em nível de hospital na desimplementação desta terapia ineficaz para COVID-19 reflete uma resposta rápida à evolução das informações clínicas e estudos adicionais podem oferecer estratégias para informar a desimplementação de cuidados clínicos ineficazes (23/07/2021). Fonte: Nature
24/07/2021 a 30/07/2021
Estudo revela que a enzalutamida antiandrogênica (um medicamento bem tolerado amplamente usada no câncer de próstata avançado) diminui a regulação de TMPRSS2 e reduz a entrada celular de SARS-CoV-2 nas células do pulmão humano e no pulmão de camundongos. É importante ressaltar que os antiandrogênios reduziram significativamente a entrada de SARS-CoV-2 e a infecção nas células pulmonares. Em apoio a esses dados experimentais, a análise de conjuntos de dados existentes mostra impressionante co-expressão de AR e TMPRSS2, incluindo em tipos de células pulmonares específicos direcionados por SARS-CoV-2. O estudo conclui que os dados apresentados fornecem fortes evidências para apoiar os ensaios clínicos para avaliar a eficácia dos antiandrogênios como uma opção de tratamento para COVID-19 (01/07/2021). Fonte: Nature Communications
A prevenção da atividade biológica da principal protease SARS-CoV-2 usando compostos naturais é de grande interesse. Nesse contexto, usando uma combinação de AutoDock Vina e simulações de tração rápida de ligante, onze compostos de fungos marinhos foram identificados que provavelmente atuam como inibidores Mpro de SARS-CoV-2 altamente potentes para prevenir a replicação viral. Em particular, quatro compostos, incluindo M15 (3-O- (6-O-α-L-arabinopiranosil) -β-D-glucopiranosil-1,4-dimetoxixantona), M8 (wailupemicinas H), M11 (cottoquinazolinas B), e M9 (wailupemicinas I) (23/06/2021). Fonte: Royal Society of Chemistry
SaNOtize anunciou que recebeu a aprovação da Health Canada para prosseguir com a inscrição de voluntários em testes de Fase III após a fase positiva anterior II resultados para seu spray nasal de óxido nítrico (NONS) para a prevenção e tratamento precoce de COVID-19 e suas variantes. O spray NONS reduz a carga viral, o que diminui a transmissão do vírus SARS-CoV-2 de uma pessoa, independentemente da variante (23/06/2021). Fonte: businesswire
Para desenvolver anticorpos anti-SARS-CoV-2 neutralizantes humanos, bibliotecas de genes de anticorpos de pacientes convalescentes COVID-19 foram construídas e fragmentos de anticorpos recombinantes (scFv) contra o domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína spike foram selecionados por exibição de fago. O anticorpo STE90-C11 mostra um subnanômetro IC50 em um ensaio de neutralização de SARS-CoV-2 vivo baseado em placa. A eficácia in vivo do anticorpo é demonstrada no hamster sírio e no modelo de camundongo da enzima conversora de angiotensina humana 2 (hACE2). A estrutura cristalina do Fab STE90-C11 no complexo com SARS-CoV-2-RBD mostra que o anticorpo se liga na mesma região que ECA2 para RBD. A ligação e inibição de STE90-C11 não são bloqueadas por muitas mutações RBD emergentes conhecidas. IgG1 humana derivada de STE90-C11 com Fc silenciado por FcγR (COR-101) está passando por ensaios clínicos de Fase Ib / II para o tratamento de COVID-19 moderado a grave (13/07/2021). Fonte: Cell Reports
Estudo teve como objetivo avaliar a eficácia da colchicina no tratamento de COVID-19 usando uma abordagem de meta-análise. Scopus, Pubmed, estudiosos do Google, Web of Science e Science direct foram usados para pesquisar todos os ensaios clínicos randomizados, casos-controle e estudos transversais que avaliaram a eficácia da colchicina como um tratamento para COVID-19 (até 28 de maio de 2021). O efeito geral da colchicina versus o grupo de controle foi determinado usando uma meta-análise de modelo de efeitos aleatórios, onde comparamos as mudanças (ou seja, diferenças médias - grupo colchicina vs grupo controle) entre as duas condições nos escores de teste indicativos do tempo de hospitalização (dia) e taxa de mortalidade. A terapia com colchicina está associada a uma diminuição da taxa de mortalidade em pacientes com COVID-19 e associada a uma diminuição no tempo de hospitalização (dia) em pacientes com COVID-19. Os dados preliminares atuais mostram que a colchicina tem um efeito benéfico no tratamento da doença coronavírus em 2019. Portanto, a colchicina pode ser uma boa sugestão no tratamento de COVID-19 (10/07/2021). Fonte: International Journal of Immunopathology and Pharmacology
Os corticosteroides fazem parte das diretrizes de tratamento para COVID-19 e mostraram melhorar a mortalidade. Estudo busca definir a taxa de infecção secundária em pacientes criticamente enfermos com COVID-19 e determinar o efeito do uso de corticosteroides na mortalidade em pacientes criticamente enfermos com COVID-19. Os resultados demonstram que a presença de uma infecção secundária não aumenta a letalidade do COVID-19. O uso de corticosteroides, uma terapia que salva vidas para muitos pacientes criticamente enfermos com COVID-19, deve ser acompanhado por uma maior consciência, mas não por medo, em relação ao risco de infecção secundária (12/07/2021). Fonte: Journal of Intensive Care Medicine
Estudo mostra que bamlanivimabe, casirivimabe e imdevimabe neutralizam com eficiência o SARS-CoV-2 autêntico, incluindo a variante B.1.1.7 (Alfa), mas as variantes B.1.351 (Beta) e P.2 (Zeta) foram resistentes ao bamlanivimabe e parcialmente para casirivimab (05/07/2021). Fonte: Infectious Diseases
Estudo descreveu a identificação de anticorpos específicos do domínio de ligação ao receptor neutralizante (RBD) de camundongos por meio da vacinação com um RBD SARS-CoV-2 recombinante. Os anticorpos monoclonais direcionados a RBD (mAbs) com função distinta e reconhecimento de epítopo foram selecionados para compreender a neutralização de SARS-CoV-2. Anticorpos específicos de RBD de alta afinidade exibiram alta potência na neutralização de vírus vivos e de pseudótipo SARS-CoV-2 e a partícula de pseudovírus SARS-CoV-2 contendo a proteína de pico S-RBDV367F mutante (SARS-CoV-2 (V367F)). Esses resultados demonstraram que esses anticorpos reconhecem quatro grupos distintos (I-IV) de epítopos no RBD e que mAbs que alvejam o epítopo do grupo I podem ser usados em combinação com mAbs que reconhecem epítopos dos grupos II e / ou IV para fazer coquetéis de mAb contra SARS-CoV -2 e seus mutantes. Além disso, a caracterização estrutural revela que os epítopos dos grupos I, III e IV estão próximos de um ponto de acesso RBD. A identificação de anticorpos e coquetéis específicos para RBD pode fornecer uma intervenção terapêutica e profilática eficaz contra a SARS-CoV-2 e seus isolados (24/06/2021). Fonte: MedComm
SaNOtize anunciou que recebeu a aprovação da Health Canada para prosseguir com a inscrição de voluntários em testes de Fase III após a fase positiva anterior II resultados para seu spray nasal de óxido nítrico (NONS) para a prevenção e tratamento precoce de COVID-19 e suas variantes. O spray NONS reduz a carga viral, o que diminui a transmissão do vírus SARS-CoV-2 de uma pessoa, independentemente da variante (23/06/2021). Fonte: businesswire
17/07/2021 a 23/07/2021
Os anticorpos monoclonais e vacinas disponíveis atualmente parecem ter eficácia reduzida contra algumas variantes preocupantes do SARS-CoV-2 (VoCs). Os antivirais que combatem proteínas conservadas de SARS-CoV-2 são improváveis de serem afetados por mutações que surgem em VoCs e, portanto, devem ser eficazes contra variantes emergentes. Neste artigo, pesquisadores apresentam a eficácia do molnupiravir, atualmente em ensaios clínicos de fase II, em hamsters infectados com a cepa Wuhan, variantes B.1.1.7 ou B.1.351. O molnupiravir provou ser eficaz contra infecções com cada uma das variantes e, portanto, pode ter potencial para combater os VoCs emergentes atuais e futuros (09/07/2021). Fonte: The Journal of Infectious Diseases
Ensaio clínico randomizado (ClinicalTrials.gov Identifier: NCT04332107) que incluiu 263 pacientes ambulatoriais com infecção por SARS-CoV-2, demonstrou que o tratamento com uma única dose oral de azitromicina, 1,2 g, versus placebo não resultou em maior probabilidade de ausência de sintomas no dia 14 após início dos sintomas. No dia 21, 5 participantes do grupo tratado com azitromicina foram hospitalizados e nenhum do grupo controle (16/07/2021). Fonte: JAMA.
12/06/2021 a 16/07/2021
Estudo mostra o tratamento que usa uma combinação de dois anticorpos monoclonais (casirivimabe e imdevimabe, conhecido como REGEN-COV nos EUA) que se ligam especificamente a dois locais diferentes na proteína spike do coronavírus, neutralizando a capacidade do vírus de infectar as células. Estudos anteriores em pacientes com COVID-19 não hospitalizados mostraram que o tratamento reduz a carga viral, encurta o tempo de resolução dos sintomas e reduz significativamente o risco de hospitalização ou morte. Em um pequeno ensaio em pacientes hospitalizados, evidências preliminares sugeriram um benefício clínico em pacientes que não haviam montado uma resposta natural de anticorpos própria quando entraram no ensaio (eram soronegativos). RECOVERY é o primeiro estudo grande o suficiente para determinar se este tratamento reduz a mortalidade em pacientes hospitalizados com COVID-19 grave (16/07/2021). Fonte: University Oxford
O aumento da inflamação e da coagulopatia foram independentemente associadas à doença crítica e mortalidade por todas as causas e tiveram um efeito sinérgico papel na patogênese de COVID-19. Observações iniciais de um benefício da heparina em uma coorte selecionada de pacientes gravemente enfermos com COVID-19 na China, seguidos por relatos de aumento de eventos tromboembólicos em pacientes com COVID-19. Os achados da autópsia, mostrando trombose microvascular pulmonar generalizada, sugeriram que a hipoxemia e insuficiência respiratória em COVID-19 resultou de trombose microvascular. Entre esses estudos, três plataformas - ACTIV-4a, ATTACC e REMAP-CAP - uniram forças para avaliar a dose terapêutica versus a dose profilática de heparina em pacientes hospitalizados com COVID-19. Em pacientes com doença moderada, independentemente da concentração de dímero D, a anticoagulação terapêutica diminuiu o número de dias de suporte de órgãos. Esses resultados aparentemente discrepantes sugeriram que a heparina terapêutica funcionou melhor quando iniciada no início do curso da doença, antes que os pacientes ficassem gravemente enfermos (12/06/2021). Fonte: The Lancet
28/06/2021 a 02/07/2021
Ensaio clínico piloto duplo-cego randomizado comparando Nitazoxanida (NTZ) 600 mg BID versus Placebo por sete dias entre 50 indivíduos (25 em cada braço) com SARS-COV-2 RT-PCR + (PCR) que foram hospitalizados com insuficiência respiratória leve em maio 20 de 2020, a 21 de setembro de 2020 (ClinicalTrials.gov NCT04348409). Foram avaliados os desfechos clínicos e virológicos e os biomarcadores inflamatórios. Foi utilizada uma escala de cinco pontos para gravidade da doença (SSD). Dos resultados tem-se que no dia 4, 31,8% dos participantes do grupo NTZ estavam em tratamento ambulatorial e 9% foram hospitalizados com oxigênio ou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enquanto apenas 8,3% dos participantes do grupo placebo estavam em tratamento ambulatorial , 29,2% permaneceram internados com oxigênio ou na UTI. No dia 7, 68,4% dos participantes do grupo NTZ estavam em tratamento ambulatorial, em comparação com 31,8% dos participantes do placebo, enquanto no dia 14, 84,2% dos participantes do grupo NTZ estavam em tratamento ambulatorial, em comparação com 55% de participantes de placebo (26/06/2021). Fonte: The Lancet
Estudo de coorte com 425 voluntários testou o uso de tenofovir e emtricitabina que interferem com a polimerase de RNA dependente de ácido ribonucléico (RNA) SARS CoV-2 (RdRp) e demonstraram que as pessoas tratadas com tenofovir disoproxil fumarato e emtricitabina têm menos probabilidade de desenvolver infecção por SARS CoV-2 e COVID-19 grave (26/06/2021). Fonte: The Lancet
Estudo cita que os anticorpos neutralizantes monoclonais são uma classe de fármacos importante na luta global contra a pandemia de SARS-CoV-2 devido à sua capacidade de transmitir proteção imediata e seu potencial para serem usados como fármacos profiláticos e terapêuticos. Os anticorpos neutralizantes usados clinicamente contra os vírus respiratórios são atualmente injetados por via intravenosa, o que pode levar a uma biodisponibilidade pulmonar subótima e, portanto, a uma eficácia inferior. O anticorpo neutralizante monoclonal totalmente humano que se liga ao domínio de ligação ao receptor da proteína spike SARS-CoV-2, o DZIF-10c exibe uma potência de neutralização excepcionalmente alta contra o SARS-CoV-2 e retém a atividade contra as variantes de interesse B.1.1.7 e B.1.351. É importante ressaltar que não apenas a aplicação sistêmica, mas também intranasal, de DZIF-10c aboliu a presença de partículas infecciosas nos pulmões de camundongos infectados com SARS-CoV-2 e mitigou a patologia pulmonar. O perfil farmacocinético favorável, e os resultados destacam o DZIF-10c como um novo anticorpo neutralizante de SARS-CoV-2 humano com alta potência antiviral in vitro e in vivo. A aplicação intranasal bem-sucedida de DZIF-10c abre caminho para ensaios clínicos que investigam a aplicação tópica de anticorpos anti-SARS-CoV-2 (09/06/2021). Fonte: bioRxiv
Estudo isolou nanocorpos anti-RBD de lhamas e de camundongos que foram projetados para produzir VHHs clonados de alpacas, dromedários e camelos. Os pesquisadores identificaram dois grupos de nanocorpos altamente neutralizantes. O Grupo 1 contorna a deriva antigênica reconhecendo uma região RBD que é altamente conservada em coronavírus, mas raramente direcionada por anticorpos humanos. O Grupo 2 é quase exclusivamente focado na interface RBD-ECA2 e não neutraliza as variantes SARS-CoV-2 que carregam substituições E484K ou N501Y. No entanto, os nanocorpos do grupo 2 retêm a atividade de neutralização total contra essas variantes quando expressos como homotrímeros e rivalizam com os anticorpos mais potentes contra SARS-CoV-2 que foram produzidos até o momento. Essas descobertas sugerem que os nanocorpos multivalentes superam as mutações do SARS-CoV-2 por meio de dois mecanismos separados: avidez aumentada para o domínio de ligação ECA2 e reconhecimento de epítopos conservados que são amplamente inacessíveis aos anticorpos humanos. Portanto, embora novos mutantes SARS-CoV-2 continuem a surgir, os nanocorpos representam ferramentas promissoras para prevenir a mortalidade por COVID-19 quando as vacinas são comprometidas (07/06/2021). Fonte: Nature
Na busca por fármacos anti-coronavírus, os pesquisadores logo se voltaram para os flavonóides glicosilados. Os glicosil flavonóides, amplamente difundidos no reino vegetal, têm recebido muita atenção devido às suas propriedades antioxidantes, antiinflamatórias, neuroprotetoras, anticarcinogênicas, antidiabéticas, antimicrobianas e antivirais amplamente reconhecidas, juntamente com sua capacidade de modular funções celulares essenciais. A ampla gama de atividades biológicas apresentadas pelos glicosil flavonóides, juntamente com sua baixa toxicidade, os tornam candidatos ideais para o desenvolvimento de medicamentos. Nesta revisão, examinamos e discutimos os desenvolvimentos atualizados em glicosil flavonóides como fontes naturais baseadas em evidências de antivirais contra coronavírus e seu papel potencial no manejo de COVID-19(07/06/2021). Fonte: Pharmaceuticals
Os pesquisadores avaliaram as interações de versões recombinantes da proteína spike com linhas de células epiteliais humanas que expressam níveis baixos / muito baixos de ECA2 e TMPRSS2 em um ensaio proxy para interação com células hospedeiras. Uma forma marcada da proteína spike contendo as regiões S1 e S2 ligadas de uma maneira dependente da temperatura a todas as linhas celulares, enquanto a região S1 sozinha e o domínio de ligação ao receptor (RBD) interagiram apenas fracamente. A proteína Spike é associada a células independentemente de ECA2 e TMPRSS2, enquanto RBD exigia a presença de altos níveis de ECA2 para interação. Como a proteína spike demonstrou anteriormente se ligar à heparina, um glicosaminoglicano solúvel, os pesquisadores testaram os efeitos de várias heparinas na interação da proteína spike independente da ECA2 com as células. A heparina não fracionada inibiu a interação da proteína spike. Dos resultados os glicosaminoglicanos sulfato de heparina e sulfato de dermatana, mas não o sulfato de condroitina, também inibiram a ligação da proteína spike, indicando que ela pode se ligar a um ou ambos os glicosaminoglicanos na superfície das células-alvo (07/06/2021). Fonte: Cell
A inspeção do ciclo de vida do vírus revela vários pontos de estrangulamento virais e baseados no hospedeiro que podem ser explorados para combater o vírus. A principal protease de SARS-CoV-2 (3CLpro), uma enzima essencial para a replicação viral, é um alvo atraente para intervenção terapêutica e o desenho de inibidores da protease pode levar ao surgimento de antivirais eficazes específicos para SARS-CoV-2. Neste estudo, pesquisadores descrevem os resultados de seus estudos relacionados à aplicação de cristalografia de raios-X, o efeito Thorpe-Ingold, deuteração e estereoquímica no projeto de inibidores altamente potentes e não tóxicos de SARS-CoV-2 3CLpro. Os efeitos de modificações incluíram modos de ligação imprevistos do anel fenil F-substituído e potência aumentada. A introdução de vários átomos de flúor resultou em uma orientação que permitiu que os átomos de flúor se engajassem na ligação H com resíduos no S4pocket, embora com ângulos de ligação subótimos. Estruturas cocristais de alta resolução com uma série de inibidores desvendaram o mecanismo de ação e forneceram informações valiosas sobre a ligação dos inibidores ao sítio ativo e a identidade dos determinantes estruturais envolvidos na ligação. Coletivamente, os resultados dos estudos aqui descritos são significativos e fornecem uma plataforma de lançamento eficaz para a realização de outros estudos pré-clínicos (preprint) (15/06/2021). Fonte: ChemRxiv
A proteína spike (S) do SARS-CoV-2 se liga às células epiteliais do pulmão do hospedeiro através do receptor de superfície celular ECA2, um processo dependente de proteases do hospedeiro, incluindo TMPRSS2. Neste estudo, pesquisadores identificaram pequenas moléculas que reduzem a expressão de superfície de TMPRSS2 usando uma biblioteca de 2.560 compostos de ensaios clínicos atuais ou aprovados pela FDA. Foram identificadas a homoharringtonina e a halofuginona como os agentes mais atrativos, reduzindo a expressão endógena de TMPRSS2 em concentrações submicromolares. Esses efeitos parecem ser mediados por uma alteração induzida por fármacos na estabilidade da proteína TMPRSS2. Demonstrou-se ainda que a halofuginona modula os níveis de TMPRSS2 por meio da degradação mediada por proteassoma que envolve o componente E3 ubiquitina ligase (DCAF1). Finalmente, as células expostas à homoharringtonina e halofuginona, em concentrações de fármaco conhecidas por serem atingíveis no plasma humano, demonstram resistência marcada à infecção por SARS-CoV-2 em modelos vivos e pseudovirais in vitro. Com base nos dados de segurança e farmacocinética já disponíveis para os compostos identificados nesta triagem, esses resultados devem ajudar a agilizar o projeto racional de ensaios clínicos em humanos projetados para combater a infecção COVID-19 ativa (23/06/2021). Fonte: Nature Communications
21 a 25/06/2021
Estudo avaliou a eficácia e segurança de tofacitinibe, um inibidor da janus-quinase, em pacientes hospitalizados com pneumonia por COVID-19. Foram designados, aleatoriamente, 289 pacientes de 15 locais no Brasil, hospitalizados com pneumonia por COVID-19, em uma proporção de 1:1, para receber tofacitinibe na dose de 10 mg ou placebo duas vezes ao dia por até 14 dias ou até a alta hospitalar. O desfecho primário foi a ocorrência de morte ou insuficiência respiratória até o dia 28, avaliada com o uso de uma escala ordinal de oito níveis (com escores variando de 1 a 8 e escores mais altos indicando uma pior condição). Mortalidade e segurança por todas as causas também foram avaliadas. No geral, 89,3% dos pacientes receberam glicocorticoides durante a internação. A incidência cumulativa de morte ou insuficiência respiratória até o dia 28 foi de 18,1% no grupo de tofacitinibe e 29,0% no grupo de placebo. Morte por qualquer causa até o dia 28 ocorreu em 2,8% dos pacientes no grupo de tofacitinibe e em 5,5% daqueles no grupo de placebo. Eventos adversos graves ocorreram em 20 pacientes (14,1%) no grupo de tofacitinibe e em 17 (12,0%) no grupo de placebo. Autores concluíram que entre os pacientes hospitalizados com pneumonia por COVID-19, o tofacitinibe levou a um risco menor de morte ou insuficiência respiratória até o dia 28 do que o placebo. (Financiado pela Pfizer; número STOP-COVID ClinicalTrials.gov, NCT04469114) (16/06/2021). Fonte: New England J. Medicine
O Instituto Tacchini de Pesquisa em Saúde, de Bento Gonçalves, convoca voluntários para um estudo clínico que busca descobrir a eficácia de um antiviral no combate à COVID-19. Desenvolvido pela farmacêutica Merck, juntamente com um laboratório americano, o molnupiravir impede a replicação viral na fase inicial da doença. O instituto, vinculado ao Hospital Tacchini, é um dos sete sítios de pesquisa no Brasil: três em São Paulo (dois na capital e um em São José do Rio Preto, no interior), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR). O medicamento oral deve ser administrado no início do contágio pela doença, por 5 dias, pois é o período em que a replicação viral está mais alta e que precede a piora dos sintomas nos casos mais graves. Na fase 2, os resultados se mostraram promissores. Participaram 202 pacientes nos Estados Unidos, e não foi registrado alerta sobre a segurança nem efeitos graves relacionados ao medicamento (17/06/2021). Fonte: G1
Estudo demonstra que o vírus entra em humanos pela ligação de sua proteína Spike (S) ao receptor ECA presente na superfície das células epiteliais do pulmão, seguido pela clivagem da proteína S pela serina protease transmembrana celular (TMPRSS2). Após a entrada, o genoma do RNA do SARS-CoV-2 é liberado no citosol, onde captura o maquinário de replicação do hospedeiro para a replicação viral, montagem e liberação de novas partículas virais. Os principais alvos de fármacos que foram identificados para SARS-CoV-2 por meio de estudos de interação hospedeiro-vírus incluem 3CLpro, PLpro, RNA polimerase dependente de RNA e proteínas S. Vários relatórios de compostos naturais junto com produtos sintéticos exibiram resultados promissores e alguns deles são Tripterygium wilfordii, Pudilan Xiaoyan Líquido Oral, derivados de saponina, Artemisia annua, Glycyrrhiza glabra L., grânulos de Jinhua Qinggan, Xuebijing e Própolis. Esta revisão tenta divulgar os produtos naturais identificados como anti-SARS-CoV-2 com base na previsão in silico e no efeito de uma variedade de fitoquímicos sozinhos e / ou em combinação com tratamentos convencionais, juntamente com seus possíveis mecanismos moleculares envolvidos para a prevenção e tratamento da doença SARS-CoV-2 (16/06/2021). Fonte: Phytotherapy Research
14 a 18/06/2021
O aumento da inflamação e da coagulopatia foram independentemente associadas à doença crítica e mortalidade por todas as causas e tiveram um efeito sinérgico papel na patogênese de COVID-19. Observações iniciais de um benefício da heparina em uma coorte selecionada de pacientes gravemente enfermos com COVID-19 na China, seguidos por relatos de aumento de eventos tromboembólicos em pacientes com COVID-19. Os achados da autópsia, mostrando trombose microvascular pulmonar generalizada, sugeriram que a hipoxemia e insuficiência respiratória em COVID-19 resultou de trombose microvascular. Entre esses estudos, três plataformas - ACTIV-4a, ATTACC e REMAP-CAP - uniram forças para avaliar a dose terapêutica versus a dose profilática de heparina em pacientes hospitalizados com COVID-19. Em pacientes com doença moderada, independentemente da concentração de dímero D, a anticoagulação terapêutica diminuiu o número de dias de suporte de órgãos. Esses resultados aparentemente discrepantes sugeriram que a heparina terapêutica funcionou melhor quando iniciada no início do curso da doença, antes que os pacientes ficassem gravemente enfermos (12/06/2021). Fonte: The Lancet
Revisão sistemática e meta-análise teve como objetivo avaliar o efeito do sofosbuvir / daclatasvir (SOF / DCV) sobre a mortalidade, a necessidade de admissão na unidade de terapia intensiva (UTI) ou ventilação mecânica invasiva (VMI) e a recuperação clínica em pacientes com COVID-19. Houve quatro estudos com um total de 231 pacientes nesta meta-análise. Três estudos eram ensaios clínicos randomizados e um estudo não era randomizado. SOF / DCV foi associado a menor mortalidade e menor necessidade de admissão em UTI ou VMI. A recuperação clínica foi alcançada com mais frequência no SOF / DCV. Houve uma certeza moderada de evidência para mortalidade e necessidade de desfecho na UTI / IMV, e uma certeza baixa de evidência para recuperação clínica. As reduções de risco absoluto foram 140 a menos por 1000 pacientes para mortalidade e 186 a menos por 1000 pacientes para a necessidade de UTI / IMV. O aumento na recuperação clínica foi de 146 a mais por 1000. Dos resultados SOF / DCV pode reduzir a taxa de mortalidade e a necessidade de UTI / IMV em pacientes com COVID-19 enquanto aumenta a chance de recuperação clínica (08/06/2021). Fonte: BMJ
Estudo buscou apresentar as características e os resultados dos pacientes tratados na unidade de terapia intensiva (UTI) com medicamentos imunossupressores, seja tocilizumabe ou anakinra, em comparação com os controles. O estudo prospectivo observacional em um único centro em pacientes com COVID-19 ventilados invasivamente em UTI. O desfecho primário foi a melhora clínica no dia 28. Uma estrutura bayesiana foi empregada e todas as análises foram ajustadas para fatores de discrepancia. Dos resultados sessenta e um pacientes consecutivos com ventilação invasiva foram incluídos, nove (14 ± 7%) receberam tocilizumabe e 15 (24 ± 6%) receberam anakinra. Durante os primeiros sete dias, tocilizumabe foi associado a uma maior diminuição da proteína C reativa. Após o ajuste para fatores de discrepancia, a probabilidade de melhora clínica no dia 28 em comparação com o controle foi 6% para tocilizumabe e 9% para anakinra. No dia 28, a probabilidade de estar em uma categoria clínica melhor era de 5% para tocilizumabe 5% para anakinra. Dos resultados em pacientes com COVID-19 ventilados invasivamente, o tratamento com anakinra foi associado a uma maior probabilidade de melhora clínica em comparação com tocilizumabe; no entanto, o tratamento com qualquer uma dos medicamentos não resultou em melhorias clinicamente significativas em comparação com os controles (08/06/2021). Fonte: Minerva Anestesiologica
Estudo tem como objetivo comparar a eficácia e segurança da terapia baseada em IFN (lopinavir / ritonavir, ribavirina e interferon β-1b) vs. favipiravir (FPV) em uma coorte de pacientes hospitalizados com COVID-19 não crítico. O estudo de coorte incluiu 222 pacientes, dos quais 68 (28%) receberam terapia baseada em IFN. A terapia antiviral foi iniciada em uma mediana de 5 dias (3-6 dias) do início dos sintomas no grupo IFN vs. 6 dias (4-7 dias) para o grupo FPV. A terapia baseada em IFN foi associada a uma mortalidade inferior em 28 dias em comparação com FPV (6 (9%) vs. 18 (12%)). Nenhuma diferença na duração da hospitalização entre os 2 grupos, 9 (7–14) dias vs. 9 (7–13) dias. O grupo tratado com IFN exigiu menos uso de corticosteroides sistêmicos (57%) em comparação com FPV (77%), após o ajuste para a gravidade da doença e outros fatores de discrepancia. Os pacientes no grupo tratado com IFN eram mais propensos a ter náuseas e diarreia em comparação com o grupo FPV (13%) vs. (3%) e (18%) vs. (3%), respectivamente (10/06/2021). Fonte: Plosone
Pesquisadores demonstram que há dois processos principais responsáveis pela patogênese do COVID-19. Nos estágios iniciais da infecção, a doença é determinada principalmente pela replicação do vírus. Nos estágios mais avançados da infecção, por uma resposta imune/inflamatória excessiva, levando a danos nos tecidos. Portanto, as principais opções de tratamento são os antivirais e os imunomoduladores / anti-inflamatórios. Os pesquisadores vem demonstrando que fármacos deveriam ser reaproveitados na terapia com COVID-19, incluindo entre eles, remdesivir, favipiravir, tocilizumabe e baricitinibe. O objetivo desta revisão foi destacar (com base em evidências clínicas existentes e acessíveis em ensaios em andamento) os medicamentos promissores atuais e disponíveis para COVID-19 e delinear suas características (21/05/2021). Fonte: International Journal of Molecular Sciences
02 a 09/06/2021
Pesquisadores apresentam em um painel de estudos in vitro que o projeto terapêutico multiespecífico DARPin® incorporado ao candidato clínico ensovibep (MP0420), alcançou alta potência de neutralização contra as variantes circulantes B.1.1.7 (variante do Reino Unido), B .1.351 (variante sul-africana), P.1 (variante brasileira), B.1.429 (variante sul da Califórnia), B.1.526 (variante Nova York), R.1 (variante japonesa), A.23.1 (variante ugandense), e B.1.617 (variante indiana) de SARS-CoV-2, e há fortes evidências de que o ensovibep também neutraliza a variante indiana B.1.618, com base na análise das mutações de ponto chave na proteína spike desta variante. Além disso, os experimentos de passagem viral mostram proteção potente por ensovibep e MP0423 contra o desenvolvimento de mutações de escape. Finalmente, o estudo demonstrou que a ligação cooperativa dos módulos individuais do antiviral DARPin® multiespecífico é a chave para a inibição potente de vírus e proteção contra variantes de escape. Estes resultados, combinados com o alto rendimento de produção de moléculas DARPin®, sugerem que ensovibep é uma alternativa altamente valiosa para coquetéis de anticorpos monoclonais para o fornecimento global e demonstram a força da plataforma DARPin® para alcançar inibição de vírus potente e duradoura para SARS-CoV-2 e possivelmente outros vírus (26/05/2021). Fonte: medRxiv
A Novartis e a Molecular Partners anunciaram o início do ensaio clínico EMPATHY, um estudo de Fase 2 e 3, para explorar o uso de seu novo candidato terapêutico DARPin® ensovibep (MP0420) para o tratamento da COVID-19. A Novartis conduzirá o programa de ensaios clínicos para ensovibep, com a Molecular Partners como patrocinadora dos estudos (27/05/2021). Fonte: Novartis
Entre novembro de 2020 e março de 2021, o estudo RECOVERY incluiu quase 15.000 pacientes hospitalizados com COVID-19 em uma avaliação dos efeitos da aspirina, que é amplamente usada para reduzir a coagulação do sangue em outras doenças. Um total de 7.351 pacientes foram randomizados para aspirina 150 mg uma vez ao dia e comparados com 7.551 pacientes randomizados para tratamento usual sozinho. Não houve evidência de que o tratamento com aspirina reduziu a mortalidade. Não houve diferença significativa no desfecho primário de mortalidade em 28 dias (17% de aspirina vs. 17% de tratamento usual. Os pacientes alocados para aspirina tiveram uma duração ligeiramente mais curta de hospitalização (mediana de 8 dias vs. 9 dias) e uma proporção maior teve alta do hospital com vida dentro de 28 dias. Para cada 1000 pacientes tratados com aspirina, aproximadamente mais de 6 pacientes tiveram um evento hemorrágico importante e aproximadamente menos de 6 um evento tromboembólico (coagulação) (08/06/2021). Fonte: University Oxford e medRXiv
Estudo retrospectivo descreve uma experiência do uso de baixa dose de hidroxicloroquina (HCQ) (200mg / dia) em 27 casos graves de doença COVID-19 hospitalizados. Pesquisadores constataram que, embora o uso do HCQ tenha resultado em melhorias nas radiografias de tórax, não houve redução significativa de óbitos nos casos em que o HCQ foi utilizada (30/04/2021). Fonte: Advances in Bioscience and Clinical Medicine
Pesquisadores demonstram in vitro que o interferon tipo I IFN-α promove a expressão e fosforilação de STAT1 e que STAT1 fosforilado regula positivamente a expressão do gene ECA2 e da proteína ECA2 ligando-se à região do promotor (posições −1232 a −1032) de ECA2 provocando um efeito que pode ser inibido pelo inibidor de STAT1, a fludarabina. Resultados sugerem que os inibidores de STAT1, como a fludarabina, podem ser candidatos a agentes terapêuticos para infecções virais, como a infecção por SARS-CoV-2, e essa possibilidade precisa de mais experimentos in vivo e / ou in vitro no contexto de infecção clínica por SARS-CoV-2 (31/05/2021). Fonte: Nature
31/05/2021
Estudos observacionais ou prospectivos relatando resultados de pacientes adultos hospitalizados com infecção por COVID-19 tratados com tocilizumabe (TCZ). Os tamanhos de efeito foram relatados como odds ratios (ORs) com intervalos de confiança de 95% (ICs), e um OR menor que 1 foi associado a um melhor resultado naqueles tratados com TCZ. 13.476 pacientes (33 estudos; n = 3.264 receberam TCZ) com pneumonia COVID-19 e vários graus de gravidade foram incluídos. O resultado foi melhor no grupo tratado com TCZ. Na análise primária (n = 19 estudos relatando dados), a mortalidade foi reduzida em pacientes tratados com TCZ (OR = 0,64, IC de 95%: 0,47-0,87; P <0,01). Em 9 estudos onde o risco de morte com o uso de TCZ foi controlado por outras variáveis, a mortalidade foi reduzida em 57% (OR = 0,43, IC 95%: 0,27-0,7; P <0,01). A necessidade de cuidados intensivos (ventilação mecânica) também foi reduzida (OR = 0,36, IC 95%: 0,14-0,89; P = 0,02) (20/05/2021). Fonte: World Journal of Methodology
Estudo buscou avaliar os resultados clínicos de acordo com o tratamento imunossupressor administrado a pacientes com pneumonia SARS-CoV-2 grave e inflamação moderada. Um estudo de coorte observacional retrospectivo envolvendo 142 pacientes com pneumonia COVID-19 grave e inflamação moderada divididos em três grupos de tratamento (pulsos de metilprednisolona sozinho [grupo I], tocilizumabe sozinho [grupo II] e metilprednisolona mais tocilizumabe [grupo III]). O objetivo foi avaliar as diferenças intergrupos no curso clínico com um acompanhamento de 60 dias e fatores analíticos relacionados. O tocilizumabe parece não estar associado a melhores desfechos clínicos e deve ser reservado para cenário de ensaio clínico, uma vez que seu uso generalizado pode resultar em maior taxa de admissão em UTI e maior tempo médio de internação sem diferenças na taxa de mortalidade e eventos potencialmente adversos (24/05/2021). Fonte: Medicina Clínica
Estudo com 250 pacientes onde 123 placebos e 124 utilizando hidroxicloroquina demonstrou baixa potência envolvendo principalmente pacientes mais velhos (acima de 77 anos) com COVID-19 leve a moderado, os pacientes tratados com hidroxicloroquina não tiveram melhores resultados clínicos ou virológicos do que aqueles que receberam o placebo (31/03/2021). Fonte: Clinical Microbiology and Infection
28/05/2021
A GlaxoSmithKline (GSK) e a Vir Biotechnology, sediadas na Inglaterra, anunciaram que a US Food and Drug Administration (FDA) concedeu uma autorização de uso de emergência para o medicamento sotrovimabe (anteriormente VIR-7831), um anticorpo monoclonal de dose única experimental, para o tratamento de COVID-19 leve a moderado em adultos e pacientes pediátricos (12 anos de idade ou mais pesando pelo menos 40 kg) com resultados positivos do teste viral direto de SARS-CoV-2, e que estão em alto risco de progressão a COVID-19 grave, incluindo hospitalização ou morte. O tratamento com sotrovimabe resultou em uma redução de 85% no risco de hospitalização ou morte em pacientes ambulatoriais adultos de alto risco em comparação com o placebo, com base nos resultados provisórios do ensaio de Fase 3 COMET-ICE (26/05/2021). Fonte: GSK
Artigo descreve o composto diamidobenzimidazol, diABZI-4, que ativa o STING e se mostrou altamente eficaz em limitar a replicação SARS-CoV-2 em cultura de células e animais. O artigo demonstra que a ativação de uma resposta imunológica precoce terapeuticamente com uma única dose é uma estratégia promissora para controlar o vírus, incluindo a variante sul-africano B.1.351. O diABZI-4 inibiu a replicação SARS-CoV-2 em células epiteliais pulmonares e a administração de diABZI-4 intranasal antes ou mesmo após a infecção pelo SARS-CoV-2 conferiu proteção completa contra doenças respiratórias graves em camundongos K18-ACE2-transgênicos infectados com SARS-CoV-2. O diABZI é identificado como um agonista de STING (um simulador de genes de interferon) e esta em fase de testes clínicos no tratamento de alguns tipos de câncer. A administração intranasal de diABZI-4 induziu uma rápida ativação de curta duração do STING, levando à produção transitória de citocinas pro-inflamatórias e ativação de linfócitos no pulmão associada à inibição da replicação viral. O estudo apoia o uso do diABZI-4 como uma terapia que mobiliza defesas antivirais para o tratamento e prevenção do COVID-19 (18/05/2021). Fonte Science Immunology
Através de uma nova tecnologia de engenharia de proteínas, cientistas produziram uma forma tetravalente superpotente de proteína ECA2, acoplada à região Fc de imunoglobulina γ1 humana, usando um domínio de tetramerização de automontagem da proteína p53. Esta proteína Quad de alto peso molecular (ACE2-Fc-TD) retém a ligação à proteína spike de ligação ao receptor SARS-CoV-2 e pode formar um complexo com a proteína spike mais anticorpos antivirais. O ACE2-Fc-TD atua como uma poderosa proteína chamariz que supera as proteínas monoméricas e diméricas ECA2 solúveis e bloqueia a infecção do pseudovírus SARS-CoV-2 e do vírus SARS-CoV-2 com eficácia bastante aprimorada (19/05/2021). Fonte: Nature
Estudo realizado com 2.335 pacientes que receberam infusão de bamlanivimabe em dose única entre 12 de novembro de 2020 a 17 de fevereiro de 2021 foram comparados com um controle de propensão compatível de 2.335 pacientes não tratados com COVID-19 leve a moderado nas instalações da Mayo Clinic em 4 estados. Os pacientes que receberam bamlanivimabe tiveram menores taxas de hospitalização por todas as causas nos primeiros 14 dias. Dos resultados os pesquisadores avaliaram que entre os pacientes de alto risco com COVID-19 leve a moderado, o tratamento com bamlanivimabe foi associado a uma menor taxa de hospitalização estatisticamente significativa em comparação com o tratamento usual (25/05/2021). Fonte: MedRxiv
Estudo avaliou 85 compostos flavonóides para determinar sua interação in-silico com alvos proteicos cruciais para a infecção por SARS-CoV-2. Os cinco alvos importantes escolhidos foram a protease principal (Mpro), domínio de ligação ao receptor de Spike (Spike-RBD), RNA polimerase dependente de RNA (RdRp ou Nsp12), proteína não estrutural 15 (Nsp15) de SARS-CoV-2 e o domínio de ligação RBD da proteina spike e enzima de conversão da angiotensina hospedeira-2 (ECA-2). Dos resultados os pesquisadores sugerem que tribuloside, legalon e isosilybin devem ser avaliados em estudos futuros para determinar sua eficácia para inibir a infectividade do SARS-CoV-2 (10/05/2021). Fonte: Computers in Biology and Medicine
Estudo teve como objetivo avaliar a eficácia e segurança de tofacitinibe no tratamento da síndrome de liberação de citocinas, que é uma complicação perigosa da COVID-19. Dos resultados o tofacitinibe foi eficaz e seguro para controlar a síndrome de liberação de citocinas em COVID-19. Ensaios duplo-cegos randomizados controlados com tofacitinibe com e sem o uso simultâneo de glicocorticoides são necessários para confirmar seu uso no tratamento da COVID-19 (21/05/2021). Fonte: Pulmonary Pharmacology & Therapeutics
Revisão destaca os avanços recentes na pesquisa de medicamentos antivirais que têm como alvo a proteína spike altamente exposta. Uma estratégia potencial envolve a interrupção da interação da proteína S do SARS-CoV-2 com os receptores da célula hospedeira através de anticorpos neutralizantes direcionados ao domínio de ligação do receptor na subunidade S1, pequenos inibidores de peptídeos, inibidores de fusão de peptídeos contra S2, células hospedeiras enzimas conversoras de angiotensina 2 (ECA2) e inibidores de protease, com o objetivo de abrir caminho para o controle da entrada nas células virais (20/05/2021). Fonte: Viral Immunology
26/05/2021
Ensaio clínico de intervenção, prospectivo, duplo-cego, randomizado e controlado em paralelo, investigou o efeito dos suplementos antioxidantes nas citocinas inflamatórias e na progressão da doença em pacientes não críticos. Um total de 87 pacientes hospitalizados com COVID-19 foram randomizados usando randomização gerada por computador no grupo do suplemento (n = 18) e no grupo do placebo (n = 16) por 10 dias. Foi realizada a triagem nutricional inicial e final por meio de triagem de risco nutricional (NRS-2002) e avaliação subjetiva global (SGA), bem como o registro de parâmetros antropométricos, clínicos, bioquímicos e funcionais. Nível de ferritina sérica, parâmetros de tempestade de citocinas, como interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral-α (TNF-α), proteína quimioatrativa de monócitos 1 (MCP-1), proteína C reativa, contagem total de leucócitos, contagem linfocítica e a proporção de neutrófilos para linfócitos foi medida. Os parâmetros antropométricos e clínicos mostraram diferenças não significativas entre os grupos. O perfil hematológico mostrou melhora na contagem de linfócitos no grupo do suplemento. No entanto, os níveis de fosfatase alcalina, IL-6, TNF-α e MCP-1 foram significativamente menores no grupo do suplemento. Em conclusão, a suplementação oral com antioxidantes reduziu significativamente a tempestade de citocinas e levou a melhorias parciais nos parâmetros clínicos entre pacientes com COVID-1 não crítico (19/05/2021). Fonte: Antioxidants
Ensaio clínico randomizado paralelo cego simples, em que os participantes foram randomizados igualmente para o grupo de intervenção que recebeu Sofosbuvir / ledipasvir (grupo S.L.), e o grupo controle recebeu Oseltamivir, Hidroxicloroquina e Azitromicina (grupo OCH). Os resultados primários foram a taxa de cura ao longo do tempo e a incidência de eventos adversos graves. Os desfechos secundários incluíram os achados laboratoriais. O gráfico de Kaplan-Meir mostrou uma cura consideravelmente maior ao longo do tempo no grupo S.L.. Não houve mortes no grupo S.L., mas houve seis mortes (4,8%) no grupo OCH Sete pacientes (5,6%) no grupo S.L. e seis pacientes (4,8%) no grupo OCH foram internados na UTI. Sofosbuvir / ledipasvir é sugestivo de ser eficaz no tratamento de pacientes com infecção moderada por COVID-19. Mais estudos são necessários para comparar o Sofosbuvir / ledipasvir com os novos protocolos de tratamento (21/05/2021). Fonte: medRxiv
Estudo propõe uma estrutura para monitorar o surgimento de resistência antiviral e, como uma prova de conceito, os pesquisadores abordaram a interação entre RdRp e remdesivir. Mostraram que RdRp de SARS-CoV-2 está sob seleção de purificação, que mutações de escape potenciais são raras em linhagens circulantes e que essas mutações, quando presentes, não desestabilizam RdRp. Em mais de 56.000 genomas virais de 105 países da primeira onda pandêmica, os pesquisadores encontraram pressão seletiva negativa afetando o Nsp12 com potenciais mutações de escape antivirais em apenas 0,3% dos genomas sequenciados. As mutações de escape potenciais incluem resíduos de chave conhecidos, como Nsp12: Val473 e Nsp12: Arg555. Das potenciais mutações de escape envolvidas globalmente, os modelos estruturais in silico demonstram que era improvável que estivessem associadas à perda de estabilidade em RdRp. Nenhuma mutação de escape potencial foi encontrada em uma coorte local de pacientes tratados com remdesivir. Coletivamente, esses achados indicam que o RdRp é um alvo adequado para o fármaco e que o remdesivir não parece exercer uma alta pressão seletiva (19/05/2021). Fonte: microorganismos
Estudo para availar imunoglobulina Y de gema de ovo (IgY) específico contra a proteína conservadora do nucleocapsídeo (NP) do SARS-CoV-2 obtido por imunização de galinhas. Por meio de uma série de esquemas otimizados de precipitação e extração por ultrafiltração, sua pureza aumentou para 98%. O IgY hiperimune contra NP (N-IgY) em um título de 1: 50.000 mostrou forte capacidade de ligação a NP, que estabeleceu a base do aplicativo de N-IgY direcionado a NP. Em um estudo imunorregulatório in vitro, N-IgY (1mg / mL) modulou a resposta imune induzida por NP ao aliviar a secreção de interferon tipo II estimulada por NP (20μg / mL). Em resumo, o N-IgY pode ser produzido em massa por método alcançável, o que o confere valor potencial contra a atual pandemia de COVID-19 (19/05/2021). Fonte: International Immunopharmacology
Em uma revisão sistemática e meta-análise de 31 estudos observacionais revisados por pares, 2 evidências muito incertas foram encontradas para uma relação de causa-efeito do status da vitamina D com vários resultados de saúde relacionados ao COVID-19. As limitações desses estudos incluíram variabilidade na definição de deficiência de vitamina D, o momento da coleta de sangue em relação ao diagnóstico de COVID-19 e o tamanho pequeno da maioria dos estudos. É importante ressaltar que apenas 14 estudos foram ajustados para potenciais fatores de confusão de baixo teor de vitamina D, como idade, índice de massa corporal (IMC) e comorbidades (21/05/2021/0. Fonte: Jama
O objetivo deste estudo é analisar se a enoxacina pode exercer efeitos anti-SARS-CoV-2. Estudo relatou que a enoxacina de molécula pequena exerce uma atividade antiviral, aumentando a via de RNAi. Os pesquisadores exploraram várias ferramentas computacionais e bancos de dados para examinar (i) se o mecanismo de RNAi, como a via alvo da enoxacina, poderia atuar no genoma SARS-CoV-2, e (ii) microRNAs induzidos por enoxacina podem silenciar diretamente os componentes virais também como as proteínas da célula hospedeira que medeiam a entrada e replicação viral. Pesquisadores sugerem que a enoxacina pode ser um candidato promissor para o tratamento com COVID-19 por meio do aumento da via de RNAi (13/05/2021). Fonte: Scientific reports
Estudo apresenta um siRNA terapêutico eficaz contra a infecção por SARS-CoV-2 usando uma nova nanopartícula lipídica de sistema de entrega. Múltiplos RNAs de pequena interferência (siRNAs) direcionados com regiões conservadas do vírus SARS-CoV-2 foram rastreadas e três siRNAs candidatos emergiram que efetivamente inibiem o vírus em mais de 90%, sozinho ou em combinação um com o outro. A abordagem terapêutica de siRNA-LNP pode ser altamente útil no tratamento da doença COVID-19 como uma terapia adjuvante às estratégias de vacinas atuais (05/05/2021). Fonte: Jounal Pre-proof
Estudo visou identificar os medicamentos com maior potência antiviral, rastreando os medicamentos antiparasitários / antiprotozoários aprovados e identificou um medicamento antimalárico, a mefloquina, que apresentou a maior atividade anti-SARS-CoV-2 entre os compostos testados. A mefloquina mostrou maior atividade anti-SARS-CoV-2 do que a hidroxicloroquina em células VeroE6 / TMPRSS2 e Calu-3, com IC50 = 1,28 μM, IC90 = 2,31 μM e IC99 = 4,39 μM em células VeroE6 / TMPRSS2. A mefloquina inibiu a entrada viral após a fixação viral à célula-alvo. O tratamento combinado com mefloquina e nelfinavir, um inibidor da replicação viral, mostrou atividade antiviral sinérgica. O modelo matemático utilizado, baseado na concentração da droga no pulmão, previu que a administração de mefloquina em uma dosagem de tratamento padrão poderia diminuir a dinâmica viral em pacientes, reduzir a carga viral cumulativa para 7% e encurtar o tempo até a eliminação do vírus em 6,1 dias. Esses dados sugerem a utilização de mefloquina como um inibidor de entrada do vírus SARS-CoV-2 no hospedeiro (30/04/2021). Fonte: Front. Microbiol.
24/05/2021
Objetivo do estudo é reposicionar as moléculas aprovadas FDA por meio de um projeto de medicamento auxiliado por computador contra Mpro (PDB ID: 6Y2F) de SARS CoV-2 devido à sua alta resolução de raios-X de 1,95 Å em comparação a outras estruturas M publicadas. Simulações de dinâmica molecular foram realizadas para verificar a estabilidade estrutural geral, flutuações Cα e interações proteína-ligante. Análise de trajetória foi realizada para avaliar a qualidade de ligação, explorando a correlação cruzada de movimento de resíduo de proteína e energia livre de ligação (MM/GBSA). Os pesquisadores citaram que os fármacos Nelfinavir, Lopinavir e Ritonavir, mostraram inibição significativa em estudos in vitro e que o Tenofovir e a Terlipresssina também podem apresentar inibição da protease, mas ainda estão abertos para validação clínica no caso do tratamento com SARS-CoV 2 (13/05/2021). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
21/05/2021
O principal achado do estudo é o efeito da budesonida na prevenção do evento primário, definido como consultas de atendimento de urgência relacionadas ao COVID-19 (incluindo avaliação do pronto-socorro ou hospitalização). Em vista dos resultados do ensaio clínico, alguns benefícios dessa nova abordagem puderam ser concluídos a partir da análise de desfechos secundários, que mostraram uma recuperação clínica autorreferida mais rápida em pacientes alocados para budesonida inalada do que entre aqueles alocados para tratamento usual (12/05/2021). Fonte: The Lancet
Os ribonucleosídeos mutagênicos podem atuar como agentes antivirais de base ampla. Eles são metabolizados na forma trifosfato de ribonucleosídeo ativo e se concentram nos genomas dos vírus de RNA durante a replicação viral. β-D-N 4-hidroxicitidina (NHC, o metabólito inicial do molnupiravir) é mais de 100 vezes mais ativo do que a ribavirina ou favipiravir contra SARS-CoV-2, com atividade antiviral correlacionada ao nível de mutagênese no RNA do vírion. No entanto, NHC também exibe atividade mutacional do hospedeiro em um ensaio de cultura de células animais, consistente com precursores de RNA e DNA que compartilham um intermediário comum de um difosfato de ribonucleosídeo. Esses resultados indicam que ribonucleosídeos mutagênicos altamente ativos podem representar risco para o hospedeiro (07/05/2021). Fonte: Infectious Diseases
Estudo retrospectivo que analisou dados de todos os pacientes adultos admitidos em um centro de atendimento terciário entre março de 2020 e julho de 2020 com um RT-PCR positivo para SARS CoV-2 e um nível sérico de 25-hidroxivitamina D (25 [OH] D) medido dentro de 90 dias antes da admissão do índice. Pacientes com 25 (OH) D <30 ng / mL foram considerados vitamina D insuficiente e pacientes solicitados para pelo menos uma dose semanal de ≥1.000 unidades de ergocalciferol ou colecalciferol foram considerados suplementados. Pacientes com vitamina D insuficiente e suplementados foram comparados a pacientes com insuficiência de vitamina D não suplementados em termos de doença COVID-19 grave, conforme definido por ventilação mecânica ou morte. A suplementação de vitamina D em pacientes com insuficiência de vitamina D não reduziu significativamente os desfechos COVID-19 graves; no entanto, a suplementação de vitamina D foi associada a chances reduzidas não estatisticamente significativas de desfechos de COVID-19 graves em valores de corte mais baixos do nível de vitamina D. Esses resultados demonstram que a suplementação de vitamina D pode ter um efeito protetor contra desfechos graves de COVID-19 em pacientes com níveis basais mais baixos de vitamina D (03/05/2021). Fonte: Journal of The Endocrine Society
19/05/2021
Estudo realizado para avaliar os resultados clínicos de pacientes COVID-19 com sintomas leves a moderados em instituições de idosos de longa permanência (ILPI) que receberam LY-CoV555 em comparação com aqueles que não receberam este tratamento. Duzentos e quarenta e seis (246) pacientes com COVID-19 foram identificados a partir de registros médicos eletrônicos, dos quais 160 casos foram expostos ao tratamento com LY-CoV555 (dose única de 700 mg, infusão intravenosa). Oitenta e seis (86) pacientes eram controles não expostos que não receberam anticorpos monoclonais, LY-CoV555. Dos resultados 92% (148/160) do grupo exposto estavam vivos ou não foram transferidos para o hospital em comparação com 79% (68/86) dos pacientes do grupo não exposto. O tratamento com o anticorpo monoclonal LY-CoV555 está associado à diminuição da mortalidade entre os pacientes de alto risco com infecção leve a moderada por COVID-19 em ILPI (10/05/2021). Fonte: Cureus
O pró-fármaco análogo de nucleotídeo remdesivir permanece como única molécula química antiviral aprovada pela FDA para o tratamento da infecção com SARS-CoV-2. Estudos bioquímicos revelaram que a forma ativa do fármaco tem como alvo a RNA polimerase dependente de RNA viral e causa o atraso da terminação da cadeia. A terminação de cadeia atrasada é incompleta, mas a continuação da síntese de RNA permite um escape parcial da revisão viral. O remdesivir fica embutido na cópia do genoma do RNA que mais tarde serve como modelo. A incorporação de um trifosfato de nucleotídeo de entrada é agora inibida pelo modelo modificado. A inibição enzimática se liga aos efeitos antivirais em culturas de células, modelos animais e redução da carga viral em pacientes, o que fornece a cadeia lógica esperada para um antiviral de ação direta (12/05/2021). Fonte: Current Opinion in Virology
O molnupiravir é um antiviral de amplo espectro que é um pró-fármaco com biodisponibilidade oral do análogo de nucleosídeo β-D-N4-hidroxicitidina (NHC). O molnupiravir ou NHC pode aumentar as mutações de transição G para A e C para U na replicação dos coronavírus. Esses aumentos nas frequências de mutação podem estar associados a aumentos nos efeitos antivirais; no entanto, não foram relatados dados bioquímicos de mutagênese induzida por molnupiravir. Foram estudados os efeitos do composto ativo NHC 5'-trifosfato (NHC-TP) contra o complexo RdRp SARS-CoV-2 purificado. A eficiência de incorporação de nucleotídeos naturais sobre a eficiência de incorporação de NHC-TP em substratos de RNA modelo seguiu a ordem GTP (12.841)> ATP (424)> UTP (171)> CTP (30), indicando que NHC-TP compete predominantemente com CTP para incorporação. Nenhuma inibição significativa da síntese de RNA foi observada como resultado do monofosfato incorporado (NHC-MP) na fita do primer de RNA. Quando incorporado na fita modelo, o NHC-MP suportou a formação de pares de bases NHC: G e NHC: A com eficiências semelhantes. Juntos, os pesquisadores citam que esses dados bioquímicos apóiam um mecanismo de ação do molnupiravir que se baseia principalmente na mutagênese do RNA mediada pela fita molde (09/05/2021). Fonte: Journal of Biological Chemistry
Pesquisadores apresentam um medicamento antiviral siRNA que se mostrou capaz de impedir a replicação do SARS-CoV-2 em camundongos infectados com o vírus, sendo altamente eficaz contra a infecção por SARS-CoV-2 usando um novo sistema de entrega de nanopartículas lipídicas. Vários RNAs de pequena interferência (siRNAs) direcionados a regiões altamente conservadas do vírus SARS-CoV-2 foram selecionados e três siRNAs candidatos, que inibiram efetivamente o vírus em mais de 90%, isoladamente ou em combinação um com o outro, foram destacados. Simultaneamente, os pesquisadores desenvolveram e rastrearam duas novas formulações de nanopartículas lipídicas para a entrega desses candidatos a uma terapêutica de siRNA aos pulmões. O encapsulamento de siRNAs nesses LNPs seguido por injeção in vivo demonstrou uma repressão robusta do vírus nos pulmões e uma vantagem de sobrevivência pronunciada para os camundongos tratados, com uma redução significativa da carga viral. As abordagens siRNA-LNP reveladas pelo estudo são escalonáveis e podem ser administradas ao primeiro sinal de infecção por SARS-CoV-2 em humanos. Ademais, as nanopartículas usadas para encapsular os siRNAs duram por mais de um mês se mantidas em temperatura ambiente e são estáveis a 4° C por 9 meses. Os pesquisadores sugerem que a fórmula ataca especificamente o genoma do coronavírus, sem provocar efeitos colateriais em outras células, assim, a abordagem terapêutica de siRNA-LNP poderia se provar altamente útil no tratamento da doença COVID-19 como uma terapia adjuvante para as estratégias de vacinas atuais (13/05/2021). Fonte: Molecular Therapy
17/05/2021
Pesquisadores realizam uma metanálise da associação entre a concentração de 25-hidroxivitamina D (25 (OH) D) e a gravidade ou mortalidade da infecção por SARS-CoV-2. Pesquisaram na PubMed, EMBASE, Google Scholar e o Cochrane Database of Systematic Reviews para estudos publicados entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020. As estatísticas de efeitos foram agrupadas usando modelos de efeitos aleatórios. Nos 23 estudos incluídos (n = 2.692), os resultados sugeriram que a deficiência de 25 (OH) D foi associada com aumento do risco de doença grave de SARS-CoV-2 (17 estudos) e mortalidade (13 estudos). Apenas 7/23 estudos relataram valores de proteína C reativa, todos> 10 mg / L. O estudo conclui que a deficiência de 25 (OH) D parece estar associada ao aumento da gravidade e mortalidade da infecção por SARS-CoV-2. No entanto, novos estudos devem ser desenhados para determinar se a diminuição da 25 (OH) D é um epifenômeno ou consequência do processo inflamatório associado a formas graves de SARS-CoV-2. Enquanto isso, a concentração de 25 (OH) D pode ser considerada como um reagente de fase aguda negativa e de mau prognóstico na infecção por COVID-19 (22/04/2021). Fonte: Advances in Respiratory Medicine
A fluvoxamina é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina, bem tolerado, amplamente disponível e barato que foi demonstrado em um pequeno estudo duplo-cego, controlado com placebo, randomizado, para prevenir a deterioração clínica de pacientes com COVID-19. A fluvoxamina também é um agonista do receptor sigma-1, por meio do qual controla a inflamação. Neste artigo, pesquisadores revisam importantes mecanismos de ação da fluvoxamina e outros ISRSs que podem desempenhar um papel no tratamento da COVID-19. Esses efeitos incluem: redução na agregação plaquetária, diminuição da degranulação dos mastócitos, interferência com o tráfego viral endolisossômico, regulação da inflamação induzida pela enzima 1α que requer inositol e aumento dos níveis de melatonina, que coletivamente têm um efeito antiviral direto, regulam a coagulopatia ou mitigam a tempestade de citocinas, que são marcas conhecidas de COVID-19 grave (20/04/2020). Fonte: Frontiers in Pharmacology
Anticorpos monoclonais contra SARS-CoV-2 podem fornecer uma opção importante de tratamento da COVID-19, especialmente em populações mais vulneráveis. Neste trabalho, foram identificados anticorpos potentes ligados à proteína spike do SARS-CoV-2 de pacientes convalescentes de COVID-19. Entre eles, o P4A1 que interage diretamente e cobre a maioria dos Receptor Binding Motif do RBD da spike, mostrado pela análise de estrutura complexa de alta resolução. Demonstram ainda as atividades de ligação e neutralização do P4A1 contra o tipo selvagem e as proteína S mutantes ou pseudovírus. O P4A1 foi posteriormente projetado para reduzir o risco potencial de aprimoramento dependente de anticorpos da infecção e estender sua meia-vida. O anticorpo projetado exibe um perfil farmacocinético e de segurança otimizado e resulta em liberação viral completa em um modelo de macaco rhesus de COVID-19 após uma única injeção. Esses dados sugerem seu potencial contra doenças relacionadas ao SARS-CoV-2 (11/05/2021). Fonte: Nat Commun
14/05/2021
A Anvisa aprovou o uso, em caráter emergencial, de um novo coquetel de anticorpos para o tratamento de pacientes com COVID-19. A área técnica e os diretores avaliaram que o uso combinado dos medicamentos banlanivimabe e etesevimabe, da empresa Eli Lilly do Brasil, traz benefícios para casos em estágios iniciais de COVID-19. Os anticorpos objetivam neutralizar o vírus antes que ele entre na célula. Conforme análise dos técnicos da agência, eles têm potencial de eficácia maior quando empregados conjuntamente do que no uso individual. De acordo com as equipes de análise da agência, quando utilizados juntos, os dois medicamentos podem reduzir em até 70% a incidência da COVID-19. Tal eficácia se daria em pacientes que ainda não tenham evoluído para quadro grave e tenham alto risco de progressão (13/05/2021). Fonte: Agência Brasil
Este estudo é o primeiro a relatar a tolerabilidade, segurança, farmacocinética (PK) e imunogenicidade do anticorpo monoclonal anti-SARS-CoV-2 humano recombinante, etesevimabe (CB6, JS016, LY3832479 ou LY-CoV016), em adultos saudáveis. O artigo envolve um estudo de fase 1 randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. Um total de 40 participantes foram inscritos para receber uma única dose intravenosa de etesevimabe ou um placebo em uma das quatro coortes de dose intravenosa ascendente sequencial. Dezessete (42,5%) participantes experimentaram 22 eventos adversos emergentes do tratamento (TEAEs) que estavam relacionados ao medicamento, e as taxas desses TEAEs entre coortes de diferentes doses foram numericamente comparáveis. Nenhuma diferença foi observada entre o grupo de etesevimabe combinado e o grupo de placebo. A exposição após a infusão de etesevimabe aumentou de maneira aproximadamente proporcional à medida que a dose aumentou de 2,5 para 50 mg / kg. O valor da meia-vida de eliminação (t1 / 2) não diferiu entre as diferentes coortes de dose e foi estimado em cerca de 4 semanas. Etesevimabe foi bem tolerado após a administração de uma dose única no intervalo de 2,5 mg / kg a 50 mg / kg em adultos chineses saudáveis. Os perfis farmacocinéticos de etesevimabe em voluntários saudáveis mostraram distribuição típica de anticorpos monoclonais e características de eliminação. (Este estudo foi registrado em ClinicalTrials.gov sob o identificador NCT04441918.) (10/05/2021). Fonte: Antimicrobial Agents Chemotherapy
Em junho de 2020, estudo baseado no Reino Unido chamado RECOVERY descobriu que o esteróide imunossupressor dexametasona reduziu as mortes entre pacientes com necessidade de ventiladores ou recebendo oxigênio suplementar devido à infecção por SARS-CoV-2. O ensaio internacional chamado REMAP-CAP descobriu que as drogas que bloqueiam uma proteína imune chave - o receptor da interleucina-6 (IL-6) - podem reduzir as mortes entre pessoas gravemente doentes com COVID-19. O tratamento com dexametasona e bloqueadores do receptor de IL-6, tornou-se o tratamento padrão em alguns países para pessoas hospitalizadas com COVID-19 que precisam de assistência respiratória (07/05/2021). Fonte: Nature
Este estudo é o primeiro a relatar a tolerabilidade, segurança, farmacocinética (PK) e imunogenicidade do anticorpo monoclonal anti-SARS-CoV-2 humano recombinante, etesevimabe (CB6, JS016, LY3832479 ou LY-CoV016), em adultos saudáveis. O artigo envolve um estudo de fase 1 randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. Um total de 40 participantes foram inscritos para receber uma única dose intravenosa de etesevimabe ou um placebo em uma das quatro coortes de dose intravenosa ascendente sequencial. Dezessete (42,5%) participantes experimentaram 22 eventos adversos emergentes do tratamento (TEAEs) que estavam relacionados ao medicamento, e as taxas desses TEAEs entre coortes de diferentes doses foram numericamente comparáveis. Nenhuma diferença foi observada entre o grupo de etesevimabe combinado e o grupo de placebo. A exposição após a infusão de etesevimabe aumentou de maneira aproximadamente proporcional à medida que a dose aumentou de 2,5 para 50 mg / kg. O valor da meia-vida de eliminação (t1 / 2) não diferiu entre as diferentes coortes de dose e foi estimado em cerca de 4 semanas. Etesevimabe foi bem tolerado após a administração de uma dose única no intervalo de 2,5 mg / kg a 50 mg / kg em adultos chineses saudáveis. Os perfis farmacocinéticos de etesevimabe em voluntários saudáveis mostraram distribuição típica de anticorpos monoclonais e características de eliminação. (Este estudo foi registrado em ClinicalTrials.gov sob o identificador NCT04441918.) (10/05/2021). Fonte: Antimicrobial Agents Chemotherapy
Artigo fornece uma perspectiva histórica sobre a evolução e as investigações realizadas para explorar as aplicações de Ashwagandha como planta medicinal, destacando-se como estimulador imunológico especial para COVID-19. Ela também encontra aplicações como intensificador de resistência cardiorrespiratória, anti-envelhecimento, antioxidante, hipoglicêmico, hipocolesterolêmico e como um adaptogênico eficaz. O artigo conclui com questões de pesquisa abertas, os desafios do uso de Ashwagandha como planta medicinal no cenário atual (13/03/2021). Fonte: International Journal of Pharmaceutical Research
Estudo in silico demonstra o potencial inibitório da quinacrina e da suramina contra a protease principal do SARS-CoV-2 (3CLpro). As moléculas de quinacrina e suramina apresentaram um modo de inibição competitivo e não competitivo, respectivamente, com valores de IC50 na faixa micromolar baixa. Usando simulações de docking e de dinâmica molecular, pesquisadores identificaram um possível mecanismo de ligação e os aminoácidos envolvidos nessas interações. Os resultados sugerem que a suramina, em combinação com quinacrina, mostrou eficácia sinérgica promissora para inibir a 3CLpro do SARS-CoV-2 (10/05/2021). Fonte: Viruses
12/05/2021
Os medicamentos antivirais atualmente disponíveis para o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o vírus da hepatite C (HCV), o regime de cloroquina / hidroxicloroquina (CQ/HCQ) com ou sem azitromicina foi reaproveitado na China e foi recomendado pela Comissão Nacional de Saúde para tratar COVID-19, em meados de fevereiro de 2020. Nessa época, a seleção desse regime foi baseada em sua eficácia contra o vírus SARS-CoV-1 anterior e seu potencial para inibir a replicação viral do SARS-CoV-2 in vitro. Houve uma escassez de provas clínicas robustas sobre a eficácia deste regime contra o novo SARS-CoV-2. Portanto, um amplo esforço de pesquisa tem sido feito por vários pesquisadores em todo o mundo para investigar se este regime é seguro e eficaz para o tratamento de COVID-19. Nesta revisão, os pesquisadores forneceram uma visão geral abrangente do regime CQ / HCQ, resumindo os dados de estudos in vitro e ensaios clínicos para a proteção ou tratamento de SARS-CoV-2. Apesar dos resultados iniciais promissores dos estudos in vitro e do uso difundido de CQ / HCQ em ambientes clínicos durante a 1ª onda de COVID-19, os dados atuais de ensaios clínicos randomizados bem desenhados não mostraram nenhuma evidência de benefício da suplementação de CQ / HCQ para o tratamento ou profilaxia contra a infecção por SARS-CoV-2. Os dois maiores ensaios clínicos randomizados até o momento (ensaios RECOVERY e WHO SOLIDARITY), ambos confirmaram que o regime CQ / HCQ não fornece nenhum benefício clínico para pacientes com COVID-19. Portanto, os pesquisadores não recomendam o uso deste regime em pacientes com COVID-19 fora do contexto de ensaios clínicos (28/04/2021). Fonte: Therapeutics & Clinical Risk Management
A hidroxicloroquina (HCQ), que foi proposta como um fármaco terapêutica ou profilático para COVID-19, foi administrada a milhares de indivíduos com eficácia variável; entretanto, os pesquisadores verificaram efeitos adversos. Foi relatado que a HCQ induziu sintomas psiquiátricos em alguns pacientes com doenças autoimunes, mas ainda não se sabe se a HCQ representa um risco para a saúde mental. Portanto, neste estudo, camundongos saudáveis foram tratados com duas doses diferentes de HCQ que são comparáveis às doses administradas clinicamente por 7 dias. Os pesquisadores descobriram que a HCQ aumentou o comportamento de ansiedade em 24 horas e 10 dias. Além disso, a HCQ diminuiu a expressão de mRNA de interleucina-1beta, hormônio liberador de corticotropina (Crh), um transportador de serotonina (Slc6a4) e um criador de microglia (Aif1) no hipocampo e diminuiu a expressão de mRNA do fator neurotrófico derivado do cérebro (Bdnf) no hipocampo e na amígdala. Muitas dessas mudanças comportamentais e moleculares foram mantidas além de 10 dias após a administração do medicamento, e algumas delas eram dependentes da dose. Os pesquisadores indicam que a HCQ representa um risco significativo para a saúde mental e sugere que uma investigação clínica adicional é essencial (19/04/2021). Fonte: Frontiers
Artigo apresenta a proteção in vivo contra infecção por SARS-CoV-2 por ATN-161 em camundongos transgênicos k18-hACE2. Os autores haviam demonstrado anteriormente que a inibição da integrina alfa5beta1 pelo pequeno peptídeo ATN-161 inibe a interação da proteína S com o receptor celular ECA2 inibindo a infecção celular in vitro. Neste artigo foi demonstrado que o tratamento com doses intravenosas únicas ou repetidas de ATN-161 (1 mg / kg) dentro de 48 horas após a inoculação intranasal com SARS-CoV-2 levou a uma redução da carga viral pulmonar e melhora da histologia pulmonar na maioria dos camundongos 72 horas após a infecção. Além disso, o ATN-161 reduziu a expressão aumentada induzida por SARS-CoV-2 de integrina pulmonar alfa 5 e alfa v (uma integrina relacionada à alfa 5 que também foi implicada em interações SARS-CoV-2), bem como a quimiocina Cxcl10, apoiando ainda mais o envolvimento potencial dessas integrinas, e o potencial anti-inflamatório de ATN-161, respectivamente, na infecção por SARS-CoV-2. Este estudo demonstra a eficácia terapêutica potencial do direcionamento da integrina alfa5beta1 na infecção por SARS-CoV-2 in vivo e apóia o desenvolvimento de ATN-161 como uma nova terapia contra SARS-CoV-2 (09/05/2021). Fonte: bioRxiv
10/05/2021
O complexo de proteína não estrutural SARS-CoV-2 (nsp) nsp10-nsp16 é essencial para a 2'-O-metilação do mRNA viral, uma etapa crucial para escapar do sistema imunológico inato, e é um processo essencial no ciclo de vida do SARS-CoV-2. Portanto, a detecção de moléculas que podem interromper a interação nsp10-nsp16 são fármacos antivirais potenciais. Este estudo buscou rastrear o banco de dados de Produtos Naturais do Norte da África (NANPDB) para moléculas que podem interagir com a interface nsp10 e perturbar a formação do complexo nsp10-nsp16. Os pesquisadores identificaram quatro compostos (genkwanin-6-C-beta-glucopiranosídeo, diterpeno paraliano, 4,5-di-p-trans ácido-coumaroilquínico e citrinamida A) que apresentaram a melhor afinidade de ligação e a interação mais favorável com os resíduos da interface nsp10. Este potencial de interromper a interação da interface nsp10-nsp16 e inibi-la agora define o caminho para estudos funcionais (14/04/2021). Fonte: Biomolecules
Estudo buscou uma abordagem de triagem virtual multi-alvo focada em alvos baseados em hospedeiros relacionados à entrada viral, seguida pela avaliação experimental da atividade antiviral de compostos selecionados. Como resultado, cinco diferentes medicamentos potencialmente reposicionáveis que interferem na entrada do vírus - cefarantina, clofazimina, metergolina, imatinibe e efloxato - foram identificadas. Além disso, um mecanismo de ação potencial para esses medicamentos também foi proposto por análises de VS in-silico, pois seriam capazes de modular algumas das proteínas do hospedeiro envolvidas no processo de entrada do SARS-CoV-2 e foram experimentalmente suportadas para cefarantina, imatinibe, efloxato, clofazimina e metergolina (06/04/2021). Fonte: Pharmaceuticals
Foi realizado um ensaio clínico paralelo, duplo-cego, controlado por placebo, randomizado, fase IIb com pacientes hospitalizados com idade ≥ 18 anos com suspeita clínica, epidemiológica e/ou radiológica de COVID-19 em um centro de atenção terciária em Manaus, Brasil. Os pacientes foram alocados aleatoriamente (razão 1:1) para receber metilprednisolona (PM) intravenosa (0,5 mg/kg) ou placebo (solução salina) duas vezes por dia durante 5 dias. Foi realizada uma análise mITT (modified intention-to-treat). O resultado primário foi a mortalidade de 28 dias. De 18 de abril a 16 de junho de 2020, 647 pacientes foram examinados, 416 foram randomizados e 393 foram analisados como mITT, sendo 194 indivíduos designados para metilprednisolona e 199 para placebo. A infecção pelo SARS-CoV-2 foi confirmada pela RT-PCR em 81,3%. As taxas de mortalidade no dia 28 não foram diferentes entre os grupos. Uma análise do subgrupo mostrou que os pacientes com mais de 60 anos no grupo MP apresentaram menor taxa de mortalidade no dia 28. Os pacientes do braço da PM tendiam a precisar de mais insulinaterapia, e não houve diferença na liberação do vírus na secreção respiratória até o dia 7. Os achados deste estudo sugerem que um curto curso de MP em pacientes hospitalizados com COVID-19 não reduziu a mortalidade na população geral (01/05/2021). Fonte: Clinical Infectious Diseases
Dentre os compostos bioativos naturais, a palmitoiletanolamida (PEA) parece ter efeitos potencialmente benéficos. Na verdade, o FDA autorizou um ensaio clínico em andamento com ultramicronizado (um)-PEA como uma terapia adicional no tratamento da infecção por SARS-CoV-2. Em apoio a essa hipótese, estudos in vitro e in vivodestacaram os efeitos imunomoduladores, anti-inflamatórios, neuroprotetores e analgésicos da PEA, especialmente em sua forma ultramicronizada. Esta revisão destaca o uso potencial de um-PEA como um tratamento adjuvante na infecção por SARS-CoV-2 906/04/2021). Fonte:Pharmaceuticals
A European Medicines Agency (EMA) publicou uma nota no dia 22 de março alertando que o uso de ivermectina para tratamento ou prevenção da COVID-19 não é aprovado na União Europeia e nem recomendado. A agência ressalta que revisou as evidências atuais e elas não apoiam o uso do medicamento para a infecção pelo novo coronavírus, a não ser que seja aprovada para uso em estudos clínicos. A nota deixa claro que o medicamento é bem tolerado nas doses autorizadas e para indicações específicas, como no tratamento de alguns vermes e parasitas e de doenças de pele, como a rosácea. Mas que para uma potencial eficácia contra o SARS-CoV-2 provavelmente as doses teriam que ser mais altas, aumentando os efeitos colaterais e a toxicidade (01/04/2021). Fonte: EMA
07/05/2021
Estudo do PRINCIPLE do Reino Unido com 1.779 participantes demonstrou que a budesonida inalada, um corticosteroide comum, medicamento barato amplamente disponível, reduz os tempos de recuperação em pacientes COVID-19 com mais de 50 anos que são tratados em casa e em outros ambientes comunitários. Até o momento os pesquisadores citam que a budesonida inalada reduziu o tempo de recuperação em uma média de 3 dias em pessoas com COVID-19 com fatores de risco para resultados adversos. No entanto, os pesquisadores acompanharam os pacientes por 28 dias e quando os dados forem concluídos para todos os participantes randomizados para budesonida e as análises finais do tempo de recuperação e hospitalização / morte forem feitas, os dados serão publicados (12/04/2021). Fonte: medRxiv e University Oxford
Estudo tem objetivo avaliar os efeitos do tocilizumabe em pacientes adultos internados no hospital com COVID-19 com hipóxia e inflamação sistêmica. Estudo utilizando uma plataforma randomizada, controlada e aberta avaliou vários tratamentos possíveis em pacientes hospitalizados com COVID-19 no Reino Unido. Os participantes do estudo com hipóxia e evidência de inflamação sistêmica foram elegíveis para atribuição aleatória em uma proporção de 1:1 para o padrão usual de tratamento sozinho versus padrão usual de tratamento mais tocilizumabe na dose de 400 mg – 800 mg (dependendo do peso) administrado por via intravenosa. Uma segunda dose pode ser administrada 12–24 h mais tarde, se a condição do paciente não tivesse melhorado. Os pesquisadores concluem que, em pacientes hospitalizados com COVID-19 com hipóxia e inflamação sistêmica, o tocilizumabe melhorou a sobrevida e outros desfechos clínicos. Esses benefícios foram observados independentemente da quantidade de suporte respiratório e foram adicionais aos benefícios dos corticosteroides sistêmicos (01/05/2021). Fonte: The Lancet
Estudos mostram que o 3D8, um fragmento variável de cadeia única (scFv) de um anticorpo recombinante, exibe atividade antiviral de amplo espectro contra vírus de DNA e RNA devido à sua propriedade de hidrólise de ácido nucleico. Neste artigo, pesquisadores avaliaram a atividade antiviral de 3D8 scFv contra SARS-CoV-2 e outros coronavírus, em culturas de células Vero E6. O crescimento viral foi quantificado com RT-qPCR quantitativo e ensaio de placa. A atividade de hidrólise de ácido nucleico de 3D8 foi avaliada por meio de ensaios de abzimas de transcritos virais in vitro e a viabilidade celular foi determinada por ensaio de MTT. Eles demostraram que 3D8 inibiu a replicação de SARS-CoV-2, coronavírus humano OC43 (HCoV-OC43) e vírus da diarréia epidêmica suína (PEDV). Os resultados revelaram os efeitos profiláticos e terapêuticos do 3D8 scFv contra SARS-CoV-2 em células Vero E6. Ensaios de imunoblot e placa mostraram a redução de nucleoproteínas de coronavírus e partículas infecciosas, respectivamente, em células tratadas com 3D8 scFv. Esses dados demonstram a atividade antiviral de amplo espectro de 3D8 contra SARS-CoV-2 e outros coronavírus. Assim, pode ser considerada uma contramedida antiviral potencial contra SARS-CoV-2 e coronavírus zoonóticos (09/04/2021). Fonte: Viruses
Estudo para avaliar a eficácia e segurança de tocilizumabe e sarilumabe, que bloqueiam a ligação de IL-6 ao seu receptor, foram testadas em adultos com doença respiratória aguda relacionada a COVID-19 em estudos randomizados, com diferenças importantes no desenho do estudo, características dos pacientes incluídos, uso de co-intervenções e escalas de medição de resultados. O artigo revisa a heterogeneidade clínica e metodológica dos estudos de antagonistas do receptor de IL-6 e considera que essa heterogeneidade pode ter influenciado os efeitos do tratamento relatados. Dentre as conclusões os pesquisadores citam que o tocilizumabe é provavelmente benéfico entre pacientes que necessitam de suporte respiratório, logo após o período de deterioração clínica (27/04/2021). Fonte: The Lancet
05/05/2021
Estudo avaliou a atividade neutralizante e a afinidade de ligação de um painel de 12 anticorpos monoclonais contra o tipo selvagem e o pseudovírus SARS-CoV-2 mutante N501Y e a proteína RBD, respectivamente. Descobriu-se que a atividade de neutralização e a afinidade de ligação da maioria dos anticorpos detectados (10 de 12) não foram afetadas, embora a substituição de N501Y diminuiu as atividades de neutralização e ligação de CB6 e aumentou a de BD-23 (28/04/2021). Fonte: Virology Journal
Artigo descreve um ensaio baseado em células de mamíferos para identificar inibidores de protease do coronavírus 3CL (3CLpro). O ensaio é baseado na avaliação da citotoxicidade mediada pela protease e não requer vírus vivo. Ao permitir o teste fácil de compostos em uma gama de 15 enzimas 3CLpro de coronavírus relacionadas, foram identificados compostos com ampla atividade inibitória de 3CLpro. A abordagem relatada possibilita os testes dos inibidores do 3CLpro através de um método simplificado que podem ser usados pela maioria dos laboratórios, que não requere extensa infraestrutura de biossegurança. Foram identificados dois compostos, GC376 e composto 4, com ampla atividade contra todas as proteases 3CL testadas, incluindo enzimas 3CLpro de coronavírus zoonóticos (28/04/2021). Fonte: J. Virology
03/05/2021
Estudo mostra que a baicaleína e a baicalina exibiram atividade antiviral significativa contra o SARS-CoV-2, o agente causador do COVID-19, por meio de estudos in vitro. Os dados de estudos bioquímicos e baseados em células, mostraram que ambos os compostos atuam como inibidores da RNA polimerase dependente de RNA (RdRp) do SARS-CoV-2 diretamente e inibem a atividade do SARS-CoV-2 RdRp, mas a baicaleína foi mais potente. Também mostram a ligação específica da baicaleína ao RdRp do SARS-CoV-2, tornando-o um candidato potencial para estudos adicionais para o desenvolvimento terapêutico de COVID-19 como um inibidor seletivo da polimerase não nucleosídica (22/04/2021). Fonte: Microorganisms
30/04/2021
Pesquisadores da USP estudam soluções para o controle da pandemia do SARS-CoV-2 entre as substâncias pesquisadas estão o extrato de própolis verde, estudado ainda in vitro e o antiviral fumarato de tenofovir que já estão em testes clínicos ambos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP (28/04/2021). Fonte: Jornal da USP
Artigo relata os resultados de um ensaio piloto randomizado, duplo-cego e controlado por placebo fase 2 de interferon beta-1a nebulizado em 101 adultos internados em hospital com COVID-19. Os autores descobriram que os pacientes que receberam interferon beta-1a nebulizado apresentaram chances significativamente maiores de melhora clínica em toda a Escala Ordinal da OMS para Melhoramento Clínico do que aqueles que receberam placebo, tanto no dia 15/16 como no dia 28. No entanto, não houve diferença significativa entre os grupos de tratamento nas chances de alta hospitalar até o dia 28: 81% dos pacientes tiveram alta no grupo interferon beta-1a nebulizado em comparação com 75% de 48 no grupo placebo (12/11/2020). Fonte: The Lancet
28/04/2021
A enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) é a principal protagonista da via do sistema protetor renina-angiotensina, mas também o receptor de entrada para o SARS-CoV-2. Os inibidores do sistema angiotensina-aldosterona (RAS) pareciam interferir com o receptor ECA2, e sua segurança foi avaliada em pacientes COVID-19. Em ratos, o captopril e a candesartan aumentaram a expressão de ECA2 e a via protetora de RAS no tecido pulmonar. Em cultura de pneumócitos, a regulação positiva de ECA2 induzida por captopril / candesartan foi associada à inibição da atividade de ADAM17, contrabalançando o aumento da expressão de ECA2, que foi associado à entrada reduzida da proteína spike SARS-CoV-2. Segundo os pesquisadores, se confirmados em humanos, esses resultados podem se tornar a base fisiopatológica para justificar os inibidores de RAS como protetores cardiovasculares fundamentais, mesmo durante a pandemia de COVID-19 (21/04/2021). Fonte: Clinical Science
Um composto de nanopartículas metálicas, TPNT1, que contém Au-NP (1 ppm), Ag-NP (5 ppm), ZnO-NP (60 ppm) e CLO2 (42,5 ppm) em solução aquosa foi preparado e caracterizado por diferentes métodos. Com base no ensaio in vitro em cultura de células, o TPNT1 inibiu seis grandes clados de SARS-CoV-2 com concentração efetiva dentro da faixa a ser usada como aditivos alimentares. O TPNT1 mostrou bloquear a entrada viral inibindo a ligação da proteína S de SARS-CoV-2 ao receptor de enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2). Além disso, o TPNT1 também reduziu efetivamente os efeitos citopáticos induzidos pelos vírus da gripe humana (H1N1) e aviária (H5N1), incluindo os isolados de vírus resistentes ao oseltamivir (22/04/2021). Fonte: Nature Sci. Reports
26/04/2021
Estudo demonstra que o tratamento com dexametasona (um corticosteroide) está associado a uma melhor sobrevida e benefício clínico em pessoas com COVID-19 grave. Os resultados mostram que a dexametasona reduz a mortalidade em 28 dias substancialmente entre os pacientes que receberam oxigênio ou ventilação no momento da randomização no ensaio clínico randomizado aberto de Fase 3 do Reino Unido. A dexametasona tem um perfil de risco-benefício favorável quando usada em pessoas com pneumonia grave. O uso de curto prazo (<2 semanas) está associado a poucos efeitos colaterais além da hiperglicemia em indivíduos não diabéticos, mas pode piorar o controle da glicose em pessoas com diabetes mellitus, reduzindo o uso periférico de glicose (15/04/2021). Fonte: Aging Clinical and Experimental Research
Revisão cita informações sobre os antivirais favipiravir e remdesivir usados para o tratamento da COVID-19, os resultados dos estudos realizados e os possíveis efeitos adversos desses medicamentos para tratar e controlar pacientes com COVID-19 até a aprovação de medicamentos específicos que têm como alvo a SARS-CoV-2 (01/04/2021). Fonte: International Journal of Pharmaceutical Sciences Research
22/04/2021
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira (20) o uso emergencial de um medicamento contra a COVID-19. Trata-se de um coquetel que contém a combinação de casirivimabe e imdevimabe (Regn-CoV2), dois remédios experimentais desenvolvidos pela farmacêutica Roche. É o segundo medicamento para COVID-19 aprovado pela agência. O primeiro foi o remdesivir. A aplicação é intravenosa e o medicamento é indicado para o começo da doença, quando foi observada uma redução significativa e clinicamente relevante de 70,4% no número de pacientes hospitalizados ou morte por quaisquer causas quando comparado com o placebo. O uso é restrito a hospitais e a venda é proibida ao comércio. O tratamento é indicado para adultos e pacientes pediátricos (com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 kg) que não necessitam de suplementação de oxigênio, com infecção por SARS-CoV-2 confirmada por laboratório e que apresentam alto risco de progressão para COVID-19 grave. O medicamento não é recomendado para pacientes graves (20/04/2021). Fonte: Agência Brasil
A infecção com o SARS-CoV-2 é iniciada pela fusão da membrana entre as membranas viral e da célula hospedeira, que é mediada pela proteína viral. Pesquisadores projetaram inibidores de fusão de lipopeptídeos que bloqueiam este primeiro passo crítico de infecção e, com base na eficácia in vitro e na biodistribuição in vivo, selecionaram uma forma dimérica para avaliação em um modelo animal. A administração intranasal diária a furões preveniu completamente a transmissão de contato direto do SARS-CoV-2 durante a co-habitação de 24 horas com animais infectados, sob condições rigorosas que resultaram na infecção de 100% dos animais não tratados. Esses lipopeptídeos são altamente estáveis e, portanto, podem se traduzir prontamente em profilaxia intranasal segura e eficaz para reduzir a transmissão de SARS-CoV-2 (26/03/2021). Fonte: Science
Estudo empregou uma abordagem computacional abrangente para a triagem de inibidores para 3CL-PRO de SARS-CoV-2 (também conhecido como a protease principal), um alvo molecular principal para tratar doenças causadas por coronavírus e, assim, foi identificado drogas antivirais contra a protease principal SARS-CoV-2 (13/04/2021). Fonte: Bioinformatics and genomics
19/04/2021
Pesquisadores mostram que MK-4482, um análogo de nucleosídeo administrado por via oral, inibe a replicação de SARS-CoV-2 no modelo de hamster sírio. O efeito inibitório do MK-4482 na replicação do SARS-CoV-2 foi observado em animais quando o fármaco foi administrado 12 h antes ou 12 h após a infecção em um modelo de exposição de alto risco. Estes dados suportam a utilidade potencial de MK-4482 para controlar a infecção por SARS-CoV-2 em humanos após exposição de alto risco, bem como para o tratamento de pacientes com COVID-19 (16/04/2021). Fonte: Nature
Pesquisadores aplicaram um banco de dados computacional de reposicionamento de fármacos às assinaturas de expressão diferencial dos genes do SARS-CoV-2 derivadas de dados disponíveis publicamente. Usando uma estratégia de correspondência de padrões baseada em classificação, as assinaturas foram consultadas em relação aos perfis de fármacos do Mapa de Conectividade (CMap). Validaram dezesseis dos fármacos com potencial em ensaios antivirais SARS-CoV-2 em células Calu-3 ou 293T-ACE2. Tais experimentos de validação em linhagens de células humanas mostraram que 11 dos 16 compostos testados até o momento (incluindo clofazimina, haloperidol e outros) tinham atividade antiviral mensurável contra SARS-CoV-2. Estes resultados iniciais são encorajadores à medida que pesquisadores continuam a trabalhar no sentido de uma análise mais aprofundada desses fármacos previstos como potenciais terapêuticas para o tratamento de COVID-19 (29/03/2021) (in Review). Fonte: Scientific Reports
Estudo investigou se pacientes com doença inflamatória intestinal tratada com infliximabe atenuaram respostas sorológicas a uma dose única de uma vacina SARS-CoV-2. As respostas de anticorpos e as taxas de soroconversão em pacientes tratados com infliximabe (n=865) foram comparadas a uma coorte tratada com vedolizumabe (n=428), um anticorpo monoclonal anti-integrino a4B7 seletivo. O resultado primário foi as concentrações de anticorpos anti-SARS-CoV-2 (S) 3-10 semanas após a vacinação em pacientes sem evidência de infecção prévia. Os desfechos secundários foram taxas de soroconversão e respostas de anticorpos após infecção passada ou uma segunda dose da vacina BNT162b2. As concentrações de anticorpos anti-SARS-CoV-2 foram menores em pacientes tratados com infliximabe do que vedolizumabe, após a vacinação com BNT162b2 ou ChAdOx1 nCoV-19. Estudo conclui que infliximabe está associada à imunogenicidade atenuada a uma dose única das vacinas BNT162b2 e ChAdOx1 nCoV-19. A vacinação após a infecção pelo SARS-CoV-2, ou uma segunda dose de vacina, levou à soroconversão na maioria dos pacientes. Assim, a segunda dose atrasada deve ser evitada em pacientes tratados com infliximabe (29/04/2021). Fonte: medRxiv
A Universidade Estadual do Ceará (UECE) firmou uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para pesquisa e desenvolvimento de medicamentos contra a COVID-19 a partir de anticorpos de Ihamas. No estudo é realizada a coleta do sangue desses animais para a produção de nanocorpos (partículas de anticorpos) contra a COVID-19. Os anticorpos das lhamas são mais reativos ao SARS-CoV-2, por isso, são muito promissores para o desenvolvimento de medicamento contra essa doença. Nanocorpos são as menores frações de anticorpos capazes de reconhecer e neutralizar um antígeno. Os nanocorpos possuem cerca de um décimo do tamanho do anticorpo inteiro. A partir do momento que for identificado o nanocorpo de interesse, suas propriedades, como afinidade e solubilidade, são melhoradas em laboratório para viabilizar a formulação de um medicamento. Esses insumos podem ser usados tanto para a terapêutica como para o diagnóstico da doença (17/04/2021). Fonte: G1
16/04/2021
Estudo descritivo de pacientes adultos, que receberam terapia com mAb (bamlanvimabe e casirivimabe/imdevimabe), entre 20 de novembro de 2020 e 31 de janeiro de 2021, e análise retrospectiva de coorte de sobrevida comparando pacientes que receberam terapia com mAb antes da admissão e aqueles que não receberam. Durante o período do estudo, 2.818 pacientes adultos com idade mediana de 67 anos com COVID-19 receberam infusão de mAb. Seguindo a terapia e dentro de 28 dias do teste COVID-19, 123 pacientes (4,4%) presentes no centro de emergência foram liberados e 145 pacientes (5,1%) foram hospitalizados. Esses 145 pacientes foram comparados com 200 controles que eram elegíveis para mas não receberam mAb e foram hospitalizados. 16 (11%) pacientes no grupo mAb e 21 (10,5%) no grupo de controle alcançaram o desfecho primário de mortalidade hospitalar. Nenhuma associação significativa foi encontrada entre o uso de mAb pré-hospitalização e o tempo até o desfecho primário. A redução da taxa de hospitalização foi relacionada ao tempo entre o início dos sintomas e a terapia com mAb, no entanto, esse achado não atingiu significância estatística. O estabelecimento da capacidade de fornecer terapia de infusão de mAb requer planejamento e coordenação significativos. Embora esta terapia possa ser uma opção de tratamento importante para COVID-19 precoce leve a moderado em pacientes de alto risco, são necessárias investigações adicionais para definir o momento ideal para o tratamento com mAb (13/04/2021) (Preprint). Fonte: MedRxiv
A principal protease (Mpro) do SARS-CoV-2 desempenha um papel central na replicação viral. Pesquisadores projetaram e sintetizaram 32 novos inibidores de Mpro contendo bicicloprolina derivados de boceprevir ou telaprevir, ambos antivirais aprovados. Todos os compostos inibiram a atividade de Mpro de SARS-CoV-2 in vitro, com valores de concentração inibitória de 50% variando de 7,6 a 748,5 nM. A estrutura cocristal de Mpro em complexo com MI-23, um dos compostos mais potentes, revelou seu modo de interação. Dois compostos (MI-09 e MI-30) mostraram excelente atividade antiviral em ensaios baseados em células. Em um modelo de camundongo transgênico de infecção por SARS-CoV-2, o tratamento oral ou intraperitoneal com MI-09 ou MI-30 reduziu significativamente as cargas virais pulmonares e as lesões pulmonares. Ambos também exibiram boas propriedades farmacocinéticas e segurança em ratos (26/03/2021). Fonte: Science
14/04/2021
Os pesquisares verificaram que a via de entrada do SARS-CoV-2 nas células epiteliais do pulmão Calu-3 é independente do pH e requer TMPRSS2, enquanto a entrada nas células Vero e Huh7.5 requer baixo pH e desencadeamento por proteases endossômicas dependentes de ácido. Assim, os pesquisadores verificaram que nove fármacos são antivirais em células respiratórias, sete das quais foram usadas em humanos e três foram aprovadas pela FDA, incluindo a ciclosporina. A atividade antiviral da ciclosporina tem como alvo a ciclofilina em vez da calcineurina, revelando alvos essenciais do hospedeiro que têm potencial para implementação clínica rápida (23/03/2021). Fonte: Cell Reports
Artigo apresenta ensaio controlado randomizado, open-label de fase 2 de budesonida inalada no tratamento do COVID-19 precoce (ESTOICO). Os 146 participantes foram aleatoriamente designados para budesonida inalada ou cuidados habituais estratificados por idade (≤ 40 anos ou >40 anos), sexo (masculino ou feminino) e número de comorbidades (≤1 e ≥2). Os participantes foram convidados a tomar duas inalações (800 μg cada) duas vezes ao dia até a resolução dos sintomas. Estudo sugere que a administração precoce de budesonida inalada reduziu a probabilidade de precisar de cuidados médicos urgentes e reduziu o tempo de recuperação após o inicio da COVID-19 (09/04/2021). Fonte: The Lancet Respiratory Medicine
Estudo avalia o efeito anti‐SARS‐CoV‐2 do siRNA tanto in vitro quanto in vivo. Para identificar a molécula mais eficaz de um painel de 15 siRNAs projetados in silico, foi utilizado um sistema de triagem in vitro baseado em vetores que expressam genes SARS‐CoV‐2 fundidos com o gene repórter de luciferase de vagalume e células infectadas pelo SARS‐CoV‐2. O siRNA mais potente, siR‐7, foi modificado por ácidos nucleicos bloqueados (LNAs) para obter siR‐7‐EM com maior estabilidade e foi formulado com o peptídeo dendrímero KK‐46 para melhorar a captação celular para permitir a aplicação tópica por inalação da formulação final, siR‐7‐EM/KK‐46. Utilizando-se o modelo de hamster sírio para infecção por SARS‐CoV‐2, foi avaliada a capacidade antiviral do complexo siR‐7‐EM/KK‐46. Foi demonstrada a redução significativa da inflamação pulmonar do vírus em animais expostos à inalação de siR‐7‐EM/KK‐46 in vivo, sugerindo que esta formulação possa ser utilizada como uma estratégia terapêutica para COVID‐19 (10/04/2021). Fonte: Allergy
Estudo relata a identificação de três compostos estruturalmente diversos – composto 4, GC376 e MAC-5576 - como inibidores da protease 3CL da SARS-CoV-2. As estruturas de cada um desses compostos em complexo com a protease revelaram estratégias para desenvolvimento posterior, bem como princípios gerais para projetar inibidores da protease SARS-CoV-2 3CL. Esses compostos podem, portanto, servir como base para a construção de inibidores eficazes da protease SARS-CoV-2 3CL (01/04/2021). Fonte: Nature Communications
Os autores propõem que a ativação da via anti-inflamatória colinérgica (PAC) é uma estratégia terapêutica potencial. No entanto, atualmente não há medicamentos aprovados visando a via regulatória. É evidente que a nicotina, a anisodamina e alguns fitoterápicos ativam o CAP e exercem ação anti-inflamatória in vitro e in vivo. Como o nervo vago afeta tanto a inflamação quanto a resposta imune específica, propomos que a estimulação do nervo vago por dispositivos invasivos ou não invasivos e acupuntura em ST36, PC6 ou GV20 também são abordagens viáveis para ativar o CAP e controlar COVID-19. Vale a pena investigar a eficácia e segurança da estratégia em pacientes com COVID-19 (08/02/2021). Fonte: Frontiers in Immunology
12/04/2021
Pesquisa da UFTM e Unicamp mostra como uma biomolécula pode inibir a infecção do coronavírus. Artigo mostrou a interação de um peptídeo - composto formado pela união de dois ou mais aminoácidos - inibidor do coronavírus, agindo na superfície do vírus, na chamada proteína spike. Através de simulação computacional foi registrado que os peptídeos inibidores teriam um novo mecanismo de ação sobre vírus. Assim, os pesquisadores desenharam um peptídeo híbrido, baseado na enzima receptora da célula humana, que inibe a spike do coronavírus. O protocolo de simulação de baixo custo apresentado demonstrou sua eficiência na avaliação das afinidades de ligação e na identificação dos mecanismos envolvidos na neutralização da interação spike-ECA2 por peptídeos projetados. Finalmente, o protocolo pode ser usado como uma triagem baseada em computador de peptídeos projetados mais potentes em busca de novas terapias contra COVID-19 (23/02/2021). Fonte: J. Chem. Inf. Model.
A simulação de dinâmica molecular (MD) e os estudos de acoplamento da ligação da rutina com Mpro, protease principal da SARS-CoV-2, oferecem potencial para seu reposicionamento como fármaco para COVID-19. No geral, a rutina combinou muito bem com o bolso de ligação 6GLU7, indicando que pode ser um inibidor potencial, pois é capaz de formar várias ligações de hidrogênio e interações de empilhamento σ-π com vários aminoácidos de Mpro na ancoragem e bloqueio do substrato no bolsão do centro catalítico ativo. A atividade inibidora de Mpro da rutina deve, portanto, ser considerada potencial para ensaios clínicos antivirais e / ou para terapia combinada envolvendo antiviral + rutina (ou outros flavonóides), assumindo efeitos sinérgicos da terapia combinada (03/04/2021). Fonte: Natural Product Communications
O ensaio de prevenção de fase III mostrou que a administração subcutânea de um coquetel de anticorpos experimental casirivimabe e imdevimabe reduziu o risco de infecções sintomáticas por COVID-19 em 81%. A Roche confirmou hoje os resultados positivos do ensaio REGN-COV 2069 de fase III que avalia a capacidade do coquetel de anticorpos casirivimabe e imdevimabe de reduzir o risco e a carga de infecção entre contatos domiciliares de indivíduos infectados com SARS-CoV-2. O ensaio, que foi executado em conjunto com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), parte dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), atendeu aos seus desfechos primários e secundários. Ele mostrou que a administração subcutânea de casirivimabe e imdevimabe reduziu o risco de infecções sintomáticas em 81% naqueles que não estavam infectados quando entraram no estudo. Além disso, os indivíduos tratados com casirivimabe e imdevimabe que ainda apresentavam infecção sintomática resolveram seus sintomas em média em uma semana, em comparação com três semanas com placebo (12/04/2021). Fonte: Roche
Estudo destaca a importância do fator indutível de hipóxia (HIF) na sinalização da regulação de vários aspectos da infecção por SARS-CoV-2 e aumenta o uso potencial de HIF prolil inibidores de hidroxilase na prevenção ou tratamento de COVID-19. Estudo demonstra que a replicação viral é moldada pelo microambiente celular e um fator importante a considerar é a tensão de oxigênio, onde o HIF regula as respostas transcricionais para hipóxia. O SARS-CoV-2 infecta principalmente as células do trato respiratório, entrando por meio de sua ligação à glicoproteína spike para enzima de conversão da angiotensina (ECA2). Os pesquisadores demonstram que a hipóxia e o HIF prolil hidroxilase inibidor Roxadustat reduz a expressão da ECA2 e inibe a entrada e replicação de SARS-CoV-2 no epitélio pulmonar células por meio de uma via dependente de HIF-1α. Hipóxia e Roxadustat inibem a replicação do RNA SARS-CoV-2 mostrando que as etapas pós-entrada no ciclo de vida viral são sensíveis ao oxigênio (31/03/2021). Fonte: Cell Reports
07/04/2021
Ensaio clínico randomizado, simples-cego, controlado por placebo (NCT04331899) em 120 pacientes ambulatoriais com COVID-19 leve a moderado para determinar se uma única dose subcutânea de 180 mcg de Peginterferon Lambda-1a (Lambda) dentro de 72 horas do diagnóstico poderia encurtar a duração da eliminação viral (desfecho primário) ou sintomas (desfecho secundário). Em ambos os 60 pacientes que receberam Lambda e 60 que receberam placebo, o tempo médio para a cessação da eliminação viral foi de 7 dias. Os sintomas foram resolvidos em 8 e 9 dias com Lambda e placebo, respectivamente, e a duração dos sintomas não diferiu significativamente entre os grupos. Lambda e placebo foram bem tolerados, embora as elevações da transaminase hepática fossem mais comuns no braço Lambda vs. Placebo. estudo, uma dose única de Peginterferon Lambda-1a subcutâneo não encurtou a duração da eliminação do vírus SARS-CoV-2 nem melhorou os sintomas em pacientes ambulatoriais com COVID-19 (30/03/2021). Fonte: Nature Communications
Estudo molecular da interação de lactonas diterpenóides de Andrographis paniculata e os derivados de hidroxibenzilideno de andrographolide nos dois pontos de acesso do vírus SARS-CoV-2 em hECA2, onde a ligação ao receptor domínio, ou seja, hotspot-31 e hotspot-353 foi avaliada. Os resultados indicaram que, de todos os ligantes de teste, apenas o andrographolide poderia ocupar o hotspot-353 através da construção de ligação de hidrogênio liga-se com Lys353, Glu37 e Asp38 e possui a melhor pontuação de docking. Assim, segundo os pesquisadores, a andrographolide pode ser capaz de prevenir a fusão de SARS-CoV-2 para hECA2 ocupando o local onde o vírus é anexado (março/2021). Fonte: Rasayan Journal of Chemistry
05/04/2021
Estudo avaliou a associação entre vitamina D e risco, gravidade e mortalidade para infecção por COVID-19, por meio de uma revisão de 43 estudos observacionais. Entre os indivíduos com valores deficientes de vitamina D, o risco de infecção por COVID-19 foi maior em comparação com aqueles com valores abundantes. A deficiência de vitamina D também foi associada a pior gravidade e maior mortalidade do que em pacientes não deficientes. Os valores reduzidos de vitamina D resultaram em maior risco de infecção, mortalidade e gravidade da infecção por COVID-19. A suplementação pode ser considerada como medida preventiva e terapêutica (26/03/2021). Fonte: The Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology
Vários medicamentos reposicionados estão sob investigação na luta contra a COVID-19. Os candidatos foram frequentemente selecionados apenas por suas concentrações efetivas in vitro, uma abordagem que em grande parte não correspondeu às expectativas da COVID-19. As linhagens celulares utilizadas em experiências in vitro não são necessariamente representativas do tecido pulmonar. Neste estudo, pesquisadores descrevem um modelo de cinética viral do SARS-CoV-2 humano com resposta imune adquirida para investigar o impacto dinâmico do tempo e dos regimes de dosagem de hidroxicloroquina, lopinavir / ritonavir, ivermectina, artemisinina e nitazoxanida. Observou-se que os maiores benefícios ocorreram quando os tratamentos foram administrados imediatamente no momento do diagnóstico. Mesmo as intervenções com efeito antiviral mínimo podem reduzir a exposição do hospedeiro, se cronometradas corretamente. A ivermectina parece ser pelo menos parcialmente eficaz: o pico de carga viral caiu 0,3–0,6 unidades logarítmicas e a exposição de 8,8–22,3%. Os outros fármacos tiveram pouco ou nenhum efeito apreciável. Dado o quão bem os resultados de ensaios clínicos anteriores para hidroxicloroquina e lopinavir / ritonavir são explicados pelos modelos apresentados aqui, estratégias semelhantes devem ser consideradas em futuros esforços de priorização de candidatos a medicamentos (10/03/2021). Fonte: Frontiers in Pharmacology
31/03/2021
A nota da OMS informa que o grupo revisou dados de 16 ensaios clínicos randomizados, totalizando 2.407 pacientes com COVID-19 internados ou em cuidados ambulatoriais. A conclusão é que as evidências sobre os benefícios da ivermectina são de “certeza muito baixa” porque os estudos são pequenos e há limitações metodológicas dos dados de ensaios disponíveis.
Pesquisadores desenvolveram uma molécula biespecífica semelhante a IgG1 (CoV-X2) com base em dois anticorpos derivados de doadores convalescentes COVID-19, C121 e C1353. CoV-X2 se liga simultaneamente a dois locais independentes no RBD e, ao contrário de seus anticorpos parentais, impede a ligação detectável da proteína S à ECA2, o receptor celular do vírus. Além disso, o CoV-X2 neutraliza o SARS-CoV-2 e suas variantes de preocupação, bem como os mutantes de escape do sistema imune gerados pelos anticorpos monoclonais parentais. Em um novo modelo animal de infecção por SARS-CoV-2 com inflamação pulmonar, CoV-X2 protege camundongos de doenças e suprime o escape viral. Assim, o direcionamento simultâneo de epítopos RBD não sobrepostos por anticorpos biespecíficos do tipo IgG é viável e eficaz, combinando em uma única molécula as vantagens dos coquetéis de anticorpos (25/03/2021). Fonte: Nature
O presente estudo descobriu que os metabólitos ativos do trifosfato de ribavirina e trifosfato de galidesivir tem uma afinidade maior para a polimerase do RNA da SARS-CoV-2 do que para o ATP por docking molecular. Com a simulação da Dinâmica Molecular, os pesquisadores observaram que esses compostos aumentam a estabilidade do complexo e validam os resultados de docking molecular. Também explicaram que a interação dos inibidores da RNA polimerase com o Mg ++, que está na estrutura do NSP12, é essencial e necessária para interagir com a fita do RNA. Os estudos in vitro e clínicos sobre essas duas moléculas precisam ser aumentados, segundo os pesquisadores (25/03/2021). Fonte: Molecular Diversity
Os autores testaram atividades antivirais relatadas de alcalóides de guanidina in silico abrangendo quinze alcalóides de guanidina contra cinco proteínas diferentes de SARS-CoV-2. As proteínas investigadas são a protease principal COVID-19 (Mpro) (PDB ID: 6lu7), glicoproteína de pico (PDB ID: 6VYB), fosfoproteína de nucleocapsídeo (PDB ID: 6VYO), glicoproteína de membrana (PDB ID: 6M17) e uma proteína estrutural (nsp10) (PDB ID: 6W4H). As energias de ligação para todos os compostos testados indicaram afinidades de ligação promissoras. Foi observada uma superioridade notável para os alcalóides pentacíclicos, particularmente crambescidina 786 (5) e crambescidina 826 (13). O composto 5 exibiu afinidades de ligação muito boas contra Mpro (ΔG = −8,05 kcal / mol), fosfoproteína do nucleocapsídeo (ΔG = −6,49 kcal / mol) e nsp10 (ΔG = −9,06 kcal / mol). O composto 13 mostrou afinidades de ligação promissoras contra Mpro (ΔG = −7,99 kcal / mol), glicoproteínas de pico (ΔG = −6,95 kcal / mol) e fosfoproteína de nucleocapsídeo (ΔG = −8,01 kcal / mol). Os estudos de Absorção, Distribuição, Metabolismo, Excreção e Toxicidade (ADMET) foram realizados in silico para os 15 compostos; a maioria dos compostos examinados mostrou níveis ideais a bons de ADMET solubilidade aquosa, absorção intestinal e sendo incapaz de passar a barreira hematoencefálica (BBB). Em conclusão, os 15 alcalóides examinados, especialmente 5 e 13, mostraram resultados promissores de docking, ADMET, toxicidade e MD que abrem a porta para investigações adicionais para eles contra SARS-CoV-2(16/03/2021).Fonte: Biomolecules
Esta revisão apresenta uma atualização abrangente sobre os principais medicamentos reposicionados, como cloroquina, hidroxicloroquina, remdesivir, lopinavir-ritonavir, favipiravir, ribavirina, azitromicina, umifenovir, oseltamivir, bem como terapia de plasma convalescente usada contra SARS-CoV-2. A revisão também apresenta os dados registrados sobre o mecanismo de atividade anti-SARS-CoV-2 desses medicamentos reposicionados, juntamente com os achados pré-clínicos e clínicos, regimes terapêuticos, farmacocinética e interações medicamentosas (08/03/2021). Fonte: Frontiers
A partir da pesquisa bibliográfica, pesquisadores selecionaram plantas medicinais que inibem a protease 3CL do coronavírus. Algumas das plantas como Isatis tinctoria L. (sin. Isatis indigotica Fort.), Torreya nucifera (L.) Siebold e Zucc., Psoralea corylifolia L. e Rheum palmatum L. exibiram forte atividade anti-3CLpro. Discutiu-se também sobre os fitoquímicos com atividade antiviral encorajadora, como bavachinina, psoralidina, ácido betulínico, curcumina e hinocinina, isolados de plantas medicinais tradicionais (09/03/2021). Fonte: Frontiers in Pharmacology
A amantadina foi aprovada como um medicamento antiviral contra a influenza A e, por isso, a atividade antiviral contra o SARS-CoV-2 foi fundamentada por analogia, mas sem dados. Neste estudo, pesquisadores testaram a eficácia da amantadina in vitro em células Vero E6 infectadas com SARS-CoV-2. De fato, a amantadina inibiu a replicação do SARS-CoV-2 em dois experimentos separados com concentrações de IC50 entre 83 e 119 µM. Embora essas concentrações de IC50 estejam acima dos níveis terapêuticos de amantadina após a administração sistêmica, a administração tópica por inalação ou instilação intranasal pode resultar em concentração suficiente de amantadina no epitélio das vias aéreas sem alta exposição sistêmica. No entanto, mais estudos em outros modelos são necessários para comprovar essa hipótese (24/03/2021). Fonte: Viruses
26/03/2021
Pesquisadores utilizaram um modelo de hamster sírio para avaliar a eficácia antiviral do favipiravir, entender seu mecanismo de ação e determinar sua farmacocinética. Quando o tratamento foi iniciado simultaneamente ou antes da infecção, o favipiravir demonstrou um forte efeito dose-dependente, levando à redução de infecção nos pulmões e alívio clínico da doença. O efeito antiviral do favipiravir se correlacionou com a incorporação de um grande número de mutações no genoma viral e diminuição da infectividade viral. A eficácia antiviral foi alcançada com a exposição do fármaco nas concentrações plasmáticas comparáveis com as encontradas anteriormente durante os ensaios clínicos em humanos. Notavelmente, a maior dose de favipiravir testada foi associada a sinais de toxicidade em animais. Assim, estudos farmacocinéticos e de tolerância são necessários para determinar se efeitos semelhantes podem ser alcançados com segurança em humanos (19/03/2021). Fonte: Nature Communications
Objetivo deste estudo multicentral retrospectivo do hospital foi obter informações sobreo uso da metformina e da insulina na pré-admissão e no uso no hospital em pacientes COVID-19 com diabetes tipo 2 pré-existente(DM2). Dos resultados os pesquisadores avaliaram que os pacientes com COVID-19 e DM2, o uso de metformina antes da admissão foi associado ao declínio da taxa de admissão na UTI, enquanto o uso de insulina no hospital apresentava o risco de aumentar a ventilação invasiva após o controle da glicemia. Em conjunto, a metformina pode alcançar maior benefício para os pacientes COVID-19 com DM2 do que a insulina (19/03/2021). Fonte: Life Science
24/03/2021
Pfizer inicia teste clinico de fase 1 de novo agente terapêutico antiviral oral contra SARS-CoV-2. Estudos in vitro realizados até o momento mostram que o candidato clínico PF-07321332 é um potente inibidor de protease com potente atividade antiviral contra SARS-CoV-2 e outros coronavírus. Este é o primeiro inibidor de protease com investigação específica para coronavírus a ser avaliado em estudos clínicos (23/03/2021). Fonte: Pfizer
A farmacêutica Merck e um laboratório americano relataram resultados promissores em testes de um fármaco administrado oralmente para combater a COVID-19, sugerindo que ao mesmoa ajuda a reduzir a carga viral dos pacientes significativamente após 5 dias de tratamento. O teste de Fase 2a foi realizado com 202 pessoas com sintomas de COVID-19 não hospitalizadas. Não houve alerta em termos de segurança, e de quatro eventos adversos graves que foram relatados, nenhum foi considerado relacionado ao uso do fármaco (07/03/2021). Fonte: Medical Express
Usando high-throughput screening, pesquisadores identificaram a acriflavina como um potente inibidor de protease (PLpro). As titulações NMR e uma estrutura co-cristal confirmam que a acriflavina bloqueia o sítio catalítico da PLpro com um modo de ligação inesperado. Foi demonstrado que o fármaco inibe a replicação viral na concentração de nanomolares em modelos celulares, in vivo em camundongos e ex vivo em epitélio das vias aéreas humanas, com ampla atividade contra SARS-CoV-2 e outros betacoronavírus. Considerando que a acriflavina é um medicamento barato aprovado em alguns países, pode ser imediatamente testado em ensaios clínicos e desempenhar um papel importante durante a pandemia atual e surtos futuros (21/03/2021). Fonte: bioRxiv
A Anvisa autorizou nesta quarta-feira (24) a realização de testes em humanos do soro anticoronavírus que está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan desde o ano passado a partir do plasma de cavalos. O objetivo do soro é amenizar os sintomas da doença nas pessoas já infectadas. Ele não é capaz de curar nem de prevenir a doença (24/03/2021). Fonte: G1
22/03/2021
Dado o papel do receptor de quimiocina tipo 5 (CCR5) na migração das células imunes e inflamação, pesquisadores investigaram o impacto do bloqueio da CCR5 através de anticorpo monoclonal humanizado específico para CCR5, leronlimabe, em pacientes graves de COVID-19. 10 pacientes com COVID-19 em estado terminal receberam duas doses de leronlimabe. Foram analisadas alterações na apresentação clínica, populações de células imunes, inflamação, bem como viremia plasmática do SARS-CoV-2 antes e 14 dias após o tratamento. Os resultados observados sugerem que a inibição de CCR5 em pacientes críticos com COVID-19 diminui as citocinas inflamatórias, aumenta as células T CD8 e diminui RNA do SARS-CoV2 no plasma até o dia 14 (fev/2021). Fonte: International Journal of Infectious Diseases
Estudo busca um medicamento para atuar no ciclo de vida viral do SARS-CoV-2 agindo na principal protease 3CLpro (Mpro). O medicamento candidato PF-00835231 e o estudo realizou uma análise comparativa de PF-00835231, o inibidor pré-clínico 3CLpro GC-376, e o inibidor de polimerase remdesivir, em células epiteliais basais alveolares modificadas para expressar ECA2 (23/02/2021). Fonte: Journal of Virology
O objetivo deste artigo de revisão é focar a justificativa da utilização de tocilizumabe, antagonista do receptor de interleucina-6 (IL-6), na tempestade de citocinas desencadeada pela SARS-CoV-2, bem como discutir as evidências atuais e as perspectivas futuras, especialmente no que diz respeito aos ensaios em andamento referentes à avaliação dos efeitos terapêuticos do tocilizumabe em pacientes com infecção por SARS-CoV-2 com risco de vida (17/03/2021). Fonte: International Journal of Molecular Sciences
19/03/2021
Dois estudos clínicos sugerem que tratamentos específicos de anticorpos podem prevenir mortes e internações entre pessoas com COVID-19 — particularmente aquelas que estão em alto risco de desenvolver doenças graves. Um estudo descobriu que um anticorpo contra o coronavírus (VIR-7831) desenvolvido pela Vir Biotechnology e a GSK reduziu as chances de hospitalização ou morte entre os participantes em 85%. Em outro estudo, um coquetel de dois anticorpos — bamlanivimabe e etesevimabe, ambos feitos por Eli Lilly — reduziu o risco de internação e morte em 87%. O anticorpo VIR-7831 também se mostrou eficaz contra às variantes SARS-CoV-2 — incluindo a variante de rápida propagação (chamada B.1.351) identificada pela primeira vez na África do Sul (12/03/2021). Fonte: Nature
Artigo avalia a eficácia e a segurança do interferon alfa-2b (PEG IFN-α2b) juntamente com o tratamento padrão (SOC) em indivíduos com COVID-19 moderado. No total, 40 indivíduos foram randomizados para PEG IFN-α2b mais SOC (n = 20) e SOC (n = 20). 19 (95,00%) indivíduos em PEG IFN-α2b mais SOC tiveram melhora clínica no dia 15 em comparação com 13 pacientes (68,42%) em SOC (p < 0,05). No geral, 80% e 95% dos indivíduos do grupo PEG IFN-α2b mais SOC apresentaram resultado negativo de RT-PCR no dia 7 e dia 14, respectivamente, em comparação com 63% e 68% no grupo SOC. Autores concluíram que a melhora significativa do estado clínico no dia 15 deve-se provavelmente à redução viral mais rápida com o PEG IFN-α2b em comparação com o SOC em indivíduos com COVID-19 moderado mostrando uma diferença já no dia 7 e tornando-se significativo até o dia 14 (10/03/2021). Fonte: International Journal of Infectious Diseases
No presente estudo, pesquisadores relatam a atividade inibitória potencial de 47 medicamentos aprovados pelo FDA contra a protease principal do SARS-CoV-2 por estudo de docking molecular para investigar sua afinidade de ligação em sítios ativos de protease. O estudo de docking revelou grande eficácia inibitória de um medicamento anti-H1N1 (Oseltamivir), um medicamento anti-TB (Rifampina), quatro medicamentos anti-HIV (Maraviroc, Etravirina, Indinavir, Rilpivirina) e sete medicamentos antimaláricos (Atavaquona, Quinidina, Halofantrina, Amodiaquina, Tetracilcina, Azitromicina, hidroxicoloroquina) foram encontrados, uma vez que podiam lançar ligações H2 com diferentes resíduos de aminoácidos que causaram uma inibição da atividade da protease de SARS-CoV-2 com maior afinidade de ligação. Os pesquisadores destacam que as habilidades in-silico das moléculas do fármaco testadas neste estudo, ainda precisam ser validadas através da realização de estudos in vitro e in vivo. Além disso, este estudo divulga o uso potencial dos medicamentos atuais a serem considerados e usados para compreender a infecção por SARS-CoV-2 (Janeiro/ 2021). Fonte: International Journal of Life science and Pharma Research
17/03/2021
Resultados de um ensaio randomizado, duplo-cego, controlado por placebo indica que a Proxalutamida acelera significativamente a redução da carga viral e reduz o tempo de remissão clínica em pacientes com COVID-19 leve a moderado. Considerando que o TMPRSS2 é regulado pelo receptor de andrógeno, a infectividade do SARS-CoV-2 é indiretamente dependente do estado do indivíduo. Assim, pesquisadores analisaram se o antagonista do receptor de andrógeno, Proxalutamida, seria um tratamento benéfico para indivíduos com infecção por SARS-CoV-2. Duzentos e trinta e seis indivíduos foram incluídos no estudo (108 mulheres, 128 homens); 171 foram randomizados para o braço da Proxalutamida e 65 estavam no grupo de placebo. No Dia 7, o SARS-CoV-2 tornou-se não detectável com RT-PCR em 82% dos indivíduos no grupo de Proxalutamida versus 31% no grupo de placebo. O tempo médio de remissão clínica para pacientes tratados com Proxalutamida foi de 4,2 ± 5,4 dias versus 21,8 ± 13,0 dias no braço do placebo. Os autores concluíram que a Proxalutamida acelerou significativamente a depuração viral no dia 7 em pacientes com COVID-19 leve a moderado versus placebo. Além disso, o tempo para a remissão clínica foi significativamente reduzido em pacientes tratados com Proxalutamida versus placebo (22/02/2021). Fonte: Cureus
Ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, incluiu 31 pacientes adultos com COVID-19 moderado no Fourth People's Hospital of Nanning (Nanning, China) entre 22 de janeiro de 2020 e 17 de fevereiro 2020, com objetivo de verificar a eficácia e segurança da nebulização de Mycobacterium vaccae no tratamento da COVID-19. Dos resultados o tempo de conversão negativa do teste de PCR com a nebulização foi menor do que no grupo placebo e não houve nenhuma reação adversa. Os pesquisadores concluem que este medicamento pode encurtar o intervalo de tempo desde a admissão até a conversão negativa do RNA viral, o que pode ser benéfico para a prevenção e o tratamento de COVID-19 (23/02/2021). Fonte: Journal of Aerosol Medicine and Pulmonary Drug Delivery
Esta revisão examina a química, o mecanismo molecular e a farmacologia de cloroquina ou hidroxicloroquina no tratamento de SARS-CoV-2. Dos resultados os pesquisadores citam que a segurança e eficácia do CQ/ HCQ para o tratamento do COVID-19 ainda não estão esclarecidas (10/03/2021). Fonte: Medicine in Drug Discovery
15/03/2021
Estudo demonstra que alguns extratos de ervas mostraram uma eficácia promissora in vitro contra a SARS-CoV-2, sugerindo um potencial antiviral dos medicamentos fitoterápicos. O potencial dos medicamentos fitoterápicos para restringir a SARS-CoV-2 e para tratar COVID-19 deve ser investigado em um ambiente clínico (08/03/2021). Fonte: Clinical Phytoscience
Estudo relata uma variante de ECA2 solúvel humana fundida com um domínio de ligação de albumina de 5kD (ABD) que é enzimaticamente ativa, aumentou a duração da ação in vivo e exibe 20-30 vezes mais afinidade de ligação ao domínio de ligação receptor do SARS-CoV-2 do que sua forma monomérica. Esta ECA2 1-618-DDC-ABD foi administrada por 3 dias consecutivos para camundongos transgênicos k18-hECA2, um modelo que desenvolve infecção letal SARS-CoV-2, para avaliar o valor preventivo/terapêutico pré-clínico para COVID-19. Os camundongos tratados com ECA2 1-618-DDC-ABD desenvolveram uma doença leve a moderada nos primeiros dias avaliada por um escore clínico e perda de peso modesta. Os animais de controle não tratados, em contraste, ficaram gravemente doentes e tiveram que ser sacrificados até o dia 6/7 e a histologia pulmonar revelou hemorragia alveolar pulmonar extensa e infiltrações mononucleares. Aos 6 dias, a mortalidade foi totalmente prevenida no grupo tratado, a histopatologia pulmonar melhorou e os títulos virais foram significativamente reduzidos. Isso demonstra pela primeira vez in vivo o potencial preventivo/terapêutico de uma nova proteína ECA2 solúvel em um modelo animal pré-clínico (15/03/2021). Fonte: bioRXiv
Pesquisadores identificaram que a clomipramina, um antidepressivo tricíclico, inibe potentemente a infecção pelo SARS-CoV-2 e a desordem metabólica nos cardiomiócitos derivados do iPS humano. Entre 13 medicamentos aprovados que foram identificados anteriormente como potencial inibidor da cardiotoxicidade induzida pela doxorubicina, a clomipramina mostrou a melhor potência para inibir a internalização da ECA2 estimulada pela proteína S de SARS-CoV-2. De fato, a infecção por SARS-CoV-2 para cardiomiócitos derivados do iPS humano (iPS-CMs) e células VeroE6 expressando TMPRSS2 foram dramaticamente suprimidas após o tratamento com clomipramina. Além disso, o uso combinado de clomipramina e remdesivir revelou suprimir sinergicamente a infecção pelo SARS-CoV-2. Os resultados fornecem indicativo da potencialidade da clomipramina para o tratamento inovador do COVID-19 grave (14/03/2021). Fonte: bioRXiv
12/03/2021
Anvisa aprova registro do medicamento remdesivir contra o coronavírus. O remdesivir, um medicamento injetável produzido no formato de pó para diluição, teve o registro concedido para o laboratório Gilead. Este é o primeiro medicamento com indicação aprovada para o tratamento da COVID-19 no país. A substância impede a replicação do vírus no organismo, diminuindo o processo de infecção. O medicamento não deve ser vendido em farmácias: é indicado para uso hospitalar, onde os pacientes podem ser devidamente monitorados pela equipe médica. Durante os estudos clínicos do produto no Brasil, porém, não foram registrados eventos adversos graves com os voluntários. O registro foi concedido de forma condicional, mediante a assinatura de um termo de compromisso. O laboratório deve continuar os estudos e apresentar os dados complementares sobre o produto ao longo de sua utilização (12/03/2021). Fonte: Anvisa
Foi relatado que o itraconazol, um agente antifúngico, tem atividade contra os coronavírus animais. Usando ensaios fenotípicos baseados em células, a atividade antiviral in vitro de itraconazol e 17 ‐ OH itraconazol foi avaliada contra isolados clínicos de pacientes infectados com SARS ‐ CoV ‐ 2. O itraconazol demonstrou atividade antiviral em células Caco-2 humanas. Da mesma forma, seu metabólito primário, 17 ‐ OH itraconazol, mostrou inibição da atividade de SARS ‐ CoV ‐ 2, porém a redução do rendimento viral provocada pelo remdesivir ou GS-441524 foi mais pronunciada. O itraconazol e o itraconazol 17-OH exercem baixa atividade micromolar in vitro contra a SARS-CoV-2 (05/03/2021). Fonte: Journal of Medical Virology
As farmacêuticas Vir Biotechnology, dos Estados Unidos, e GSK (GlaxoSmithKline), do Reino Unido, anunciaram nessa 5ª feira (11/03/2021) que um novo medicamento para combater a COVID-19, com base em anticorpos monoclonais, o VIR-7831, já está em fase III de desenvolvimento. O VIR-7831 reduziu em 85% as hospitalizações e mortes pela doença. As farmacêuticas irão pedir ao FDA (Food and Drug Administration, autoridade sanitária dos EUA) a autorização para uso emergencial do anticorpo. O VIR-7831 foi testado em 583 pacientes com sintomas leves ou moderados que apresentam alto risco para desenvolver um quadro grave de COVID-19. Os testes incluíram infectados com as variantes brasileira, britânica e sul-africana do coronavírus. O estudo mostrou que a droga é eficaz contra as cepas, mas não foram divulgadas informações sobre a eficácia do VIR-7831 contra cada uma das mutações. Se aprovado, o VIR-7831 será o 4º medicamento do tipo a ser utilizado contra o coronavírus nos Estados Unidos (11/03/2021). Fonte: Veja
A profilaxia com ivermectina foi realizada por 76 controles e 41 casos. A profilaxia com duas doses de ivermectina (AOR 0,27, IC 95%, 0,15–0,51) foi associada a uma redução de 73% da infecção por SARS-CoV-2 entre os profissionais de saúde no mês seguinte. A profilaxia com ivermectina em dose única, profilaxia com vitamina C e profilaxia com hidroxicloroquina não foram associados à infecção por SARS-CoV-2. Os pesquisadores concluiram que a profilaxia de duas doses com ivermectina em uma dose de 300 μg / kg de peso corporal com um intervalo de 72 horas foi associada a uma redução de 73% da infecção por SARS-CoV-2 entre profissionais de saúde no mês seguinte. A quimioprofilaxia tem relevância na contenção da pandemia (16/02/2021). Fonte: Plosone
A Proxalutamida, fármaco receitado para os cânceres de próstata e de mama, pode ser uma candidata ao tratamento de casos graves de COVID-19. É o que sugere uma pesquisa clínica brasileira realizada no estado do Amazonas pela rede de hospitais Samel em parceria com a empresa de biotecnologia Applied Biology. De acordo com o estudo, pacientes tratados com o remédio têm um risco 92% menor de morrer pelo novo coronavírus (12/03/2021). Fonte: Revista Galileu
10/03/2021
Estudo multicêntrico retrospectivo para explorar os efeitos dos corticosteroides na mortalidade da COVID-19 com Sindrome Respiratória aguda grave (SRAG). Foram explorados os efeitos dos corticosteroides na depuração do RNA do SARS-CoV-2. O objetivo foi explorar os papéis dos corticosteroides e sua influência nos resultados clínicos em SRAG confirmada relacionada a COVID-19 grave. Dos resultados a administração de corticosteroides na SRAG grave relacionada ao COVID-19 está associada ao aumento da mortalidade em 28 dias e ao atraso na depuração do RNA do coronavírus SARS-CoV-2 após ajuste para fatores variáveis no tempo (03/11/2020). Fonte: The Journal of Clinical Investigation
Estudo teve como objetivo analisar a eficácia e a segurança do tratamento anti-inflamatório precoce (AIT) com anakinra intravenoso com ou sem glicocorticoides na pneumonia por coronavírus (COVID-19). Em um total de 128 pacientes analisados; 63 pacientes receberam AIT precoce (30 receberam anakinra sozinho e 33 receberam anakinra mais um glicocorticoide) na admissão, e 65 pacientes não receberam AIT precoce e foram usados como controles; dos últimos 65 pacientes, 44 receberam o tratamento padrão sozinho e 21 receberam o tratamento padrão mais AIT de resgate tardio. Dos resultados o estudo sugere, em uma série maior de pacientes com pneumonia COVID-19, a eficácia e segurança potenciais do uso precoce de altas doses de anakinra intravenoso com ou sem glicocorticoides (05/02/2021). Fonte: Journal Allergy Clinical Immunology
Estudo descreve que os fitocanabinóides são um grupo de compostos terpenofenólicos cujas funções biológicas são transmitidas por suas interações com o sistema endocanabinóide em humanos. Estudo demonstra a função antiinflamatória dos canabinoides em relação aos eventos inflamatórios que acontecem durante a doença COVID-19 grave e como os canabinoides podem ajudar a prevenir a progressão da doença leve para a grave (12/02/2021). Fonte: Frontiers
O inibidor de protease clinicamente comprovado mesilato de camostato inibe a infecção por SARS-CoV-2 ao bloquear a protease TMPRSS2 da célula hospedeira. No entanto, a atividade antiviral dos metabólitos do mesilato de camostato e a potencial resistência viral não foram analisadas. Além disso, a atividade antiviral do mesilato de camostato no tecido pulmonar humano ainda precisa ser demonstrada. Os resultados sugerem que o SARS-CoV-2 pode usar a protease TMPRSS2 para propagação no trato respiratório superior e que a propagação no pulmão humano pode ser bloqueada pelo mesilato de camostato e seu metabólito GBPA (03/03/2021). Fonte: The Lancet.
08/03/2021
Estudo teve como objetivo determinar a eficácia e segurança de altas doses de vitamina C na doença por coronavírus em 2019. Os pesquisadores citam que a vitamina C em altas doses pode reduzir a reação inflamatória, melhorar o status de suporte de oxigênio e reduzir a mortalidade em pacientes com COVID-19, sem eventos adversos. Além disso, pode ser eficaz para certos subgrupos com doença grave e crítica e pacientes mais velhos. A vitamina C em altas doses pode ser uma terapia promissora para COVID-19 (26/02/2021). Fonte: Aging
05/03/2021
Pesquisadores identificaram duas famílias de substâncias que impedem a replicação do SARS-CoV-2. Duas classes de inibidores de protease, azanitrilas e ésteres de piridila, foram identificadas, otimizadas e submetidas a uma caracterização bioquímica em profundidade. Peptídeos adaptados equipados com azanitrila exibiram inibição concomitante de Mpro e catepsina L, uma protease relevante para a entrada de células virais. Esta abordagem focada em inibidores de Mpro provou ser superior à triagem virtual. Com dois inibidores irreversíveis, azanitrila e éster de piridila, candidatos a fármacos foram identificados (03/03/2021). Fonte: Angewandte Chemie
O medicamento tocilizumabe foi projetado para diminuir a resposta imunológica inflamatória, mas estudos clínicos sobre seus benefícios em pessoas infectadas com SARS-CoV-2 foram ambíguos. Pesquisadores da Universidade de Oxford compararam mais de 2.000 pessoas tratadas com tocilizumabe com um número semelhante de pessoas que não recebeu o medicamento (RECOVERY Collaborative Group). Os participantes do estudo estavam no hospital e recebendo oxigênio e com evidências de inflamação em todo o sistema, e quase todos também estavam tomando o esteróide dexametasona. Os autores relatam que 54% das pessoas que receberam tocilizumabe deixaram o hospital em 28 dias, em comparação com 47% das pessoas que não tomaram o medicamento. Uma análise mostrou que o tocilizumabe oferece benefícios além dos da dexametasona. A equipe estima que cerca de metade de todas as pessoas hospitalizadas com COVID-19 no Reino Unido se beneficiariam com o medicamento (15/02/2021). Fonte: Nature
Revisão resume os tratamentos atuais que utilizam fármacos reposicionados que podem ser divididos em duas partes principais: agentes antivirais e agentes moduladores do sistema hospedeiro (08/02/2021). Fonte: Frontiers
Artigo conduz quatro análises independentes para terapia baseada em RNA de interferência (RNAi) com métodos computacionais e bioinformáticos. O objetivo é atingir as regiões conservadas evolutivamente no genoma SARS-CoV-2, a fim de regular negativamente ou silenciar seu RNA. Os miRNAs desempenham um papel importante na resistência de algumas espécies a infecções virais (26/02/2021). Fonte: Peerj
Ensaio duplo-cego, randomizado, realizado em Cali, Colômbia, envolveu 398 pacientes adultos com COVID-19 leve por 7 dias ou menos (em casa ou hospitalizados). Os participantes do estudo foram identificados e selecionados por amostragem aleatória simples a partir do banco de dados do estado (200 alocados para ivermectina e 198 para placebo). O tratamento com ivermectina 300mg/kg por 5 dias, iniciado nos primeiros 7 dias após o início da manifestação da doença, não melhorou significativamente o tempo para resolução dos sintomas em comparação com o grupo placebo. Poucos pacientes tiveram deterioração clínica de 2 ou mais pontos na escala ordinal de 8 pontos, e não houve diferença significativa entre os 2 grupos de tratamento (2% no grupo ivermectina e 3,5% no grupo placebo). Tampouco houve diferença significativa na proporção de pacientes que necessitaram escalonamento de cuidados nos 2 grupos do estudo. Os resultados não apoiam o uso de ivermectina para o tratamento de COVID-19 leve, embora estudos maiores possam ser necessários para compreender os efeitos da ivermectina em outros resultados clinicamente relevantes (04/03/2021). Fonte: JAMA.
03/03/2021
O objetivo deste estudo foi determinar se as plaquetas humanas expressam o conhecido eixo do receptor-protease SARS-CoV-2 em sua superfície celular e avaliar se o efeito antiplaquetário da aspirina pode mitigar o risco de infarto do miocárdio (MI), acidente vascular cerebral (AVC) e tromboembolismo venoso (TEV) em COVID-19. A expressão de ECA2 e TMPRSS2 em plaquetas humanas foi detectada por imunotransferência e confirmada por microscopia confocal. Foram avaliados 22.072 pacientes sintomáticos testados para COVID-19. Análises de propensão combinada foram realizadas para determinar se o tratamento com aspirina ou anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) afetou os resultados trombóticos em COVID-19. Nem a aspirina nem os AINEs afetaram a mortalidade em COVID-19. No entanto, as terapias com aspirina e AINEs foram associadas ao risco aumentado do desfecho trombótico combinado de (MI), (CVA) e (VTE). Assim, embora as plaquetas expressem claramente o eixo receptor-protease ECA2-TMPRSS2 para infecção por SARS-CoV-2, a aspirina não previne a trombose e morte em COVID-19. Os mecanismos de trombose em COVID-19 parecem distintos e o papel das plaquetas como mediadores diretos da trombose mediada por SARS-CoV-2 justifica uma investigação mais aprofundada, segundo os pesquisadores (23/12/2020). Fonte: Research Square
Em estudo de ensaio clínico de fase 3, distribuíu-se aleatoriamente os pacientes que foram hospitalizados com pneumonia por COVID-19 grave em uma proporção de 2:1 que receberam uma infusão intravenosa única de tocilizumabe (a uma dose de 8 mg por quilograma de peso corporal) ou placebo. Aproximadamente um quarto dos participantes recebeu uma segunda dose de tocilizumab ou placebo 8 a 24 horas após a primeira dose. Dos resultados envolvendo pacientes hospitalizados com pneumonia por COVID-19 grave, o uso de tocilizumabe não resultou em um estado clínico significativamente melhor ou mortalidade inferior do que o placebo em 28 dias (25/02/2021). Fonte: The New England Journal of Medicine
01/03/2021
O presente estudo aberto, multicêntrico, comparativo e randomizado foi realizado para avaliar a segurança e eficácia da imunoglobina intravenosa (IVIG) no tratamento de pacientes com COVID-19 com pneumonia moderada. 100 pacientes elegíveis foram randomizados na proporção de 1:1 para receber IVIG + padrão de atendimento (SOC) ou SOC. A duração da internação hospitalar foi significativamente menor no grupo IVIG do que apenas SOC (7,7 vs. 17,5 dias). A duração para normalização da temperatura corporal, saturação de oxigênio e ventilação mecânica foram significativamente menores no IVIG em comparação com o SOC. As porcentagens de pacientes em ventilação mecânica nos dois grupos não foram significativamente diferentes (24% vs. 38%). O tempo médio para a negatividade do RT-PCR foi significativamente menor com IVIG do que SOC (7 vs.18 dias). Houve apenas eventos adversos leves a moderados em ambos os grupos, exceto para um paciente (2%), que morreu no SOC (15/02/2021). Fonte: The Journal of Infectious Diseases – Oxford Academic
Estudo examinou o efeito dos glicocorticóides (GCS) no tempo de eliminação do vírus e absorção de lesões pulmonares em pacientes COVID-19 graves e críticos. O modelo linear generalizado foi utilizado para avaliar os efeitos da terapia com GCS nos tempos de teste de ácido nucleico negativo e melhora da imagem pulmonar, respectivamente. Dos resultados verificou-se que ao aumentar a dose de GCS e prolongar o curso do tratamento não encurta o tempo de teste de ácido nucleico negativo ou melhora a absorção de lesões pulmonares (fev/2021). Fonte: European Review for Medical and Pharmacological Sciences
Este estudo teve como objetivo rastrear um conjunto único de biblioteca de inibidores de protease contra 3CLpro e PLpro do SARS-CoV-2. O estudo de docking molecular foi realizado usando PyRx para revelar a afinidade de ligação dos ligantes selecionados e simulações de dinâmica molecular foram executadas para avaliar a estabilidade tridimensional de complexos de proteína-ligante. Os parâmetros farmacodinâmicos dos inibidores foram previstos usando admetSAR. Os dois principais ligantes (Nafamostat e VR23) em estudos de simulação de MD até 100 ns revelaram a estabilidade dos ligantes nos resíduos do local de ligação das proteínas alvo. Portanto, o Nafamostat e o VR23 podem fornecer opções de tratamento potenciais contra infecções por SARS-CoV-2, inibindo potencialmente a replicação do vírus, embora mais pesquisas sejam necessárias (15/02/2021). Fonte: Journal of Molecular Structure
26/02/2021
Estudo demonstrou que o anticorpo monoclonal IgG1 (mAb) bamlanivimabe (LY-CoV555), que impede a ligação viral e a entrada nas células humanas ao bloquear a ligação ao receptor ECA2, pode não ser igualmente eficaz contra as variantes emergentes de preocupação (VOC) do SARS-CoV-2. O estudo buscou determinar a capacidade do bamlanivimabe de neutralizar cinco variantes do SARS-CoV-2, incluindo B.1.1.7 (mutações incluem N501Y e del69 / 70), B.1.351 (mutações incluem E484K e N501Y) e P.2 (mutações incluem E484K na ausência de uma mutação N501Y) em cultura de células CaCo2 infectadas com o vírus. Além disso, foram analisados os soros produzidos pela vacina após a imunização com BNT162b2 e os soros convalescentes quanto à sua capacidade de neutralizar as variantes do SARS-CoV-2. Foi observado que a variante B.1.1.7, bem como dois isolados do início de 2020 (FFM1 e FFM7) poderiam ser neutralizados de forma eficiente por bamlanivimabe (título 1/1280, respectivamente), no entanto, nenhum efeito de neutralização pôde ser detectado contra B .1.135 ou P.2, ambos abrigando a substituição E484K. Os soros induzidos pela vacina mostraram atividade neutralizante ligeiramente diminuída contra B1.1.7, B.1.135 e P.2 Os achados in vitro indicam que, em contraste com os soros induzidos pela vacina, o bamlanivimabe pode não fornecer eficácia contra as variantes do SARS-CoV-2 que contêm a substituição E484K. A confirmação da variante do SARS-CoV-2, incluindo a triagem para E484K, pode ser necessária antes de iniciar o tratamento com mAb como o bamlanivimabe para garantir o uso eficaz e eficiente do mAb (26/02/2021). Fonte: medRxiv
Uma estratégia terapêutica relevante para os pacientes com COVID-19 é neutralizar o estado hiperinflamatório, caracterizado por um aumento principalmente de interleucina (IL) -1β, IL-2, IL -6, IL-7, IL-8 e fator de necrose tumoral (TNF) -α, que caracterizam os casos clínicos mais graves da doença. Neste artigo, pesquisadores revisam os medicamentos indicados para pacientes com COVID-19, incluindo corticosteroides, antimaláricos, anti-TNF, anti-IL-1, anti-IL-6, baricitinibe, imunoglobulinas intravenosas e colchicina (16/02/2021). Fonte: Journal of Clinical Medicine
24/02/2021
Os anticorpos neutralizantes constituem uma abordagem altamente promissora para o tratamento e prevenção da infecção por COVID-19. No presente estudo, pesquisadores caracterizaram e avaliaram o anticorpo monoclonal humano MD65 recentemente identificado quanto à sua capacidade de fornecer proteção contra uma infecção letal por SARS-CoV-2 em camundongos transgênicos K18-hACE2. Oitenta por cento dos ratos não tratados sucumbiram 6–9 dias após a infecção, enquanto a administração do anticorpo MD65 até 3 dias após a exposição resgatou todos os animais infectados. Além disso, a eficiência do tratamento é apoiada pela prevenção da morbidade e ablação da carga de vírions infecciosos nos pulmões dos animais tratados. Os dados demonstram o valor terapêutico dos anticorpos monoclonais humanos como um tratamento, que salva vidas, para a infecção COVID-19 grave (11/02/2021). Fonte: Nature
Estudo randomizado com 240 pacientes avaliou o uso de vitamina D3 para tratamento da COVID-19. Entre os pacientes hospitalizados com COVID-19, uma única dose alta de vitamina D3, em comparação com o placebo, não reduziu significativamente o tempo de internação hospitalar. Os resultados não apóiam o uso de uma dose elevada de vitamina D3 para o tratamento de COVID-19 moderada a grave (17/02/2021). Fonte: Jama
Estudo revisou a literatura publicada relevante para fornecer semelhanças estruturais entre coronavírus e metodologias terapêuticas usadas no tratamento de SARS-CoV, MERS que podem ajudar os cientistas a compreender a nova infecção por COVID-19, que pode ajudar na identificação de alvos terapêuticos apropriados para desenvolver fármacos antivirais específicas e eficazes, bem como agentes imunizantes contra este novo patógeno emergente (22/02/2021). Fonte: Current Drug Therapy
19/02/2021
A suplementação com vitamina D não proporciona melhoras significativas em casos de covid-19 moderada ou grave, revela pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), realizada com 240 pacientes internados em São Paulo. Os pesquisadores verificaram que a suplementação não altera o tempo médio de internação e não tem influência para evitar a necessidade do uso ventilação mecânica, de admissão em UTI e na ocorrência de mortes (17/02/2021). Fonte: Jama
Neste estudo, as proteínas virais SARS-CoV-2 que ativam potentemente as células endoteliais humanas foram selecionadas para elucidar os mecanismos moleculares envolvidos na ativação endotelial. Verificou-se que a proteína do nucleocapsídeo (NP) do SARS-CoV-2 ativou significativamente as células endoteliais humanas através das vias de sinalização TLR2 / NF-κB e MAPK. Além disso, por meio da triagem de uma biblioteca de compostos microbianos naturais contendo 154 compostos naturais, a sinvastatina foi identificada como um potente inibidor da ativação endotelial induzida por NP. O estudo fornece informações sobre a vasculopatia e coagulopatia induzidas por SARS-CoV-2 e sugere que a sinvastatina pode prevenir a patogênese e melhorar o resultado de pacientes com COVID-19 (15/02/2021). Fonte: BioRxiv
O estudo RECOVERY lançado em março de 2020 no Reio Unido já apresentou resultados que mudaram o atendimento clínico, incluindo os achados de que o esteróide barato, dexametasona, e o tratamento antiinflamatório, tocilizumabe, reduzem significativamente o risco de morte quando administrados a pacientes hospitalizados com COVID-19 grave (18/02/2021). Fonte: University Oxford
Um novo medicamento antiviral vem sendo testado para o possível tratamento da COVID-19, e pesquisas iniciais apresentaram resultados promissores. O remédio em questão é o EIDD-2801, conhecido também como Molnupiravir, e os testes iniciais mostraram que o fármaco tem baixa toxicidade e é segura, há estudos pré-clínicos para uso preventivo e de fase I e II para o tratamento (17/02/2021). Fonte: Canaltech
17/02/2021
Estudo de coorte indica que o início precoce de medicação anticoagulante profilática em comparação com a ausência de tratamento anticoagulante foi associado à diminuição do risco de morte entre pacientes internados com COVID-19, nos Estados Unidos. Foram incluídos 4.297 pacientes internados de 1 de março a 31 de julho de 2020, com COVID-19 grave e sem histórico de tratamento anticoagulante, sendo que 3600 receberam heparina ou enoxaparina subcutânea. Os resultados indicaram redução de 27% no risco de mortalidade em 30 dias para os pacientes que receberam tratamento anticoagulante em comparação com aqueles não tratados com anticoagulantes. Os achados fornecem evidências para apoiar a recomendação para o uso de anticoagulantes como tratamento inicial para pacientes com COVID-19 na admissão hospitalar (11/02/2021). Fonte: The BMJ
Revisão demonstra a patogênese molecular do SARS-CoV-2 e sua relação com o estresse oxidativo (OS) e a inflamação. Além disso, analisou-se o papel potencial das terapias antioxidantes e anti-inflamatórias na prevenção de complicações graves. OS tem um papel chave potencial na patogênese de COVID-19 ao desencadear o domínio pirina da família de receptores semelhantes a NOD contendo 3 inflamassoma e fator nuclear-kB (NF-kB). O uso de eliminadores de radicais como N-acetilcisteína e vitamina C, bem como de esteróides e inibidores de inflamassoma, tem sido proposto pelos pesquisadores. A via de NRF2 demonstrou ser suprimida em pacientes graves com SARS-CoV-2 e a ativação de NRF2 pode representar um caminho potencial para o tratamento da COVID-19 (10/02/2021). Fonte: Antioxidants
Pesquisa da Universidade Federal do Acre (Ufac) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) avalia a eficácia do tratamento de pacientes de Covid-19 com bicarbonato de sódio, usado para ajudar a melhorar a saturação de oxigênio no sangue. O tratamento, que ainda é experimental, já foi feito em cerca de 300 pessoa no Acre - na capital Rio Branco e em Tarauacá, no interior do estado. A pesquisa começou em julho do ano passado e está na sua fase inicial, coletando dados e materiais e avaliando os primeiros resultados. Fonte: G1
12/02/2021
Estudo de coorte retrospectivo examinou a relação entre a positividade do teste de reação em cadeia da polimerase (PCR) e os resultados clínicos dos níveis de vitamina D medidos nos 6 meses anteriores ao teste de PCR em pacientes com doença coronavírus 2019 (COVID - 19) -positivos. Estudo examinou pacientes com COVID - 19 (227) e não - COVID - 19 (260) que foram divididos em quatro grupos de acordo com seus níveis de vitamina D: Grupo I (0–10 ng / ml), Grupo II (10– 20 ng / mL), Grupo III (20-30 ng / mL) e Grupo IV (vitamina D> 30 ng / mL). Dos resultados demonstram que os níveis elevados de vitamina D podem diminuir a positividade da PCR de COVID – 19 (29/01/2021). Fonte: Journal of Medical Virology
Estudo produziu transitoriamente ECA2 humano fundido com a região Fc de IgG1 humana em Nicotiana benthamiana e a eficácia de neutralização in vitro da proteína de fusão AECA2-Fc produzida foi avaliada. A proteína de fusão recombinante mostrou ligação potente ao domínio de ligação ao receptor (RBD) de SARS-CoV-2. O tratamento com proteína de fusão ECA2-Fc após infecção viral inibe a infectividade de SARS-CoV-2 em células Vero (07/01/2021). Fonte: Frontiers in Plant Science
Artigo sugere efeito benéfico da combinação de metilprednisolona e remdesivir em modelo de hamster para infecção por SARS-CoV-2. Estudo demonstrou que, embora a monoterapia com metilprednisolona tenha aliviado a perda de peso corporal, bem como a inflamação nasal e pulmonar, as cargas virais aumentam e a resposta de anticorpos contra o domínio de ligação ao receptor da proteína S fica atenuada. Em contraste, uma combinação de metilprednisolona com remdesivir não só evitou a perda de peso corporal e a inflamação, mas também diminuiu a expressão da proteína viral e as cargas virais. Além disso, o efeito supressor da metilprednisolona na resposta do anticorpo foi aliviado na presença de remdesivir. Assim, a terapia antiinflamatória e antiviral combinatória pode ser uma opção de tratamento eficaz, mais segura e mais versátil para COVID-19 (04/02/2021). Fonte: Emerging Microbes and Infection
O estudo RECOVERY demonstrou que um tratamento anti-inflamatório com tocilizumabe reduz o risco de morte quando dado a pacientes hospitalizados com COVID-19 grave. O estudo também mostrou que o tocilizumabe encurta o tempo até que os pacientes sejam dispensados com sucesso do hospital e reduz a necessidade de um ventilador mecânico. Um total de 2022 pacientes foram alocados aleatoriamente para receber tocilizumabe por infusão intravenosa e foram comparados com 2094 pacientes alocados aleatoriamente apenas para cuidados habituais. 82% dos pacientes tomavam um esteroide sistêmico, como a dexametasona. Tratamento com tocilizumabe reduziu significativamente os óbitos: 596 (29%) dos pacientes do grupo tocilizumabe em comparação com 694 (33%) pacientes do grupo de cuidados habituais. Tocilizumabe também aumentou a probabilidade de alta dentro de 28 dias de 47% para 54%. Esses benefícios foram observados em todos os subgrupos de pacientes. Entre os pacientes que não estavam em ventilação mecânica invasiva quando inseridos no ensaio, o tocilizumabe reduziu significativamente a chance de progredir para ventilação mecânica invasiva ou morte de 38% para 33%. No entanto, não havia evidências de que tocilizumabe teve qualquer efeito sobre a chance de cessação bem sucedida da ventilação mecânica invasiva. Os dados sugerem que em pacientes COVID-19 com hipóxia (que requer oxigênio) e inflamação significativa, o tratamento com a combinação de um corticosteroide sistêmico (como dexametasona) mais tocilizumabe reduz a mortalidade em cerca de um terço para pacientes que necessitam de oxigênio simples e quase metade para aqueles que necessitam de ventilação mecânica invasiva (11/02/2021). Fonte: Recovery Trial
Estudo de coorte avaliou 392 pacientes, onde 275 não receberam inibidores de interleucina, 62 receberam o inibidor de IL-1 anakinra e 55 receberam um inibidor de IL-6 (29 receberam tocilizumabe e 26 receberam sarilumabe). Na análise multivariável, em comparação com pacientes que não receberam inibidores de interleucina, os pacientes tratados com inibição de IL-1 tiveram um risco de mortalidade significativamente reduzido, mas aqueles tratados com inibição de IL-6 não. Para aumentar as concentrações de proteína C reativa, os pacientes tratados com inibição de IL-6 tiveram um risco significativamente reduzido de mortalidade e resultado clínico adverso em comparação com pacientes que não receberam inibidores de interleucina. Para concentrações decrescentes de lactato desidrogenase sérica, os pacientes tratados com um inibidor da IL-1 e os pacientes tratados com inibidores da IL-6 tiveram um risco reduzido de mortalidade; concentrações crescentes de lactato desidrogenase em pacientes que receberam inibidores de interleucina foram associadas a um risco aumentado de mortalidade e resultado clínico adverso em comparação com pacientes que não receberam inibidores de interleucina. Autores concluíram que a inibição de IL-1, mas não a inibição de IL-6, foi associada a uma redução significativa da mortalidade em pacientes internados com COVID-19, insuficiência respiratória e hiperinflamação. A inibição da IL-6 foi eficaz em um subgrupo de pacientes com concentrações de proteína C reativa marcadamente altas, enquanto a inibição da IL-1 e da IL-6 foi eficaz em pacientes com baixas concentrações de desidrogenase láctica. O estudo mostrou que alterações nos parâmetros séricos, como proteína C reativa e lactato desidrogenase, podem ser úteis para identificar aqueles pacientes com maior probabilidade de responder melhor aos inibidores de citocinas (03/02/2021). Fonte: The Lancet Rheumatology
10/02/2021
O estudo para identificar rapidamente tratamentos seguros e eficazes para COVID-19 que estão sendo realizados até o momento. O estudo incluiu 7.768 pacientes com COVID-19, dos quais 509 (6,55%) foram hospitalizados, 82 (1,06%) foram internados em UTI, 64 (0,82%) receberam ventilação mecânica e 90 (1,16%) morreram. No geral, 15 medicamentos foram significativamente associados à redução da gravidade do COVID-19. Dos resultados é possivel através da análise visual que mostra as tendências de risco sobre os resultados selecionados para todos os 49 medicamentos da análise primária. Medicamentos incluindo fluticasona, naproxeno, extrato de linhaça e ácidos graxos ômega-3 apresentam um risco baixo constante em toda a escala de gravidade COVID-19, enquanto a cefalexina e a ciclobenzaprina indicam um efeito protetor apenas para o desfecho primário da COVID-19 (08/02/2021). Fonte: Preprint medRxiv
Pesquisadores da Universidade de Oxford levantam a hipótese de que o problema subjacente é que o vírus interrompe um processo normal nos pulmões chamado vasoconstrição pulmonar hipóxica, que desvia o sangue das partes doentes e não funcionais do pulmão para as partes do pulmão que ainda estão funcionando corretamente. Se os pulmões forem impedidos de desviar o sangue para segmentos pulmonares mais oxigenados, isso pode causar a hipóxia profunda da qual os pacientes com COVID-19 podem morrer. O bismesilato de almitrina um medicamento tem sido bem-sucedido no tratamento da síndrome do desconforto respiratório agudo ao contrair os vasos sanguíneos em regiões do pulmão onde o oxigênio é baixo. Os pesquisadores dizem que a almitrina pode ter o mesmo efeito em pacientes com COVID-19, com o potencial de ajudar a restaurar o processo protetor natural nos pulmões e aumentar os níveis de oxigênio no sangue arterial. A equipe do estudo espera que a administração deste medicamento a pacientes com COVID-19 reduza, consequentemente, a quantidade de outro suporte respiratório de que o paciente necessita. O ensaio clinico já foi iniciado pelos pesquisadores da Universidade de Oxford (10/02/2021). Fonte: University Oxford
Ensaio clínico randomizado e aberto analisou o uso de budesonida inalada em comparação com o tratamento usual, em adultos no prazo de 7 dias após o início dos sintomas leves de COVID-19. 146 pacientes foram submetidos à randomização. A recuperação clínica foi 1 dia mais curta no braço da budesonida em comparação com o braço de tratamento usual. A proporção de dias com febre e a proporção de participantes com pelo menos 1 dia de febre foi menor no braço da budesonida. Menos participantes randomizados para budesonida tiveram sintomas persistentes no dia 14 e dia 28 em comparação com os participantes que receberam os cuidados habituais. Assim, os autores concluem que a administração precoce de budesonida inalada reduziu a probabilidade de necessidade de cuidados médicos urgentes e reduziu o tempo de recuperação após a infecção precoce de COVID-19 (08/02/2021). Fonte: medRxiv
08/02/2021
Um novo tratamento contra a COVID-19, sendo desenvolvido no Centro Médico Ichilov de Tel Aviv, concluiu os testes de fase 1. O hospital anunciou que a substância EXO-CD24 foi administrada a 30 pacientes cujas condições eram moderadas ou piores, e todos os 30 se recuperaram - 29 deles em três a cinco dias. O medicamento combate a tempestade de citocinas, que se acredita ser responsável por muitas das mortes associadas à doença. Ele usa exossomos - pequenos sacos transportadores que transportam materiais entre as células - para entregar uma proteína chamada CD24 aos pulmões, que o grupo de estudo está pesquisando há décadas. Esta proteína ajuda a acalmar o sistema imunológico e conter a tempestade. O medicamento EXO-CD24 é administrado localmente, funciona amplamente e sem efeitos colaterais, uma vez que é inalado uma vez por dia durante alguns minutos, durante cinco dias sendo, ao contrário de outras fórmulas, direcionado diretamente para os pulmões (05/02/2021). Fonte: The Times of Israel
O comitê de medicamentos humanos da União Européia (EMA) deu início a uma revisão contínua dos dados de um medicamento conhecido como combinação de anticorpos REGN-COV2 (casirivimabe / imdevimabe), que está sendo co-desenvolvido pela Regeneron Pharmaceuticals, Inc. e F. Hoffman-La Roche, Ltd (Roche) para o tratamento e prevenção da COVID-19. Este medicamento é feito de casirivimabe e imdevimabe, dois anticorpos monoclonais. Um anticorpo monoclonal é um anticorpo (tipo de proteína) que foi projetado para reconhecer e se ligar a uma estrutura específica (antígeno). O casirivimabe e o imdevimabe foram concebidos para se ligarem à proteína spike do SARS-CoV-2 em dois locais diferentes. Quando as substâncias ativas estão ligadas à proteína spike, o vírus é incapaz de entrar nas células do corpo (01/02/2021). Fonte: EMA
05/02/2021
Pesquisadores utilizam triagem virtual baseada em estrutura e descrevem a fenilbenzopirona de flavonóides como fármacos potenciais para prevenir a replicação do SARS-CoV-2 por meio da inibição de sua protease principal MPRO. Estudos de simulação indicaram a forma glicosídica do flavonóide como inibidor mais adequado; onde os compostos rutina, procianidina B6, baicalina e galoilquercetina, demonstraram alta afinidade e estabilidade, sendo que a rutina emergiu como um dos melhores compostos candidatos. A rutina foi relatada como tendo atividade inibitória contra protease semelhante (3Cprotease do enterovírus A71), bem como implicada na fibrose pulmonar (janeiro/2021). Fonte: Current Pharmaceutical Biotechnology
Artigo de revisão considera a evidência da suplementação de vitamina D em populações militares na prevenção de infecções agudas do trato respiratório, incluindo infecção por SARS-CoV-2 e conseqüente doença COVID-19. A importância ocupacional / organizacional de reduzir a transmissão de SARS-CoV-2, especialmente quando adultos jovens infectados podem ser assintomáticos, pré-sintomáticos ou paucissintomáticos, também é discutida (27/01/2021). Fonte: BMJ
A farmacêutica Merck no dia 04 de fevereiro de 2021 afirmou sua posição em relação ao uso de ivermectina durante a pandemia da COVID-19. Os cientistas da empresa continuam a examinar cuidadosamente as descobertas de todos os estudos disponíveis e emergentes de ivermectina para o tratamento da COVID-19 para evidências de eficácia e segurança. Até o momento, na análise dos pesquisadores da Merck identificaram que: não há nenhuma base científica para um efeito terapêutico potencial contra COVID-19 de estudos pré-clínicos; não há nenhuma evidência significativa para atividade clínica ou eficácia clínica em pacientes com doença COVID-19, e; a preocupante falta de dados de segurança na maioria dos estudos. Dessa forma a Merck diz que os dados disponíveis não suportam a segurança e eficácia da ivermectina nem das doses e populações indicadas nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora (04/02/2021). Fonte: Merck
Em estudos anteriores os pesquisadores relataram que ovalbumina de frango modificada com anidrido 3-hidroxiftálico (HP-OVA) atua como um inibidor da entrada viral para prevenir vários tipos de infecção viral. Os resultados revelam que o HP-OVA pode inibir efetivamente a replicação do SARS-CoV-2 e a fusão célula-célula mediada pela proteína S de uma maneira dependente da dose, sem efeitos citopáticos óbvios. Uma análise posterior sugere que o HP-OVA pode se ligar à proteína S do SARS-CoV-2 e à enzima de conversão da angiotensina 2 (ECA2), o receptor funcional do SARS-CoV-2, e interrompe a interação proteína S-ECA2, exibindo assim atividade inibitória contra a infecção por SARS-CoV-2. Em resumo, os resultados sugerem que o HP-OVA pode servir como um potencial agente terapêutico para o tratamento da COVID-19 (14/01/2021). Fonte: Frontiers in Pharmacology
Um estudo realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) conclui que a cloroquina provoca danos em células endoteliais, presentes em todos os vasos sanguíneos do corpo humano. Os pesquisadores trabalharam com linhagens de células endoteliais humanas extraídas de vasos sanguíneos, que foram cultivadas na presença de cloroquina, em concentrações incapazes de causar sua morte celular, por até 72 horas. Observou-se que, durante esse período, a célula induziu significativamente o acúmulo de organelas ácidas, aumentou os níveis de radicais livres e diminuiu a produção de óxido nítrico, levando ao estresse oxidativo e dano celular. Este processo, chamado de disfunção endotelial, pode resultar no funcionamento incorreto ou até na morte da célula. A disfunção endotelial pode afetar a circulação sanguínea, e por consequência, órgãos como coração, rins e pulmões (21/01/2021). Fonte: Toxicology and Applied Pharmacology
03/02/2021
O genoma do SARS-CoV-2 codifica várias proteínas essenciais para a multiplicação e patogênese. A protease principal (Mpro ou 3CLpro) da SARS-CoV-2 desempenha um papel central na sua patogênese e, portanto, é considerada um alvo atraente para o desenho de drogas e desenvolvimento de inibidores de pequenas moléculas. Pesquisadores empregaram uma extensa triagem virtual de alto rendimento com base na estrutura para descobrir compostos naturais potenciais do banco de dados ZINC que poderiam inibir o Mpro de SARS-CoV-2. Dos resultados foi identificado que o ZINC02123811 (1- (3- (2,5,9-trimetil-7-oxo-3-fenil-7H-furo [3,2-g] cromen-6-il) propanoil) piperidina-4-carboxamida ), um composto natural com afinidade, eficiência e especificidade apreciáveis para a ligação de SARS-CoV-2 Mpro. Esses achados, segundo os pesquisadores, sugerem que ZINC02123811 pode ser explorado como um arcabouço promissor para o desenvolvimento de inibidores potenciais de SARS-CoV-2 Mpro para tratar COVID-19 (27/01/2021). Fonte: Saudi Journal of Biological Sciences
Entre 7 de abril e 27 de novembro de 2020, 9433 (57%) de 16.442 pacientes inscritos no ensaio randomizado, controlado, aberto e de plataforma adaptativa (Randomized Evaluation of COVID-19 Therapy [RECOVERY]), foram alocados aleatoriamente para azitromicina e os demais para vários tratamentos possíveis e foram comparados com o cuidado usual em pacientes internados com COVID-19 no Reino Unido. O teste está em andamento em 176 hospitais no Reino Unido. Os pacientes elegíveis e que consentiram foram alocados aleatoriamente para o padrão usual de cuidado sozinho ou padrão usual de cuidado mais azitromicina 500 mg uma vez por dia por via oral ou intravenosa por 10 dias ou até a alta (ou alocação para um dos outros grupos de tratamento RECOVERY). O desfecho primário foi a mortalidade por todas as causas em 28 dias, avaliada na população com intenção de tratar. Em pacientes internados com COVID-19, a azitromicina não melhorou a sobrevida ou outros desfechos clínicos pré-especificados. O uso de azitromicina em pacientes internados no hospital com COVID-19 deve ser restrito a pacientes nos quais há uma indicação antimicrobiana clara (02/02/2021). Fonte: The Lancet
Revisão sobre o status atual da descoberta de medicamentos e vacinas contra o SARS-CoV-2, prevendo que esses esforços ajudarão a criar medicamentos e vacinas eficazes para o SARS-CoV-2 (27/01/2021). Fonte: Biomedicine & Pharmacotherapy
Estudo revela que entre os pacientes não hospitalizados com COVID-19, a colchicina reduz a taxa composta de óbitos ou internações (clinicaltrials.gov COLCORONA: NCT04322682). Evidências anteriores sugerem o papel de uma tempestade inflamatória em complicações da COVID-19. A colchicina é um medicamento anti-inflamatório administrado oralmente. Foi realizado um ensaio randomizado, duplo-cego envolvendo 4.488 pacientes não hospitalizados com COVID-19 diagnosticados por teste de PCR ou critérios clínicos. Os pacientes foram aleatoriamente designados para receber colchicina (0,5 mg duas vezes por dia durante 3 dias e uma vez por dia depois) ou placebo por 30 dias. Entre os pacientes com COVID-19 confirmados pela PCR, o ponto final primário ocorreu em 4,6% e 6,0% dos pacientes nos grupos colchicina e placebo, respectivamente. Nesses pacientes o uso da colchicina reduziu a necessidade de internação em 25%, a necessidade de ventilação mecânica em 50% e o risco de morte em 44%. Eventos adversos graves foram relatados em 4,9% e 6,3% nos grupos colchicina e placebo; pneumonia ocorreu em 2,9% e 4,1% dos pacientes. A diarreia foi relatada em 13,7% e 7,3% nos grupos colchicina e placebo(27/01/2021). Fonte: medRxiv
Artigo de revisão estuda as vias que são responsáveis pela regulação positiva de ECA2 e seu impacto na gravidade da doença SARS-CoV-2; apresentando a associação de inibidores da ECA e bloqueadores da angiotensina tipo II com superexpressão de ECA2 em comorbidades COVID-19 (27/01/2021). Fonte: European Journal of Pharmacology
Estudo de coorte retrospectivo multicêntrico foi realizado para avaliar a eficácia e segurança da terapia com ribavirina e interferon-α (RBV / IFN-α) em pacientes com COVID-19. Este estudo incluiu pacientes com COVID-19 internados em quatro hospitais na província de Hubei, China, de 31 de dezembro de 2019 a 31 de março de 2020. De 2.037 pacientes incluídos no estudo, 1.281 pacientes receberam RBV / IFN-α (RBV sozinho / IFN-α sozinho / RBV combinado com IFN-α) e 756 pacientes não receberam nenhum desses tratamentos. No modelo de efeito misto, a terapia com RBV / IFN-α não foi associada à progressão do tipo não grave para o tipo grave ou com redução na mortalidade em 30 dias. No entanto, foi associado a uma maior probabilidade de tempo de internação hospitalar superior a 15 dias em comparação com nenhuma terapia com RBV / IFN-α. Além disso, a análise de coorte e subgrupo combinada com escore de propensão exibiu resultados semelhantes. Em conclusão, os pesquisadores afirmam que a terapia com RBV / IFN-α não mostrou nenhum benefício na melhora dos resultados clínicos em pacientes com COVID-19, sugerindo que a terapia com RBV / IFN-α deve ser evitada em pacientes com COVID-19 (27/01/2021). Fonte: International Journal of Infectious Diseases
01/02/2021
Artigo mapeia como todas as mutações no domínio de ligação ao receptor (RBD) do SARS-CoV-2 afetam a ligação pelos anticorpos no coquetel REGN-COV2 e o anticorpo LY-CoV016. Esses mapas completos revelam uma única mutação de aminoácido que escapa totalmente do coquetel REGN-COV2, que consiste em dois anticorpos direcionados a epítopos estruturais distintos. Os mapas também identificam mutações virais que são selecionadas em um paciente infectado persistentemente tratado com REGN-COV2, bem como durante as seleções de escape viral in vitro. Os mapas revelam que as mutações que escapam dos anticorpos individuais já estão presentes nas cepas circulantes de SARS-CoV-2. No geral, esses mapas de escape completos permitem a interpretação das consequências das mutações observadas durante a vigilância viral (06/01/2021). Fonte: Science
Pesquisadores formulam hipótese inspirada no fato de que os morcegos durante voos geram respostas via HSP70 e HSP90 que os protegem de vírus mortais, incluindo o SARS-CoV-2 alojado nos morcegos. Os pesquisadores perceberam que HSP70 e HSP90 que se ligam a S-ECA-2 e/ou AngII, torna a ECA2 menos disponível ou indisponível para SARS-CoV-2, podendo aumentar a imunidade inibindo a tempestade de citocinas e SDRA. Usando abordagens de docking molecular e avaliando as interações complexas de proteína-ligantes (HSP70 / 90-S-ACE2-ASP / PIP / HYD), foi estabelecido o mecanismo de proteção mais provável de HSPs contra SARS-CoV-2 na SDRA. Os resultados mostraram que de muitos ligantes testados, a piperaquina (PIP) e Aspirina (ASP) interagiram de forma bastante eficiente com HSP70 / 90-AngII em comparação com o HSP70 / 90-S-ACE2 com a formação de um complexo relativamente estável. Além disso, o estudo sugere que ASP HSP70 / 90 e PIP podem funcionar através da ligação com o AngII acumulado devido ao mau funcionamento da ECA2, evitando assim a tempestade de citocinas com menos chances de formação de coágulos em pacientes com COVID-19. No entanto, essas descobertas puramente in silico precisam ser validadas no in vitro/ in vivo para uma visão mais aprofundada do(s) mecanismo(s) de prevenção proposto (s) (04/01/2021). Fonte: Biointerface Research in Applied Chemistry
Nesta revisão, pesquisadores resumem os avanços e descobertas recentes sobre as terapias antivirais, com o objetivo de fornecer suporte clínico para o manejo da COVID-19. Além disso, analisaram as causas da controvérsia na pesquisa de medicamentos antivirais e discutiram a qualidade dos estudos atuais sobre tratamentos antivirais (05/01/2021). Fonte: European Journal of Pharmacology
Revisão sobre os possíveis insights mecanísticos de nitazoxanida para reposicionamento no tratamento da COVID-19. Os pesquisadores acreditam que a nitazoxanida, conhecida por exercer atividade antiviral de amplo espectro contra várias infecções virais, exibe o potencial de aumentar as respostas imunes inatas do hospedeiro contra a COVID-17 e combater a tempestade de citocinas que ameaça a vida. A revisão justapõe o papel da nitazoxanida no combate à patogênese da COVID-19 em vários níveis. Segundo os autores, os dados in silico, a eficácia in vitro em linhagens celulares e vários ensaios clínicos aprovados em todo o mundo comprovam o uso de nitazoxanida para a terapia com COVID-19 (15/01/2021). Fonte: European Journal of Pharmacology
29/01/2021
Estudo tem como objetivo esclarecer o papel da nicotina na infecção por SARS-CoV-2 explorando sua atividade molecular e celular. A expressão de Ki67, p53 / fosfo-p53, VEGF, EGFR / pEGFR, fosfo-p38, Ca2+ intracelular, ATP e EMT foi avaliada por ELISA e/ou Western blotting. Dos resultados a nicotina induzida através de α7-nAChR provocou: (i) aumento na viabilidade celular, (ii) proliferação celular, (iii) superexpressão de Ki67, (iv) regulação positiva de fosfo-p38, (v) EGFR / pEGFR superação-expressão, (vi) aumento na concentração basal de Ca2+, (vii) redução da produção de ATP, (viii) nível diminuído de p53 / fosfo-p53, (ix) senescência retardada, (x) aumento de VEGF, (xi) EMT e consequente (xii) migração aprimorada e (xiii) capacidade de crescer independentemente do substrato. Dos resultados os pesquisadres demonstram as evidências que mostram que a nicotina potencializa a infecção viral, é provável que a nicotina esteja envolvida na infecção e na gravidade da SARS-CoV-2 (28/12/2020). Fonte: Molecules
Estudo analisa a potência e a toxicidade celular de quatro fluoroquinolonas (enoxacina, ciprofloxacina, levofloxacina e moxifloxacina) foram avaliadas em células Vero e células A549 projetadas para superexpressar ECA2, o receptor de entrada SARS-CoV-2. Todas as quatro fluoroquinolonas suprimiram a replicação do SARS-CoV-2 em altas concentrações micromolares em ambos os tipos de células, com a enoxacina demonstrando o menor valor de concentração efetiva 50 (EC50) de 126,4 μM em células Vero. A enoxacina também suprimiu a replicação de MERS-CoV-2 em células Vero em altas concentrações micromolares. A toxicidade celular da levofloxacina não foi encontrada em nenhum dos tipos de células. Nas células Vero, foi observada toxicidade mínima após o tratamento com enoxacina ≥37,5 μM e ciprofloxacina 600 μM. A toxicidade em ambos os tipos de células foi detectada após tratamento com moxifloxacina ≥300 μM. Em resumo, esses resultados sugerem que a capacidade das fluoroquinolonas de suprimir a replicação de SARS-CoV-2 e MERS-CoV em células em cultura é limitada (23/12/2020). Fonte: Viruses
A análise de acoplamento molecular in silico revelou o potencial dos fitoquímicos presentes em Phyllanthus amarus e Andrographis paniculata, usados na medicina ayurvédica na inibição da SARS-CoV-2. Pesquisadores forneceram evidências preliminares para a interação de 35 fitoquímicos das duas plantas com proteínas de SARS-CoV-2 (proteína S de estado aberto e fechado, 3CLpro, PLpro e RdRp) por meio de análise de acoplamento molecular in silico. O análogo de nucleotídeo remdesivir foi usado como um controle positivo. Os flavonóides (astragalina, kaempferol, quercetina, quercetina-3-O-glucosídeo e quercetina) e taninos (corilagina, furosina e geraniina) presentes em P. amarus mostraram mais afinidade de ligação (até -10,60 kcal / mol) do que remdesivir (até - 9,50 kcal / mol) (11/01/2021). Fonte: 3 Biotech
Análise provisória com 275 pacientes ambulatoriais que se apresentaram dentro de 7 dias após o início dos sintomas e dentro de 72 horas após um resultado positivo no teste de qRT-PCR de amostras de esfregaço nasofaríngeo. Os pacientes foram designados aleatoriamente em uma proporção de 1: 1: 1 para receber uma única infusão intravenosa de 2,4 g ou 8 g de REGN-COV2 ou placebo. Nesta análise, o coquetel de anticorpos REGN-COV2 reduziu a carga viral, com maior efeito em pacientes cuja resposta imune ainda não havia sido iniciada ou que apresentavam carga viral elevada no início do estudo. Os resultados de segurança foram semelhantes nos grupos de dose combinada REGN-COV2 e no grupo de placebo (ClinicalTrials.gov, NCT04425629) (21/01/2021). Fonte: NEJM
27/01/2021
A farmacêutica Eli Lilly anunciou os resultados de fase 3 dos estudos clínicos (BLAZE-1) com os anticorpos monoclonais Bamlanivimabe (LY-CoV555) 2800 mg e etesevimabe (LY-CoV016) 2800 mg administrados em conjunto. O tratamento reduziu significativamente as hospitalizações e mortes relacionadas a COVID-19 (coletivamente, "eventos") em pacientes de alto risco recentemente diagnosticados com COVID-19. Num total de 1.035 pacientes, houve 11 eventos (2,1%) em pacientes tratados e 36 eventos (7%) em pacientes no grupo placebo, o que significa uma redução de risco de 70% de internação e morte nos pacientes em tratamento com os anticorpos monoclonais. As 10 mortes do estudo ocorreram dentre os pacientes do grupo placebo e nenhuma morte foi relatada no grupo de tratamento com bamlanivimabe e etesevimabe (26/01/2021). Fonte: Lilly Investors.
Estudo demonstrou que o medicamento plitidepsina (aplidina) possui atividade antiviral em cultura de células (IC90 = 0,88 nM) 27,5 vezes mais potente contra SARS-CoV-2 do que o remdesivir e apresenta toxicidade limitada. Também foi demonstrada a eficácia in vivo da plitidepsina em dois modelos de camundongos de infecção por SARS-CoV-2 com redução da replicação viral nos pulmões em duas ordens de magnitude usando tratamento profilático. Os resultados indicam que a plitidepsina é um candidato terapêutico promissor para COVID-19 (25/01/2021). Fonte: Science.
Artigo de revisão discute os mecanismos potenciais pelos quais os sinais de vitamina D podem regular a gravidade da doença respiratória em infecções graves da SARS-CoV-2, em comparação com outras infecções pulmonares. É proposto que a vitamina D sinaliza as cascatas inflamatórias pulmonares durante a infecção por SARS-CoV-2, e a insuficiência de vitamina D causa aumento da tempestade de citocinas inflamatórias, levando assim a doença respiratória exacerbada (19/01/2021). Fonte: Journal of Leukocyte Biology
Pesquisadores rastrearam os inibidores da protease principal do SARS-CoV-2 e o domínio de ligação ao receptor da proteína spike de uma biblioteca integrada de produtos naturais africanos, compostos gerados a partir de estudos de aprendizado de máquina e fármacos antivirais usando AutoDock Vina. Os mecanismos de ligação entre os compostos e as proteínas foram caracterizados usando LigPlot + e técnicas de simulação de dinâmica molecular. As atividades biológicas dos compostos de sucesso também foram previstas usando uma abordagem baseada em Bayesian. Seis moléculas bioativas potenciais NANPDB2245, NANPDB2403, ácido fusídico, ZINC000095486008, ZINC0000556656943 e ZINC001645993538 foram identificadas, todas as quais tinham mecanismos de ligação plausíveis com ambos os receptores virais. Eles têm o potencial de inibir a entrada e a replicação viral. Previu-se que essas moléculas semelhantes a drogas possuíam perfis farmacológicos atraentes com toxicidade desprezível (14/01/2021). Fonte: Molecules
Os ensaios clínicos em humanos de hidroxicloroquina falharam em estabelecer sua utilidade como tratamento para COVID-19. Este composto é conhecido por interferir com a acidificação endossomal necessária à atividade proteolítica das catepsinas. Após ligação ao receptor e endocitose, a catepsina L pode clivar as proteínas S do SARS-CoV-1 e SARS-CoV-2, ativando assim a fusão da membrana para a entrada na célula. A protease associada à membrana plasmática TMPRSS2 pode, de forma semelhante, clivar essas proteínas S e ativar a entrada viral na superfície celular. Foi demonstrado que o processo de entrada do SARS-CoV-2 é mais dependente do que o do SARS-CoV-1 da expressão de TMPRSS2. Esta diferença pode ser revertida quando o local de clivagem da furina da proteína S do SARS-CoV-2 é ablacionado ou quando é introduzido na proteína S do SARS-CoV-1. Também foi mostrado que a hidroxicloroquina bloqueia com eficiência a entrada viral mediada pela catepsina L, mas não por TMPRSS2, e que uma combinação de hidroxicloroquina e um inibidor de TMPRSS2 clinicamente testado previne a infecção por SARS-CoV-2 de forma mais potente do que qualquer um dos fármacos sozinhos. Esses estudos identificam diferenças funcionais entre os processos de entrada do SARS-CoV-1 e -2 e fornecem uma explicação mecanicista para a limitada utilidade in vivo da hidroxicloroquina como tratamento para COVID-19 (19/01/2021). Fonte: PLoS Pathogens
25/01/2021
Estudo com o objetivo de determinar se anakinra, um antagonista do receptor de IL-1 humano recombinante, poderia melhorar os resultados em pacientes hospitalizados com pneumonia por COVID-19 leve a moderada foi interrompido precocemente para avaliação, seguindo recomendações de segurança (ClinicalTrials.gov, NCT04341584). Após recrutamento de 116 pacientes (59 no grupo anakinra e 57 no grupo controle), não foi verificada melhora nas condições dos pacientes tratados com anakinra e maior número de efeitos adversos graves foram verificados no grupo tratado com o medicamento (22/01/2021). Fonte: The Lancet
Ensaio clínico relatou um benefício significativo da administração de dexametasona em pacientes críticos que foram ventilados mecanicamente ou em suporte respiratório e a dexametasona foi administrada por via oral ou intravenosa (6 mg / dia, por um período de 10 dias). Além disso, a hidrocortisona tem sido usada como reversão de choque em casos graves de COVID-19 com choque refratário administrado por via intravenosa por infusão contínua ou intermitente (200 mg / dia) com duração baseada na resposta clínica. Com base em um estudo retrospectivo (n = 201) conduzido em Wuhan, China, metilprednisolona foi usada em pacientes COVID-19 com SDRA e associada a um declínio na taxa de mortalidade. Um protocolo de curto curso de metilprednisolona foi conduzido para pacientes COVID-19 com moderada a infecção grave (0,5-1 mg / kg / dia em 2 doses divididas por uma duração de 3 dias) e associada a uma redução na mortalidade e permanência hospitalar. Em conclusão, o uso de esteróides na pneumonia associada a COVID-19 é controverso e os dados da literatura não suportam totalmente o uso rotineiro de esteróides. No entanto, recomendamos a administração precoce de metilprednisolona em casos de COVID-19 moderados a graves, o que pode ter um impacto positivo na taxa de mortalidade, permanência hospitalar e necessidade de ventilação mecânica (18/01/2021). Fonte: Journal of Pharmacy Practice
O estudo PRINCIPLE realizado em todo o Reino Unido busca avaliar o uso da azitromicina e doxiciclina como tratamentos separados da COVID-19. Ambas as drogas estão sendo usadas nos estágios iniciais da doença. Em um total de 526 participantes elegíveis foram randomizados para azitromicina (500 mg uma vez ao dia por 3 dias) nos primeiros 14 dias do início do COVID-19 e comparados com 862 participantes randomizados para tratamento usual. De acordo com o protocolo, a randomização no braço da azitromicina foi interrompida devido a uma pequena probabilidade (0,024) de benefício clinicamente significativo em comparação com o tratamento usual em uma análise provisória com dados incompletos. Após 28 dias de acompanhamento nos participantes randomizados, os resultados mostraram que o tempo médio estimado para recuperação auto-relatada para azitromicina foi 0,94 dias mais curto em comparação com o tratamento usual. Além disso, não houve evidência de que a azitromicina reduziu hospitalizações ou mortes em comparação com o tratamento usual. Em um total de 798 participantes elegíveis foram randomizados para doxiciclina (200 mg no primeiro dia seguido de 100 mg por dia durante 6 dias) nos primeiros 14 dias do início do COVID-19 e comparados com 994 participantes randomizados para cuidados usuais . De acordo com o protocolo, a randomização para o braço doxiciclina foi interrompida devido à pequena probabilidade (0,044) de um benefício clinicamente significativo em comparação com o tratamento usual em uma análise provisória. Com base nos dados incompletos provisórios, tanto o benefício clínico estimado no tempo de recuperação (benefício inferior a 1 dia) quanto a taxa de hospitalização (benefício inferior a 2%) são pequenos para a doxiciclina (25/01/2021). Fonte: University Oxford
Estudo prospectivo de intervenção foi conduzido de junho a novembro de 2020 na Datta Meghe University durante o surto COVID-19 para avaliar o resultado dos sprays nasais de fluticasona nos distúrbios do olfato e da pasta de triancinolona na disfunção do paladar em uma população de pacientes com SARS-CoV-2 confirmados em laboratório com teste. Os 120 pacientes inscritos foram testados nos dias 1 e 5 após infecção comprovada pelo teste de RT-PCR. Dos resultados mostrou que as funções olfativa e gustativa melhoraram significativamente em pacientes com COVID-19. Para todos os casos de anosmia e disgeusia que receberam spray nasal de fluticasona e medicamentos triancinolona, a recuperação dos sentidos do olfato e do paladar ocorreu em uma semana (16/01/2021). Fonte: American Journal of Otolaryngology
Estudo analisa que a vitamina A (VA) pode desempenhar um papel de acelerar a recuperação se a suplementação for em tempo apropriado durante a recuperação e pode reduzir a mortalidade e acelerar a recuperação. Os pesquisadores citam que a VA mantém a imunidade inata e adaptativa e pode promover a eliminação de uma infecção primária, bem como minimizar os riscos de infecções secundárias. A VA desempenha um papel no trato respiratório, minimizando a inflamação prejudicial, apoiando o reparo do epitélio respiratório e prevenindo a fibrose. Os pesquisadores também citam que a deficiência de VA pode ocorrer durante a COVID-19 devido a efeitos específicos nos estoques pulmonares e hepáticos causados por inflamação e comprometimento da função renal. A avaliação das interações da infecção por SARS-COV2 com o metabolismo VA pode, portanto, fornecer terapia para COVID-19 (20/01/2021). Fonte: Cambridge Core
Estudo emprega uma abordagem de evolução direcionada para desenvolver três anticorpos SARS-CoV-2 para maior amplitude e potência de neutralização. Uma das variantes maturadas por afinidade, ADG-2, exibe forte atividade de ligação a um grande painel de domínios de ligação ao receptor de sarbecovírus (RBDs) e neutraliza sarbecovírus epidêmicos representativos com alta potência. Estudos estruturais e bioquímicos demonstram que ADG-2 emprega um ângulo distinto de abordagem para reconhecer um epítopo altamente conservado que se sobrepõe ao local de ligação do receptor. Em modelos de camundongos imunocompetentes de SARS e COVID-19, a administração profilática de ADG-2 forneceu proteção completa contra carga respiratória, replicação viral nos pulmões e patologia pulmonar demonstrado que o ADG-2 representa um candidato terapêutico promissor (25/01/2021). Fonte: Science
Revisão enfoca os vários mecanismos de ação do zinco e sua suplementação como adjuvante para vacinas, um regime terapêutico eficaz no manejo da COVID ‐ 19. Segundo os pesquisadores o zinco possui benefícios potenciais à saúde contra a pandemia de COVID ‐ 19, melhorando a resposta imunológica, minimizando a infecção e a inflamação, prevenindo lesões pulmonares, inibindo a replicação viral por meio da interferência da transcrição do genoma viral, tradução de proteínas, fixação e infectividade do hospedeiro (17/01/2021). Fonte: Journal Food Biochemistry
22/01/2021
Estudo aberto randomizado (ClinicalTrials.gov NCT04403685) foi delineado para determinar se tocilizumabe melhora os resultados clínicos para pacientes com COVID-19 crítica ou grave. Um total de 129 pacientes foram incluídos (idade média de 57 anos; 68% homens) e todos completaram o acompanhamento. Todos os pacientes no grupo com tocilizumabe e dois no grupo de tratamento padrão receberam tocilizumabe. 18 de 65 (28%) pacientes no grupo tocilizumabe e 13 de 64 (20%) no grupo de tratamento padrão estavam recebendo ventilação mecânica ou morreram no dia 15. A morte em 15 dias ocorreu em 11 (17%) pacientes no grupo de tocilizumabe em comparação com 2 (3%) no grupo de tratamento padrão. Os eventos adversos foram relatados em 29 de 67 (43%) pacientes que receberam tocilizumabe e 21 de 62 (34%) que não receberam tocilizumabe. O estudo concluiu que em pacientes com COVID-19 grave ou crítico, o tocilizumabe mais o tratamento padrão não foi superior ao tratamento padrão sozinho na melhora dos resultados clínicos em 15 dias, e pode aumentar a mortalidade (20/01/2021). Fonte: BMJ.
Estudo teve por objetivo determinar se a interrupção ou manutenção do tratamento com inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou bloqueadores de receptores de angiotensina II (ARBs) alterou o número de dias de vida e de dias fora do hospital por um período de 30 dias. O ensaio clínico randomizado envolveu 659 pacientes hospitalizados no Brasil com COVID-19 leve a moderada em tratamento com IECA ou ARB antes da hospitalização. O tratamento com IECA ou ARB foi descontinuado em 334 e mantido em 325 indivíduos. Não houve diferença significativa no número de dias de vida e fora do hospital em pacientes no grupo de descontinuação (média, 21,9 dias) versus pacientes no grupo de continuação (média, 22,9 dias). Também não houve diferença estatisticamente significativa no número de mortes (2,7% para o grupo de descontinuação versus 2,8% para o grupo de continuação). Os resultados não apoiam a interrupção do tratamento com IECAs ou BRAs entre pacientes hospitalizados com COVID-19 leve a moderado se houver indicação de tratamento (19/01/2021). Fonte: JAMA.
Os lipídios modulam a ligação ao receptor do hospedeiro, facilitam a fusão viral e replicação viral; assim, a modulação das interações lípido-hospedeiro viral pode ter utilidade terapêutica. De fato, a glicoproteína spike da superfície do SARS-CoV-2 se liga fortemente ao ácido graxo livre ácido linoléico, estabilizando-o e reduzindo sua interação com o receptor da ECA2 que facilita a entrada do virus na célula. Esse estudo demonstra que as terapias que modulam os lipídios bioativos que regulam a resposta imune do hospedeiro às infecções virais respiratórias podem ser benéficas. Assim como, dadas as complicações trombóticas de COVID-19, a intervenção inicial em pacientes com marcadores hemostáticos aumentados com aspirina em baixa dose (que inibe a COX1 plaquetária), antagonistas de TPr ou agonistas do receptor de prostaciclina (IPr) estão entre as possibilidades terapêuticas que podem ser exploradas (15/01/2021). Fonte: Science
18/01/2021
Estudo avalia dois medicamentos que amortecem a resposta imune do corpo e podem salvar a vida de pessoas com COVID-19 severa. Algumas pessoas gravemente doentes com COVID-19 têm danos teciduais infligidos por sua própria resposta imune, e também mostram aumento da atividade de moléculas do sistema imunológico e células reguladas por uma proteína chamada IL-6. Para estudar o efeito da atividade do IL-6 os autores testaram os fármacos tocilizumabe e sarilumabe, que bloqueiam a proteína que as células imunes usam para detectar IL-6. Participaram do estudo 803 adultos com COVID-19 que estavam em tratamento intensivo e recebendo ventilação ou oxigênio de alto fluxo. Desses participantes, 353 receberam tocilizumabe, 48 receberam sarilumabe e 402 não receberam nenhum dos dois. O tratamento medicamentoso reduziu a taxa de mortalidade — de quase 36% no grupo controle para 28% entre aqueles que receberam tocilizumabe e 22% para sarilumabe. Os autores concluem que, em pacientes gravemente doentes com COVID-19 recebendo apoio de órgãos na UTI, o tratamento com os antagonistas do receptor IL-6, tocilizumabe e sarilumabe, melhorou o resultado, incluindo a sobrevivência (09/01/2021). Fonte: medRxiv
Estudo sugere que fármaco usado em quimioterapia inibe replicação do SARS-CoV-2. Medicamento foi identificado por método que combina modelos computacionais e testes em laboratório para encontrar substâncias que possam bloquear o novo coronavírus. A pesquisa que combinou experimentos em laboratório e modelos computacionais que sugeriram que o pralatrexato, uma medicação quimioterápica desenvolvida para tratar linfomas, tem o potencial de ser redirecionado para o tratamento da COVID-19. A abordagem híbrida combina tecnologias de deep learning com simulações mais tradicionais de dinâmica molecular. Foram avaliados 1.906 medicamentos existentes para encontrar os que poderiam ter a capacidade de inibir a replicação do novo coronavírus ao atacar uma proteína viral chamada replicase de RNA (RdRP). As analises sugerem que o medicamento apresenta maior eficácia do que o Remdesivir (31/12/2020). Fonte: PLOS Computacional Biology
Estudo distribuiu aleatoriamente pacientes hospitalizados que tinham COVID-19 sem falência de órgãos em uma proporção de 1:1 para receber LY-CoV555 ou placebo correspondente (dos 314 pacientes, 163 receberam LY-CoV555 e 151 placebo). Além disso, todos os pacientes receberam cuidados de suporte de alta qualidade como terapia de base, incluindo o antiviral remdesivir e, quando indicado, oxigênio suplementar e glicocorticoides. LY-CoV555 (em uma dose de 7.000 mg) ou placebo foi administrado como uma única infusão intravenosa durante um período de 1 hora. O resultado primário foi uma recuperação sustentada durante um período de 90 dias. O anticorpo monoclonal LY-CoV555, quando coadministrado com remdesivir, não demonstrou eficácia entre os pacientes hospitalizados que tinham COVID-19 sem falência do órgão (22/12/2020). Fonte: NEJM
Estudo apresenta a identificação de potenciais inibidores da protease semelhante à papaína SARS-CoV-2 de alcalóides do tropano de Schizanthus porrigens, usando o método de docking molecular. As afinidades de ligação foram comparadas com as obtidas com Lopinavir como um inibidor da protease semelhante à papaína da SARS-CoV-2. Os resultados indicam que Schizanthine Z se liga à protease semelhante à papaína SARS-CoV-2 com afinidade relativamente alta e propriedades ADME favoráveis. Portanto, Schizanthine Z pode representar um composto apropriado para avaliação adicional em ensaios antivirais (16/12/2020). Fonte: Chemical Physics Letters
Neste trabalho, cálculos DFT de propriedades termodinâmicas, superfície de potencial eletrostático, orbitais moleculares de fronteira e descritores de reatividade química de alcalóides imidazólicos foram associados ao uso de técnicas de docking molecular, dinâmica molecular e previsões de ADMET. Pode-se verificar uma boa reatividade química e estabilidade energética da epiisopiloturina, epiisopilosina, isopilosina e pilosina com alguns resíduos de aminoácidos presentes no sítio ativo da principal protease do COVID-19. Os resultados apontam para os alcalóides imidazólicos de Jaborandi como alvos promissores para testes in vitro e in vivo, como possíveis candidatos a inibidores da enzima Mpro (12/01/2021). Fonte: Molecular Simulation
Estudo avalia fármacos antivirais aprovados pelo FDA para serem redirecionadas contra as principais proteínas virais do SARS-CoV-2. A triagem virtual foi realizada para descobrir as moléculas do fármaco antiviral contra a protease principal (Mpro) e a RNA polimerase dependente de RNA (RdRp) usando o COVID-19 Docking Server. Além disso, as moléculas de chumbo foram encaixadas individualmente contra alvos de proteína usando o software AutoDock 4.0.1 e sua semelhança com o fármaco e propriedades ADMET foram avaliadas. Dos 65 medicamentos antivirais testados pela FDA, o Raltegravir, Indinavir, Tipranavir, Dolutegravir e Etravirina exibiram boa biodisponibilidade e grande energia de interação com os alvos estudados e podem servir como medicamentos potenciais para o tratamento de COVID-19 com estudos de validação adicionais (26/10/2020). Fonte: Journal of Infection and Public Health
Pesquisadores investigaram o efeito aditivo da terapia combinada usando remdesivir com ECA2 solúvel recombinante (dose alta / baixa) em células Vero E6 e organóides renais, visando duas modalidades diferentes de ciclo de vida de SARS‐CoV‐2: entrada na célula por meio de seu receptor ECA2, e a replicação intracelular do vírus de RNA. Este tratamento combinado melhorou significativamente suas janelas terapêuticas contra SARS-CoV-2 em ambos os modelos. Ao usar a triagem de resolução de aminoácido único em células ES haplóides, relataram uma via crítica singular necessária para a toxicidade do remdesivir, a saber, Adenilato Quinase 2. Os dados fornecidos demonstraram que combinar duas modalidades terapêuticas com alvos diferentes, estratégia comum no tratamento do HIV, exibem fortes efeitos aditivos em concentrações sub-tóxicas. Os dados estabeleceram as bases para o estudo de regimes combinatórios em futuros ensaios clínicos COVID-19 (14/12/2020). Fonte: EMBO Molecular Medicine
Esta revisão fornece uma descrição abrangente dos mecanismos dos efeitos pleotrópicos das estatinas, os dados pré-clínicos e clínicos relevantes pertinentes ao seu papel nas infecções e lesão pulmonar aguda, os possíveis benefícios cardiovasculares das estatinas em COVID-19, e as implicações do potencial terapêutico das estatinas na doença COVID-19 (06/01/2021). Fonte: Immunopharmacology and Immunotoxicology
15/01/2021
O medicamento de anticorpo monoclonal (mAb) de Lilly, bamlanivimab, recebeu uma Autorização de Uso de Emergência (EUA) em 9 de novembro pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para uso em pacientes COVID-19 de alto risco com doença leve ou moderada. O coquetel de dois anticorpos da Regeneron (casirivimabe e imdevimabe) também recebeu uma autorização dos EUA para o tratamento de COVID-19 leve a moderado. Embora os dois medicamentos representem novas opções para o tratamento da infecção por coronavírus, nenhum deles é ideal. Com base no relatório de um ensaio clínico de fase 2, a redução geral da carga viral entre os braços do bamlanivimabe e do placebo foi pequena. Os dados da fase 2/3 do coquetel da Regeneron ainda não foram relatados e revisados. (11/01/2021). Fonte: Nature
Estudo identifica e caracteriza dois grupos de anticorpos monoclonais neutralizantes de camundongo (MAbs) direcionados ao domínio de ligação ao receptor (RBD) na proteína S SARS-CoV-2. Os MAbs 2H2 e 3C1, representando os dois grupos de anticorpos, respectivamente, ligam epítopos distintos e são compatíveis na formulação de um coquetel de anticorpos não competitivos. Uma versão humanizada do coquetel 2H2 / 3C1 neutraliza potentemente a infecção por SARS-CoV-2 autêntica in vitro com metade da concentração inibitória (IC50) de 12 ng / mL e trata eficazmente camundongos infectados por SARS-CoV-2 mesmo quando administrados em até 24 horas após a infecção. Os resultados fornecem informações importantes para o desenvolvimento de medicamentos baseados em MAb para prevenir e tratar infecções por SARS-CoV-2 (11/01/2021). Fonte: Nature
13/01/2021
Artigo apresenta um estudo piloto para investigar a eficácia e a segurança dos corticosteroides orais e o treinamento olfativo como tratamento de pacientes com disfunção olfativa persistente como resultado da COVID-19. Os resultados sugerem que a combinação de um curto curso de corticosteroides orais e treinamento olfativo é seguro e talvez benéfico para ajudar pacientes com anosmia duradoura a se recuperar da perda olfativa devido ao COVID-19. Há uma necessidade de uma investigação mais profunda com coortes maiores para corroborar esses achados (09/01/2021). Fonte: Eur. arch. oto-rhino-laryngol
Várias opções promissoras de tratamento se destacam como terapia potencial da COVID-19, incluindo fármacos derivadas de plasma, anticorpos monoclonais, antivirais, antimaláricos, terapia celular e corticosteroides. A Dexametasona é um medicamento corticosteroide aprovado, atuando como um agente anti-inflamatório e imunossupressor. Na pandemia atual, a dexametasona é declarada o “maior desenvolvimento” na luta contra a COVID-19 e foi apresentada como o recente avanço que reduz significativamente a taxa de mortalidade entre os casos graves de COVID-19. Esta revisão resume o uso de dexametasona, seu potencial terapêutico, riscos e estratégias durante a pandemia de COVID-19 (08/01/2021). Fonte: European Journal of Pharmacology
08/01/2021
O objetivo do artigo é verificar a ação antiviral hidroxicloroquina (HCQ) e promover um escore de risco validado para o prolongamento do intervalo QT na avaliação multidimensional de pacientes com COVID‐19, especialmente em pacientes idosos e polipatológicos (25/12/2020). Fonte: Aging Medicine
Em uma meta análise de 38 estudos com um total de 13.412 pacientes com COVID-19 incluídos com um tratamento com tocilizumabe demonstrou estar associado à redução da taxa de mortalidade de COVID-19. Tocilizumabe também não está associado a eventos adversos graves em comparação com o tratamento padrão (05/01/2021). Fonte: Thieme
06/01/2021
A antitripsina alfa-1 humana (A1AT) é uma glicoproteína circulante no sangue mais conhecida como inibidor de protease pesquisadores verificaram que A1AT inibe a infecção SARS-CoV-2 ao inibir a serina protease 2 (TMPRSS2), uma protease envolvida na entrada do SARS-CoV-2 nas células hospedeiras. Este papel duplo de infecção antiviral e antiinflamatório torna A1AT um candidato único e excelente para o tratamento para a COVID-19, segundo os pesquisadores. Três ensaios clínicos de A1AT para tratamento com COVID-19 foram recentemente aprovados em vários países (11/12/2020). Fonte: Frontiers in Pharmacology
Estudo sugere que fármaco usado em quimioterapia inibe replicação do SARS-CoV-2. Medicamento foi identificado por método que combina modelos computacionais e testes em laboratório para encontrar drogas que possam bloquear o novo coronavírus. Os resultados sugeriram que o pralatrexato, uma medicação quimioterápica desenvolvida para tratar linfomas, tem o potencial de ser redirecionado para o tratamento da COVID-19. A abordagem híbrida combina tecnologias de deep learning com simulações mais tradicionais de dinâmica molecular. Foram avaliados 1.906 medicamentos existentes para encontrar os que poderiam ter a capacidade de inibir a replicação do novo coronavírus ao atacar uma proteína viral chamada replicase de RNA (RdRP). As análises sugerem que o medicamento apresenta maior eficácia do que o Remdesivir (31/12/2020). Fonte: PLOS Computacional Biology
Artigo, revisa relatórios de casos retrospectivos (RCT) sobre monoterapias e terapias combinadas com agentes antivirais para COVID‐19 e os pesquisadores descobriram que, entre os relatórios sobre monoterapias, apenas remdesivir, e entre os agentes antivirais combinados, apenas o regime combinado com interferon ‐ β1b , lopinavir ‐ ritonavir e ribavirina foram eficazes e seguros com base em evidências de ensaios clínicos randomizados controlados (ECRs). Os resultados de cinco RCTs para cloroquina ou hidroxicloroquina mostraram que eles eram ineficazes e inseguros no tratamento de COVID‐19, especialmente em doses maiores (28/12/2020). Fonte: Pediatric Investigation
Estudo avalia os efeitos terapêuticos da nanocurcumina na frequência e nas respostas das células Th17 em pacientes com COVID‐19 leve e grave, já que pacientes com COVID‐19 possuem um aumento da frequência e superativação das células Th17. Foram incluídos 40 pacientes graves internados em unidade de terapia intensiva com COVID‐19 e 40 pacientes em estado leve. Dos resultados a frequência de células Th17, a expressão de RNA mensageiro de fatores relacionados às células Th17, e os níveis séricos de citocinas foram medidos em grupos tratados com nanocurcumina e placebo antes e após o tratamento. Uma redução significativa no número de células Th17 e níveis reduzidos de citocinas relacionadas às células Th17 foi encontrada em pacientes COVID-19 leves e graves tratados com nanocurcumina em comparação com o grupo de placebo (28/12/2020). Fonte: Cellular Physiology
Os autores discutem o possível uso de biomodulina para estimular a produção de funcionalidade das células T. A proposta se baseia na função tímica que decai com a idade com a redução do tamanho do timo e de sua funcionalidade. Os autores propõem também que esse deve ser a causa da maior gravidade nos pacientes idosos, uma vez que a resposta mediada por células T é um fator importante na resposta imunológica à COVID-19 (09/12/2020). Fonte: Frontier in Immunology
Os autores discutem os resultados de estudos retrospectivos sobre o uso de bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona em pacientes com COVID-19, afirmando que os resultados são informativos, mas conflitantes, e estudos prospectivos são necessários para demonstrar a segurança, tolerabilidade e resultados de iniciar esses agentes em pacientes hospitalizados pacientes com COVID-19 e hipertensão. Autores realizam um estudo piloto, demonstrando que a losartana é bem tolerado entre pacientes hospitalizados com COVID-19 e hipertensão. Também demonstram a viabilidade do recrutamento de pacientes e os parâmetros apropriados para avaliar os resultados e a segurança da iniciação ou continuação do losartan, o que fornece uma estrutura para futuros ensaios clínicos randomizados (30/12/2020). Fonte: Plos One
Estudo aborda uma visão geral dos coronavírus, entrada viral e patogenicidade, imunidade após infecção por coronavírus e opções de terapias atuais para COVID-19. Ainda com base em estudos pré-clínicos, os pesquisadores fornecem evidências de que i) a hidroxicloroquina prejudica a autofagia, o que leva ao acúmulo de constituintes citoplasmáticos danificados / oxidados e interfere na homeostase celular, ii) esta autofagia prejudicada em parte reduz o processamento do antígeno e a apresentação às células imunes e, iii) a inibição da acidificação do sistema endossomo-lisossoma pela hidroxicloroquina não apenas prejudica o processo de fagocitose, mas também altera potencialmente o surfactante pulmonar nos pulmões. Portanto, segundo os pesquisadores, é provável que o tratamento com hidroxicloroquina possa de fato prejudicar a imunidade do hospedeiro em resposta ao SARS-CoV-2, especialmente em pacientes idosos ou com co-morbidades (30/11/2020). Fonte: Redox Biology
30/12/2020
Estudo investigou as estratégias de reposicionamento de fármacos para neutralizar a infecção por SARS-CoV-2, que envolve várias proteínas do hospedeiro alvejáveis como potenciais envolvidos na replicação viral e progressão da doença. Dentro da análise os pesquisadores sugerem fármacos para direcionar os reguladores genéticos conhecidos por interagir com proteínas virais com base em estudos experimentais e interactoma. Foi demonstrado que além dos medicamentos pré-clínicos e aprovados pela FDA que visam proteínas regulatórias específicas, uma gama de compostos químicos (Nafamostat, Cloranfenicol, Ponatinibe) se liga à outra proteína reguladora da transcrição e tradução do gene com maior afinidade e pode abrigar potencial para usos terapêuticos (15/12/2020). Fonte: Chem Rxiv
Pesquisadores relatam que os bloqueadores dos canais de cálcio (CCBs) inibiram os eventos de replicação pós-entrada do SARS-CoV-2 in vitro, enquanto nenhum efeito anti-SARS-CoV-2 in vitro foi observado para os dois outros tipos principais de medicamentos anti-hipertensivos, a saber, inibidores da ECA e bloqueadores do receptor da angiotensina II. Em uma investigação clínica retrospectiva em pacientes com COVID-19 hospitalizados com hipertensão como a única comorbidade, revelaram que a terapia com besilato de amlodipina (um CCB) foi associada a uma taxa de letalidade reduzida. Os resultados deste estudo sugerem que a administração de CCB a pacientes com COVID-19 com hipertensão pode melhorar o desfecho da doença (22/12/2020). Fonte: Cell Discovery (Nature)
Revisão descreve o uso da terapia anti-inflamatória com a colchicina para controlar a COVID-19. O artigo descreve as ações da colchicina, uma das mais antigas terapias anti-inflamatórias, visado múltiplos mecanismos associados à inflamação excessiva da COVID-19. A revisão sugere ainda que os dados de ensaios clínicos com corticoides apoiam o princípio de que uma estratégia anti-inflamatória em COVID-19 pode ser útil. No entanto, os glicocorticóides como a dexametasona têm desvantagens imunossupressoras intrínsecas que a colchicina não apresenta. Por fim, a revisão cita o estudo em andamento ColCorona (www.colcorona.net) que é o maior estudo controlado por placebo do uso de colchicina dentro de 2 dias do diagnóstico de COVID-19, independentemente dos sintomas, em pacientes com comorbidades que colocam os pacientes em maior risco de desenvolver complicações relacionadas a COVID-19 (08/12/2020). Fonte BMJ Journals
28/12/2020
Na última sexta-feira (25), pesquisadores da University College London Hospitals, no Reino Unido, anunciaram o início dos testes clínicos com dois novos possíveis tratamentos para COVID-19. Desenvolvidos em parceria com a AstraZeneca, os métodos se baseiam na combinação de anticorpos de longa ação para proteger contra o novo coronavírus. O primeiro estudo foi batizado de Storm Chaser e testará o combo de anticorpos AZD7442, desenvolvido pela biofarmacêutica. Os cientistas esperam que o tratamento possa oferecer proteção imediata e de longo prazo para pessoas expostas ao SARS-CoV-2, evitando que desenvolvam COVID-19. O outro estudo, chamado Provent, está analisando o uso de AZD7442 em pessoas que podem não responder à vacinação, como aquelas com sistema imunológico comprometido, ou aquelas com risco aumentado de infecção por COVID-19 devido a fatores como idade e condições pré-existentes (27/12/2020). Fonte: Galileu
Os nanocorpos são fragmentos de anticorpos de domínio único de 12-15 kDa que podem ser administrados por inalação e são passíveis de produção em larga escala relativamente barata em comparação com outros produtos biológicos. Neste estudo, pesquisadores isolaram os nanocorpos que se ligam ao domínio de ligação do receptor da proteína spike de SARS-CoV-2 e bloqueiam a interação da proteína spike com a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) com afinidade de 1–5 nM. Uma lhama adulta foi imunizada 5 vezes ao longo de 28 dias com proteína spike de SARS-CoV-2 recombinante, purificada. No dia 35 após a primeira imunização, o sangue de lhama foi obtido através de uma linha central, as células B foram isoladas, os domínios variáveis de cadeia pesada única (nanocorpos) dos anticorpos de lhama foram amplificados e clonados para construir um biblioteca de DNA recombinante contendo mais de 108 clones. Immuno-panning foi realizado para isolar nanocorpos candidatos para estudos de expressão e validação. O candidato a nanocorpo principal, NIH-CoVnb-112, bloqueia a infecção de lentivírus pseudotipada com spike de SARS-CoV-2 de células HEK293 que expressam ECA2 humano com um EC50 de 0,3 µg / mL. O NIH-CoVnb-112 mantém a integridade estrutural e a potência após a nebulização. Além disso, o NIH-CoVnb-112 bloqueia a interação entre ECA2 e várias formas variantes de alta afinidade da proteína spike. Esses nanocorpos e seus derivados têm potencial terapêutico, preventivo e diagnóstico (22/12/2020). Fonte: Scientific Report (Nature)
23/12/2020
Análise fornece evidências da tolerabilidade de remdesivir no tratamento da COVID-19, foi feita uma análise integrada de RCTs. Nesta análise, incluí-se apenas RCT que comparou o uso de remdesivir com placebo ou tratamento padrão para pacientes com COVID-19. O risco de eventos adversos (EAs), particularmente qualquer EA, qualquer EA de grau ≥3 e EA grave foi extraído dos RCTs inscritos. AEs de grau 3 foram definidos como eventos que interrompem as atividades usuais de vida diária, ou afeta significativamente o estado clínico, ou pode exigir intervenção terapêutica intensiva. Os AEs de grau 4 foram definidos como eventos que são potencialmente fatais. Um EA grave foi definido como um EA ou a suspeita de reação adversa e é considerada grave e pode resultar em morte, um EA com risco de vida, hospitalização de paciente ou prolongamento da hospitalização existente, persistente ou significativo incapacidade ou perturbação substancial da capacidade de realizar funções normais de vida, ou uma anomalia congênita/defeito de nascença (15/12/2020). Fonte: Journal of Medical Virology
Estudo investigou a ação inibidora direta da licorina sobre o RdRp do coronavirus (CoV), como potencial tratamento para infecções emergentes pelo CoV. A RNA polimerase dependente de RNA (RdRp) entre as proteínas virais é conhecida como um alvo antiviral eficaz. Licorina é um alcalóide fenantridina isolado dos bulbos da erva Lycoris radiata (L'Hér.). Pesquisadores examinaram o efeito inibitório da licorina nas infecções por MERS-CoV, SARS-CoV e SARS-CoV-2 e, em seguida, mediram quantitativamente o efeito inibitório da licorina na atividade MERS-CoV RdRp usando um ensaio baseado em células. (16/12/2020). Fonte: Phytomedicine
21/12/2020
Estudo cita que o modo de infecção viral por SARS-CoV-2 é iniciado pela ligação da glicoproteína spike (S) à Dipeptidil Peptidase IV (DPP4) humana. Os pesquisadores tentaram rastrear antivirais contra MERS e levou a identificar o montelucaste hidrato de sódio (MSH), um medicamento anti-asma, como um agente atenuante da infecção por MERS-CoV. Os pesquisadores demonstraram que o MSH se liga diretamente ao Domínio de Ligação ao Receptor MERS-CoV (RBD) e inibe sua interação molecular com DPP4 de maneira dose-dependente. Nos ensaios de inibição baseados em células usando pseudovirions MERS demonstraram que a infecção viral foi significativamente inibida por MSH e foi posteriormente validada usando cultura MERS-CoV infecciosa. Assim, foi proposto o MSH como um candidato potencial para o desenvolvimento terapêutico contra infecções por SARS-CoV-2 (10/12/2020). Fonte: Antiviral Research
Estudo usa uma abordagem dirigida ao hospedeiro, que se concentra nas respostas celulares a diversos tratamentos de pequenas moléculas, para identificar drogas potencialmente eficazes para COVID-19. Esta estrutura analisa a capacidade dos compostos de induzir uma resposta transcricional semelhante ao IFN-β, um interferon tipo I que não consegue ser induzido em níveis notáveis em resposta à infecção por SARS-CoV-2 (02/12/2020). Fonte: Heliyon
O desenvolvimento de fármacos inibitórios que podem interferir no processo de entrada do vírus constitui uma das principais terapias preventivas que podem combater a infecção por SARS-CoV-2 em um estágio inicial. Nesta revisão, é realizada uma breve introdução das principais características dos coronavírus, discuti-se o mecanismo de entrada do SARS-CoV-2 nas células hospedeiras humanas e citam-se as pequenas moléculas que inibem a entrada do SARS-CoV-2 nas células hospedeiras (08/12/2020). Fonte: Pharmaceuticals
Estudo tem como objetivo usar dados de farmacocinética (PK) de camundongos in vivo existentes para o remdesivir e seus metabólitos para desenvolver um modelo baseado em mecanismo para dimensionar alometricamente e simular a PK humana de remdesivir no plasma e NTP (nucleosideo trifosfato) no homogenato de pulmão. As concentrações de remdesivir e GS-441524 no plasma e as concentrações de nucleosídeos fosforilados totais no homogenato de pulmão de camundongos de remdesivir por via subcutânea foram simultaneamente adequadas para estimar os parâmetros PK. Simulações de concentrações de remdesivir não ligado no plasma humano foram abaixo de 2,48 μM, a concentração inibitória máxima de 90% para a inibição de SARS-CoV-2 in vitro. Simulações de NTP no pulmão estavam abaixo dos limiares de alta eficácia in vitro. Ademais, os pesquisadores identificaram a necessidade de estratégias de dosagem alternativas para atingir concentrações mais eficazes de NTP no pulmão humano, talvez reformulando remdesivir para administração pulmonar direta (09/12/2020). Fonte: American Socieety for Clinical Pharmacology & Therapeutics (ASCPT)
18/12/2020
Estudo buscou examinar se as evidências geradas no ‘Adaptive COVID-19 Treatment Trial’ (ACTT-1) poderiam ser aplicadas a uma população do mundo real, comparando as características dos pacientes incluídos e seus resultados, a fim de avaliar a transferibilidade dos resultados do estudo para os pacientes elegíveis para tratamento com remdesivir na prática clínica (07/12/2020). Fonte: Critical Care
A PTC Therapeutics anunciou o recrutando pacientes hospitalizados com COVID-19 para um estudo de fase 2/3 para investigar o PTC299, um inibidor da diidroorotato desidrogenase (DHODH) como um tratamento potencial para a doença. A PTC recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tem pacientes em estudo no país. O PTC299 é uma terapia oral experimental com um novo mecanismo de ação dupla que tem o potencial de abordar os dois elementos críticos da COVID-19: (i) inibe a atividade DHODH, o que leva a uma redução na biossíntese de pirimidina e na replicação viral do SARS-CoV-2 e (ii) modula seletivamente a resposta imune, aliviando a tempestade de citocinas inflamatórias induzida pelo estresse (16/12/2020). Fonte: PR Newswire
Estudo aponta ineficácia da azitromicina no tratamento da COVID-19. A Azitromicina tem sido proposta como um tratamento para o COVID-19 com base em suas ações imunomodulatórias. Estudo, parte do RECOVERY, avaliou a eficácia e a segurança da azitromicina em pacientes hospitalizados com COVID-19. Em ensaio randomizado, controlado, open-label, vários tratamentos possíveis foram comparados com o atendimento habitual em pacientes hospitalizados com COVID-19 no Reino Unido (NCT04381936). O resultado primário foi a mortalidade em 28 dias. Participaram do estudo 2.582 pacientes alocados aleatoriamente para receber azitromicina e 5.182 pacientes para receber atendimento habitual sozinho. No total, 496 (19%) pacientes alocados para azitromicina e 997 (19%) pacientes alocados para cuidados habituais morreram no prazo de 28 dias. Não houve diferença na duração da internação (mediana de 12 dias vs. 13 dias) ou na proporção de pacientes dispensados do hospital vivos no prazo de 28 dias (60% vs. 59%). Entre aqueles que não estavam na ventilação mecânica invasiva na linha de base, não houve diferença na proporção que atuou o ponto final composto de ventilação mecânica invasiva ou morte (21% vs. 22%). Autores concluem que em pacientes internados com COVID-19, azitromicina não proporcionou nenhum benefício clínico. O uso de azitromicina em pacientes hospitalizados com COVID-19 deve ser restrito a pacientes onde haja uma clara indicação antimicrobiana (14/12/2020). Fonte: medRXiv
Para tentar evitar o quadro de tempestade inflamatória, pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein estão realizando um estudo em pacientes leves a moderados que estão internados com um medicamento para artrite reumatoide que tem a capacidade de modular o sistema imunológico, a fim de evitar a tempestade inflamatória em pacientes com COVID-19. Participam do estudo 289 pacientes internados com sintomas como febre e pneumonia mas sem ventilação mecânica ou UTI. O medicamento utilizado é o Tofacitinibe, vendido pelo nome comercial Xeljanz®, da farmacêutica Pfizer (16/12/2020). Fonte: Terra
Pesquisadores rastreiam compostos esteróides para obter um fármaco que deve bloquear as respostas inflamatórias do hospedeiro e a replicação do coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV). A ciclesonida, um corticosteroide inalado, suprimiu a replicação de MERS-CoV e outros coronavírus, incluindo o SARS-CoV-2, em cultura de células. A concentração efetiva de 90% (EC90) de ciclesonida para SARS-CoV-2 em células epiteliais traqueais brônquicas humanas diferenciadas foi de 0,55 μM. O estudo indica que o efeito supressor da ciclesonida na replicação viral é específico para coronavírus, destacando-se como um medicamento candidato para o tratamento de pacientes com COVID-19 (14/10/2020). Fonte: Journal of Virology
14/12/2020
Estudo de eficácia de MK-4482/EIDD-2801 (molnupiravir) para controlar e bloquear a transmissão do SARS-CoV-2 no modelo de furão. O molnupiravir é inibidor análogo de ribonucleosídeo oralmente eficaz desenvolvido contra vírus influenza, que foi reposicionado para uso contra SARS-CoV-2 e está atualmente em ensaios clínicos de fase II/III (NCT04405570 e NCT04405739) para o tratamento da COVID-19. O tratamento de animais infectados com molnupiravir duas vezes ao dia reduziu significativamente a carga de SARS-CoV-2 no trato respiratório superior e suprimiu completamente a propagação para outros animais não tratados, sugerindo que o medicamento pode ser uma medida antiviral promissora para bloquear as cadeias de transmissão da comunidade de SARS-CoV-2 (03/12/2020). Fonte: Nature Microbiology
Um estudo do tratamento para COVID-19 com baracitinibe e remdesivir com um total de 1.033 pacientes foi submetido à randomização (com 515 atribuídos ao tratamento de combinação e 518 ao controle). Dos resultados os pacientes que receberam baricitinibe com remdesivir tiveram um tempo médio de recuperação de 7 dias em comparação com 8 dias com o controle e uma chance 30% maior de melhora no estado clínico no dia 15. Os pacientes que receberam oxigênio de alto fluxo ou ventilação não invasiva na inscrição tiveram um tempo de recuperação de 10 dias com o tratamento combinado e 18 dias com o controle. A mortalidade em 28 dias foi de 5,1% no grupo de combinação e 7,8% no grupo de controle. Os eventos adversos graves foram menos frequentes no grupo da combinação do que no grupo de controle, assim como novas infecções (11/12/2020). Fonte: Journal of Medicine
Estudo cita que a COVID-19 grave pode ser complicada pela síndrome da dificuldade respiratória aguda, sepse e choque séptico levando à morte. Pesquisadores acreditam que essas complicações resultem de uma hiperativação do sistema imunológico, levando a uma síndrome de tempestade de citocinas associada à falência de múltiplos órgãos. Estudo relata que a mobilidade (HMGB1), um padrão molecular prototípico associado ao dano (DAMP) e um mediador central da inflamação letal, pode ser um alvo potencial para estratégias terapêuticas inovadoras para COVID-19. O HMGB1 sérico em pacientes graves com COVID-19 está elevado e o HMGB1 exógeno induz a expressão do receptor de entrada ECA2 da SARS-CoV-2 em células epiteliais alveolares de uma maneira dependente de AGER. Logo, pesquisadores citam que a inibição genética (usando AGER siRNA) ou farmacológica (usando glicirrizina, cloroquina, hidroxicloroquina e FPS-ZM1) da via HMGB1-AGER bloqueia a expressão de ECA2. Assim, os inibidores de HMGB1 são igualmente candidatos a fármacos promissores para o tratamento de pacientes que sofrem de COVID-19 (07/12/2020). Fonte: Heliyon
10/12/2020
O presente estudo fornece uma visão geral da biologia subjacente à síndrome de liberação de citocinas e como a inibição direcionada da sinalização da interleucina 6 (IL‑6) pode melhorar os resultados e a sobrevida de pacientes que sofrem de COVID‑19. Os resultados clínicos preliminares indicaram que o antagonismo do receptor de IL‑6, incluindo o anticorpo monoclonal humanizado tocilizumabe, pode melhorar os resultados de pacientes com COVID‑19 grave ou crítico, mantendo um bom perfil de segurança (09/11/2020). Fonte: Experimental and Therapeutic Medicine
O bevacizumabe é um anticorpo monoclonal que tem como alvo o fator de crescimento endotelial vascular A (VEGF-A) e é usado para tratar vários tipos de câncer e, recentemente, COVID-19. Neste estudo, pesquisadores apresentam um método robusto de monitoramento de reação múltipla (MRM) baseado em monitoramento de drogas terapêuticas (TDM) para a quantificação precisa das concentrações plasmáticas de bevacizumabe, com base na oxidação controlada do peptídeo contendo metionina, STAYLQMNSLR. O ensaio mostra boa linearidade, robustez e precisão para a quantificação de bevacizumabe, sem a necessidade de enriquecimento e requerendo menos de 1 μL de plasma e menos de 6 horas da amostragem para o resultado (13/11/2020). Fonte: ACS Pharmacology
Artigo relata descoberta de um promissor candidato à fármaco anti-COVID-19, o antibiótico lipoglicopeptídeo dalbavancina. Tal descoberta foi realizada tendo com base a triagem virtual da biblioteca de fármacos peptídicos aprovados pela FDA combinada com ensaios antivirais funcionais in vitro e in vivo. Os resultados mostraram que a dalbavancina se liga diretamente à enzima conversora de angiotensina humana 2 (ECA2) com alta afinidade, bloqueando sua interação com a proteína spike (S) de SARS-CoV-2. Além disso, a dalbavancina previne efetivamente a replicação do SARS-CoV-2 em células Vero E6 com um EC50 de aproximadamente 12 nM. Em modelos de camundongo e macaco rhesus, a replicação viral e lesões histopatológicas causadas pela infecção por SARS-CoV-2 são significativamente inibidas pela administração de dalbavancina. Dada sua alta segurança e meia-vida plasmática longa (8–10 dias) mostrada em estudos clínicos anteriores, os dados indicam que a dalbavancina é um candidato promissor a medicamento anti-COVID-19 (01/12/2020). Fonte: Cell Research
Pesquisadores mostram que o remdesivir é eficaz no combate à COVID-19 porque é um substrato melhor que o ATP para a polimerase de RNA dependente de RNA viral. Este trabalho fornece uma análise robusta da polimerização de RNA e incorporação de RTP pelo RdRp de SARS-CoV-2 e define o padrão para o desenvolvimento de ensaios enzimáticos informativos para a triagem de novos inibidores (27/11/2020). Fonte: iScience
08/12/2020
A emetina é um antiviral potente que atua em muitos vírus na faixa de baixo nM, com vários estudos em animais e humanos demonstrando atividade antiviral. Historicamente, a emetina foi usada para tratar pacientes com gripe espanhola, nos últimos estágios da pandemia no início do século XX. Segundo pesquisadores, embora não existam dados de resposta à dose anti-inflamatória disponíveis, com base no modo de ação potencial, as ações anti-inflamatórias também podem ocorrer em doses baixas. Este artigo examina a toxicidade da emetina observada na prática clínica e laboratorial, e discute os métodos de administração que visam reduzir os efeitos colaterais caso sejam necessárias doses mais altas. Embora a emetina seja uma "fármaco puro", pois é extraída da ipecacuanha, algumas das diferenças entre a emetina e a ipeca também são discutidas (27/11/2020). Fonte: Pharmaceuticals
Estudo de coorte com base em registro nacional na Suécia, de fevereiro a maio de 2020, para avaliar se o uso contínuo de anticoagulante oral direto (DOAC) estava associado a risco reduzido de admissão hospitalar por COVID-19 confirmado por laboratório ou um composto de intensivo admissão na unidade de cuidados (UTI) ou óbito devido a COVID ‐ 19 confirmado por laboratório. O uso contínuo de DOAC não foi associado a risco reduzido de COVID-19 grave, indicando que o prognóstico não seria modificado pelo início precoce do DOAC ambulatorial (01/12/2020). Fonte: Journal of Internal Medicine
07/12/2020
Revisão concentra-se em uma lista abrangente de 22 medicamentos que atuam contra a infecção por COVID-19. Esses medicamentos incluem fingolimod, colchicina, N4-hidroxicitidina, remdesivir, metilprednisona, oseltamivir, icatibant, perphanizina, viracepte, ivermetina, homoharringtonina, aloxistatina, ribavirina, valrubicina, famotidina, almitrina, cromo-esperinobantina, almitrina, biorrinprenavirina, anticorpos sódico, biorrinobidina e hidinobidina e sarilumabe. Além disso, o artigo fornece uma lista de 31 medicamentos que funcionam contra a infecção por SARS-CoV-2 e uma lista com 53 medicamentos, com base em vários estudos clínicos e literatura, remdesivir, nelfinavir, metilpredinosolona, colchicina, famotidina e emetina podem ser usados para COVID-19 (22/10/2020). Fonte: Biochemical Pharmacology
Estudo discute o potencial terapêutico de metabolitos bioativos derivados de algas para o tratamento da COVID-19. Varias evidências revelam a atividade antiviral de vários metabólitos de microalgas e macroalgas como lectinas, polissacarídeos sulfatados e ficocianobilinas. Estudos recentes relataram que esses compostos demonstram atividade substancial contra uma ampla gama de vírus de DNA e RNA, incluindo o vírus influenza conhecido por estar associado a doenças respiratórias. Artigo discute que as moléculas bioativas podem servir como uma nova opção terapêutica para combater o SARS-CoV-2 e vírus semelhantes (11/11/2020). Fonte: Frontiers Microbiology
Nesta revisão, pesquisadores especificam e justificam os alvos terapêuticos virais e do hospedeiro que podem ser modulados para aliviar os sintomas e tratar a COVID-19. Além disso, discutem o desenvolvimento de vacinas em tempos de pandemia e as vacinas candidatas mais promissoras, de acordo com o banco de dados da OMS. Finalmente, discutem os fármacos convencionais reposicionados e potenciais tratamentos alternativos como adjuvantes (20/11/2020). Fonte: European Journal of Pharmacology
04/12/2020
Em fevereiro de 2020, especialistas da Organização Mundial da Saúde recomendaram ensaios clínicos para reposicionamento clínico de quatro medicamentos antivirais - remdesivir, hidroxicloroquina, lopinavir e interferon beta-1α - em pacientes hospitalizados com COVID-19. O estudo envolveu 11.330 pacientes adultos em 405 hospitais de 30 países, submetidos à randomização. No total, 1.253 mortes foram relatadas (dia médio da morte, dia 8; intervalo interquartil, 4 a 14). A morte ocorreu em 301 de 2.743 pacientes que receberam remdesivir e em 303 de 2.708 pacientes do grupo controle; em 104 de 947 pacientes tratados com hidroxicloroquina e em 84 de 906 pacientes do grupo controle; em 148 de 1399 pacientes recebendo lopinavir e em 146 de 1372 controle; e em 243 de 2050 pacientes recebendo interferon e em 216 de 2050 do braço controle. Nenhum dos medicamentos reduziu a mortalidade, geral ou em qualquer subgrupo, ou reduziu o início da ventilação ou a duração da hospitalização (03/12/2020). Fonte: New England Journal of Medicine.
Pesquisadores da UFMG estudam medicamento que pode acabar com comorbidade e reduzir mortes por COVID-19. Pesquisa tem o foco no tratamento da esteatose hepática, que é a famosa gordura no fígado, uma comorbidade presente em 33% da população mundial. Os pesquisadores verificaram que em torno de 20% dos animais magros morriam da infecção por COVID-19, enquanto os animais gordos tinham uma taxa de mortalidade de 80%. Enquanto os animais tratados voltam a morrer numa taxa de 20% (28/11/2020). Fonte: G1
30/11/2020
Artigo fornece uma análise comparativa exaustiva das proteases SARS-CoV-2 e RdRp em relação a outros homólogos de coronavírus. Além disso, destaca os inibidores dessas proteínas mais promissores relatados até o momento, incluindo as possíveis estratégias para seu posterior desenvolvimento (13/11/2020). Fonte: Journal of Medical Chemistry
A associação entre o inibidor da enzima de conversão da angiotensina (ECA) ou bloqueador do receptor da angiotensina II (BRA) e o risco de mortalidade em pacientes hospitalizados com COVID-19 foi investigada. Este estudo de coorte retrospectivo foi realizado em todos os pacientes hospitalizados com COVID-19 em hospitais terciários em Daegu, Coreia. De 130 pacientes com COVID-19, 23,1% que receberam inibidor de ECA ou BRA exibiram um risco aumentado de mortalidade intra-hospitalar. Inibidores da ECA ou BRA também foram associados a complicações graves, como síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Entre os pacientes com terapia com inibidores de ECA ou BRA, 26,7% usaram altas doses equivalentes e tiveram maior mortalidade intra-hospitalar e um risco aumentado de SDRA e IRA. Assim, a terapia com inibidores de ECA ou BRA em pacientes com COVID-19 grave foi associada à ocorrência de complicações graves e aumento da mortalidade hospitalar. O efeito potencialmente prejudicial da terapia com inibidores de ECA ou BRA foi ainda maior em pacientes que receberam altas doses do medicamento (20/11/2020). Fonte: Scientific Reports (Nature)
27/11/2020
A presente revisão sistemática fornece uma lista de fármacos existentes que têm o potencial de influenciar a SARS-CoV2 por meio de diferentes mecanismos de ação. Para a maioria desses medicamentos, faltam evidências clínicas diretas sobre sua eficácia para o tratamento de COVID-19. Futuros estudos clínicos examinando essas fármacos podem chegar à conclusão, o que pode ser mais útil para inibir a progressão de COVID-19 (19/11/2020). Fonte: Bioorganic Chemistry
Pesquisadores relatam um anticorpo monoclonal (mAb), MW05, com atividade neutralizante de SARS-CoV-2 ao interromper a interação do domínio de ligação ao receptor (RBD) com o receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2). A reticulação de Fc com FcγRIIB serve de mediador à atividade de aumento dependente de anticorpo (ADE) por MW05. Esta atividade é eliminada pela introdução da mutação LALA na região Fc (MW05 / LALA). Efeitos profiláticos e terapêuticos potentes contra SARS-CoV-2 foram observados em macacos rhesus. Uma única dose de MW05 / LALA bloqueia a infecção de SARS-CoV-2 em tratamento profilático e elimina SARS-CoV-2 em três dias em um ambiente de tratamento terapêutico. Esses resultados abrem caminho para o desenvolvimento de MW05 / LALA como uma estratégia antiviral para COVID-19 (13/11/2020). Fonte: Nature
25/11/2020
O sistema endocanabinoide, particularmente a ativação dos receptores canabinoides tipo 2 (CB2R), atua na supressão de respostas inflamatórias hiperimunes. Recentemente, potentes propriedades antiinflamatórias, antivirais e imunomodulatórias de ligantes seletivos de CB2R de origem endógena, vegetal e sintética foram demonstradas mediando o agonismo funcional seletivo de CB2R. Neste artigo, pesquisadores levantam a hipótese de que os agonistas CB2R podem apresentar atividade contra a COVID‐19. Com base no potencial organoprotetor, segurança relativa e ausência de efeitos psicotrópicos, os ligantes seletivos de CB2R podem disponibilizar candidatos promissores para investigação posterior (15/11/2020). Fonte: Drug Development Research
23/11/2020
Revisão resume os dados relacionados às terapias atuais (antivirais, hidroxicloroquina, cloroquina, interferons, dexametasona, tociluzumabe, plasma covalescente, agentes imunomoduladores) e terapias potenciais para o tratamento da COVID-19 e destaca os desafios inerentes ao desenvolvimento de opções terapêuticas eficazes para novas infecções pandêmicas (11/11/2020). Fonte: Biochemical and Biophysical Research Communications
Pesquisadores revisaram sistematicamente a literatura e realizaram uma meta-análise da associação entre o uso prévio de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e bloqueadores de receptores de angiotensina (ARB) e mortalidade por doença COVID-19. Nove estudos com um total de 18.833 pacientes infectados com SARS-CoV-2 preencheram os critérios de elegibilidade. O uso anterior de IECA e / ou ARBs foi associado à redução da mortalidade entre os pacientes infectados com SARS-CoV-2. Três estudos relataram separadamente sobre IECA ou ARBs e sua associação com a sobrevida entre pacientes infectados com SARS-CoV-2, com um risco relativo ajustado combinado de 0,78 e 0,97, respectivamente. Os resultados das análises de sensibilidade foram consistentes com a análise principal. Esta meta-análise sugere que o uso de IECA / ARBs está associado a uma diminuição do risco de morte entre pacientes infectados com SARS-CoV-2. Este achado fornece uma garantia ao público para não interromper os IECA / ARBs prescritos por causa do medo de COVID-19 grave (10/11/2020). Fonte: American Journal of Therapeutics
A AstraZeneca firmou contrato com a Lonza para fabricar seu anticorpo para prevenir e tratar COVID-19. Uma combinação de dois anticorpos de longa ação, o AZD7442 está em testes clínicos de Fase 1, e a AstraZeneca prevê o início dos testes de Fase 3 até o final do ano. Segundo o contrato, a Lonza, uma empresa suíça de serviços farmacêuticos, produzirá os anticorpos em uma nova instalação em seu complexo biológico de Portsmouth, New Hampshire, no primeiro semestre de 2021 (15/11/2020). Fonte: Global & Enterprise
19/11/2020
Ensaio clínico busca determinar se a fluvoxamina, um inibidor seletivo da recaptação da serotonina e agonista do receptor σ-1, previne a deterioração clínica em pacientes ambulatoriais com COVID-19. No ensaio randomizado que incluiu 152 pacientes ambulatoriais adultos com COVID-19 confirmado e início dos sintomas em 7 dias, os participantes tomaram 100 mg de fluvoxamina (n=80) ou placebo (n=72) 3x/dia por 15 dias. A deterioração clínica ocorreu em 0 pacientes tratados com fluvoxamina vs 6 (8,3%) pacientes tratados com placebo durante 15 dias, uma diferença estatisticamente significativa. Um estudo maior se faz necessário para confirmar os resultados obtidos (12/11/2020). Fonte: JAMA
A Anvisa aprovou o registro do medicamento enoxaparina sódica, indicado para tromboembolismo e usado no tratamento da COVID-19. A informação foi divulgada pela Biomm, que detém, desde abril, a exclusividade de licenciamento, fornecimento, distribuição e comercialização no Brasil. Segundo a companhia, o registro do medicamento, com nome comercial de Ghemaxan, foi tratado como prioridade pela Anvisa devido ao uso por pacientes com COVID-19. A Biomm irá solicitar a autorização de preço junto à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cimed).O medicamento é produzido pela farmacêutica italiana Chemi, com quem a Biomm fechou o acordo de comercialização no início do ano, e já é vendido em países na Europa e nos Estados Unidos. Fonte: O Sul
18/11/2020
O bamlanivimab, desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, constitui um novo instrumento terapêutico no combate à COVID-19 que foi autorizado condicionalmente nos Estados Unidos, sob a Autorização de Uso de Emergência. O bamlanivimab é um anticorpo monoclonal IgG1-kappa humano recombinante neutralizante contra a proteína S do vírus Sars-CoV-2 não modificado na região Fc. O bamlanivimab abre uma nova e promissora janela na terapia de COVID-19, sendo o primeiro medicamento especificamente desenvolvido e autorizado para o tratamento de pacientes com COVID-19(18/11/2020). Fonte: Época
Estudo indica que enxaguatórios bucais podem matar coronavírus em 30 segundos. Embora a pesquisa sugira que o uso do produto possa ajudar a matar o vírus na saliva, não há evidências de que ele possa ser usado como um tratamento para o coronavírus, uma vez que não alcança o trato respiratório ou os pulmões. O estudo afirma que enxaguantes bucais contendo pelo menos 0,07% de CPC mostraram "sinais promissores" de serem capazes de erradicar o coronavírus quando expostos ao vírus em um laboratório. As conclusões sustentam os resultados de outro estudo recente que constatou que os bochechos com CPC são eficazes na redução da carga viral (13/11/2020). Fonte: bioRxiv
17/11/2020
A proteína N do SARS-CoV-2 é um dos principais componentes nos processos de replicação viral, é uma parte integrante da montagem da partícula viral e um importante marcador de diagnóstico para infecção e proteção imunológica. Os anticorpos direcionados à proteína N atualmente disponíveis foram desenvolvidos principalmente contra o vírus SARS-CoV relacionado e não são específicos para a proteína do N do SARS-CoV-2. Neste trabalho os autores desenvolveram e caracterizaram uma série de novos anticorpos monoclonais de camundongo ativos conta a proteína N do SARS-CoV-2. Esses anticorpos monoclonais foram testados em ELISA, western blot e análises de imunofluorescência. As regiões variáveis das cadeias pesadas e leves de cinco clones selecionados foram clonadas e sequenciadas, e o mapeamento dos clones sequenciados foi realizado. Os resultados indicaram que esses novos anticorpos descritos podem ser de grande valor contra a COVID-19 (03/09/2020). Fonte: BioRxiv : the Preprint Server for Biology
16/11/2020
Estudo duplo-cego randomizado de fase 2 investigou os efeitos da administração de interferon por via inalatória em pacientes internados por 14 dias com COVID-19 (N=48). Os pacientes que receberam o medicamento tiveram maiores chances de melhora (considerando a escala ordinária para melhora clínica da Organização Mundial da Saúde - ordinal scale for clinical improvement, OSCI, dentre outros parâmetros) e se recuperaram mais rapidamente no 28º dia da infecção do que os pacientes que receberam placebo (N=50), fornecendo uma forte justificativa para estudos adicionais (12/11/2020). Fonte: The Lancet.
Os Medicamentos Terapêuticos Avançados (ATMP) são um grupo heterogêneo de medicamentos experimentais na vanguarda das terapias inovadoras com aplicabilidade direta em doenças respiratórias. Os ATMPs incluem, mas não estão limitados a, células-tronco, seu secretoma ou vesículas extracelulares, e cada um mostrou algum potencial quando administrado topicamente no pulmão. Esta revisão enfoca esse subconjunto de ATMPs. Um modo chave de distribuição que tem potencial habilitador na validação ATMP é a administração mediada por aerossol. A seleção da tecnologia de geração de aerossol mais apropriada é influenciada por vários fatores importantes, incluindo formulação, tipo de paciente, intervenção do paciente e economia da saúde. Nesta revisão, pesquisadores detalham o potencial para a utilidade de ATMP nos pulmões e propõem a nebulização de ATMPs como uma via de administração viável em certas circunstâncias. Além disso, fornecem informações sobre as diretrizes regulatórias atuais para o desenvolvimento de produtos combinados de dispositivos ATMP nascentes na União Europeia e nos EUA (26/09/2020). Fonte: Pharmaceutics
Estudo com base da estrutura complexa experimental 3D da proteína S de SARS-CoV-2 que demonstrou que o ectodomínio da proteína S SARS-CoV-2 se liga ao domínio de peptidase (PD) de ECA2 humana com uma constante de dissociação (Kd) de 15 nM. Os pesquisadores fizeram uma triagem virtual e estudos de inibição por meio de docking molecular para mais de 200.000 compostos naturais. Dentre eles dois inibidores de origem natural (Andrographolide e Pterostilbene) apresentaram um potencial de inibição para o receptor ECA2 e sua ligação com a proteína S do SARS-CoV-2 (11/11/2020). Fonte: Journal of Molecular Modeling
12/11/2020
Artigo demostra que o inibidor da protease aprotinina (mas não o inibidor da protease SERPINA1 / alfa-1 antitripsina) inibe a replicação do SARS-CoV-2 em concentrações terapeuticamente alcançáveis. Uma análise de dados de proteômica e translatoma indicou que a replicação do SARS-CoV-2 está associada a uma regulação negativa dos inibidores da protease da célula hospedeira. Portanto, a aprotinina pode compensar as proteases da célula hospedeira com regulação negativa durante os ciclos posteriores de replicação do vírus. A aprotinina apresentou atividade anti-SARS-CoV-2 em diferentes tipos de células (Caco2, Calu-3 e culturas de interface ar-líquido de células epiteliais brônquicas primárias) frente a quatro isolados de vírus. Um aerossol de aprotinina aprovado pode ter potencial para o controle local precoce da replicação do SARS-CoV-2 e a prevenção da progressão do COVID-19 para uma doença sistêmica grave (30/10/2020). Fonte Cells
Nesta revisão, pesquisadores apresentam a etiologia, epidemiologia, sintomas, bem como as transmissões do vírus SARS-CoV-2. Também resumem as intervenções terapêuticas e sugerem tratamentos antivirais, candidatos de reforço imunológico, suplementos gerais e tratamentos específicos de coronavírus que controlam a replicação e reprodução de SARS-CoV e coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) (16/10/2020). Fonte: Frontiers in Pharmacology
Pesquisadores relatam o rápido isolamento e caracterização de nanocorpos de uma biblioteca sintética, conhecida como sybodies (Sb), que tem como alvo o domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína spike (S) de SARS-CoV-2. Vários ligantes com baixa afinidade nanomolar e eficiente atividade de neutralização foram identificados, dos quais Sb23 apresentou alta afinidade e neutralizou o pseudovírus com um IC50 de 0,6 µg/ml. Uma estrutura crio-EM mostrou que Sb23 se liga competitivamente no sítio de ligação ECA-2. Além disso, a reconstrução crio-EM revelou uma conformação incomum da proteína S, onde dois RBDs estão na conformação de ligação ECA2 "para cima". A abordagem combinada representa um fluxo de trabalho alternativo e rápido para selecionar ligantes com atividade neutralizante contra vírus emergentes (04/11/2020). Fonte: Nature
Os autores desenvolveram projeto de proteína de novo para rapidamente desenvolver isca para neutralizar patógenos que exploram proteínas extracelulares do hospedeiro para infectar a célula. O pipeline permitiu o design, a validação e a otimização das iscas de hACE2 de novo para neutralizar o SARS-CoV-2. O melhor chamariz, CTC-445 2, se liga com baixa afinidade nanomolar e apresenta alta especificidade ao RBD da proteína do pico. Uma isca bivalente, CTC-445 2d, mostra uma melhora de 10 vezes na ligação de CTC-445 2d neutralizando potentemente a infecção por SARS-CoV-2 de células in vitro em uma única dose profilática intranasal de hamsters sírios protegidos por iscas de um SARS- letal subsequente Desafio CoV-2(05/11/2020).Fonte: Science
11/11/2020
O anticorpo neutralizante da Eli Lilly bamlanivimabe (LY-CoV555) recebe autorização para uso de emergência da Agência Reguladora de Alimentos e Medicamentos americana (FDA) para o tratamento de COVID-19 recentemente diagnosticado. A autorização é baseada em dados do BLAZE-1, um estudo de Fase 2 randomizado, duplo-cego, controlado por placebo em pacientes com diagnóstico recente de COVID-19 leve a moderado em ambiente ambulatorial. Os pacientes tratados com bamlanivimabe apresentaram redução da carga viral e das taxas de sintomas e hospitalização. No BLAZE-1, a frequência e os tipos de eventos adversos foram semelhantes entre o bamlanivimabe e o placebo, sendo a maioria de gravidade leve a moderada. Foram notificadas reações à perfusão e outros acontecimentos de hipersensibilidade alérgica. A autorização inclui um alerta para hipersensibilidade, incluindo anafilaxia e reações relacionadas à infusão. A autorização é temporária e não substitui o processo formal de revisão e aprovação. O bamlanivimabe continua sendo um medicamento sob investigação e não foi aprovado como um pedido de licença biológica (BLA). A avaliação de sua segurança e eficácia ainda está em andamento. Os dados desses estudos serão usados para apoiar uma futura submissão de BLA envolvendo bamlanivimabe (09/11/2020). Fonte: Eli Lilly.
Artigo descreve os resultados da análise interina do estudo clínico (BLAZE-1, duplo cego, controlado por administração de placebo) com anticorpo monoclonal neutralizante LY-CoV555 administrado em 700 mg, 2800 mg ou 7000 mg a 317 pacientes com COVID-19 leve ou moderada. No grupo placebo, foram incluídos 150 pacientes. O estudo foi planejado para incluir indivíduos com início recente da doença para avaliar o efeito da administração precoce do anticorpo na carga viral, sintomas e resultados graves, como hospitalização e morte. O tratamento com 2800mg do anticorpo reduziu a carga viral na região nasofaríngea, no 11º dia da doença. Entretanto, a carga viral desta região não pode ser utilizada como prognóstico do curso da doença, pois não há validação de tal relação. No dia 29 da doença, o percentual de pacientes hospitalizados foi de 1.6% no grupo tratado e 6.3% no grupo controle. Na análise pós-hoc com foco nos pacientes maiores de 65 anos ou com índice de massa corporal maior que 35, o percentual de hospitalização foi 4.2% no grupo tratado e de 14.6% no controle. Também foi observada redução de sintomas em pacientes tratados com LY-CoV555 e que o tratamento é seguro (28/10/2020). Fonte: New England Journal of Medicine.
10/11/2020
Especialistas do Reino Unido vão testar a Aspirina para tratar a COVID-19. O objetivo é avaliar a capacidade de o analgésico reduzir coágulos do sangue nos pacientes. O estudo (Recovery), que testa diversos outros medicamentos para a COVID-19, envolverá cerca de 2 mil pacientes que receberão 150 mg de aspirina diariamente. O infectado pelo novo coronavírus corre risco maior de ter coágulos sanguíneos e a Aspirina tem efeito antiplaquetário (06/11/2020). Fonte: Veja
09/11/2020
Revisão apresenta uma visão geral do papel da vitamina C no manejo da COVID-19. A suplementação com micronutrientes, como vitaminas e minerais, tem ganhado um interesse crescente como parte do manejo de suporte de COVID-19. Os níveis de vitamina C no soro e nos leucócitos são reduzidos durante a fase aguda da infecção devido ao aumento da demanda metabólica. O suplemento de vitamina C em altas doses ajuda a normalizar os níveis de vitamina C no soro e nos leucócitos. A vitamina C possui múltiplas características farmacológicas e o uso de altas doses de vitamina C intravenosa para o tratamento de COVID-19 na China e nos Estados Unidos tem mostrado resultados promissores. Não foram relatadas reações adversas com o uso de curto prazo de altas doses de vitamina C. Dado o fato de que a vitamina C é um medicamento barato, disponível e seguro com efeitos benéficos no tratamento de infecções virais e pacientes gravemente enfermos relatados em ensaios clínicos anteriores, é sensato adicioná-lo ao protocolo de manejo da COVID-19 (28/10/2020). Fonte: Pharmacological Reports
Em revisão sistemática e meta-análise, pesquisadores apresentam a eficácia e segurança do remdesivir em pacientes hospitalizados com COVID‐19. Vários bancos de dados eletrônicos foram pesquisados para estudos candidatos até 12 de outubro de 2020. Os estudos elegíveis para meta-análise foram selecionados com base nos critérios de inclusão. Quatro ensaios clínicos e um estudo observacional foram incluídos. O tratamento com remdesivir por 10 dias aumentou a taxa de recuperação no dia 14 em 50% entre os pacientes com COVID‐19 grave, enquanto no dia 28 foi aumentado em 14% entre pacientes com COVID-19 moderado e grave. Além disso, o remdesivir diminuiu a taxa de mortalidade no dia 14 em 36% entre todos os pacientes, mas não no dia 28. Pacientes com COVID‐19 não ventilados mecanicamente mostraram melhor resposta ao remdesivir na recuperação e taxas de mortalidade no dia 14. Remdesivir reduziu as taxas de gravidade e efeitos adversos em 6% (nenhum efeito adverso significativo de Grau 3 ou 4 foi relatado). Os pesquisadores concluem que há evidências de que o remdesivir pode ser administrado com segurança para pacientes com COVID‐19 hospitalizados. Ele melhora a taxa de recuperação em pacientes moderados e graves, mas o efeito ideal é alcançado para aqueles que são gravemente afetados, mas não ventilados mecanicamente (31/10/2020). Fonte: Reviews in Medical Virology
Cientistas desenvolveram um tratamento na forma de um spray nasal que bloqueia o desenvolvimento do coronavirus no nariz e pulmões, de baixo custo e que não necessita refrigeração. O tratamento contém um lipopeptídeo, uma partícula de colesterol ligada a uma cadeia de aminoácidos. Este lipopeptídeo em particular corresponde exatamente a um trecho de aminoácidos na proteína S do SARS-CoV-2, que o patógeno usa para se conectar a uma via aérea humana ou célula pulmonar, bloqueando assim a entrada do vírus na célula hospedeira. Os estudos foram realizados em animais com resultados promissores, protegendo os animais por 24h em ambiente com outros animais infectados (05/11/2020). Fonte: bioRXiv
Revisão sobre terapias anti-COVID-19 potenciais que bloqueiam/inibem as etapas pós-entrada do vírus na célula. A revisão apresenta as estruturas químicas e mecanismos dos potenciais tratamentos listados no site clinicaltrials.gov, e também descreve os resultados relevantes dos ensaios clínicos. Seus efeitos anti-inflamatórios/imuno-modulatórios também são descritos. As terapias revisadas incluem pequenas moléculas, polipeptídeos e anticorpos monoclonais. No nível molecular, a terapia tem como alvo proteínas virais ou processos que facilitam os estágios pós-entrada da infecção viral. Os alvos frequentes são a RNA polimerase dependente de RNA viral (RdRp) e as proteases virais, como o papain-like protease (PLpro) e o protease principal (Mpro) (26/09/2020). Fonte: Viruses
06/11/2020
Revisão destaca os insights moleculares do SARS-CoV-2 e seu mecanismo de infecção na célula hospedeira por meio de interações hospedeiro-proteína viral usando vários bancos de dados de literatura de pesquisa. A detecção do coronavírus é feita principalmente por RT-PCR e testes sorológicos. Não há tratamento completo para COVID-19, poucos métodos, como terapia de plasma e tratamento com remdesivir são relatados para mostrar resultados promissores na melhoria da saúde do paciente e diminuição da taxa de mortalidade (15/10/2020). Fonte: Acta virologica
04/11/2020
Autores determinam por raio-X a estrutura cristalina de um potente anticorpo monoclonal neutralizante, CV30, isolado de um paciente infectado com SARS-CoV-2, em complexo com o receptor do domínio de ligação. A estrutura revela que CV30 se liga a um epítopo que se sobrepõe ao sítio de ligação do receptor ECA-2 humano fornecendo uma base estrutural para sua neutralização. O CV30 também induz o espalhamento da subunidade S1, indicando um mecanismo adicional de neutralização. Os estudos indicam que esse domínio de ligação é um alvo promissor para o desenho de vacinas, e que esses anticorpos potentemente neutralizantes devem ser explorados como um tratamento para a infecção pelo COVID-19 (27/010/2020). Fonte: Nature Communications Search
Um estudo realizado no Brasil é o segundo a nível mundial a associar a falta de vitamina D no organismo aos casos graves da COVID-19. Conduzida apenas com pacientes idosos a pesquisa mostrou que 94% dos pacientes intubados por causa do novo coronavírus tinham índices baixos da vitamina D. O estudo foi feito com base em 176 pacientes com idade media de 72 anos tratados na rede Prevent Senior. Embora mostre apenas uma associação e não uma relação de causa e consequência, os resultados sugerem que identificar se há deficiência de vitamina D em pacientes com COVID-19 pode ajudar a melhorar o prognóstico (03/11/2020). Fonte: Veja
03/11/2020
Revisão discute as tendências atuais e potenciais abordagens futuras para o desenvolvimento da terapêutica para a COVID‐19, incluindo drogas reposicionadas, vacinas candidatas, imunomoduladores, terapia de plasma convalescente e nanopartículas/ nanovacinas/ nanoterapêutica combinatória para superar a cepa viral pandêmica. Os candidatos terapêuticos discutidos neste artigo incluem remdesivir, dexametasona, hidroxicloroquina, favilavir, lopinavir/ritonavir, terapias de anticorpos como gimsilumabe e TJM2, nanopartículas antivirais e vacinas de DNA e mRNA baseadas em nanopartículas (25/10/2020). Fonte: Advanced Therapeutics
Estudo revela potenciais inibidores compreendendo pequenas moléculas e peptídeos que poderiam interferir na interação de SARS-CoV-2 e suas células-alvo, bloqueando o reconhecimento do receptor celular GRP78 pela proteína S viral. Esses inibidores foram descobertos por meio de uma abordagem de triagem in silico de bancos de dados disponíveis de peptídeos bioativos e compostos polifenólicos e da análise de seus modos de docking. Este processo levou à seleção de 9 compostos com afinidades de ligação ideais para os locais alvo. Os peptídeos (satpdb18674, satpdb18446, satpdb12488, satpdb14438 e satpdb28899) atuam nas regiões III e IV da proteína S viral e em seus locais de ligação em GRP78. Entretanto, 4 polifenóis como galato de epigalocatequina (EGCG), homoeriodictiol, isorhamnetina e curcumina interagem, além da proteína S e seus sítios de ligação em GRP78, com o domínio ATPase de GRP78. O estudo demonstra que existem pelo menos duas abordagens para bloquear a propagação do SARS-CoV-2, evitando sua fusão com as células hospedeiras via GRP78 (21/10/2020). Fonte: Bioinformatics and Biology Insights
Pesquisadores projetaram um inibidor de proteína (ΔABP-D25Y) direcionado à proteína S de SARS-CoV-2 usando abordagem computacional. O inibidor consiste em dois peptídeos em hélice α homólogos ao domínio de protease (PD) de ECA2. Estudos de acoplamento e simulação de dinâmica molecular revelaram que o inibidor se liga exclusivamente ao sítio de ligação ECA2 da proteína S. A afinidade de ligação calculada do inibidor é maior do que a de ECA2 e, portanto, provavelmente competirá com ECA2 pela ligação à proteína S. Assim, o inibidor proposto ΔABP-D25Y pode ser um potencial bloqueador da ligação da proteína S e do domínio de ligação ao receptor (RBD) (01/10/2020). Fonte: PLOS ONE
Novo ensaio foi lançado na Universidade de Oxford para investigar se o medicamento adalimumabe anti-fator de necrose tumoral (TNF) é eficaz no tratamento de pacientes com COVID-19 na comunidade, inclusive em lares de idosos. Um estudo recente analisou pessoas com doença reumática que foram hospitalizadas com COVID-19 e relatou que o tratamento com anti-TNF foi associado à diminuição das chances de hospitalização. O estudo AVID-CC inscreverá até 750 pacientes adultos de ambientes de cuidados comunitários em todo o Reino Unido, que serão alocados aleatoriamente para receber adalimumabe mais o tratamento padrão ou apenas o tratamento padrão - conforme determinado pelo médico do paciente (01/10/2020). Fonte: The BMJ
29/10/2020
Os autores avaliaram o tratamento de 62 pacientes com COVID-19 utilizando o inibidor de IL-6 tocilizumabe, obtendo resultados positivos, afirmando que os resultados são promissores. No entanto, indicando a necessidade de avaliação em um ensaio controlado randomizado (01/10/2020). Fonte: Clinical Care Exploratinos
Pesquisadores relatam o papel crucial da catepsina L em pacientes com COVID-19. O nível circulante de catepsina L foi elevado após a infecção por SARS-CoV-2 e foi positivamente correlacionado com o curso e a gravidade da doença. Correspondentemente, a infecção por pseudovírus SARS-CoV-2 aumentou a expressão de catepsina L em células humanas in vitro e ECA 2 humana em camundongos transgênicos in vivo, enquanto a superexpressão de catepsina L, por sua vez, aumentou a infecção por pseudovírus em células humanas. A catepsina L clivou funcionalmente a proteína S de SARS-CoV-2 e aumentou a entrada do vírus, conforme evidenciado pela superexpressão e knockdown de catepsina L in vitro e aplicação de medicamentos inibidores de catepsina L in vivo. Além disso, a amantadina, um medicamento anti-influenza licenciado, inibiu significativamente a atividade da catepsina L após a infecção pelo pseudovírus SARS-CoV-2 e preveniu a infecção tanto in vitro quanto in vivo. Portanto, o a catepsina L é um alvo promissor para o desenvolvimento de novos medicamentos anti-COVID-19 (27/10/2020). Fonte: medRxiv
Os autores deste estudo haviam descrito anteriormente uma estratégia para identificar e gerar rapidamente nanocorpos de lhama (VHH) a partir de bibliotecas de fagos VHH humanizados naïve e sintéticas que se ligam especificamente à proteína S1 de SARS-CoV-2 e bloqueiam a interação com o receptor ECA2 humano. Neste estudo, foi utilizado uma analise auxiliada por computador para construir anticorpos VHH multiespecíficos fundidos a domínios Fc de IgG1 humana com base nas previsões de epítopo para VHHs principais. Os anticorpos VHH-Fc tri-específicos resultantes mostram ligação a proteína S1 mais potente, bloqueio da ligação S1/ECA2 e neutralização de pseudovírus SARS-CoV-2 do que o VHH-Fcs bi-específico ou combinação de VHH-Fcs monoclonal individual descritos anteriormente. Além disso, a análise da estabilidade da proteína do VHH-Fcs mostra características de capacidade de desenvolvimento favoráveis, o que permite que sejam desenvolvidos rapidamente para terapêutica contra COVID-19 (20/10/2020). Fonte: Nature
Estudo em hospital espanhol mostra que mais de 80% dos pacientes internados com COVID-19 tinham deficiência de vitamina D. Os resultados mostram que baixos níveis da vitamina D — que, apesar do nome, é um hormônio — foram mais frequentes em um grupo de 216 pacientes internados com a nova doença em um hospital na Espanha na comparação com 197 pessoas fora do hospital, sem registro da doença. Mais precisamente, a deficiência de vitamina D foi constatada entre 82,2% das pessoas hospitalizadas, contra 47,2% no grupo "controle". Considerando apenas o universo de pessoas hospitalizadas, aquelas com baixos níveis de vitamina D mostraram um percentual maior de internação em UTI do que pessoas com níveis satisfatórios de vitamina D (≥20 ng/ml): 26,6% versus 12,8%. O tempo no hospital também foi maior, de 12 dias contra 8 dias (27/10/2020). Fonte: The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism
27/10/2020
Os autores realizaram uma meta-análise cujos resultados sugerem que o uso de anticoagulantes pode estar associada a uma redução da mortalidade em pacientes com COVID-19. Apesar dos resultados promissores os autores alertam para o fato de o número de estudos ainda ser pequeno e de se tratar de uma doença nova (18/10/2020). Fonte: Chest Journal
Os autores realizaram um estudo comparativo entre a administração de doses normais de corticoide e altas doses em pacientes com COVID- grave 19. Quinhentos e setenta e três pacientes foram incluídos. Após os resultados os autores não apontam vantagens e não recomendam o uso de doses acima das normais (20/10/2020). Fonte: Eur J Clin Microbiol Infect Dis
Os anticorpos que neutralizam potentemente o vírus são promissores agentes terapêuticos e podem auxiliar os projetos de vacinas. Estudo revela um anticorpo monoclonal humanizado que protegeu contra SARS-CoV-2 em um modelo de camundongo. A estrutura da microscopia crioeletrônica, junto com estudos bioquímicos, celulares e virológicos, mostrou que o anticorpo atua ligando-se ao domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína S e bloqueando sua ligação ao receptor hospedeiro (18/09/2020). Fonte: Science
26/10/2020
Estudo com objetivo de descrever a resposta ao tratamento de pacientes gravemente enfermos com COVID-19 que receberam tocilizumabe. Nesta coorte de 67 pacientes tratados com tocilizumabe para COVID-19 grave, a melhora nas necessidades de suporte de oxigênio foi observada em 13 pacientes no dia 3 e 27 pacientes no dia 7. Melhoria na fração de oxigênio inspirado e vários marcadores de inflamação, incluindo leucócitos, PCR e IL-6 foram observados nos dias 3 e 7. Outros estudos, como ensaios randomizados controlados com placebo de tocilizumabe, serão necessários para medir melhor sua eficácia e segurança em pacientes com COVID-19 (01/10/2020). Fonte: Chest
Em um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, pacientes adultos que apresentaram até 3 dias após o início dos sintomas de COVID-19 (tosse seca, febre e/ou fadiga) foram 392 inscritos (198 placebo, 194 nitazoxanida). Após a confirmação da infecção por SARS-CoV2 por RT-PCR em swab nasofaríngeo, os pacientes foram randomizados 1:1 para receber nitazoxanida (500 mg) ou placebo por 5 dias. O resultado primário foi a resolução completa dos sintomas. Na visita do estudo de 5 dias, a resolução dos sintomas não diferiu entre os braços da nitazoxanida e do placebo. No entanto, no acompanhamento de 1 semana, 78% no braço da nitazoxanida e 57% no braço do placebo relataram resolução completa dos sintomas. Os esfregaços recolhidos foram negativos para SARS-CoV-2 em 29,9% dos doentes no braço da nitazoxanida versus 18,2% no braço do placebo. A carga viral também foi reduzida após a nitazoxanida em comparação com o placebo (23/10/2020). Fonte: medRxiv
23/10/2020
A Food and Drug Administration aprovou o remdesivir, terapia antiviral da Gilead Sciences Inc., na quinta-feira (22/10/2020), tornando-o o primeiro medicamento a obter autorização formal para o tratamento da COVID-19. Os reguladores concederam uma autorização de uso emergencial para o remdesivir no início deste ano e, desde então, o medicamento se tornou uma terapia amplamente usada em pacientes hospitalizados com COVID-19. A aprovação do remdesivir, vendido sob a marca Veklury, permitirá que a Gilead comercialize o medicamento e fale sobre seus benefícios para médicos, enfermeiras e pacientes. Embora o medicamento estivesse em falta inicialmente, a Gilead disse que o medicamento agora está amplamente disponível em hospitais de todo os EUA, pois a capacidade de fabricação se expandiu rapidamente (22/10/2020). Fonte: Bloomberg
Pesquisadores da Universidade de Oxford estão iniciando um novo estudo para explorar a eficácia do medicamento adalimumabe anti-fator de necrose tumoral (anti-TNF) como tratamento para pacientes com COVID-19 na comunidade, especialmente em lares de idosos. Estudo inscreverá até 750 pacientes de ambientes de cuidados comunitários em todo o Reino Unido (30/09/2020). Fonte: University of Oxford
Esta revisão sistemática, que incluiu um número limitado de ensaios clínicos controlados e vários estudos do mundo real de pacientes com COVID-19 necessitando de hospitalização, descobriu que o uso de um regime contendo hidroxicloroquina (HCQ) com ou sem azitromicina (AZ) não oferece benefício clínico. HCQ com ou sem AZ não melhorou a taxa de cura virológica, progressão da doença e mortalidade. Esses regimes foram associados a mais efeitos adversos (13/10/2020). Fonte: Canadian Respiratory Journal
Estudos de triagem in silico, docking e simulação de dinâmica molecular foram realizados para identificar fármacos para reposicionamento usando DrugBank e biblioteca PubChem contra o RBD da proteína S do SARS-CoV-2. O estudo identificou um medicamento laxante, bisoxatina (DB09219), que é usado para o tratamento da constipação e preparação do cólon para procedimentos cirúrgicos que se liga bem à interface proteína S-ECA2, fazendo interações π-π substanciais com Tyr505 na região de gancho 'Site 1' de RBD e interações hidrofílicas com Glu406, Ser494 e Thr500. Pesquisadores sugerem que a bisoxatina, pode ser uma molécula promissora de fármaco reposicionada para inibir a entrada de SARS-CoV-2 no hospedeiro (16/10/2020). Fonte: Journal of Biosciences
Pesquisadores realizaram um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo envolvendo pacientes com infecção confirmada de síndrome respiratória aguda grave por SARS-CoV-2, estados hiperinflamatórios e pelo menos dois dos seguintes sinais: febre (temperatura corporal> 38 ° C), infiltrados pulmonares ou necessidade de oxigênio suplementar para manter a saturação de oxigênio superior a 92%. Os pacientes foram designados aleatoriamente em uma proporção de 2: 1 para receber o tratamento padrão mais uma dose única de tocilizumabe ou placebo. Os pacientes que receberam tocilizumabe tiveram menos infecções graves do que os pacientes que receberam placebo, porém o tocilizumabe não foi eficaz para prevenir a intubação ou morte em pacientes moderadamente enfermos hospitalizados com COVID-19 (21/10/2020). Fonte: NEJM
O SARS-CoV-2 depende de rearranjos estruturais dentro de uma glicoproteína S para mediar a fusão das membranas virais e das células hospedeiras. Artigo descreve o desenvolvimento de um lipopeptídeo que é derivado do domínio de repetição de heptal C-terminal (HRC) de proteína S do SARS-CoV-2 que inibe potentemente a infecção por SARS-CoV-2. Estudo in vivo em células Vero E6 demonstra que o lipopeptídeo inibe a fusão célula-célula mediada por proteína S do SARS-CoV-2 e bloqueia a infecção por SARS-CoV-2. O estudo também demonstra que a disseminação viral da infecção por SARS-CoV-2 tenha sido generalizada nas vias respiratórias não tratadas, aqueles tratados com o lipopeptídeo HRC SARS-CoV-2 não mostraram evidências detectáveis de disseminação viral (20/10/2020). Fonte: American Society for Microbiology
22/10/2020
Ensaio clínico randomizado com 130 pacientes hospitalizados com COVID-19 e pneumonia moderada a grave, verificou que tocilizumabe não reduziu as pontuações da Escala de Progressão Clínica de 10 pontos da Organização Mundial da Saúde para menos de 5 no dia 4; a proporção de pacientes com ventilação não invasiva, intubação ou morte no dia 14 foi de 36% quando tratados com as medidas usuais de suporte e de 24% com tocilizumabe. Nenhuma diferença na mortalidade em 28 dias foi encontrada. Por outro lado, tocilizumabe pode reduzir a necessidade de ventilação mecânica e não invasiva ou morte no 14º dia, mas não a mortalidade no 28º dia; estudos adicionais são necessários para confirmar esses resultados preliminares (20/10/2020). Fonte: JAMA Internal Medicine.
Estudo de revisão descreve modalidades terapêuticas possíveis para a infecção por SARS-CoV-2 com base em: (i) inibidores da protease do hospedeiro para bloquear a entrada viral na célula; (ii) silenciamento de genes usando RNAi baseado em siRNA; e (iii) interferons tipo I (IFN1) (12/09/2020). Fonte: Journal of Pure ans Applied Microbiology
Pesquisadores estão alertando contra o uso de ivermectina (usada há décadas para tratar animais e pessoas infestadas com vermes parasitas) para o tratamento contra a COVID-19 fora dos ensaios clínicos; haja vista que não há evidências suficientes de que o medicamento é seguro ou eficaz como terapia de SARS-CoV-2. Mesmo assim, as pessoas na América Latina se apressaram em tomá-lo, tornando difícil para os pesquisadores testá-lo adequadamente. Segundo os pesquisadores, eles podem nunca ter dados suficientes para justificar o uso da ivermectina se sua administração generalizada continuar na América Latina. A popularidade do medicamento “praticamente cancela” a possibilidade de realização de ensaios clínicos de fase III, que exige milhares de participantes - alguns dos quais fariam parte de um grupo de controle e, portanto, não poderiam receber o medicamento - para estabelecer a segurança e eficácia (20/10/2020). Fonte: Nature
Estudo retrospectivo observacional investigou o impacto de anticoagulantes de dose completa (AC) versus profilaxia padrão (non-AC) em 138 pacientes hospitalizados, predominantemente negros (86,2%), com infecção por COVID-19. Pesquisadores concluiram que, em pacientes hospitalizados com infecção por SARS-CoV-2, a administração de anticoagulação em dose completa mostrou um benefício de sobrevida de 28 dias em uma população predominantemente negra, especialmente aqueles com dímero D, PCR e pontuação SIC mais elevados no início do estudo (18-21/10/2020). Fonte: Chest
21/10/2020
Estudo avalia a associação de hiperlipidemia e uso de estatina com a gravidade da COVID-19. Foi analisada uma coorte retrospectiva de 717 pacientes internados por infecção por COVID-19. Os desfechos clínicos de interesse foram saturação de oxigênio ≤ 94% com necessidade de oxigênio suplementar, admissão na unidade de terapia intensiva (UTI), ventilação mecânica invasiva e óbito. Pacientes em uso de medicamentos para dislipidemia de longo prazo (estatinas, fibratos ou ezetimiba) foram considerados como tendo dislipidemia. Modelos de regressão logística foram usados para estudar a associação entre dislipidemia e desfechos clínicos ajustados para idade, sexo e etnia. Cento e cinquenta e seis (21,8%) pacientes apresentavam dislipidemia e 97% destes estavam em uso de estatinas. Os modelos de tratamento logístico mostraram uma chance menor de admissão na UTI para usuários de estatina quando comparados aos não usuários de estatina. Não houve outras diferenças significativas em outros resultados. O uso de estatinas foi independentemente associado com menor admissão na UTI, o que apoia a prática atual para continuar a prescrição de estatinas em pacientes COVID-19 (15/10/2020). Fonte: Nature Scientific Reports
Estudo de coorte com pacientes hospitalizados na Espanha avalia os efeitos do tocilizumabe na mortalidade por COVID-19. Foram analisados dados de 1229 pacientes, com 261 pacientes (61 mortes) no grupo do tocilizumabe e 969 pacientes (120 mortes) no grupo controle. Nos modelos estruturais marginais ajustados, foi detectada uma interação significativa entre o recebimento de tocilizumabe e os níveis elevados de proteína C reativa (PCR). Tocilizumabe foi associado à diminuição do risco de morte e admissão na UTI (23/09/2020). Fonte: Clinical Microbiology and Infection
Estudo teve como objetivo avaliar o efeito dos corticosteróides inalatórios (CIS) sobre a expressão pulmonar da enzima de conversão da angiotensina ECA -2 do receptor de entrada viral SARS-CoV-2. Dos resultados chegou-se que as terapias com CIS na doença pulmonar obstrutiva (DPOC) reduzem a expressão do receptor de entrada ECA2 da SARS-CoV-2. E, portanto, pode contribuir para a susceptibilidade alterada ao COVID-19 em pacientes com DPOC (15/10/2020). Fonte: Journal of Allergy and Clinical Immunology
Estudo in vitro tem como objetivo avaliar o uso do NO gasoso como método de tratamento da infecção por coronavírus humano como prova de conceito para o tratamento da SARS-CoV-2. Quando o coronavírus foi exposto a 250 ppm de NO antes da infecção, uma redução significativa na infecciosidade foi alcançada uma vez que a carga viral foi reduzida em 24 vezes em comparação com a amostra não tratada e a viabilidade da célula hospedeira foi maior em mais de 85% (01/10/2020). Fonte: CHEST Journal
Esta revisão tem como objetivo reunir os recursos publicados disponíveis, incluindo propriedades físico-químicas e farmacocinéticas e sugere a adaptação da dosagem de medicamentos antivirais para pacientes graves infectados por COVID-19 recebendo terapia extracorpórea. O estudo demonstra os ajustes de dosagem de medicamentos antivirais para pacientes criticamente enfermos recebendo oxigenação por membrana extracorpórea e terapia de substituição renal contínua (01/10/2020). Fonte: Critical Care Explorations
Estudo in vitro identifica combinações de medicamentos com efeitos sinérgicos para o tratamento de infecções virais, inclusive por SARS-CoV-2. Em células epiteliais pulmonares humanas, foi descrito efeito sinérgico entre nelfinavir e soro convalescente e anticorpos neutralizantes purificados 23G7; também foi verificada a sinergia nos efeitos da associação entre nelfinavir e EIDD-2801 ou remdesivir em células Calu-3 (20/09/2020). Fonte: Viruses.
Estudo com mais de 1200 pacientes que foram tratados com remdesivir (GS-5734) demonstrou que ele reduz o tempo de recuperação de pacientes hospitalizados que requerem oxigênio suplementar e pode ter um impacto positivo nos resultados de mortalidade, ao mesmo tempo em que apresenta um perfil de segurança favorável (14/10/2020). Fonte: Clinical Microbiology Reviews
Embora a aplicação da terapia de convalescença seja geralmente benéfica, para pacientes em estado crítico, o efeito prejudicial associado a alguns anticorpos também é relatado. O anticorpo imunoglobulina G (IgG) em resposta à infecção por SARS-CoV-2 é descrito, embora não haja definição se a diferença nas subclasses tem um papel benéfico ou prejudicial. A IgG2 tem capacidade limitada de ativar células imunes inatas e inflamação mediada por complemento, que foram inversamente descritas na patogênese da SARS-CoV-2. A expansão de IgG2 é promovida pelo interferon γ (IFN-γ); no entanto, há um baixo nível de IFN-γ em pacientes com COVID-19. Portanto, esta revisão descreve a importância do anticorpo de imunoglobulina G2, com IFN-γ para minimizar a inflamação associada a SARS-CoV-2, e pode fornecer informações sobre o projeto de vacinas ou terapias baseadas em anticorpos para a doença COVID-19 (29/09/2020). Fonte: ImmunoTargets and Therapy
20/10/2020
Treze estudos de caso-controle retrospectivos (n = 2.285 pacientes) e 6 estudos retrospectivos de braço único (n = 208) foram analisados neste artigo para avaliar o tratamento com tocilizumabe versus tratamento padrão. Dos resultados os pacientes tratados com tocilizumabe tiveram melhora clínica menor risco de admissão em UTI, uso de ventilação e mortalidade em comparação com os pacientes tratados com tratamento padrão, os pacientes tinham proteína C reativa mais baixa e troponina mais alta (13/10/2020). Fonte: European Journal of Clinical Pharmacology
Estudo cita que o vírus da gripe requer hemaglutinina e neuraminidase para infectar, enquanto o SARS-CoV-2 usa a proteína S. Ambos os vírus dependem de uma RNA polimerase viral para expressar suas proteínas, mas apenas o SARS-CoV-2 tem um mecanismo de revisão, o que resulta em uma baixa taxa de mutação em comparação com o vírus da gripe. Segundo o estudo o E1KC4 e mesilato de camostat são inibidores potenciais da proteína S SARS-CoV-2, alcançando um efeito semelhante ao do oseltamivir. Devido à baixa taxa de mutação do SARS-CoV-2, os pesquisadores desenvolveram análogos de nucleosídeos (como o EIDD-2801), que inserem mutações letais no RNA viral (07/10/2020). Fonte: Boletin Medico del Hospital Infantil de Mexico
O artigo demosntra o progresso científico que vem se desenvolvendo da aplicação de vários medicamentos aprovados pela FDA para o tratamento da COVID-19, incluindo cloroquina, remdesivir, favipiravir, mesilato de nefamostato, penciclovir, nitazoxanida, ribavirina etc., vacinas em desenvolvimento e vários ensaios clínicos registrados explorando diferentes medidas terapêuticas para o tratamento da COVID-19 (16/10/2020). Fonte: Respiratory Medicine
Estudo teve como objetivo avaliar o resultado de segurança e relatórios adversos e eventos decorrentes do uso de hidroxicloroquina entre pacientes com suspeita de COVID-19. Um estudo transversal incluiu 2.733 pacientes submetidos ao tratamento do protocolo do Ministério da Saúde (MS) da Árabia Saudita (hidroxicloroquina) e acompanhamento dentro de 3-7 dias após o início. Dados foram coletados por meio de link eletrônico e cruzado com o banco de dados nacional e relatórios do MS. Dos resultados 8,8% pacientes descontinuaram o tratamento devido a 4,1 % efeitos colaterais e por 4,7% motivos não clínicos nos restantes (10/10/2020). Fonte: International Journal of Infectious Diseases
Artigo apresenta estudo de coorte retrospectivo conduzido com 181 pacientes de COVID-19 com sintomas respiratórios graves que exigiram admissão na UTI em um hospital comunitário em Michigan. Os pacientes foram divididos em 2 grupos, com ou sem tratamento com esteróides. O grupo de tratamento recebeu prednisona oral, as doses variam de 10 a 60mg duas vezes ao dia por uma média de 5 dias, a maioria dos pacientes recebeu uma dose de ataque de metilprednisolona intravenosa. O desfecho primário para o estudo foi a taxa de mortalidade, o desfecho secundário foi a taxa de extubação. Os resultados indicam que em pacientes gravemente enfermos com COVID-19, esteróides sistêmicos com aplicação de curto prazo foram associados a menores taxas de mortalidade em UTI e maiores taxas de extubação (18/10/2020). Fonte: CHEST
O estudo clínico sobre o uso do medicamento nitazoxanida em pacientes na fase precoce da covid-19 demonstrou eficácia no tratamento da doença, reduzindo a carga viral das pessoas infectadas. A pesquisa foi iniciada pelo Laboratório Nacional de Biociências, em Campinas (SP), que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), instituto vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O laboratório ficou responsável pelos estudos in silico e in vitro. A fase de ensaios clínicos foi responsabilidade de outros centros da Rede Virus, ligada ao MCTI. Os testes em humanos, com mais de 1,5 mil pacientes voluntários, que tinham até três dias de sintomas e foram acompanhados em sete diferentes unidades hospitalares do país. Os testes duplo-cegos foram realizados com 500 miligramas da nitazoxanida, três vezes ao dia, ou o placebo durante cinco dias (19/10/2020). Fonte: Agencia Brasil
Empregando o modelo do furão, foi demonstrando neste estudo uma alta carga de SARS-CoV-2 nos tecidos e secreções nasais que coincide com a transmissão por contato direto eficiente. O tratamento terapêutico de animais infectados com MK-4482 / EIDD-2801 duas vezes ao dia reduziu significativamente a carga de SARS-CoV-2 do trato respiratório superior e suprimiu completamente a propagação para animais de contato não tratados. Estudo identifica o MK-4482 / EIDD-2801 oral como uma contramedida antiviral promissora para quebrar as cadeias de transmissão da comunidade SARS-CoV-2 (12/10/2020). Fonte: Nature Research
16/10/2020
Estudo em 405 hospitais em 30 países, 11.266 adultos foram randomizados, com 2.750 Remdesivir alocados, 954 Hidroxicloroquina, 1411 Lopinavir, 651 Interferon mais Lopinavir, 1412 apenas Interferon e 4.088 nenhum medicamento do estudo. A adesão foi de 94-96% no meio do tratamento, com cruzamento de 2-6% e 1253 mortes foram relatadas. As taxas de mortalidade foram: Remdesivir RR = 0,95, Hidroxicloroquina RR = 1,19, Lopinavir RR = 1,00 e Interferon RR = 1,16. Nenhum medicamento do estudo reduziu definitivamente a mortalidade (em pacientes não ventilados ou qualquer outro subgrupo de características de entrada), o início da ventilação ou a duração da hospitalização (15/10/2020). Fonte: medRxiv e WHO
Estudo analisou pacientes com COVID-19 em hospitais na Holanda foram incluídos 1949 pacientes, a mortalidade em 21 dias foi de 21,5% em 1.596 indivíduos tratados em hospitais que rotineiramente prescreveram (hidroxi) cloroquina, e 15,0% em 353 indivíduos tratados em hospitais que não o fizeram. Nos modelos de regressão de Cox ajustados, essa diferença desapareceu, com uma razão de risco ajustada de 1,09 (IC de 95% 0,81-1,47). Quando estratificado pelo tratamento realmente recebido em indivíduos individuais, o uso de (hidroxi) cloroquina foi associado a um aumento da mortalidade em 21 dias no modelo completo (13/10/2020). Fonte: Clinical Microbiology and Infection
Os autores avaliam a identificação de fármacos clinicamente aprovadas para serem recolocadas no combate à COVID-19. Consideram a principal protease (Mpro) do SARS-CoV-2 um alvo promissor, com base em resultados anteriores de CoVs relacionados com lopinavir (LPV), um inibidor da protease do HIV. Apontam que o atazanavir (ATV) ancora no sítio ativo do SARS-CoV-2 Mpro com maior afinidade do que o LPV, bloqueando a atividade do Mpro. Afirmam que o ATV inibe a replicação do SARS-CoV-2, sozinho ou em combinação com ritonavir (RT V) em células epiteliais pulmonares humanas. O ATV / RTV também dificultou o aumento da interleucina 6 (IL-6) e do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) induzido por vírus. Apontam que juntos, seus dados sugerem fortemente que ATV e ATV / RTV devem ser considerados entre os candidatos a medicamentos reposicionados submetidos a ensaios clínicos na luta contra COVID-19 (21/09/2020).Fonte: Antimicrobial Agents and Chemotherapy
Relato de caso de 2 pacientes mostra que apesar de não descartar o efeito de ataque direto ao SNC, apesar do teste negativo de SARS-CoV-2 no LCR, mas a rápida recuperação em menos de 3 dias torna essa contaminação local improvável. Alternativamente, e de acordo com a inflamação sistêmica mediada por citocinas, os autores destacam a tempestade de citocinas com IL-1 e IL-6 aumentados entre outros mediadores inflamatórios e não a ação direta pode ser a responsável pela encefalite durante a COVID-19. Concluem que tratamentos biológicos anti-IL direcionados a IL-1 (anakinra) ou IL-6 (tocilizumabe e siltuximabe) são úteis para tratar sintomas com envolvimento do SNC (09/2020) Fonte: Neuroimmunology and Neurology
Pesquisadores descreveram anteriormente o REGN-COV2, um coquetel de dois anticorpos neutralizantes potentes (REGN10987 + REGN10933) visando epítopos não sobrepostos na proteína S de SARS-CoV-2. Neste relatório, avaliaram a eficácia in vivo desse coquetel de anticorpos em macacos rhesus, que podem ser um modelo de doença leve, e hamsters dourados, que podem ser um modelo de doença mais grave. Foi demonstrado que REGN-COV-2 pode reduzir significativamente a carga de vírus nas vias aéreas superiores e inferiores e diminuir as sequelas patológicas induzidas por vírus quando administrado profilaticamente ou terapeuticamente em macacos rhesus. Da mesma forma, a administração em hamsters limita a perda de peso e diminui os títulos pulmonares e a evidência de pneumonia nos pulmões. Os resultados fornecem evidências do potencial terapêutico desse coquetel de anticorpos para o tratamento e prevenção da COVID-19 (clinicaltrials.gov NCT04426695, NCT04425629 e NCT 04452318) (09/10/2020). Fonte: Science
Estudo de associação genômica envolvendo 1980 pacientes com COVID-19 e doença grave (definida como insuficiência respiratória) em sete hospitais italianos e espanhóis foi desenvolvido para investigar potenciais fatores genéticos envolvidos na evolução da COVID-19. No total, foram analisados 8.582.968 polimorfismos de nucleotídeo único e foi realizado uma meta-análise. Foi identificado um grupo de genes 3p21.31 como um locus de suscetibilidade genética em pacientes com COVID-19 com insuficiência, sugerindo um potencial envolvimento do sistema de grupo sanguíneo ABO (15/10/2020). Fonte: New England Journal of Medicine
Usando a abordagem de bioinformática e modelagem estrutural, pesquisadores modelaram a estrutura da proteína E do SARS-CoV-2. A proteína E deste vírus compartilha similaridade de sequência com a do SARS-CoV-1 e é altamente conservada nas regiões N-terminal. Aliás, em comparação com as proteínas S, as proteínas E demonstram menor disparidade e mutabilidade entre as sequências isoladas. Além disso, duas estruturas de “núcleo” distintas eram visíveis, o núcleo hidrofóbico e o núcleo central, que podem regular a abertura / fechamento do canal. Os pesquisadores propuzeram isso como um mecanismo de atividade de canalização de íons virais que desempenha um papel crítico na infecção viral e na patogênese. Além disso, fornece uma base estrutural e caminhos adicionais para o desenvolvimento de vacinas e geração de intervenções terapêuticas contra o vírus (12/08/2020). Fonte: PLOS ONE
15/10/2020
Em artigo de revisão, pesquisadores mostram que, tendo em vista os papéis fisiológicos da IL-6 em condições inflamatórias e os dados obtidos a partir de pacientes, os inibidores de IL-6, juntamente com o tratamento padrão, podem ser eficazes, oferecendo potencial para tratar a COVID-19 em populações hospitalizadas de forma mais eficaz do que o tratamento atual sozinho. Dados de segurança extensos foram gerados anteriormente sobre o uso de inibidores de IL-6 em outras indicações. Portanto, estudos atuais planejados e controlados por placebo em combinação com tratamento padrão para avaliar a segurança e eficácia dos inibidores de IL-6 em pacientes hospitalizados com pneumonia grave por COVID-19 são necessários para direcionar o manejo da doença na população gravemente doente (05/10/2020). Fonte: Inflammation and Regeneration
Estudos no Irã e na China mostraram um efeito positivo do tocilizumabe na saturação de oxigênio periférico (SPO2), mas os resultados da tomografia computadorizada em pacientes foram diferentes. Em alguns pacientes, a tomografia computadorizada mostrou infiltração reduzida, porém em outros nenhuma alteração foi observada. Com base na evidência do efeito do tocilizumabe no SARS-CoV-2, os pesquisadores fornecem uma visão geral da inflamação respiratória com COVID-19 e o efeito do tocilizumabe para melhorar a inflamação do tecido pulmonar em pacientes com o vírus fatal COVID-19 (16/09/2020). Fonte: International Immunopharmacology
14/10/2020
Dois estudos de meta-análise foram conduzidos para investigar a hipótese de que medicamentos da classe de inibidores da enzina conversora de angiotensina II e bloqueadores de receptores de angiotensina aumentariam a mortalidade e a suscetibilidade à COVID-19. A análise concluiu que o uso dos medicamentos não está associado a um aumento de testes positivos para COVID-19, tampouco com aumento de mortalidade de pacientes infectados com SARS-CoV-2. (10/10/2020). Fonte: Journal of Medical Virology.
Artigo descreve os resultados do uso intravenoso off-label de sarilumabe em pneumonia severa relacionada ao SARS-CoV-2 em 53 pacientes. Foram registradas melhoria da função pulmonar ou taxa de internação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), taxa de alta em pacientes tratados em UTI e perfil de segurança. Os resultados sugerem que a inibição do IL-6R parece ser uma estratégia de tratamento potencial para pneumonia por SARS-CoV-2 grave e o sarilumabe intravenoso parece uma abordagem de tratamento promissora mostrando, a curto prazo, um importante resultado clínico e boa segurança (02/10/2020). Fonte: EClinical Medicine
A COVID-19 representa a maior ameaça para os idosos, mas as vacinas muitas vezes não funcionam bem neste grupo. Cientistas buscam identificar como os medicamentos anti-envelhecimento poderiam aumentar a efetividade das vacinas COVID-19 em pessoas mais velhas, sugerindo que estes fármacos sejam capazes de rejuvenescer o sistema imunológico. Uma classe promissora de fármacos anti-envelhecimento atua nas vias envolvidas no crescimento celular. Essas drogas inibem uma proteína conhecida como mTOR. Outra classe de fármacos, chamada senolítica, ajuda a limpar o corpo das células que pararam de se dividir, mas não morrem (14/10/2020). Fonte: Nature
A Eli Lilly interrompeu seu teste de tratamento com anticorpos para pessoas hospitalizadas com COVID-19 devido a uma “potencial preocupação de segurança”. O ensaio, patrocinado pelo governo dos Estados Unidos, investigava os benefícios do tratamento com o medicamento (anticorpo) associado ao antiviral remdesivir, em comparação com o tratamento apenas com remdesivir. No início deste mês, a Eli Lilly disse que havia solicitado autorização de uso emergencial para seu medicamento para pessoas com COVID-19 leve a moderado. As pausas em grandes estudos com medicamentos não são incomuns e não sugerem necessariamente um problema com a terapia (13/10/2020). Fonte: NYT
Nesta revisão, pesquisadores descrevem os papéis da serotonina (5-hidroxitriptamina, 5-HT) na regulação da inflamação sistêmica e os benefícios potenciais do uso de inibidores de recaptação de serotonina específicos como terapia coadjuvante para atenuar complicações neurológicas da COVID-19. Há evidências significativas na literatura científica para encorajar o uso de inibidores de recaptação de 5-HT como uma intervenção complementar durante a infecção por SARS-CoV-2. A ação imunomoduladora direta da 5-HT central e periférica, associada a outros mecanismos indiretos, poderia efetivamente amortecer a resposta imune exacerbada e prevenir complicações neurológicas (03/10/2020). Fonte: European Journal Of Pharmacology
13/10/2020
Os dados de uma nova análise provisória do ensaio clínico BLAZE-1 mostraram que a terapia combinada com dois dos anticorpos neutralizantes do SARS-CoV-2 da Eli Lilly, reduziu a carga viral, sintomas e hospitalização e visitas ao pronto-socorro relacionadas à COVID-19. O estudo de Fase 2 randomizado, duplo-cego e controlado por placebo avaliou a combinação de LY-CoV555 e o LY-CoV016, denominados bamlanivimab e etesevimaba, que ligam regiões complementares da proteína spike do SARS-CoV-2 para o tratamento de COVID-19 sintomático em regime ambulatorial. A coorte de combinação envolveu pacientes recentemente diagnosticados com COVID-19 leve a moderado, que foram tratados com 2.800 mg de cada anticorpo (n = 112) ou placebo (n = 156). A taxa de hospitalização e visitas ao pronto-socorro foi menor para pacientes tratados com a terapia combinada (0,9%) em relação ao grupo placebo (5,8%), uma redução do risco relativo de 84,5% (p = 0,049). O resultado é semelhante àquele observado para a monoterapia com LY-CoV555. O tratamento foi bem tolerado pelos pacientes e os efeitos colaterais foram considerados sem riscos. A Eli Lilly informa que está preparando a publicação com os dados dos resultados do estudo (07/10/2020). Fonte: Lilly Investors.
Artigo fornece um mecanismo e uma revisão comparativa baseada em evidências do remdesivir e outros medicamentos reposicionados com comprovada atividade in vitro contra a SARS-CoV-2. Dentre os medicamentos revisados, além do remdesivir, encontram-se: camostato/nafamostato, umifenovir, lopinavir/ritonavir, favipiravir, ribavirina, penciclovir e cloroquina/hidroxicloroquina (04/10/2020). Fonte: EMBO Molecular Medicine
Ensaio clínico (registrado com ISRCTN, 50189673, e ClinicalTrials.gov, NCT04381936) randomizado, controlado, aberto e de plataforma, em que uma variedade de tratamentos possíveis foi comparada com os cuidados usuais em pacientes hospitalizados com COVID-19. O teste está em andamento em 176 hospitais no Reino Unido. Os pacientes elegíveis e que consentiram foram alocados aleatoriamente para: a) tratamento padrão usual, ou b) tratamento padrão usual mais lopinavir-ritonavir por via oral por 10 dias ou até a alta. 1.616 pacientes foram alocados aleatoriamente para receber lopinavir-ritonavir e 3.424 pacientes para receber os cuidados habituais. No geral, 374 (23%) pacientes alocados para lopinavir – ritonavir e 767 (22%) pacientes alocados para tratamento usual morreram dentro de 28 dias. O estudo concluiu que, em pacientes internados com COVID-19, lopinavir-ritonavir não foi associado a reduções na mortalidade em 28 dias, duração da internação hospitalar ou risco de evolução para ventilação mecânica invasiva ou morte. Esses achados não apóiam o uso de lopinavir-ritonavir para o tratamento de pacientes hospitalizaos com COVID-19 (05/10/2020). Fonte: The Lancet
Estudo randomizado controlado comparou vários tratamentos possíveis para pacientes hospitalizados com COVID-19 foram distribuídos 1561 pacientes para receber hidroxicloroquina e 3155 para receber cuidados habituais. Dos resultados aqueles que receberam hidroxicloroquina não tiveram uma incidência menor de morte em 28 dias do que aqueles que receberam os cuidados habituais (08/10/2020). Fonte: The New England of Medicine
09/10/2020
Usando a estrutura cristalina da PLpro de SARS-CoV-2 como modelo, pesquisadores desenvolveram um modelo de grupo farmacofórico de centros funcionais de ligação de inibidores de PLpro. Com este modelo, conduziram a busca em banco de dados conformacional de medicamentos aprovados pela FDA. Esta pesquisa identificou 147 compostos que podem ser inibidores potenciais de PLpro de SARS-CoV-2. As conformações desses compostos passaram por agrupamento de similaridade de impressão digital 3D, seguido por acoplamento molecular de possíveis conformadores para o local de ligação de PLpro. A lista de medicamentos obtida inclui inibidores de HIV, hepatite C e citomegalovírus (CMV), bem como um conjunto de medicamentos que demonstraram alguma atividade na terapia de MERS, SARS-CoV e SARS-CoV-2. Os autores recomendam o teste dos compostos selecionados para o tratamento da COVID-19 (18/09/2020). Fonte: PeerJ
Pesquisadores sintetizaram um derivado esteróide-lactâmico e avaliam sua interação teórica com o SARS-CoV-2 usando a proteína 6LU7 como modelo teórico. Além disso, essa interação foi realizada em um modelo de acoplamento usando hidroxicloroquina e favipiravir como controles. Os resultados mostraram que a energia de ligação envolvida na interação do derivado esteróide-lactâmico com a superfície da proteína 6LU7 foi menor em comparação com a hidroxicloroquina e o favipiravir. Em conclusão, o derivado esteróide-lactâmico pode ser uma alternativa terapêutica para o tratamento do SARS-CoV-2 (03/07/2020). Fonte: Biointerface Research in Applied Chemistry
Estudo retrospectivo com duas amostras de 30 pacientes cada compara a eficácia da metilprednisolona e da dexametasona na redução da inflamação e na melhora da pressão parcial de oxigênio arterial e da proporção da fração inspirada de oxigênio (PaO2 / FiO2 ou P/ F) em pacientes com COVID-19. Dos resultados os pesquisadores citam que os esteróides têm a capacidade de reduzir a inflamação e suprimir a resposta imune, tornando-os uma ferramenta eficaz no tratamento da COVID-19 e, especificamente, a dexametasona é eficaz na melhora da relação P/F em pacientes com COVID-19 (08/10/2020). Fonte: medRxiv
Estudo realizado com 5.683 pacientes da América Latina com confirmação por PCR para COVID-19 avaliaram o tratamento hidroxicloroquina (200), ivermectina (203), azitromicina (1600), hidroxicloroquina e azitromicina (692), ivermectina e azitromicina (358) e tratamento padrão (2630). Dos resultados os pesquisadores verificaram que não houve efeitos benéficos da hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina ou suas combinações e o tratamento com azitromicina e hidroxicloriquina ainda apresentou risco aumentado de mortalidade por todas as causas (08/10/2020). Fonte: medRxiv
08/10/2020
Revisão sistemática dos efeitos colaterais psiquiátricos associados à cloroquina e hidroxicloroquina. Foi usado as plataformas PubMed, Scopus e Web of Science para identificar literatura relevante publicada entre 1962 e 2020. Os termos de pesquisa incluíram cloroquina, hidroxicloroquina, psiquiatria, psicose, depressão, ansiedade, transtorno bipolar, delírio e transtornos psicóticos. Dos resultados os pesquisadores concluiram que os sintomas podem se desenvolver em algumas horas a 11 semanas após a ingestão do medicamento e normalmente são revertidos dentro de uma semana após a suspensão do medicamento (07/10/2020). Fonte: medRxiv
Artigo descreve os resultados de um estudo observacional prospectivo aberto de abordagens farmacológicas iniciais de antiandrogênio e não antiandrogênico em mulheres com COVID-19 leve a moderado. O teste clínico Feminino “Pré-AndroCoV”. Os grupos teste consistiam em mulheres com sintomas há menos de sete dias confirmados para COVID-19 por meio de rtPCR-SARS-CoV-2 que foram classificadas e divididas em (i) não hiperandrogênicas (HA), (ii) HA e (iii) HA usando espironolactona (HA-espiro). Os autores concluíram que quando comparadas com `as pacientes não hiperandrogênicas (não HA), as mulheres com HA apresentaram um quadro mais severo e de apresentação clínica prolongada, embora a relação entre o risco de desenvolvimento de COVID-19 permaneceu sem significado entre todos os grupos. A espironolactona mitigou qualquer risco adicional devido ao HA (06/10/2020). Fonte: MedRxiv
Revisão da literatura propõe o reposicionamento do celecoxibe para estudos controlados randomizados para a inibição de COX2 no tratamento de COVID-19; uma vez que a inibição de COX2 pode ser um complemento valioso para estratégias de tratamento ainda em evolução (30/09/2020). Fonte: International Journal of Infectious Diseases
Estudo observacional em que 22 pacientes foram tratados com lopinavir/ritonavir (LPV/R) sozinho e 19 pacientes com terapia combinada de LPV/R com injeção subcutânea de IFN alfa-2b. O tempo médio de internação no grupo de combinação foi menor do que no grupo LPV /R . Além disso, os dias de hospitalização no grupo de intervenção precoce diminuíram de 25 dias para 10 dias em comparação com o grupo de intervenção tardia. A terapia combinada com IFN alfa-2b também reduziu significativamente a duração do vírus detectável no trato respiratório superior. Nenhum paciente de cada grupo foi transferido para unidade de terapia intensiva (UTI) ou faleceu durante o tratamento. Não houve diferença significativa na composição de efeitos adversos entre os dois grupos (02/10/2020). Fonte: BMC Infections Diseases
07/10/2020
Considerando o caráter inflamatório da COVID-19, estudo explora o potencial benefício e segurança do bloqueio seletivo da anafilatoxina e da proteína C5a do complemento com o anticorpo monoclonal IFX-1 (vilobelimabe), em pacientes com COVID-19 grave. O estudo exploratório, aberto, randomizado de fase 2 (parte do estudo PANAMO de fase 2/3 adaptativo) utilizando IFX-1 intravenoso em adultos com COVID-19 grave foi realizado em três hospitais acadêmicos na Holanda. O estudo concluiu que a inibição de C5a com IFX-1 parece ser segura em pacientes com COVID-19 grave. Dado o baixo numero de pacientes, a eficácia deve ser melhor analisada na fase 3 do estudo (28/09/2020). Fonte: The Lancet Rheumatology
Pesquisadores descobriram que o cloridrato de ambroxol (AMB) e seu progenitor, o cloridrato de bromexina (BHH), ambos medicamentos clinicamente aprovados, são potentes moduladores eficazes da interação chave entre o RBD da proteína S de SARS-CoV-2 e a ECA2 humana. Também descobriram que ambos os compostos inibem o efeito citopático induzido pela infecção por SARS-CoV-2 em concentrações micromolares. Portanto, além da conhecida atividade TMPRSS2 de BHH; o farmacóforo BHH e AMB tem a capacidade de direcionar e modular outra interação proteína-proteína essencial para as duas vias de entrada conhecidas do SARS-CoV-2 nas células hospedeiras. Em conjunto, a potente eficácia, excelente segurança e perfil farmacológico de ambos os medicamentos, juntamente com sua acessibilidade e disponibilidade, os torna candidatos promissores para o reposicionamento de medicamentos como possíveis opções profiláticas e/ ou de tratamento contra a infecção por SARS-CoV-2 (14/09/2020). Fonte: bioRxiv
Estudo teve por objetivo explorar o efeito dos anti-inflamatórios (AINEs) não esteroidais no tratamento da COVID-19 em termos de entrada e replicação do SARS-CoV-2. Descobriu-se que a infecção por SARS-CoV-2 induziu a regulação positiva de enzimas ciclooxigenase-2 (COX-2) em diversos sistemas de cultura de células humanas e camundongos. No entanto, a supressão da sinalização COX-2 / prostaglandina2 (PGE2) por dois AINEs comumente usados, ibuprofeno e meloxicam, não teve efeito na expressão de ECA2, entrada viral ou replicação viral. Em conclusão, os pesquisadores sugerem que a infecção por SARS-CoV-2 induz a expressão de COX-2 em diversos sistemas in vitro e in vivo. No entanto, a inibição da COX-2 por AINEs não afetou a entrada ou replicação viral, sugerindo que os AINEs não devem ser contra-indicados em pacientes com COVID-19 (25/09/2020). Fonte: bioRxiv
Artigo faz uma avaliação das evidências científicas publicadas sobre o zinco e o hinokitiol em produtos terapêuticos, nutricionais e cosméticos, implica que podem ser implementada imediatamente como uma opção preventiva e terapêutica para COVID -19 e outras infecções virais. Pesquisadores citam que além de seu efeito antiviral direto, o hinociotiol, como um único ingrediente ou de preferência em combinação com o composto de zinco, pode fornecer atividades antiinflamatórias, antibacterianas e antifúngicas que estão frequentemente associadas aos casos complicados de doenças com alta morbidade e mortalidade da COVID-19 (05/10/2020). Fonte: Medical Hypotheses
06/10/2020
Os autores revisam os dados da trombocitopenia associada à SARS-CoV-2 apresentada em pacientes pediátricos com trombocitopenia crônica aguda no contexto de COVID-19. E propõe baseado em dados o uso para recuperação plaquetária subsequente a doença do romiplostim (29/09/2020). Fonte: Journal of Pediatric Hematology Oncology
05/10/2020
Pesquisadores demonstraram que o tratamento com bromelaína (isolada do caule do abacaxi e usada como suplemento dietético) diminui a expressão de ECA-2 e TMPRSS2 em células VeroE6, e degradou a proteína S de SARS-CoV-2. Além disso, reduz drasticamente a expressão do S-ectodomínio do SARS-CoV-2, reduzindo a interação entre as células S-ectodomínio e VeroE6. Ademais, o tratamento com bromelaína diminuiu significativamente a infecção por SARS-CoV-2 em células VeroE6. Em conjunto, os resultados sugerem que a bromelaína ou o caule de abacaxi rico em bromelaína podem ser usados como um antiviral contra COVID-19 (16/09/2020). Fonte: BioRxiv
Estudo faz uma abordagem de triagem de composto baseado em vírus repórter recombinante, os pesquisadores identificaram vários inibidores que bloqueiam potentemente a replicação do vírus SARS-CoV-2. Dois compostos, nitazoxanida e JIB-04 inibiram a replicação do SARS-CoV-2 em células Vero E6. Ambos os inibidores tiveram atividade antiviral in vitro em vários tipos de células contra alguns vírus de DNA e RNA, incluindo o vírus da gastroenterite transmissível porcina. Em um modelo suíno in vivo de infecção por coronavírus, a administração de JIB-04 reduziu a infecção por vírus e a patologia do tecido associada, o que resultou em aumento do peso corporal e sobrevivência (25/09/2020). Fonte: bioRxiv
Ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo administrou em profissionais de saúde com exposição contínua a pessoas com COVID-19, incluindo aqueles que trabalham em departamentos de emergência, unidades de terapia intensiva, enfermarias de hospital COVID-19 e primeiros socorros a hidroxicloroquina 400 mg uma vez por semana ou duas vezes por semana por 12 semanas de forma preventiva. Dos resultados do total dos 1.483 inscritos a profilaxia pré-exposição com hidroxicloroquina uma ou duas vezes por semana não reduziu significativamente a doença COVID-19 ou compatível com COVID-19 confirmada em laboratório entre os profissionais de saúde (21/09/2020). Fonte: medRxiv
Estudo demonstrou um tratamento eficaz de macacos rhesus infectados por SARS-CoV-2- através da atenuação da inflamação. Os autores desenvolveram uma pro-fármaco ativada por β-galactosidase que se mostrou capaz de atingir efetivamente macrófagos, nos quais a expressão de β-gal tem sido relatada como uma resposta fisiológica aos estímulos imunológicos. A pequena molécula SSK1 se mostrou efetiva no tratamento da pneumonia por COVID-19, gerenciando a infiltração de macrófagos para atenuar a inflamação. O SSK1 atenuou eficientemente os sintomas clínicos e reduziu a pneumonia pelo SARS-CoV-2. Adicionalmente houve uma redução na infiltração de macrófagos nos pulmões de animais tratados com SSK1. Esses resultados sugeriram o potencial terapêutico promissor do SSK1 no tratamento de pneumonia e hiperinflamação na infecção pelo SARS-CoV-2 (30/09/2020). Fonte: Cell Research
Pesquisadores investigaram a eficácia imunológica e virológica do baricitinibe em um modelo de macaco rhesus de infecção por SARS-CoV-2. A eliminação viral medida a partir de esfregaços nasais e da garganta, lavados broncoalveolares e tecidos não foi reduzida com baricitinibe. As respostas antivirais de IFN tipo I e as respostas de células T específicas para SARS-CoV-2 permaneceram semelhantes entre os dois grupos. No entanto, os animais tratados com baricitinibe mostraram redução da ativação imunológica, diminuição da infiltração de neutrófilos no pulmão, redução da atividade de NETose e patologia pulmonar mais limitada. Além disso, os animais tratados com baricitinibe tiveram uma supressão rápida e notavelmente potente da produção de citocinas e quimiocinas derivadas de macrófagos alveolares responsáveis pela inflamação e recrutamento de neutrófilos. Esses dados apóiam um papel benéfico e elucidam os mecanismos imunológicos subjacentes ao uso de baricitinibe como tratamento de primeira linha para a inflamação grave induzida pela infecção por SARS-CoV-2 (16/09/2020). Fonte: BioRxiv
Os autores apresentam um relato de caso detalha o uso do tociluzumabe, com rico detalhamento laboratorial, do perfil de alteração de marcadores laboratoriais e de imagens (30/09/2020). Fonte: Journal of Nephology
Baseados no fato de que a pandemia de COVID ‐ 19 afetou desproporcionalmente os homens. “Homens infectados com SARS ‐ CoV ‐ 2 têm duas vezes mais chances de serem admitidos na unidade de terapia intensiva (UTI)”, os autores realizam um estudo com 77 pacientes e apontam que anti-andrógenos como finasterida, dutasterida, espironolactona e bicalutamida, podem melhorar os resultados entre os homens infectados pelo SARS-CoV-2 (25/09/2020). Fonte: JEADV
Estudo se concentra na análise de docking molecular do peptídeo TAT47-57 (GRKKRRQRRRP) conjugado com fármacos reposicionadas (ou seja, lopinavir, ritonavir, favipiravir e hidroxicloroquina) com a protease principal SARS-CoV-2 (3CLpro) para descobrir o potencial eficácia do peptídeo TAT (TP). Os resultados de docking molecular validaram que ritonavir, lopinavir, favipiravir e hidroxicloroquina conjugados com TP têm interações superiores e significativamente aumentadas com a protease principal alvo SARS-CoV-2 (01/10/2020). Fonte: Arabian Journal of Chemistry
02/10/2020
Os autores apontam o papel dos ácidos graxos ômega 3 na regulação imune e seu efeito no controle da resposta à COVID-19. Destacam também o efeito na melhoria dos transtornos psiquiátricos que vem sendo observados durante a pandemia (02/10/2020). Fonte: PLEFA
Os autores discutem em revisão que nas doses utilizadas, tanto cloroquina (CQ) como hidroxicloroquina (HCQ), administrados isoladamente ou com azitromicina (AZM), não são eficazes na infecção por COVID ‐ 19. Apontam que a escolha de regimes de dose (tipicamente subterapêuticos), influenciados parcialmente pela "QT-fobia", variou amplamente e parece anedótica, sem qualquer evidência clínica de apoio farmacologicamente confiável. Evidenciam que uma proporção substancial de pacientes recebendo regime CQ / HCQ / AZM desenvolveu prolongamento do intervalo QTc, mas muito poucos desenvolveram pró-arritmia (27/09/2020). Fonte: Journal of Clinicals Pharmacy and Therapeutics
A farmacêutica Pfizer iniciou os testes clínicos de Fase I do PF-07304814, uma pequena molécula que poderia ser usada para combater o SARS-CoV-2. O pró-fármaco de fosfato projetado PF-07304814 é metabolizado em PF-00835321, que é um potente inibidor in vitro da família 3CL pro de coronavírus, com seletividade sobre alvos de protease hospedeira humana. Além disso, PF-00835231 exibe potente atividade antiviral in vitro contra SARS-CoV-2 como um agente único e é aditivo / sinérgico em combinação com remdesivir. O estudo apresenta os dados de ADME, segurança e atividade antiviral in vitro para garantir a avaliação clínica (28/09/2020). Fontes: C&EN / BioRXiv
01/10/2020
Hidroxicloroquina não preveniu infecção por SARS-CoV-2 em profissionais de saúde em hospitais, embora o estudo tenha sido precocemente interrompido. Em ensaio clínico duplo-cego, randomizado controlado por placebo incluindo 132 participantes, não foi observada diferença significativa na incidência da infecção por SARS-CoV-2, confirmada por Rt-PCR, entre o grupo tratado com hidroxicloroquina diariamente, por 8 semanas e aquele tratado com placebo (30/09/2020). Fonte: JAMA.
Revisão fornece uma visão geral das propriedades biológicas, mecanismos de ação e componentes moleculares do SARS-CoV-2, juntamente com abordagens terapêuticas e preventivas investigacionais para esse vírus, incluindo fármacos que atuam na entrada do vírus nas células hospedeiras como cloroquina, hidroxicloroquina e mesilato de camostat, além da enzima conversora de angiotensina 2, o papel do CD147 e o mepolizumab. Medicamentos antivirais, como remdesivir, ritonavir, oseltamivir, darunavir, lopinavir, zanamivir, peramivir e oseltamivir, também foram testados como tratamentos para COVID-19. Em relação às vacinas preventivas, diferentes plataformas têm sido sugeridas para o desenvolvimento de vacinas. As células-tronco mesenquimais e as células natural killer também podem ser usadas contra a SARS-CoV-2. Todas as estratégias acima mencionadas, bem como o papel da nanomedicina para o diagnóstico e tratamento da infecção por SARS-CoV-2 são discutidas nesta revisão (28/09/2020). Fonte: International Journal of Biological Macromolecules
Este artigo tem como objetivo destacar o Resveratrol como possível candidato terapêutico na infecção por SARS-CoV-2. A eficácia antiviral do Resveratrol foi demonstrada para vários vírus, incluindo o coronavírus. Resveratrol foi mostrado para mitigar as principais vias envolvidas na patogênese da SARS-CoV-2, incluindo a regulação do sistema renina-angiotensina (RAS) e expressão da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), estimulação do sistema imunológico e regulação negativa de pró - liberação de citocinas inflamatórias. Também foi relatado que promove as vias de sinalização de SIRT1 e p53 e aumenta os linfócitos T citotóxicos (CTLs) e as células imunes natural killer (NK) (10/09/2020). Fonte: Acta Virologica
30/09/2020
Estudo faz uma triagem virtual baseada em farmacóforo dos bancos de dados de produtos naturais selecionados seguida por estudos de dinâmica e docking molecular Glide contra a protease principal SARS-CoV-2 foi investigada para identificar ligantes potenciais que podem atuar como inibidores. As moléculas SN00293542 e SN00382835 revelaram a maior pontuação de docking de −14,57 e −12,42 kcal / mol, respectivamente, quando comparados com outros ligantes e podem emergir como ligantes promissores contra o SARS-CoV-2 (28/09/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
29/09/2020
Estudo relata o isolamento e a caracterização de dois anticorpos neutralizantes humanos ultrapotentes contra o SARS-CoV-2 (S2E12 e S2M11) capazes de proteger hamsters contra o desafio de SARS-CoV-2. Estruturas de microscopia crioeletrônica mostram que S2E12 e S2M11 bloqueiam competitivamente a ligação com ECA2 e que S2M11 também bloqueia a proteína spike em uma conformação fechada por reconhecimento de um epítopo quaternário abrangendo dois domínios de ligação ao receptor adjacente. Coquetéis incluindo S2M11, S2E12 ou o anticorpo S309 previamente identificado neutralizam amplamente um painel de isolados de SARS-CoV-2 circulantes e ativam funções efetoras. Os resultados abrem caminho para a implementação de coquetéis de anticorpos para profilaxia ou terapia, contornando ou limitando o surgimento de mutantes do vírus resistentes ao tratamento (24/ 09/ 2020). Fonte Science
Segundo pesquisadores, até agora, as terapias contra a COVID-19 têm como alvo vários mecanismos patogênicos, ou seja, a neutralização de receptores ECA2 ou epítopos de proteína S de SARS-CoV-2, a interrupção das vias endocíticas usando hidroxicloroquina, arbidol ou inibidores de quinase anti-Janus, a inibição de RNA - RNA polimerase dependente usando análogos de nucleotídeos como remdesivir, medicamentos imunossupressores ou moléculas que atuam na resposta imune (corticóides, interferons, anticorpos monoclonais contra citocinas inflamatórias, células-tronco mesenquimais) e administração de plasma convalescente juntamente com numerosos medicamentos com efeito não comprovado contra SARS-CoV-2, mas com potencial atividade antiviral (antirretrovirais, antimaláricos, antibióticos, etc.). No entanto, essas terapias têm sido associadas a efeitos colaterais e resultados contraditórios. Ao mesmo tempo, uma vacina específica contra a SARS-CoV-2 é uma solução de longo prazo que requer validação clínica e investimentos importantes, juntamente com estratégias apropriadas para promover a confiança na segurança da nova vacina. O presente artigo revisa o estado atual das opções terapêuticas da SARS-CoV-2, mas recomenda uma abordagem de tratamento mais cautelosa e individualizada, centrada nas características clínicas, particularidades imunológicas e na relação risco-benefício (26/08/2020). Fonte: Frontiers in Pharmacology
28/09/2020
Dois novos tratamentos com anti-inflamatórios são uma nova esperança no combate ao coronavírus, causador da COVID-19. O fármaco experimental chamado AMY-101 e o anticorpo monoclonal Eculizumabe foram avaliados em estudos clínicos, feitos no Brasil e nos Estados Unidos, com pacientes com quadros graves de COVID-19 e se mostraram promissoras para a melhora da saúde. Os 2 compostos causaram uma resposta anti-inflamatória robusta que culminou em uma recuperação bastante rápida da função respiratória dos pacientes (19/09/2020) Fonte Clinical Immunology
25/09/2020
Em estudo demonstrou que entre 598 anticorpos monoclonais humanos (mAbs) de dez pacientes com COVID-19 foi identificado 40 mAbs fortemente neutralizantes. Os resultados mostraram que mAbs não auto-reativos neutralizantes de vírus que provocam a infecção por SARS-CoV-2 são uma estratégia terapêutica promissora (23/09/2020). Fonte: Cell
Neste trabalho, foi realizado o acoplamento molecular de 30 moléculas de especiarias selecionadas para identificar os potenciais inibidores para o RBD Spro e Mpro do SARS-CoV-2. Descobriu-se que, embora todas as moléculas se liguem ativamente com o SARS-CoV-2, RBD Spro e Mpro, a piperina tem a maior afinidade de ligação dentre as 30 moléculas selecionadas, sendo inclusive mais eficaz do que alguns fármacos usados atualmente. A interação de piperina com RBD Spro e Mpro foi posteriormente avaliada por estudos de simulação de dinâmica molecular (MD). O panorama de energia livre e os resultados de energia de ligação também oferecem suporte para a afirmação de que o complexo de piperina com RBD Spro e Mpro é estável (17/09/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Esta revisão se concentra em descobertas anteriores sobre SARS-CoV, que podem ser úteis em pesquisas sobre SARS-CoV-2. Além disso, também destaca desenvolvimentos recentes na medicina e biotecnologia para o desenvolvimento de medicamentos e vacinas eficazes contra o SARS-CoV-2. Esta revisão analisa os dados disponíveis sobre este tópico e busca ajudar os pesquisadores a desenvolver novas estratégias terapêuticas usando as informações já disponíveis (27/07/2020). Fonte: Future Medicine
A partir da estrutura da proteína S do SARS-CoV-2 (S) autores identificaram que os receptores dos domínios de ligação (RBDs) se unem fortemente ao ácido graxo livre essencial ácido linoleico (LA) em três sítios de ligação. Os sítios também parecem estar presentes nos coronavírus SARS-CoV e MERS-CoV. Em células humanas, a suplementação de ácido linoleico apresenta sinergismo com o fármaco remdesivir, suprimindo a replicação do SARS-CoV-2. Os achados fornecem uma ligação estrutural direta entre o ácido linoleico, a COVID-19 e o próprio vírus e sugerem que tanto o sítio de ligação na proteína S quanto o eixo de sinalização de ácido linoleico, representam excelentes pontos de intervenção terapêutica contra infecções pelo SARS-CoV-2(21/09/2020). Fonte: Science
Artigo mostra que poliaminas, pequenos metabólitos sintetizados em células humanas, facilitam a replicação do coronavírus. A diminuição dessas poliaminas, junto ao uso de moléculas aprovadas, podem reduzir significativamente a replicação do coronavírus. Os autores descobriram que as poliaminas facilitam a ligação viral às células suscetíveis e que o esgotamento de poliamina reduz a ligação. O artigo mostra ainda que várias moléculas voltadas para a via biossintética da poliamina são antivirais. Portanto, os dados sugerem que as poliaminas são fundamentais para a entrada do coronavírus e representam um alvo altamente promissor de drogas nos surtos atuais e futuros de coronavírus (23/09/2020). Fonte: ACS Infect Dis
24/09/2020
Revisão apresenta as evidências disponíveis sobre o efeito dos medicamentos imunossupressores na infecção pelo SARS-CoV-2. Atualmente, não se sabe se os medicamentos imunossupressores são vantajosos ou prejudiciais em pacientes com COVID-19. Os medicamentos imunossupressores podem ser prejudiciais na fase inicial do COVID-19 quando a resposta imune do hospedeiro é necessária para inibir a replicação viral. No entanto, as drogas imunossupressoras podem ter um efeito benéfico na fase posterior e mais grave da COVID-19. Nesta fase, uma resposta imune descontrolada do hospedeiro (a “tempestade de citocinas”) pode causar SDRA, falência de múltiplos órgãos e mortalidade. A revisão incluiu 79 estudos entre ensaios clínicos randomizados (RCTs), estudos de coorte com um grupo de controle e estudos de caso-controle envolvendo humanos ≥ 18 anos de idade além de estudos in vitro e estudos em animais com um grupo de controle (28/08/2020). Fonte Frontiers in Pharmacology
Pesquisadores afirmam que a lidocaína, independentemente da forma como é administrada, pode desempenhar um papel fundamental no tratamento da COVID-19, pois possui efeito anti-inflamatório que pode ajudar a mitigar a tempestade de citocinas patogênicas associada à infecção, apresentando potencial para ser incluída no regime de tratamento para impedir o desenvolvimento de sintomas respiratórios graves em pacientes infectados com SARS-CoV-2. Assim, o artigo propõe que os efeitos anti-inflamatórios da lidocaína em indivíduos infectados com SARS-CoV-2 sejam investigados (17/09/2020). Fonte: Heart & Lung
Um complexo de proteínas (NF-kappaB) está intrinsecamente envolvido na regulação da inflamação e na resposta imune após infecções virais, com uma redução na produção de citocinas frequentemente observada após uma diminuição da atividade NF-kappaB. O medicamento montelukast aprovado para asma modula a atividade de NF-kappaB resultando em uma diminuição de mediadores proinflamatórios. No presente artigo os autores levantam a hipótese de que o reposicionamento do montelukast para suprimir a ativação do NF-kappaB resultará em atenuação de mediadores proinflamatórios e diminuição da produção de citocinas, levando a uma redução na gravidade dos sintomas e à melhoria dos desfechos clínicos em pacientes com COVID-2019 (16/09/2020). Fonte: Drug Discovery Today
23/09/2020
Artigo tem como objetivo mitigar os sintomas de COVID-19 através do uso de baricitinibe, um inibidor de JAK1/2 clinicamente aprovados com potentes propriedades antiinflamatórias. Relatórios recentes sugerem que o baricitinibe também pode ter atividade antiviral na limitação da endocitose viral. Artigo revela a eficácia imunológica e virológica de baricitinibe em um modelo de macaco rhesus de infecção por SARS-CoV-2. Os resultados apóiam um papel benéfico e elucidam os mecanismos imunológicos subjacentes ao uso de baricitinibe como tratamento de primeira linha para a inflamação grave induzida pela infecção por SARS-CoV-2 (16/09/2020). Fonte: bioRxiv
Artigo demonstra que os medicamentos antivirais reposicionados têm desempenhado um grande papel no combate ao vírus e, mais recentemente, a dexametasona demonstrou sua atividade terapêutica em casos graves de SARS-CoV-2. O estudo procurou fornecer informações sobre o mecanismo anti-COVID-19 de Dexametasona (14/09/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Estudo revela que Rifabutina, Rifapentina, Fidaxomicina, 7-metil-guanosina-5′-trifosfato-5′-guanosina e ivermectina têm uma potencial interação inibitória com RdRp de SARS-CoV-2 podem ser drogas eficazes para COVID-19 . Além disso, a triagem virtual dos compostos do banco de dados ZINC também permitiu a previsão de dois compostos (ZINC09128258 e ZINC09883305) com características farmacoforicas que interagem efetivamente com RdRp de SARS-CoV-2, indicando sua potencialidade como inibidores eficazes da enzima ECA-2 (17/09/2020). Fonte: International Journal of Biological Macromolecules
16/09/2020
Estudo descobriu um fragmento de anticorpo que é altamente eficaz na prevenção e tratamento da infecção provocada pelo novo coronavírus. A biomolécula foi encontrada quando os pesquisadores analisavam 100 bilhões de moléculas capazes de se conectar com a proteína S do SARS-CoV-2. Essa molécula é dez vezes menor que um anticorpo de tamanho normal. Uma vez se fundindo com parte da imunoglobulina, permitiu criar um medicamento conhecido como Ab8, que foi capaz de neutralizar potentemente o SARS-CoV-2 em camundongos em uma dose tão baixa quanto 2 mg/kg e exibiu alta eficácia profilática e terapêutica. A microscopia eletrônica identificou interações de Ab8 com todos os três protômeros S e mostrou como Ab8 neutralizou o vírus por interferir diretamente na ligação com ECA2. Adicionalmente, Ab8 não agregou e não se ligou a 5.300 proteínas humanas associadas à membrana. A potente atividade de neutralização de ab8 combinada com boas propriedades de desenvolvimento e reatividade cruzada com mutantes SARS-CoV-2 fornecem uma forte justificativa para sua avaliação como um tratamento para a COVID-19 (04/09/2020). Fonte: Cell
15/09/2020
Além das doenças respiratórias, as complicações vasculares estão emergindo rapidamente como uma das principais ameaças da COVID-19. As terapias existentes de óxido nítrico (NO) demonstraram melhorar o sistema vascular; no entanto, eles têm limitações diferentes em termos de segurança, usabilidade e disponibilidade. Diante disso, os autores hipotetizaram que um novo nanomaterial à base de minerais naturais, pode ser uma estratégia viável para o tratamento e prevenção de COVID-19. O presente estudo examinou se isso poderia induzir um aumento do NO intravascular, vasodilatação e o consequente aumento da taxa de fluxo sanguíneo e da temperatura em um corpo vivo. Em roedores os resultados foram promissores. Estes foram corroborados por medições da temperatura da superfície da mão humana (29/08/2020). Fonte: Nanomaterials
Hidroxicloroquina (HI) e cloroquina são fármacos lisosomotrópicas que aumentam o pH do lisossoma, afetando funções de proteínas envolvidas nas vias de apresentação de antígenos e na ativação de células B. Até onde se sabe, não há fatos novos na literatura científica e médica que indiquem que o mesmo mecanismo não poderia operar em pacientes tratados com HI que sofrem de COVID-19 e impactar negativamente suas respostas de anticorpos específicos para SARS-CoV-2. De fato, descobertas recentes indicam que alguns indivíduos, incluindo pacientes hospitalizados, que se recuperaram do COVID-19 não apresentaram respostas vigorosas de anticorpos IgG. No entanto, as publicações mais abrangentes que abordam as respostas de anticorpos, em que os participantes do estudo apresentaram viabilidade nos níveis de respostas de anticorpos IgG, não detalhou os regimes de tratamento administrados aos indivíduos, sendo necessários novos estudos para avaliar esta questão (04/08/2020). Fonte: Frontiers in Immunology
A Universidade de Oxford e a Regeneron Pharmaceuticals, Inc. anunciaram que o RECOVERY (Randomized Evaluation of COVid-19 thERapY), um dos maiores ensaios clínicos randomizados do mundo sobre potenciais tratamentos para COVID-19, avaliará o coquetel de anticorpos antivirais em investigação da Regeneron, REGN-COV2. O estudo aberto de fase 3 em pacientes hospitalizados com COVID-19 avaliará os efeitos da adição de REGN-COV2 ao tratamento padrão da COVID-19. O estudo RECOVERY open label avaliará o impacto da adição de REGN-COV2 ao tratamento padrão na mortalidade por todas as causas 28 dias após a randomização. Outros parâmetros incluem o impacto na permanência hospitalar e a necessidade de ventilação. A previsão é de que pelo menos 2.000 pacientes sejam selecionados aleatoriamente para receber REGN-COV2 em adição ao tratamento padrão, e os resultados serão comparados com pelo menos 2.000 pacientes que receberão o tratamento padrão. O padrão de atendimento usual varia de acordo com o hospital local. (14/09/2020). Fonte: Recovery.
Usando uma técnica de alto rendimento, os cientistas examinaram uma biblioteca de 12.000 medicamentos localizada na divisão de desenvolvimento de medicamentos da Scripps Research. Eles selecionaram 100 compostos que reduziram a replicação do SARS-CoV-2 nas células em pelo menos 40%. Vinte e um desses agentes mostraram uma relação de dose-resposta promissora, incluindo o remdesivir, que tem autorização de uso de emergência da Food and Drug Administration para COVID-19 grave. Entre esses, 13 apresentaram efeito antiviral em doses seguras para pacientes acima de 70 anos, dentre os quais clofazimina, apilimod e hanfangchin, um derivado de cloroquina que apresenta efeito sinérgico com o remdesivir (08/09/2020). Fonte: JAMA
Ensaio piloto mostrou o potencial da triazavirina para o tratamento de COVID-19 devido aos seus efeitos antivirais, geralmente reduzindo as reações inflamatórias e, assim, reduzindo os danos aos órgãos vitais e reduzindo a necessidade de suporte terapêutico. Para avaliar a eficácia e segurança da terapia com triazavirina para COVID-19, realizou-se um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado envolvendo 52pacientes adultos hospitalizados com COVID-19 para o tratamento com triazavirina (n = 26) ou um placebo (n = 26) (08/09/2020). Fonte: Engineering
Esta breve perspectiva destaca o potencial de nanomedicamentos multivalentes inovadores, inteligentes e seguros, que podem ter como alvo múltiplos fatores virais envolvidos em infecções em níveis celulares (04/09/2020) Uncorrected Proof. Fonte: Nano Today
Hoffmann-La Roche anunciou resultados decepcionantes de seu ensaio COVACTA de fase 3 com tocilizumabe, levantando questões sobre a eficácia do bloqueio da interleucina (IL) -6 em pacientes com pneumonia COVID-19 grave (09/09/2020). Fonte: The Lancet Rheumatology
Os autores demonstram resultados positivos no uso do ruloxitinibe para o tratamento da COVID-19 com redução da necessidade de uso de ventilação mecânica. O estudo afirma que o ruxolitinibe pode ser uma opção terapêutica para pacientes com insuficiência respiratória na SDRA relacionada a COVID-19 (28/08/2020). Fonte: Frontiers in Medicine
14/09/2020
Os autores demonstram que pequenas proteínas projetadas por computador protegem células humanas cultivadas em laboratório do SARS-CoV-2, contra o coronavírus que causa o COVID-19. Nos experimentos, o principal candidato antiviral, denominado LCB1, rivalizava com os anticorpos neutralizantes SARS-CoV-2 mais conhecidos em suas ações protetoras. LCB1 está sendo avaliado em roedores. Os coronavírus são preenchidos com as chamadas proteínas Spike. Eles se prendem às células humanas para permitir que o vírus se introduza e as infecte. O desenvolvimento de fármacos que interferem nesse mecanismo de entrada pode levar ao tratamento ou mesmo à prevenção da infecção (13/09/2020). Fonte: SciTechDaily
11/09/2020
Os autores fazem um estudo retrospectivo, levantando mais de 200 artigos sobre a utilização do Tocilizumabe para o tratamento de suporte da COVID-19. Apontam que apesar do volume de artigos existentes, o número de resultados de estudos clínicos ainda é pequeno e que mais evidências são necessárias para avaliação deste tratamento (11/09/2020). Clinical Infectious Diaseases
10/09/2020
Artigo de revisão que apresenta uma análise crítica dos alvos terapêuticos do SARS CoV-2 e sua relação com a descoberta e o desenvolvimento de fármacos ou outros tratamentos para a COVID-19 (08/09/2020). Fonte: Bioorganic Chemistry
O Grupo de Trabalho de Avaliação Rápida de Evidências da OMS para Terapias da COVID-19 (REACT) conduziu uma meta-análise de sete ensaios que avaliaram corticosteroides (principalmente hidrocortisona ou dexametasona) em 1.703 pacientes gravemente enfermos em 12 países. Eles relataram que, quando comparados com o tratamento usual ou placebo, dexametasona e hidrocortisona reduziram o risco de morte em cerca de um terço. As descobertas apóiam as do ensaio RECOVERY da Universidade de Oxford, que relatou em junho que a dexametasona reduziu as mortes em pacientes ventilados em um terço e as mortes em outros pacientes internados recebendo oxigênio em um quinto. Assim, segundo os pesquisadores, a hidrocortisona pode ser usada como uma alternativa à dexametasona para tratar pacientes gravemente enfermos com COVID-19 (04/09/2020). Fonte: BMJ
Um fármaco utilizado para tratar felinos infectados com coronavírus inibe a principal protease do SARS-CoV-2 e bloqueia a replicação do vírus. A principal protease, Mpro (ou 3CLpro) em SARS-CoV-2 é um alvo de droga viável devido ao seu papel essencial na clivagem do polipeptídeo do vírus. A peritonite infecciosa felina, uma infecção fatal por coronavírus em gatos, foi previamente tratada com sucesso com um pró-fármaco GC376, um inibidor de protease à base de dipeptídeo. No estudo que o pró-fármaco e seu ativo GC373 são inibidores eficazes do Mpro tanto do SARS-CoV quanto do SARS-CoV-2 com valores de IC50 na faixa nanomolar. A análise de RMN revela que a inibição prossegue por meio da formação reversível de um hemitioacetal. GC373 e GC376 são inibidores potentes da replicação do SARS-CoV-2 em cultura de células, sendo, portanto, fortes candidatos a medicamentos para o tratamento de infecções por coronavírus humanos uma vez que já tiveram sucesso em animais (27/08/2020). Fonte: Nature Communications
Autores sugerem que os medicamentos raloxifeno e bazedoxifeno aprovados pela FDA podem estar entre os melhores candidatos para prevenir a mortalidade em pacientes graves com COVID-19. Raloxifeno e bazedoxifeno inibem a sinalização de IL-6 em doses terapêuticas, sugerindo que eles têm potencial para prevenir a tempestade de citocinas, SDRA e mortalidade em pacientes com COVID-19 grave, como está sendo demonstrado com anticorpos humanizados bloqueando a sinalização de IL-6. Além disso, o raloxifeno e o bazedoxifeno são moduladores seletivos do receptor de estrogênio com forte atividade antiviral (01/07/2020). Fonte: Int. J. Exp. and Clin. Pathol and Drug Res.
09/09/2020
Artigo discute várias abordagens para evitar que a proteína S da síndrome respiratória aguda grave do coronavírus 2 (SARS-CoV-2) se ligue ao seu receptor de entrada na célula, a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), inibindo assim a entrada do vírus na célula hospedeira. Os resultados dos ensaios clínicos para a primeira geração de terapias provavelmente serão anunciados em um ritmo acelerado no final de 2020, e informações estruturais adicionais sobre as interações do ECA2 com RBD da proteína S e o esclarecimento dos mecanismos de fusão de células virais irão inspirar novos medicamentos para interromper a infecção por SARS-CoV-2 (04/09/2020). Fonte: Science
Estudo piloto aberto randomizado e controlado com o objetivo de testar a viabilidade do cloridrato de bromexina (BRH) para o tratamento de COVID-19 e explorar sua eficácia clínica e segurança. Pacientes com COVID ‐ 19 leve ou moderada foram divididos aleatoriamente em grupo BRH ou grupo Controle na proporção de 2: 1. O tratamento de rotina de acordo com o novo plano de diagnóstico e tratamento de pneumonia por coronavírus da China foi realizado em ambos os grupos, enquanto os pacientes no grupo BRH receberam BRH oral (32 mg tid) por 14 dias consecutivos. A eficácia e segurança de BRH foram avaliadas. Um total de 18 pacientes com COVID ‐ 19 moderado foram randomizados para o grupo BRH (n = 12) ou o grupo Controle (n = 6). Houve sugestões de vantagem de BRH sobre o placebo na melhora tomografia computadorizada (TC) de tórax, necessidade de oxigenoterapia e taxa de alta em 20 dias. No entanto, nenhum desses achados foi estatisticamente significativo. Os comprimidos de BRH podem ter um efeito benéfico potencial em pacientes com COVID ‐ 19, especialmente para aqueles com lesão pulmonar ou hepática. Um outro ensaio clínico definitivo em grande escala é viável e necessário (03/09/2020). Fonte: Clinical Translational Science
Artigo mostra que um peptídeo semelhante à defensina P9R exibiu atividade antiviral potente contra diversos vírus, inclusive os coronavírus SARS-CoV-2, MERS-CoV e SARS-CoV. O P9R pode proteger significativamente os camundongos do desafio letal pelo vírus A(H1N1)pdm09 e mostra baixa possibilidade de causar vírus resistentes a medicamentos. Estudos do mecanismo de ação indicam que a atividade antiviral do P9R depende da ligação direta aos vírus e da inibição da acidificação endossomal hospedeira do vírus, que fornece uma prova de conceito de que os peptídeos alcalinos ligados ao vírus podem inibir amplamente vírus dependentes de pH. Esses resultados sugerem que o P9R de vírus dual-funcional e alvo de host pode ser um candidato promissor para combater vírus respiratórios dependentes de pH (25/08/2020).Fonte: Nature Communications
08/09/2020
Estudo open-label randomizado (COALITION II; ClinicalTrials.gov, NCT04321278) foi desenvolvido em 57 centros brasileiros para investigar a adição de azitromicina ao tratamento de suporte de pacientes com COVID-19. Todos os pacientes receberam hidroxicloroquina, pois o medicamento era parte do tratamento padrão no Brasil. O estudo envolveu pacientes admitidos no hospital com suspeita ou com COVID-19 confirmada e ao menos mais um critério de severidade adicional: uso suplementar de oxigênio, uso de cânula intra-nasal, uso de ventilação mecânica invasiva ou não invasiva. Ao todo foram incluídos 447 pacientes, sendo 397 com COVID-19 confirmada, dos quais, 214 foram incluídos no grupo de azitromicina e 183 no grupo controle. O resultado foi avaliado 15 dias após a randomização, através de atribuição de nota de 1 a 6, sendo notas mais altas referentes à piora da condição do paciente. Os resultados indicaram que a adição de azitromicina ao tratamento de suporte não apresentou efeito significativo na melhora clínica de pacientes com COVID-19, o que não corrobora seu emprego em combinação com hidroxicloroquina (04/09/2020). Fonte: The Lancet. https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)31862-6/fulltext
Pesquisadores analisam os requisitos específicos que definem PROteolysis TArgeting Chimeras (PROTACs) e discutem seu potencial poder terapêutico para direcionar a SARS-CoV-2 para o tratamento e prevenção de COVID-19. Os PROTACs são moléculas bifuncionais capazes de promover a degradação de proteínas. Para atingir essa função, os PROTACs devem reunir a proteína de interesse (POI) e uma ligase E3 em um complexo de três corpos, também conhecido como complexo ternário, que promove a ubiquitinação da lisina da proteína alvo e consequente degradação proteossômica. Os pesquisadores propõem o desenvolvimento de novos PROTACs antivirais de função dupla, como uma nova estratégia terapêutica que pode ser deportada com segurança e eficiência para tratar e proteger a população em geral contra COVID-19 (01/09/2020) Uncorrected Proof. Fonte: Drug Discovery Today
04/09/2020
Artigo fala na mudança de foco para coquetéis de anticorpos visando a tempestade de citocinas provocada pela COVID-19. Novos dados de ensaios clínicos sugerem que fármcos imunomoduladores individuais podem amortecer o sistema imunológico hiperativo no COVID-19 grave. Enquanto se aguarda a publicação dos dados de uma série de inibidores de IL-6 e GM-CSF entre outros, em testes em humanos, a necessidade de combinar agentes direcionados a diferentes citocinas (politerapia) está emergindo como o caminho provável para o tratamento de suporte para pacientes com COVID-19 com SARS (05/08/2020). Fonte: Nature Biotechnology
Pesquisadores oferecem um paradigma de tratamento simples usando dois medicamentos genéricos que visam a resposta hiperinflamatória que caracteriza o ponto de viragem de COVID-19 leve a grave / crítico ao direcionar a biossíntese de leucotrieno com zileuton (formulação de liberação controlada) e antagonista do receptor de cisteinil leucotrieno 1 com montelucaste (06/08/2020). Fonte: Frontiers in Pharmacology
03/09/2020
Artigo revisa a farmacologia, farmacocinética, eficácia clínica e segurança da azitromicina em infecções virais, com ênfase no COVID-19. Segundo os especialistas, a azitromicina apresenta atividade in vitro contra o SARS-CoV-2 e pode atuar em diferentes pontos do ciclo viral. Suas propriedades imunomoduladoras incluem a capacidade de diminuir a produção de citocinas, manter a integridade das células epiteliais ou prevenir a fibrose pulmonar. A azitromicina exibe um perfil de segurança bem conhecido, porém as evidências de seu uso ainda são escassas e de baixa qualidade. Os próximos ensaios clínicos irão confirmar o papel promissor deste fármacos no tratamento da COVID-19, incluindo o efeito de sua combinação com outros fármacos como corticosteroides ou remdesivir / favipiravir e o estágio ideal em que seu uso será justificado ao máximo (27/08/2020). Fonte: Expert Review of Anti-infective Therapy
Artigo cita que SARS-CoV-2 mostrou compartilhar 96% da identidade genômica com o coronavírus de morcego e 91,02% idêntico ao do Pangolin-CoV, levantando a possibilidade de que este tenha atuado como um hospedeiro zoonótico intermediário entre morcegos e humanos. Os autores citam que os medicamentos tradicionais chineses à base de ervas têm sido usados na COVID-19 e resultaram na recuperação de 90% dos 214 pacientes tratados. Os medicamentos tradicionais chineses conhecidos como Shu Feng Jie Du e Lianhuaqingwen foram recomendados devido à sua eficácia comprovada contra a influenza A anterior (H1N1) ou SARS-CoV-1. Artigo também demonstra os possíveis usos de medicamentos tradicionais à base de plantas e produtos naturais na prevenção e tratamento da infecção por COVID-19 (07/08/2020). Fonte: Frontiers in Pharmacology
02/09/2020
Chamado de Coalizão III, um estudo foi conduzido por um grupo de hospitais, redes e institutos de pesquisas nacionais intitulado Coalizão Covid-19 Brasil, que avaliou a eficácia e a segurança de potenciais terapias para pacientes com coronavírus. Os cientistas acompanharam 299 pacientes submetidos ao ventilador mecânico por causa da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), internados em 41 UTIs do país. A idade média do grupo era de 60 anos. Pacientes adultos internados com quadro grave de COVID que receberam corticoide ficaram 2,6 dias a menos no respirador mecânico que os pacientes que não receberam a droga (02/07/2020). Fonte: JAMA
Pesquisadores utilizaram genética reversa para remodelar a interação entre a proteína S e mECA2 resultando em um vírus recombinante (SARS-CoV-2 MA) que pôde utilizar mECA2 para entrada. O SARS-CoV-2 MA replicou-se nas vias respiratórias superiores e inferiores de camundongos BALB/c adultos jovens e idosos. Observou-se que a doença foi mais grave em camundongos idosos e mostrou fenótipos clinicamente mais relevantes do que aqueles observados em camundongos transgênicos HFH4-hACE2. Em seguida, demonstrou-se que o candidato a fármaco interferon (IFN) lambda-1a pode inibir potentemente a replicação do SARS-CoV-2 em células epiteliais primárias das vias aéreas humanas in vitro, e a administração profilática e terapêutica diminuiu a replicação do vírus em camundongos. O modelo SARS-CoV-2 adaptado a camundongos demonstra a patogênese da doença relacionada à idade e apóia o uso clínico do tratamento com IFN lambda-1a peguilado em infecções humanas por COVID-19 (27/08/2020). Fonte: Nature
Revisão sobre o papel da resposta imune inata na infecção por SARS-CoV-2. Os dados indicam que imunidade inata desempenha um papel importante no controle da infecção por SARS-CoV-2 e a desregulação imunológica pode modificar significativamente os resultados clínicos dos pacientes afetados. Além disso, a evidência sugere que os IFN tipo I e III podem desempenhar um papel importante no controle da viremia e na modulação do sistema imunológico de resposta na COVID-19. Devido ao seu papel central na resposta imune contra a infecção por SARS-CoV-2, o IFN tipo I e III podem ser considerados para o tratamento de COVID-19 (26/08/2020). Fonte: The Brazilian Journal of Infectious Diseases
01/09/2020
Estudo da Fiocruz revela que os neuropeptídeos VIP (peptídeo intestinal vasoativo) e PACAP (polipeptídeo ativador da adenilato cilcase da pituitária), moléculas com propriedades imunomoduladoras, inibem a replicação do SARS-CoV-2 em monócitos e células epiteliais pulmonares, diminuem a produção de citocinas pró-inflamatórias e os níveis de VIP estão associados à sobrevivência em pacientes graves de COVID-19. Considerando que uma forma sintética do VIP é aprovada na Europa e está em estudo clínico contra COVID-19, os resultados fornecem evidência científica para investigações adicionais com estes neuropeptídeos. (27/07/2020). Fonte: Biorxiv.
Revisão das propriedades biológicas dos vírus influenza e coronavírus, sua evolução genética e terapias antivirais que podem ser usadas ou foram cogitadas. O artigo descreve várias classes de fármacos, como inibidores de serina protease, heparina e inibidores do receptor de sulfato de heparano, agentes quelantes, imunomoduladores entre outros. Também descreve esforços de reposicionamento de fármacos para identificar as moléculas para tratar pacientes com COVID-19. Embora o artigo tenha ênfase nos esforços passados e presentes, também fornece algumas ideias sobre o que é necessário para se preparar para ameaças virais respiratórias no futuro (29/08/2020). Fonte: Pathogens and disease
31/08/2020
A GlaxoSmithKline e a Vir Biotechnology iniciaram testes em humanos para avaliar a possibilidade de uma nova imunização, que, caso dê certo, estaria disponível já no primeiro semestre do próximo ano. Esta medicação baseada em anticorpos, intravenosa e de dose única, será voltada para o tratamento de pessoas em alto risco recentemente diagnosticados. A ideia é que seu uso amenize os sintomas, diminuindo os índices de hospitalização. Neste caso, o anticorpo é projetado não apenas para bloquear as células invasoras do vírus, mas também para recrutar células do sistema imunológico e matar as células já infectadas. Os testes envolverão 1.300 pacientes (31/08/2020). Fonte: OGlobo
27/08/2020
O remdesivir antiviral demonstrou alguma eficácia contra a SARS-CoV-2 in vitro e em estudo animal recente e com os dados ajustaram um modelo matemático de cinética viral para determinar o efeito de remdesivir mais apropriado. Dos resultados do modelo sugerem que a aplicação de remdesivir prolongará as infecções por SARS-CoV-2, colocando em questão seu potencial benefício clínico (23/08/2020). Fonte: Virology
Revisão sistemática e meta-análise foi planejada para verificar se cloroquina ou hidroxicloroquina com ou sem azitromicina é capaz de reduzir a mortalidade da COVID-19 em comparação com o emprego de medidas de suporte. A partir da análise, foi concluído que hidroxicloroquina isoladamente não foi associada com redução da mortalidade em pacientes hospitalizados, mas a combinação de hidroxicloroquina e azitromicina aumentou a mortalidade significativamente (26/08/2020). Fonte: Clinical Microbiology and Infection.
Estudo prospectivo e observacional realizado com 120 pacientes internados em hospital na Espanha que foram tratados com hidroxicloroquina (HQC) e azitromicina (AZM). Os candidatos ao tratamento HQC e AZM tiveram QTc medidos antes de iniciar a terapia e durante todo o tratamento. Os resultados não apresentaram complicação derivada do prolongamento do QTc durante a terapia farmacológica contendo hidroxiclorquina para COVID-19 (24/08/2020). Fonte: Internacional Journal of Antimicrobial Agents
26/08/2020
Artigo apresenta dados sobre a atividade antiviral de 20 medicamentos aprovados pelo FDA contra o SARS-CoV-2 que também inibem o SARS-CoV e o MERS-CoV. Descobriu-se que 17 deles inibem o SARS-CoV-2 em concentrações não citotóxicas. Os pesquisadores seguiram diretamente com sete destes medicamentos e demonstraram que todos são capazes de inibir a produção infecciosa de SARS-CoV-2. Além disso, dois deles foram avaliados in vivo, cloroquina e clorpromazina, usando um modelo SARS-CoV adaptado a camundongos. Nenhuma das drogas inibiu a replicação viral nos pulmões, mas ambas protegeram contra doenças clínicas (19/08/2020). Fonte: Journal of Virology
Editorial do JAMA discute a eficácia do remdesivir na COVID-19, resume diversos estudos já publicados e afirma que, em conjunto, questões importantes permanecem sobre a eficácia do remdesivir. Para os autores não estão claros: a população ideal de pacientes, a duração ideal da terapia, o efeito em desfechos clínicos discretos, o efeito relativo do medicamento (se administrado na presença de dexametasona ou outros corticosteroides). Alguns dos achados de estudos clínicos ramdomizados sugerem que o remdesivir pode melhorar a recuperação de muitos milhões de indivíduos em todo o mundo que podem ser hospitalizados com COVID-19. No entanto, para produzir e distribuir remdesivir em tal escala, os custos são consideráveis e não se sabe se o remdesivir oferece benefícios adicionais em relação aos corticosteroides, que são amplamente disponíveis e baratos. Portanto, o editorial sugere que seria prudente realizar avaliações adicionais urgentes de remdesivir em ensaios clínicos randomizados em grande escala, projetados para abordar as incertezas residuais e informar o uso ideal (21/08/2020). Fonte: JAMA
Já foi demonstrado que o remdesivir apresenta benefício clínico em pacientes com COVID-19 grave, mas seu efeito em pacientes com doença moderada é desconhecido. Estudo avalia efeito do tratamento com 5 ou 10 dias de remdesivir versus tratamento padrão no estado clínico de pacientes com COVID-19 moderada. O ensaio clínico randomizado incluiu 584 pacientes. Autores concluíram que entre os pacientes com COVID-19 moderada, aqueles randomizados para um curso de 10 dias de remdesivir não tiveram uma diferença estatisticamente significativa no estado clínico em comparação com o tratamento padrão 11 dias após o início do tratamento. Os pacientes randomizados para um curso de 5 dias de remdesivir tiveram uma diferença estatisticamente significativa no estado clínico em comparação com o tratamento padrão, mas a diferença foi de importância clínica incerta (21/08/2020). Fonte: JAMA
Estudo observacional de centro único incluiu 196 pacientes com pneumonia por COVID-19 que não foram intubados e receberam tratamento padrão (SOC, controles) ou SOC mais tratamento antiinflamatório precoce. O tratamento antiinflamatório consistiu em tocilizumabe (8mg / kg por via intravenosa ou 162mg por via subcutânea) ou metilprednisolona 1 mg / kg por 5 dias ou ambos. A falha foi definida como intubação ou morte, e os desfechos foram sobrevida livre de falha (desfecho primário) e sobrevida geral (secundária) no dia 30. A diferença entre os grupos foi estimada por uma análise de regressão de Cox ponderada pelo escore de propensão (HROW). Autores concluíram que o tratamento adjuvante precoce com tocilizumabe, metilprednisolona ou ambos pode melhorar os resultados em pacientes não intubados com pneumonia por COVID-19 (20/08/2020). Fonte: PlosOne
25/08/2020
A farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou que também está produzindo um medicamento para tratar e prevenir a COVID-19. A empresa disse que o estudo avalia se o AZD7442 – uma combinação de dois anticorpos monoclonais (mAbs) – é seguro e tolerável por seres humanos. O teste está sendo realizado em 48 participantes saudáveis, na faixa etária de 18 a 55 anos do Reino Unido. O diretor-geral assistente da OMS disse que o tratamento é promissor (25/08/2020). Fonte: InfoMoney
Revisão sobre potenciais candidatos a medicamentos de pequenas moléculas disponíveis para o tratamento de infecções causadas por 2019-nCoV (17/08/2020). Fonte: Cell Biochemistry and Function
Estudo de meta-análise de rede comparando a taxa de melhora clínica entre pacientes com COVID-19 que receberam curso de 5 dias de remdesivir versus curso de 10 dias de remdesivir versus cuidados padrão. A meta-análise de rede selecionou de 4 ensaios controlados randomizados e demonstrou que a taxa de melhora clínica foi significativamente maior no grupo remdesivir de 5 dias e no grupo remdesivir de 10 dias em comparação com o grupo de cuidados padrão. Além disso, a taxa de melhora clínica foi significativamente maior no grupo remdesivir de 5 dias em comparação com o grupo remdesivir de 10 dias. A análise demonstrou, então, que o uso de remdesivir para pacientes com COVID-19 esteve associado à taxa de melhora clínica maior em comparação apenas com o cuidado padrão (19/08/2020). Fonte: Virus Research
Revisão avalia novos medicamentos que vem sendo desenvolvidos, e outros medicamentos tradicionais como outros tratamentos que foram originalmente indicados ou propostos para outras doenças que podem ser eficazes no tratamento de COVID-19, mas sua segurança e eficácia são controversas, em estudo ou em fases de testes clínicos (20/08/2020). Fonte: Microorganisms
Pesquisadores descrevem uma justificativa para o uso da idasanutlina, um antagonista de molécula pequena potente e seletivo de murino duplo minuto-2 (MDM2), disponível por via oral, que atua como ativador não genotóxico do p53, para tratar pacientes com COVID-19 e apoiar sua avaliação clínica (29/07/2020). Fonte: Frontiers in Pharmacology
Artigo discute a relação entre o sistema adrenérgico e o sistema renina‐angiotensina-aldosterona (RAAS) na COVID‐19 e propõe um círculo vicioso que consiste no sistema adrenérgico ‐ RAAS ‐ ECA2 ‐SARS‐CoV‐2 (“loop ARAS”). O autor propõe bloqueadores beta-adrenérgicos como uma opção de tratamento potencial, que pode diminuir a entrada do SARS‐CoV‐2 nas células, diminuindo a expressão dos receptores ECA2 e CD147 em várias células do corpo. Os bloqueadores beta‐adrenérgicos podem diminuir a morbidade e mortalidade em pacientes com COVID‐19 ao prevenir ou reduzir a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e outras complicações. Ensaios clínicos retrospectivos e prospectivos devem ser conduzidos para verificar a validade da hipótese (20/08/2020). Fonte: BioEssays
24/08/2020
Revisão da literatura de propriedades antivirais de hidroxicloroquina (HCQ) interações medicamentosas no PubMed, Google Scholar, banco de dados CDC. Com base nas evidências reunidas, foi realizada uma análise de risco versus benefício da Medicina Baseada em Evidências para justificar a utilização de HCQ no SARS-CoV 2 por meio das diretrizes da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA. As reações adversas a medicamentos e toxicidades, como retinopatia e cardiotoxicidade devido ao HCQ, são dependentes da dose e podem ser prevenidas por natureza. A HCQ tem potência para combater a doença e provou ser eficaz na inibição da entrada do vírus na membrana celular e na redução da duração viral do SARS-CoV 2 em cultura de células, bem como em RCT. Os pesquisadores concluiram que os benefícios profiláticos e terapêuticos do HCQ contra a epidemia de COVID19 superam os riscos potenciais de reações adversas a medicamentos, que são de natureza evitável. Para a resposta terapêutica desejada, recomenda-se um monitoramento cuidadoso (01/08/2020). Fonte: International Journal of Pharmaceutical Sciences and Research
Ensaio clínico multicêntrico, randomizado e controlado com 66 pacientes adultos com COVID-19 moderado ou grave internados em quatro hospitais universitários no Irã. Os pacientes foram randomizados em um braço de tratamento recebendo sofosbuvir e daclatasvir mais o tratamento padrão, no outro um braço de controle recebendo apenas o tratamento padrão. A recuperação clínica em 14 dias foi alcançada por 88% no braço de tratamento e 67% no braço de controle, o braço de tratamento teve uma duração mediana de hospitalização significativamente mais curta (6 dias) do que o grupo de controle (8 dias). Três pacientes morreram no braço de tratamento e cinco no braço de controle. Não foram relatados eventos adversos graves. Os pesquisadores concluiram que a adição de sofosbuvir e daclatasvir ao tratamento padrão reduziu significativamente a duração da internação hospitalar em comparação com o tratamento padrão isoladamente (19/08/2020).Fonte: Journal of Antimicrobial Chemotherapy
Ensaio clínico randomizado e controlado em um único centro com 48 adultos com COVID-19 moderado internados no Hospital Ghaem Shahr Razi na província de Mazandaran, Irã. Houve tendências a favor do braço sofosbuvir / daclatasvir / ribavirina para recuperação e taxas de mortalidade mais baixas. No entanto, houve um desequilíbrio nas características da linha de base entre os braços, como tempo de internação e número de mortes. Os autores ainda citam que o ensaio randomizado era muito pequeno para fazer uma conclusão definitiva e seria necessários mais estudos (19/08/2020). Fonte: Journal of Antimicrobial Chemotherapy
Este estudo avaliou a eficácia do sofosbuvir em combinação com daclatasvir no tratamento de pacientes com COVID-19. Pacientes com esfregaço nasofaríngeo positivo para SARS-CoV-2 em RT-PCR ou opacidade em vidro fosco multilobar bilateral em sua TC de tórax e sinais de COVID-19 grave foram incluídos. Os indivíduos foram divididos em dois braços com um braço recebendo ribavirina e o outro recebendo sofosbuvir / daclatasvir, além dos cuidados padrão. A duração média da internação foi de 5 dias para o grupo do sofosbuvir / daclatasvir e de 9 dias para o grupo da ribavirina. A mortalidade no grupo sofosbuvir / daclatasvir foi de 6% e 33% no grupo da ribavirina. Autores sugerem que sejam realizados ensaios de larga escala (19/08/2020). Fonte: Journal of Antimicrobial Chemotherapy
A terapia com anticorpos é uma grande promessa para o tratamento de COVID-19. Em março de 2020, a Chinese Antibody Society, em colaboração com a The Antibody Society, iniciou o programa “COVID-19 Antibody Therapeutics Tracker” (“Tracker”) (https://chineseantibody.org/covid-19-track/) para rastrear as intervenções COVID-19 baseadas em anticorpos em desenvolvimento pré-clínico e clínico, globalmente. Artigo apresenta análises exploratórias de dados e as tendências mais recentes de desenvolvimento de anticorpos para COVID-19, com base em dados de mais de 150 programas de pesquisa e desenvolvimento e moléculas incluídas no “Tracker” que foram classificadas de acordo com seus alvos, formatos, status de desenvolvimento, desenvolvedores e país de origem. Em 8/08/2020, oito candidatos a anticorpos direcionados à proteína S do SARS-CoV-2 S entraram em estudos clínicos, incluindo LY-CoV555, REGN-COV2, JS016, TY027, CT-P59, BRII-196, BRII-198 e SCTA01. Os ensaios clínicos em andamento de anticorpos neutralizantes de SARS-CoV-2 ajudarão a definir a utilidade desses anticorpos como uma nova classe de terapêutica para o tratamento de COVID-19 e futuras infecções por coronavírus (19/08/2020). Fonte: Antibody Therapeutics
Estudo com 28 mil pessoas sugere que remédio para pressão alta reduziu mortalidade e gravidade de COVID-19 entre pacientes hipertensos. A pesquisa aponta pacientes hipertensos que já usavam remédios do tipo inibidor do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAAS), como a losartana e o captopril, tiveram menos chances de ser internados na UTI, precisar de suporte de oxigênio (com ou sem ventilação mecânica) e de morrer. Pesquisadores alertaram, entretanto, que o benefício só foi encontrado em pacientes que já tomavam o medicamento antes da contaminação (24/08/2020). Fonte: Curr Atheroscler Rep
21/08/2020
Estudo de coorte observacional retrospectivo com pacientes com COVID-19 confirmada laboratorialmente e que precisavam de apoio na UTI. Os dados foram obtidos em um banco de dados observacional prospectivo e comparados aos os desfechos em pacientes que receberam tocilizumabe com aqueles que não o fizeram. A partir de uma análise primária de regressão multivariável, observou-se associação entre receber tocilizumabe e diminuição do tempo de hospital. Associações semelhantes com tocilizumabe foram observadas entre subgrupos que necessitam de suporte ventilatório mecânico e com proteína C-reativa de 15 mg/dL ou superior. Além disso, pacientes com COVID-19 na UTI que receberam tocilizumabe tiveram mortalidade reduzida. Resultados de ensaios controlados randomizados em andamento são aguardados (14/08/2020). Fonte: The Lancet Rheumatology
18/08/2020
Artigo cita que terapias dirigidas ao hospedeiro podem servir como uma opção estratégica melhor para tratar COVID-19 quando não há medicamento ou vacina específica disponível no momento (12/08/2020). Fonte: Expert Opinion on Biological Therapy
Revisão descreve as características do remdesivir e seu uso para o tratamento da COVID-19 com base em uma busca eletrônica no PubMed e no Google Scholar (18/08/2020). Fonte: Drug Design, Development and Therapy
Um estudo clínico randomizado, duplo-cego, realizado pela Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, envolvendo 35 pacientes revelou que a colchicina, anti-inflamatório utilizado para o tratamento de gota, pode acelerar a recuperação de pacientes com COVID-19 ao combater a infecção pulmonar causada pelo novo coronavírus (12/08/2020). Fonte: MedRxiv
17/08/2020
Tanto a tecnologia de hibridoma de células B humanas quanto a terapia por plasma convalescente são ferramentas imunológicas promissoras para tratamento da COVID-19. Os autores propõe o uso de células B produtoras de anticorpos de pacientes convalescentes de SARS-CoV2 para o desenvolvimento de híbridos de células B humanas, e uma combinação de anticorpos monoclonais, anticorpos polimonoclonais (não policlonais), contra múltiplos alvos imunogênicos da proteína S do SARS-CoV-2 podendo fornecer um coquetel de anticorpos para alvos terapêuticos duradouros (24/07/2020). Fonte: ACS Pharmacology and Translational Science
13/08/2020
O estudo RECOVERY (avaliação aleatória da terapia COVID-19) descobriu que a dexametasona 6 mg uma vez por dia durante 10 dias reduziu as mortes em um terço em pacientes ventilados e em um quinto em outros pacientes recebendo oxigenoterapia. Isso equivale à prevenção de uma morte em cerca de oito pacientes ventilados, ou uma em cerca de 25 pacientes que necessitam de oxigênio (02/08/2020). Fonte: Diabetic Medicine
Artigo de revisão apresenta estratégias terapêuticas para combater a COVID‐19. Pesquisadores elucidam a patologia da doença e resumem as possíveis opções terapêuticas para lutar contra a COVID-19 com base no estado atual de compreensão sobre as vias patogênicas da SARS-CoV-2 e no conhecimento obtido de epidemias anteriores de SARS e MERS-CoV. São discutidas estratégias terapêuticas para tratar e prevenir a infecção, bem como suprimir a progressão da doença para reduzir a gravidade e a taxa de mortalidade. Candidatos a medicamentos atualmente em consideração e em ensaios clínicos para tratamento com COVID-19 são destacados (30/07/2020). Fonte: Drug Development Research
Pesquisadores sugerem a N-acetilcisteína como um agente em potencial para o tratamento da infecção causada por SARS-CoV-2 (24/07/2020). Fonte: Medical Hypotheses
Estudo ancoragem molecular foi utilizado para analisar in silico a interação de 24 ligantes, divididos em quatro grupos, com quatro receptores SARS-CoV-2, replicase Nsp9, protease principal (Mpro), endoribonuclease NSP15 e proteína spike (proteína S) interagindo com ECA2 humana. Os resultados mostraram que o antimalárico metaquina e o antirretroviral anti-HIV saquinavir interagiram com todos os receptores estudados, indicando que são candidatos potenciais a medicamentos com múltiplos alvos para COVID-19 (27/07/2020). Fonte: Journal of Proteome Research
A doença coronavírus 2019 (COVID‐19) está freqüentemente associada a consequências sistêmicas graves, incluindo vasculite, um estado hiperinflamatório e hipercoagulação. Artigo revela que há interação de várias proteínas CoV ‐ 1 (e, por similaridade, CoV ‐ 2) com C1‐INH sugerindo que este regulador é essencial do sistema de contato e é inibido durante a infecção viral, levando a uma propensão para ativar a cascata do complemento, a via BK e a cascata de coagulação intrínseca. Estudo cita que terapia de reposição de C1 ‐ INH tem sido usada há muito tempo no tratamento agudo e profilático de angiodema hereditáio tipos I e II e poderia ser útil no tratamento da coagulopatia associada a COVID‐19 . Além disso, os pesquisadores citam que a heparina e os glicanos sulfatados amplificam as funções inibitórias de C1‐ INH no sistema de contato, que, além das atividades da heparina nos fatores de coagulação, poderiam ajudar a explicar os efeitos benéficos da heparina no tratamento de pacientes com COVID‐19 (12/06/2020). Fonte: British Journal of Haemotology
12/08/2020
A melatonina tem efeitos antiinflamatórios, antioxidantes e protetores mitocondriais significativos, e sua eficácia foi demonstrada em vários modelos experimentais de doença e em um ensaio clínico em sepse. Como o COVID-19 cursa com uma resposta séptica grave, várias revisões vêm propondo a melatonina como tratamento para o COVID-19. Os pesquisadores elaboraram um ensaio clínico com uma formulação injetável de melatonina para perfusão intravenosa em pacientes de UTI com COVID-19 que acaba de ser aprovado pela Agência Espanhola de Medicamentos e Dispositivos Médicos (AEMPS) (08/08/2020). Fonte: Journal of Pineal Research
Para prevenir e interromper a pandemia de COVID-19, vários ensaios clínicos estão em andamento. Os ensaios clínicos atuais têm como alvo a replicação intracelular e a disseminação do vírus ou a inflamação da tempestade de citocinas observada em casos de COVID-19 durante os estágios posteriores da doença. Ambas as estratégias de direcionamento são diferentes, a janela de administração de fármacos desempenha um papel crucial na eficácia do tratamento. O artigo revisa o mecanismo subjacente à infecção de células SARS-CoV-2 e potenciais abordagens terapêuticas futuras (21/07/2020). Frontiers in Immunology
Estudo envolvendo 172 pacientes não verificou influência do tratamento com lopinavir/ritonavir+hidroxicloroquina iniciado precocemente (5 dias após início dos sintomas) ou iniciado mais tardiamente. Após o ajuste de variáveis clínicas potencialmente relevantes, não houve associação significativa entre o momento do início do tratamento e a probabilidade de mortalidade em 30 dias (10/08/2020). Fonte: Journal of Medical Virology.
Estudo retrospectivo de coorte analisou o efeito da fórmula Hanshiyi, proveniente da medicina tradicional chinesa, na progressão da COVID-19. No total, 721 pacientes com COVID-19 leve e moderada foram incluídos no estudo, sendo 430 usuários da fórmula (grupo de exposição) e 291 não usuários (grupo controle). No grupo de exposição, nenhum paciente evoluiu para forma grave da doença, enquanto 19 pacientes desenvolveram a forma grave no grupo controle. Portanto, a fórmula Hanshiyi pode reduzir significativamente a progressão para doença grave em pacientes com COVID-19 leve e moderada, o que pode prevenir e tratar a doença. No entanto, mais estudos clínicos são necessários para verificar os resultados. (10/08/2020). Fonte: Pharmacological Research.
Estudo discute a otimização do tratamento da COVID-19 com antivirais em diferentes grupos de pacientes. Através da revisão da literatura dos efeitos clínicos dos medicamentos usados no tratamento da COVID-19, como chloroquina, hidroxicloroquina, favipiravir, lopinavir/ritonavir, arbidol, interferon alpha e remdsivir, os autores sugerem seu potencial emprego em grupos específicos de pacientes, como grávidas, idosos, com insuficiência renal e hepática. (28/07/2020). Drug Design, Development and Therapy.
11/08/2020
Resultados provisórios de um ensaio clínico multicêntrico randomizado de Fase II / III NA Rússia para AVIFAVIR (favipiravir) para o tratamento de pacientes com COVID-19 moderado mostra que o AVIFAVIR permitiu a eliminação do vírus SARS-CoV-2 em 62,5% dos pacientes em 4 dias, e foi seguro e bem tolerado (09/08/2020). Fonte: Clinical Infectious Diseases
Este artigo revisou as estratégias de replicação, patogenicidade, prevenção e tratamento para a COVID-19. Com a falta de opções de tratamento aprovadas para este vírus, abordagens alternativas para controlar a propagação da doença são uma necessidade urgente. Este artigo também cobre algumas estratégias de gerenciamento que podem ser aplicadas a este surto de vírus. Estudos clínicos em andamento relacionados a possíveis tratamentos para COVID-19, vacinas potenciais e medicamentos alternativos, como compostos naturais, também são discutidos (03/07/2020). Fonte: Frontiers in Public Health
A lactoferrina (Lf) é uma glicoproteína não tóxica de ocorrência natural que está disponível por via oral como suplemento nutricional e estabeleceu eficácia antiviral in vitro contra uma ampla gama de vírus, incluindo SARS-CoV, um coronavírus intimamente relacionado ao SARS-CoV-2 . Além disso, o Lf possui efeitos imunomoduladores e anti-inflamatórios únicos que podem ser especialmente relevantes para a fisiopatologia de casos graves de COVID-19. O presente artigo revisa os mecanismos biológicos subjacentes de Lf como um regulador antiviral e imunológico e propõe seu potencial como um tratamento preventivo e auxiliar para COVID-19 (30/07/2020). Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents
Utilizando dados de 224 pacientes foi analisado o uso do remdesivir em relação às medidas de suporte. Foram mapeados o impacto do remdesivir no óbito hospitalar no 28º dia, no tempo de recuperação, na melhora clínica e na alta. Dos 125 pacientes que receberam cuidados de suporte 13,6% morreram, enquanto que dentre os 99 que receberam remdesivir 7,07% morreram. O uso de remdesivir não foi associado a um risco aumentado de lesão renal aguda e alterações nos testes hepáticos. Sinais promissores deste estudo precisam ser confirmados por futuros ensaios clínicos randomizados controlados por placebo (06/08/2020). Fonte: Open Forum Infectious Diseases
Estudo sugere o uso de atazanavir (ATV) para o tratamento da COVID-19, pois este se encaixa no sítio ativo do SARS-CoV-2 Mpro, com maior força do que o lopinavir, bloqueando a atividade do Mpro. Dos resultados verificou-se que o ATV inibe a replicação do SARS-CoV-2, sozinho ou em combinação com ritonavir (05/08/2020). Fonte: American Society for Microbiology
Ensaios clínicos randomizados avaliaram o efeito, em pacientes com COVID-19, da vitamina C versus placebo ou nenhum tratamento por não encontrarem evidências que sutentem ou refutem o seu uso. Prevendo a falta de ensaios clínicos randomizados que abordem diretamente essa questão, também ensaios avaliaram MERS-CoV e SARS-CoV, e estudos não randomizados em COVID-19 (28/07/2020). Fonte: Medwave
A rápida sucessão de descobertas científicas sobre o SARS-CoV-2 fornece um número significativo de alvos potenciais de drogas. No entanto, ao mesmo tempo, a grande quantidade de dados clínicos, gerados por um grande número de pessoas infectadas rapidamente, exige testes precisos sobre tratamentos médicos eficazes. Os autores presumem a necessidade de uma abordagem sistemática baseada na análise de big data para identificar medicamentos eficazes para derrotar o SARS-Cov-2. O estudo tem como objetivo ser um ponto de referência geral e fornecer uma visão geral o mais abrangente possível sobre os principais ensaios clínicos em andamento no momento (27/06/2020). Fonte: European Journal of Pharmacology
10/08/2020
Os autores fazem avaliação de aplicações de curta e baixa dose de corticosteroides, quando coadministrados com imunoglobulina intravenosa, em pacientes com COVID-19 não graves durante o estágio de deterioração clínica, podem prevenir a progressão da doença, embora tenham um impacto desprezível na depuração viral (03/07/2020). Fonte: Public Health
Pesquisadores rastrearam a PRESTWICK CHEMICAL LIBRARY composta por 1.520 medicamentos aprovados em um ensaio baseado em células infectadas. Destes, 90 compostos já haviam demonstrado efeito antiviral in vitro contra SARS-CoV-2 e foram agrupados de acordo com sua composição química e seu efeito terapêutico conhecido. A triagem dos medicamentos identificou um conjunto de 15 moléculas que apresentam inibição na replicação in vitro do SARS-CoV-2. Os candidatos selecionados experimentalmente, com EC50 na faixa de 2 a 20 µM, podem fornecer informações para orientar a escolha de experimentos e validação em modelos de pequenos animais, iniciar projetos de química medicinal para encontrar derivados mais potentes ou avaliar in vitro a combinação de fármacos para potencializar seus efeitos (04/08/2020). Fonte: Nature Scientific Reports
Artigo resume os Best Evidence Topic reports (BETs) com evidências relativas a questões clínicas particulares da utilização de remdesivir. As estratégias de busca utilizadas para encontrar as melhores evidências são relatadas detalhadamente, a fim de permitir que os médicos atualizem as buscas sempre que necessário. Cada BET é baseada em um cenário clínico e termina com um resultado clínico que indica, à luz das evidências encontradas, o que o médico relator faria se enfrentasse o mesmo cenário novamente. Fonte: BMJ
Em estudo in silico de fármacos foram avaliados aqueles que possuem como alvo a protease 3CLpro e a polimerase de RNA dependente de RNA viral (RdRp) do SARS-CoV-2. Dentre eles encontrou-se tetraciclina, diidroergotamina, ergotamina, dutasterida, nelfinavir e paliperidona formaram interações estáveis com 3CLpro com base nos resultados de simulação de dinâmica molecular. Uma análise semelhante com RdRp mostrou que eltrombopag, tipranavir, ergotamina e conivaptan se ligaram à enzima com altas energias livres de ligação. Os resultados do acoplamento sugerem que ergotamina, diidroergotamina, bromocriptina, dutasterida, conivaptana, paliperidona e tipranavir podem se ligar a ambas as enzimas com alta afinidade. Como essas drogas são bem toleradas, econômicas e amplamente utilizadas, o estudo sugere que elas podem ser potencialmente utilizadas em ensaios clínicos para o tratamento de pacientes infectados com SARS-CoV-2 (05/08/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure Dynamics
Revisão demonstra o papel do zinco nas complicações vasculares induzidas por vírus. Artigo cita que a maioria dos grupos de risco descritos para COVID-19 são, ao mesmo tempo, grupos associados à deficiência de zinco. Como o zinco é essencial para preservar as barreiras naturais do tecido, como o epitélio respiratório, evitando a entrada de patógenos, para uma função equilibrada do sistema imunológico e do sistema redox, a deficiência de zinco pode provavelmente ser adicionada aos fatores que predispõem os indivíduos à infecção e à progressão prejudicial de COVID -19. Finalmente, devido às suas propriedades antivirais diretas, os autores presumem que a administração de zinco é benéfica para a maioria da população, especialmente aqueles com status de zinco subótimo (10/07/2020). Fonte: Frontiers in Immunology
07/08/2020
Esta revisão enfoca o uso atual de vários medicamentos como agentes únicos (hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, favipiravir, remdesivir, umifenovir, teicoplanina, nitazoxanida, doxiciclina e dexametasona) ou em combinações com imunomoduladores adicionais. Além disso, o possível modo de ação, eficácia e estágio atual dos ensaios clínicos de várias combinações de fármacos contra a COVID-19 também foram discutidos em detalhes (05/08/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Pesquisadores projetam 9-anilinoacridinas substituídas com oxazina por estudos in silico de simulação de acoplamento, MM-GBSA e dinâmica molecular (MD) para atividade inibitória de COVID-19. Alguns compostos apresentaram pontuações Glide significativas e podem ser úteis como medicamento anti-COVID-19 (28/07/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Artigo revisa as medidas terapêuticas propostas atualmente para o tratamento da COVID-19 e propõe o uso de fármacos antioxidantes como auxiliar na terapia de pacientes infectados com o SARS-CoV-2. Os agentes oxidantes provêm de leucócitos fagocíticos como neutrófilos, monócitos, macrófagos e eosinófilos que invadem o tecido, assim como dos radicais livres. O estresse oxidativo é elevado durante as doenças críticas e contribui para a falência de órgãos. Embora a terapia antioxidante não tenha sido testada na COVID-19, as consequências da terapia antioxidante na sepse, síndrome do desconforto respiratório agudo e lesão pulmonar aguda são conhecidas. Além disso, o uso de antioxidantes melhora as taxas de oxigenação, os níveis de glutationa e fortalece a resposta imunológica, reduz o tempo de ventilação mecânica, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva, disfunções de múltiplos órgãos e o tempo de permanência no hospital e as taxas de mortalidade em síndrome do desconforto respiratório agudo e pode, segundo os autores, ajudar os pacientes com COVID-19 (31/07/2020). Fonte: Medicina
06/08/2020
Os autores afirmam que para pacientes com COVID-19, os dados a favor ou contra o uso de corticosteróides sistêmicos ainda são insuficientes. E que embora os próprios dados sobre a metilprednisolona possam contribuir favoravelmente para o uso dos corticosteróides sistêmicos em pacientes com COVID-19 e síndrome do desconforto respiratório agudo, são necessários mais ensaios clínicos randomizados, bem delineados, bem projetados para uma conclusão a respeito (03/08/2020). Fonte: JAMA Internal Medicine
In Silico screening de potenciais inibidores da proteína S do SARS-CoV-2 com estratégia de reposição de fármacos descobriu que a digitoxina, um glicosídeo cardíaco e a bisindigotina tiveram as maiores pontuações de acoplamento. Duas das ervas da medicina chinesa continham compostos naturais com escores de ligação relativamente altos, Forsythiae fructus and Isatidis radix, componentes da Lianhua Qingwen, uma fórmula que supostamente exerce atividade contra síndrome respiratória aguda grave causada pelo SARS-CoV-2. Além disso, o raltegravir, um inibidor de integrase do HIV, também teve ligação relativamente alta. O trabalho fornece potenciais inibidores para prevenir a infecção pelo SARS-CoV-2, e destaca a importância da aplicação damedicina tradicional chinesa integrada a medicina ocidental no tratamento do COVID-19 (01/08/2020). Chinese Journal of Integrative Medicine
05/08/2020
Pesquisadores isolaram o anticorpo EY6A de um indivíduo em convalescença do COVID-19 e demonstraram que ele neutraliza o SARS-CoV-2 e reage de maneira cruzada com o SARS-CoV-1. O fragmento de ligação ao antígeno EY6A (Fab EY6A) liga-se firmemente ao domínio de ligação ao receptor (RBD) da glicoproteína spike viral e forma um complexo Fab EY6A-RDB longe do receptor de ligação ECA2. As análises Cryo-EM da spike de pré-fusão incubado com Fab EY6A revelam um complexo do trímero spike com três ligações Fabs, onde muitas spikes perdem a integridade estrutural na incubação. O EY6A liga-se ao que é, provavelmente, um epítopo neutralizante principal, portanto, é um candidato terapêutico para a COVID-19 (31/07/2020). Fonte: Nature Structural & Molecular Biology
Estudo localiza supostas redes de regulação de expressão da ECA2 e TMPRSS2, mediadas por várias isoformas de miRNA (isomiR) em diferentes órgãos humanos, usando dados de sequenciamento de miRNA / mRNA publicamente disponíveis do projeto The Cancer Genome Atlas. Como resultado, foram identificadas várias famílias de miRNA direcionadas aos genes ECA2 e TMPRSS2 em múltiplos tecidos. Em particular, foi descoberto que a desmetilase 5B específica de lisina (JARID1B), codificada pelo gene KDM5B, pode afetar indiretamente a expressão de ECA2 / TMPRSS2 (29/07/2020). Fonte: PLOS ONE
Estudo apresenta um guia prático do uso clínico do remdesivir para o tratamento da COVID-19 severa (30/07/2020). Fonte BMJ
Pesquisadores descrevem seus conhecimentos sobre a interação entre a infecção provocada por SARS-CoV-2 e o sistema IFN, destacando algumas das lacunas que precisam ser preenchidas para uma melhor compreensão dos mecanismos moleculares subjacentes. Além das estratégias de evasão conservadas em IFN que provavelmente são compartilhadas com SARS-CoV e MERS-CoV, novos mecanismos de contração estão sendo descobertos em células infectadas com SARS-CoV-2. Desde a última epidemia de coronavírus, há um progresso considerável no entendimento da resposta ao IFN-I, incluindo sua regulação espaço-temporal e o papel proeminente das células dendríticas plasmocitóides (pDCs), que são as principais células produtoras de IFN-I. Enquanto aguarda-se os resultados de muitos ensaios clínicos que avaliam a eficácia do IFN-I sozinho ou em combinação com moléculas antivirais, o presente artigo discute os benefícios potenciais de um tratamento com IFN-I e propõe estratégias para aumentar as respostas ao IFN mediadas por pDC durante os estágios iniciais da infecção viral (29/07/2020). Fonte: PLOS Pathogens
Estudo com 17 pacientes que receberam vitamina C intravenosa para COVID-19 e análise de suas características demográficas e clínicas assim como os marcadores inflamatórios pré e pós-tratamento, incluindo dímero-D e ferritina. Observou-se uma diminuição significativa nos marcadores inflamatórios, incluindo ferritina e dímero-D, e uma tendência para diminuir os requisitos de FiO2, após a administração da vitamina C. O estudo indica que uso de vitamina C intravenosa em pacientes com doença COVID-19 moderada a grave pode ser viável (01/08/2020). Fonte: Expert Review of Anti-infective Therapy
Os autores estudam o potencial anti-SARS-CoV-2 da preparação de Shuanghuanglian, um medicamento tradicional chinês com uma longa história para o tratamento da infecção do trato respiratório na China. Os autores mostram que o líquido oral de Shuanghuanglian, o pó liofilizado de Shuanghuanglian para injeção ou seus componentes bioativos inibiram a protease 3Clpro do SARS-CoV-2, bem como a replicação de SARS-CoV-2 em células vero E6. Dois ingredientes da Shuanghuanglian, baicalina e baicaleina foram caracterizados como os primeiros inibidores não covalentes e não peptideos miméticos da protease 3CLpro do SARS-CoV-2 e apresentaram potentes atividades antivirais. O modo de ligação da baicaleina a 3CLpro determinado pela cristalografia proteica de raios-X foi diferente daqueles dos inibidores conhecidos do 3CLpro. As evidências apoiam os estudos in vivo do líquido oral shuanghuanglian, bem como dois produtos naturais para o tratamento da COVID-19 (31/07/2020). Fonte: Acta pharmacologica Sinica
Estudo descreve as características clínicas e os resultados iniciais de uma coorte de pacientes com COVID-19 tratados com tocilizumabe, um antagonista do receptor de IL -6 (IL-6R), aprovado pela FDA para o controle da Síndrome de Liberação de Citocina (CRO) (03/08/2020). Fonte: Journal of Internal Medicine.
Estudo retrospectivo com pacientes graves da COVID-19 que necessitavam de oxigenoterapia que receberam tocilizumabe em sete centros na Polônia demonstrou que o tocilizumabe pode melhorar o estado clínico em pacientes com COVID-19, reduzindo a resposta inflamatória, que é refletida pela regressão das alterações pulmonares e pela necessidade reduzida de oxigenoterapia ou ventilação mecânica (01/08/2020). Fonte: Expert Review of Anti-infetive Therapy
No desenvolvimento de novas estratégias farmacológicas, a característica química da volatilidade pode agregar valor terapêutico ao candidato a medicamento hipotético atingindo o local da ação de maneira incomum. Estudo discute a viabilidade, vantagens e desvantagens de uma terapia baseada na administração oral de possíveis medicamentos voláteis para o COVID-19. Além de descrever as terapias antivirais em aerossol e a ingestão oral de moléculas voláteis, assim como, fazem uma avaliação de 1,8-cineol como um possível uso clínico para COVID-19 assintomático (19/07/2020). Fonte: Drug Developmente Research
Estudo prospectivo de coorte avalia os riscos de desenvolver COVID-19 severa em pacientes tratados com inibidores de ECA e bloqueadores de receptor de angiotensina (BRA). Foram utilizados os dados coletados rotineiramente de 1205 hospitais gerais na Inglaterra, com 8,28 milhões de participantes de 20 a 99 anos. Dos 19.486 pacientes que tiveram a doença COVID-19, 1286 receberam atendimento de UTI. Foram feitos ajustes para uma ampla gama de fatores demográficos, comorbidades potenciais e outros medicamentos. Os autores concluíram que as prescrições de inibidores de ECA e BRA foram associadas a um risco reduzido de desenvolver COVID-19 severa e precisar de UTI, no entanto foram observadas variações acentuadas no risco da doença COVID-19 e internação de acordo com o grupo étnico, com maiores taxas entre os negros, asiáticos e minorias étnicas, o que merece um estudo mais aprofundado (31/07/2020). Fonte: Heart
Os autores avaliaram in sílico um total de 2100 medicamentos aprovados pelo FDA do banco de dados ZINC, 400 compostos do banco de dados Spec e 1600 compostos do Drug Bank. Verificando a ancoragem na proteína não estrutural-16 da SARS-CoV-2 (NSP16). Realizou-se uma triagem virtual em várias etapas, seguida pelo cálculo da energia livre de ligação de cada sistema após estudos de simulação dinâmica molecular. Sete compostos, DB02498, DB03909, DB03186, galuteolin, ZINC000029416466, ZINC000026985532 e ZINC000085537017 foram identificados como tendo efeito inibitório sobre o NSP16 (20/07/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
04/08/2020
Anticorpos IgG anti-proteína spike de pacientes gravemente doentes com COVID-19 promovem resposta hiperinflamatória mediada por macrófagos. A capacidade inflamatória desta IgG anti-spike está relacionada a alterações de glicosilação na calda da IgG Fc. A resposta inflamatória induzida pela IgG anti-spike pode ser especificamente inibida in vitro pelo medicamento fostamatnibe, um inibidor de SyK (13/07/2020). Fonte: BioRxiv.
Revisão sistemática e meta-análise de estudos clínicos de medicamentos no tratamento da COVID-19 fornece painel interativo para obtenção de informações sobre os resultados obtidos e a comparação com medidas de suporte padrão. O gráfico fornece uma visão geral das evidências obtidas pelos tratamentos publicados até o momento e será atualizado à medida que forem publicados novos resultados. (/07/2020). Fonte: The BMJ.
Revisão sistemática e meta-análise avalia a eficácia de corticosteroides em pacientes com SARS, MERS e COVID-19. PubMed, MEDLINE, Embase e Web of Science foram utilizados para identificar estudos publicados até 25 de abril de 2020, que relataram associações entre uso de esteroides e mortalidade no tratamento de SARS/MERS/COVID-19. Oito artigos (4.051 pacientes) foram elegíveis para o estudo, destes 3.416 pacientes foram diagnosticados com SARS, 360 com MERS e 275 com COVID-19; em 60,3% dos pacientes foram administrados esteroides. As meta-análises, incluindo todos os estudos, não apresentaram diferenças gerais em termos de mortalidade. No entanto, essa conclusão pode ser tendenciosa, pois, em alguns estudos, os pacientes do grupo de esteroides apresentaram sintomas mais graves do que os do grupo controle. Em contrapartida, quando a meta-análise foi realizada restringindo-se apenas aos estudos que utilizaram ajuste adequado (por exemplo, tempo, gravidade da doença), houve diferença significativa entre os dois grupos. Os autores concluem que, se não for contraindicado, e na ausência de efeitos colaterais, o uso de esteroides deve ser considerado na infecção por coronavírus, incluindo COVID-19 (27/07/2020). Fonte: J. Clin. Med.
Estudo teve como foco a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), alvo molecular da SARS-CoV-2, e examinou um grupo de fármacos agonistas da ECA2 por bioinformática. Verificou-se a eficácia de nove produtos químicos na regulação da expressão de ECA2 no GES-1 (linhagem celular epitelial do trato digestivo superior) e THP-1 (linhagem celular de monócitos) humanos, e descobriu-se que vários glicocorticóides provocam efeitos ativadores na ECA2 em ambas linhagens celulares. Os fármacos triciribina e ribosídeo de cinetina ativam a expressão da ECA2 ou inibem a produção de IL-6 em macrófagos em alguma extensão. Além disso, comparou-se a eficácia de vários glicocorticóides. A hidrocortisona mostrou o efeito mais forte na ativação da ECA2, seguida pela prednisolona, dexametasona e metilprednisolona. Ademais, o estudo analisa retrospectivamente 9 pacientes graves (de uma coorte de 90 pacientes) de COVID-19 que receberam doses médias ou pequenas de glicocorticóides. Sete de nove pacientes revelaram melhora significativa nos parâmetros clínicos e nas imagens de tomografia computadorizada do tórax. Em conclusão, os pesquisadores afirmam que os glicocorticóides melhoram a COVID-19 grave ou crítica, ativando a ECA2 e reduzindo os níveis de IL-6 (27/06/2020). Fonte: International Journal of Biological Sciences
Pesquisadores utilizam uma triagem virtual de alto rendimento para investigar os medicamentos aprovados pela FDA da biblioteca LOPAC contra a proteína spike (S-RBD) de SARS-CoV-2 e o receptor da célula hospedeira ECA2. A triagem primária identificou algumas moléculas promissoras para ambos os alvos, que foram analisadas em detalhes por sua energia de ligação, modos de ligação por meio de acoplamento molecular, dinâmica e simulações. O cloridrato GR 127935, GNF-5, RS504393, TNP e acetato de eptifibatida ligam-se ao receptor ECA2. Além disso, KT203, BMS195614, KT185, RS504393 e GSK1838705A ligam-se à proteína S viral. Essas moléculas identificadas podem efetivamente ajudar no controle da rápida disseminação da SARS-CoV-2, não apenas potencialmente inibindo o vírus na etapa de entrada, mas também a hipótese de atuar como agentes anti-inflamatórios, que podem proporcionar alívio na inflamação pulmonar (10/07/2020). Fonte: Frontiers in Immunology
Os autores fazem uma discussão sobre os alvos existentes para o controle da reação hiperinflamatória, tempestade de citocinas, IL-1, IL-6 ou GM-CSF, com o biofármacos sarilumabe, tocilizumabe, anakinra e mavrilimumabe. Argumentam que os resultados de estudos randomizados controlados por placebo em andamento comparando estratégias de bloqueio de IL-1 e IL-6 em um número maior de pacientes com COVID-19 são aguardados com expectativa para subsidiar e para classificar definitivamente a eficácia de diferentes terapias anticitoquinas (31/07/2020). Fonte: Annals of The Rheumatics Diseases
Revisão discute as possíveis abordagens terapêuticas, além da contribuição da nanomedicina contra os coronavírus nos campos de vacinação, diagnóstico e terapia (29/07/2020). Fonte: Future Medicine
A amiodarona está sendo identificado como um medicamento candidato para uso contra o SARS-CoV-2. A lógica do uso de amiodarona no cenário COVID-19 encontra-se no fato que este é um fármaco anfifílico catiônico e seu principal metabólito N-desetilamiodarona (N-DEA) inibem a entrada de filovírus (uma família que inclui o vírus Ebola) em concentrações semelhantes às encontradas no sangue de pacientes tratados por arritmias. A amiodarona pode interferir na entrada e amplificação de SARS-CoV e é capaz de bloquear a disseminação de SARS-CoV em culturas de células, inibindo a infecção no nível pós-endossômico. Os autores também especularam que a administração de amiodarona é mais eficaz no cenário de baixas cargas virais, sugerindo que a amiodarona deva ser avaliada para uso em indivíduos previamente expostos, mas assintomáticos (01/08/2020). Fonte: American Journal of Cardiovascular Drugs
Autores demonstram que dados in vitro apoiam o conceito de que o epitélio respiratório parece ser a principal via de entrada do SARS-CoV-2 no corpo e possui vários tipos de células com alta expressão de ECA2. A ligação viral leva à internalização e degradação enzimática da ECA2, promovendo efeitos hipertensivos ao aumentar os níveis de angiotensina II. Os inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA) são considerados terapêuticos porque bloqueiam a sinalização da angiotensina II, mas seu uso é conhecido por induzir maior expressão de ECA2 na membrana, o que poderia permitir maior entrada viral, principalmente nos pulmões, coração e rins. Embora seja sugerido um benefício do medicamento, são necessários estudos clínicos maiores de pacientes com COVID-19 para determinar se o dano supera os benefícios da administração de terapia com inibidores da ECA2 / BRA (31/07/2020). Fonte: Clinical Care
Artigo cita que enquanto a maioria das abordagens de imunomodulação propostas até agora no COVID-19 se concentrou na inibição da resposta inflamatória às citocinas; evidências crescentes indicam que essa resposta defeituosa de linfócitos induzida por vírus pode desempenhar um papel central na fisiopatologia da COVID-19. Autores citam que a terapia com interleucina-7 humana recombinante (IL-7), conhecida por restaurar com eficiência a contagem de linfócitos em várias infecções virais, foi administrada com segurança em pacientes com choque séptico que apresentam alterações linfocitárias semelhantes às observadas no COVID-19 (29/07/2020). Fonte: Cellular & Molecular Immunology
Revisão busca analisar e identificar os mecanismos de ECA-I e bloqueadores de receptores da angiontensina (BRA), com ênfase especial nos receptores da angiotensina e seu polimorfismo à luz da pandemia de COVID-19, pois esses medicamentos são comumente prescritos para pacientes idosos (21/07/2020). Fonte: Dovepress
03/08/2020
Estudo com pacientes de COVID-19 na China detectou que menos de 1% das pessoas eram portadoras de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica. Pesquisadores não sabem se o uso de corticosteroides inalatórios (ICS) protege contra a COVID-19, mas descartar essa hipótese como absurdo seria prematuro. Os autores citam que o uso de ICS como uma intervenção terapêutica na COVID-19 vem sendo alvo de ensaios clínicos para avaliar sua eficácia no tratamento da COVID-19 (30/07/2020). Fonte: The Lancet Respiratory Medicine
Estudo revela que dois mecanismos básicos devem ser considerados para tratar COVID-19. Uma seria a ação anti-infecciosa e imunomoduladora onde o tratamento visa melhorar as barreiras intercelulares, estimulando a imunidade inata, bem como modular a imunidade adaptativa. Assim, os autores sugerem que a vitamina D que reduz a produção de citocinas inflamatórias, como IL-2 e interferon gama (INF-γ) seria propicia para o tratamento da COVID-19. Ademais, os autores citam que múltiplos efeitos pleiotrópicos foram demonstrados sobre as ações da vitamina D nos níveis anti-inflamatório e imunomodulador. A outra abordagem seria considerar a inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona, que é exacerbada na infecção por COVID-19 porque o vírus se liga à enzima ECA2, disponibilizando mais angiotensina II para causar danos. A vitamina D inibe os mediadores da SARS - presentes em todas as células do corpo - e, ao inibir a atividade da ECA e aumentar a disponibilidade da ECA2, diminui os níveis de angiotensina II. O objetivo desta revisão é validar os benefícios do uso de altas doses de vitamina D em benefício da saúde pública, especialmente em tempos de emergência por COVID-19 (29/05/2020). Fonte: Clinica investigácion Arteriosclerosis
Os autores apresentam o papel da protease 3CL na propagação de vírus, e apontam que os inibidores moleculares racionalmente projetados dessa enzima apresentam perspectivas altas para conter a disseminação adicional da pandemia de COVID-19. Os autores apresentam resultados in silico e in vitro de algumas moléculas candidatas a novos farmacóforos como anilidas e indol-lactâmicas (30/07/2020). Fonte: Drug Development Research
31/07/2020
O estudo traz o tratamento de 193 pacientes confirmados com COVID-19 severa e com quadro hiperinflamatório que foram submetidos ao tratamento com tocilizumabe. Os autores apresentam rápido declino dos marcadores inflamatórios e diminuição da necessidade de oxigênio em todos os pacientes (21/07/2020). Fonte: Respirology
Ensaio clínico aberto, não randomizado, envolvendo pacientes com COVID-19 moderado, onde os pacientes foram divididos em uma proporção de 1:2 para receber tratamento por inalação de aerossol com IFN-κ e TFF2, a cada 48 horas por três doses consecutivas, além do tratamento padrão (grupo experimental) ou tratamento padrão sozinho (grupo controle). Pesquisadores concluíram que a inalação de IFN-κ mais TFF2 por aerossol é um tratamento seguro e facilita significativamente a melhora clínica, incluindo alívio da tosse, melhora da imagem por tomografia computadorizada e reversão da carga de RNA viral, obtendo assim uma liberação precoce da hospitalização. Os dados suportam a exploração de um estudo de maior com IFN-κ mais TFF2 (29/07/2020). Fonte: EClinicalMedicine (published by The Lancet)
Estudo sobre o uso apropriado de tocilizumabe na infecção por COVID-19 foi realizado com 43 pacientes. A duração mediana do suporte de oxigênio antes do início de tocilizumabe foi menor no grupo de pacientes graves do que no grupo de pacientes críticos (1 vs 4 dias). Apenas 3 casos de 21 (14%) que receberam tocilizumabe na enfermaria foram transferidos para a UTI, e nenhum deles morreu. Melhoria radiológica foi observada em casos graves no sétimo dia de tocilizumabe. Infecção bacteriana secundária foi detectada em 41% dos casos críticos, mas nenhum dos graves. Os pesquisadores concluem que uso precoce de tocilizumabe na infecção por COVID-19 é benéfico para a sobrevivência, tempo de hospitalização e duração do suporte de oxigênio (26/07/2020). Fonte: International Journal of Infectious Diseases
Pesquisadores resumem as diferenças entre SARS-CoV-2 e SARS-CoV no que diz respeito à classificação, composição de aminoácidos e estrutura de proteínas e características epidemiológicas e patológicas. Também foram resumidas as informações de possíveis medicamentos e terapias, incluindo cloroquina e hidroxicloroquina, remdesivir, lopinavir / ritonavir e terapia imunomodulatória, além de imunoterapias específicas e terapia celular (29/07/2020). Fonte: Virology Journal
Estudo in silico e análise de acoplamento molecular revelou compostos potenciais contra a principal protease (Mpro) de SARS-CoV-2 (PDB ID: 6LU7) e o domínio da proteína spike de SARS-CoV-2 (PDB ID: 6VYB ). Além disso, os pesquisadores observaram que a inserção de grupos NH2, halogênio e vinil pode aumentar a afinidade de ligação da caulerpina em relação ao 6VYB e 6LU7. Com base nos resultados, foi estudada a terapia combinada dos compostos potenciais, juntamente com lopinavir, simeprevir, hidroxicloroquina, cloroquina e amprenavir, para interromper a estabilidade da Mpro e a proteína spike de SARS-CoV-2. Os resultados indicam a estabilidade da terapia combinada entre os compostos estudados e o simeprevir dentro dos receptores 6LU7 e 6VYB, sendo altamente eficaz contra a SARS-CoV-2. Finalmente, as atividades antivirais de lopinavir, simeprevir, hidroxicloroquina, cloroquina e amprenavir podem ser aumentadas contra o SARS-CoV-2 usando o caulerpin e seus derivados como terapia combinada (23/07/2020). Fonte: Structural Chemistry
Pesquisadores revisam estudos que envolvem 15 classes de medicamentos no aumento dos níveis de ECA2 in vivo e a literatura disponível sobre a segurança clínica desses medicamentos em pacientes com COVID-19. Além disso, em uma re-análise de dados clínicos de uma meta-análise de 9 estudos, o estudo mostra que o uso de inibidores de ECA (IECAs) e bloqueadores de receptores de angiotensina II (BRA) não foram associados a um aumento do risco de mortalidade. A literatura sugere que o uso de IECAs/BRAs geralmente parece ser clinicamente seguro, embora seu uso em pacientes com COVID-19 grave possa aumentar o risco de lesão renal aguda (23/07/2020). Fonte: Journal of Drug Targeting
Artigo, descreve os fatores de risco, manifestações clínicas e métodos de rastreamento da toxicidade da retinina causada pela cloroquina e hidroxicloroquina, a fim de fornecer referências para o uso mais seguro da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19 (25/05/2020). Fonte: International Eye Science
Os autores fazem avaliação da variação genética do hospedeiro do SARS-COV-2 na gravidade da lesão aguda pulmonar e propõe que para alguns pacientes o uso de inibidores da ECA podem ser benéficos (29/07/2020). Fonte: The American Journal of Pathology
30/07/2020
Estudo analisa a modelagem da sequência do proteína 2-O-metiltransferase (2’OMTase), que desempenha um papel fundamental na metilação do RNA do SARS-CoV-2 para evitar o sistema imunológico do hospedeiro. Biblioteca de 3000 fármacos foi rastreada contra o local ativo da 2’OMTase. A análise de encaixe (docking) mostrou que o local ativo da 2’OMTase é alvo de uma variedade de medicamentos, que inclui alcalóides, antivirais, glicosídeos cardíacos, anticâncer, esteroides e outros. A simulação de dinâmica molecular dos 5 melhores medicamentos aprovados pela FDA (agência de regulação de medicamentos) revela obtenção de estruturas com conformação estável com a 2'OMTase (29/07/2020). Fonte: Life Sciences.
Os autores avaliam a aplicação de compostos derivados de Xingnaojing, medicamento fitoterápico tradicional chinês com aplicação bem conhecida no infarto do miocárdio, na COVID-19. Por meio de um programa específico de previsão de ancoragem molecular. Destacam os compostos clorogenina; kaempferol; 5-hidroxi-6,7,3 ', 4', 5'-pentametoxiflavona; isokaempferol; morin; jardinagem; quercetina; artemisetina; genisteína; dryobalanona; curcumina; elemicina (16/06/2020). Fonte: Chinese Traditional and Herbal Drugs
O artigo apresenta uma discussão de especialista sobre o uso de ascorbato intravenoso no tratamento da síndrome respiratória aguda grave. Discutem a farmacocinética e doses a serem administradas (20/07/2020). Fonte: Global Advances in Health and Medicine
Nesta revisão, pesquisadores discutem perspectivas emergentes para prevenção e/ou tratamento da infecção causada por COVID-19, tais como a imunização passiva com anticorpos neutralizantes de pacientes; medicamentos que afetam a ligação do vírus ou as atividades enzimáticas envolvidas na replicação e transcrição viral; medicamentos anti-inflamatórios; as tecnologias modernas de vacinação (como a vacinação reversa baseada na identificação computacional de epítopos imunodominantes) e novas estratégias de diagnóstico. Ademais, destaca que a exibição combinatória de fagos de anticorpos pode identificar o repertório imune de anticorpos neutralizantes específicos para SARS-CoV2, podendo gerar imunoterapias eficazes avançadas baseadas na descoberta de anticorpos monoclonais. (21/07/2020). Fonte: International Journal of Molecular Sciences
Revisão sobre a vitamina B3, ou niacina, que está envolvida em várias funções essenciais que garantem a manutenção da homeostase. Estudos recentes indicaram uma interconexão entre a COVID-19, o intestino (bactérias comensais) e as cascatas pró-inflamatórias. Como tal, o presente artigo explica como surgem as deficiências gastrointestinais apresentadas pelos pacientes infectados com SARS-CoV-2 e como o suprimento de vitamina B3 é crucial contra a infecção causada pelo SARS-CoV2 (22/07/2020). Fonte: Molecules
Artigo revisa os tratamentos típicos e em andamento para a COVID-19, incluindo remédios caseiros, fitoterapia, fármacos químicos, terapia com plasma e também vacinas. Além disso, uma seção é atribuída às interações medicamentosas e a alguns medicamentos desatualizados que provaram ser ineficientes (23/07/2020). Fonte: Biological Procedures Online
Nesta revisão, pesquisadores apresentam terapêuticas potenciais anti-COVID-19 que bloqueiam o estágio inicial do ciclo de vida viral. A revisão apresenta as estruturas, mecanismos e resultados de ensaios clínicos de potenciais terapêuticas que foram listados em clinictrials.gov. A terapêutica revisada inclui pequenas moléculas e macromoléculas de polissacarídeos sulfatados, polipeptídeos e anticorpos monoclonais. Os alvos frequentes são a proteína spike viral, a ECA2 do hospedeiro, a protease transmembranar serina 2 (TMPRSS2) do hospedeiro e o processo de endocitose mediada por clatrina (23/07/2020). Fonte: International Journal of Molecular Sciences
29/07/2020
Os autores discutem o uso do Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos e Macrófagos GM-CSF para estimular o sistema imunológico inato, visando aumentar à resposta imune adaptativa durante o tempo necessário para se eliminar o vírus e fornecer imunidade futura na COVID-19. Discutem que o recrutamento do sistema imunológico inato induzido por GM-CSF também é capaz de reverter patologias cerebrais, neuroinflamação e déficits cognitivos em modelos de camundongos da doença de Alzheimer e síndrome de Down, além de melhorar a cognição no envelhecimento normal e em humanos. pacientes com déficits cognitivos devido à quimioterapia, ambos exibindo neuroinflamação. Assim como que o GM-CSF é um tratamento eficaz para pneumonias bacterianas e virais, e sua inflamação associada, em animais e que tratou com sucesso a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo associado à pneumonia em humanos (07/2020). Fonte: F1000Research
Análise in silico propõe metabólitos de cianobactérias como fármacos promissores contra Mpro e PLpro do SARS-CoV-2, com capacidade de inibir a replicação viral. Estudo evidenciou a partir dos escores de energia vinculante que os metabolitos cilindrospermopsina, desoxicilindrospermopsina, carragenina, criptoficina 52, eucapsitriona, tipanazola, toliporfina e apratoxina A exibem potencial inibidor promissor contra a Mpro do SARS-CoV-2, enquanto os compostos criptoficina 1, criptoficina 52 e desoxicilindrospermopsina exibem pontuações de energia vinculantes encorajadoras com o PLpro de SARS-CoV-2. Estimativa de propriedades fisicoquímicas e toxicidade potencial dos metabólitos seguidos de simulações de dinâmica molecular estabeleceu a desoxicilindrospermopsina como o candidato inibidor mais promissor contra ambas as proteases do SARS-CoV-2 (21/07/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Estudo sugere a inibição de catepsina C como um mecanismo de proteção dos pulmões no tratamento da COVID-19. A catepsina C (CatC) é uma cisteína dipeptidil aminopepitidase que ativa a maioria das serino proteases relacionadas degradação de tecido. Uma diminuição das proteases pró-inflamatórias relacionadas à elastase em neutrófilos é observada em pacientes com deficiência de CatC (síndrome de Papillon-Lefèvre). Assim, o CatC aparece como um alvo terapêutico potencial para inibir a degradação do tecido orientado pela protease em doenças inflamatórias crônicas e autoimunes. Os inibidores químicos do CatC, como, por exemplo o Brensocatibe, estão sendo avaliados em ensaios pré-clínicos e clínicos para reduzir a progressão da lesão pulmonar nos pacientes com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA). A inibição farmacológica do CatC pode ser uma estratégia terapêutica potencial para prevenir a falha pulmonar irreversível que ameaça a vida de pacientes covid-19 (21/07/2020). Fonte: Journal of Medicinal Chemistry
28/07/2020
Estudo clínico COVID STEROID, randomizado, estratificado e cego envolvendo 1000 pacientes adultos com COVID ‐ 19. Avaliou hidrocortisona intravenosa 200 mg diariamente versus placebo (solução salina a 0,9%) por 7 dias. Os resultados demonstram que os corticosteróides reduzem o tempo de ventilação mecânica, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e potencialmente também a mortalidade em populações semelhantes de pacientes. No entanto, os corticosteróides têm efeitos indesejáveis, incluindo mais tempo para a depuração viral (21/07/2020). Fonte: Acta Anaesthesiologica Scandinavica
Na busca por medicamentos conhecidos para reposicionamento no tratamento da COVID-19, foi criada uma biblioteca com aproximadamente 12.000 pequenas moléculas em estágio clínico ou aprovadas pelo FDA, órgão regulatório americano. Foram identificadas 100 moléculas capazes de inibir a replicação viral, incluindo 21 que exibem relações dose-resposta dependente. Destas moléculas, 13 apresentaram concentrações efetivas potencialmente compatíveis com àquelas doses terapêuticas alcançáveis em pacientes, incluindo o inibidor da PIKfyve quinase, apilimod2–4, e os inibidores de cisteína protease MDL-28170, Z LVG CHN2, VBY-825 e ONO 5334. (24/07/2020). Fonte: Nature.
Estudo pretende identificar moléculas com mecanismo de ação anti-inflamatório de amplo espectro, visando múltiplas citocinas de imunidade inata. Para isso foi montada uma biblioteca de pequenas moléculas endógenas ao corpo humano, submetidas a simulações de acoplamento molecular in silico e posterior testagem in vitro utilizando 3 linhagens celulares para identificar a atividade anti-pró-inflamatória via inibição de interleucinas. A furosemida foi identificada como molécula candidata. Após diversos testes, autores concluíram que a furosemida é um inibidor potente da IL-6 e do TNF-α, é um medicamento seguro, barato e bem estudado. Os dados pré-clínicos sugerem que pode ser um candidato para o reposicionamento como terapia inalatória contra o COVID-19 (07/07/2020). Fonte: PeerJ
27/07/2020
Os autores avaliaram 115 pacientes 44 em tratamento e 71 no grupo controle sobre o efeito da administração de ribavirina no tratamento da COVID-19, os resultados não demonstraram melhora no tempo de negativação ou na taxa de mortalidade (23/07/2020). Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents
O artigo apresenta uma revisão do ciclo de vida do vírus SARS-CoV-2 na célula hospedeira e fornece sob um ponto de vista biológico e patológico, alvos potenciais e medicamentos que poderiam ser avaliados para um possível reposicionamento para o tratamento do novo coronavírus (22/07/2020). Fonte: Cellular Signalling
No tratamento da tempestade de citocinas, presente em casos graves da COVID-19. Os autores fazem uma discussão sobre a utilização do anakinra, inibidor de IL-1, quando comparado aos tratamento com corticosteroides ou ao bloqueio de IL-6. Abordando o aumento do risco de infecção com altas doses de esteróides e o risco de mascarar sinais de infecção com bloqueio de IL-6 (supressão de Proteína C-reativa ou febre) (21/07/2020). Fonte: Lancet Rheumato
Os autores propõem um protocolo in silico para fornecer informações sobre o mecanismo de ação associado a atividade da protease principal SARS-CoV-2 e para propor novos potenciais inibidores. Dada a emergência, negligenciamos as investigações pré-clínicas de rotina e demoradas para explorar diretamente um banco de dados de medicamentos conhecidos, propondo o reposicionamento de alguns fármacos (26/07/2020). Fonte: Viruses
Revisão expõe o ciclo de replicação de SARS-CoV-2 em células humanas e possíveis alvos de fármacos reposicionados que foram empiricamente usados e testados em ensaios clínicos para o tratamento da COVID-19 (23/07/2020). Fonte: Biochemical Pharmacology.
A farmacêutica israelense RedHill Biopharma informou que enviou um pedido para testar o medicamento experimental Opaganib (Yeliva) em pacientes hospitalizados com infecção grave por SARS-CoV-2 e pneumonia às autoridades reguladoras do México e do Brasil. A empresa biofarmacêutica disse que suas solicitações para este estudo já foram aprovadas no Reino Unido e na Rússia. O estudo, que está nas fases 2 e 3, está programado para inscrever até 270 pacientes com pneumonia grave por COVID-19, que requerem hospitalização e tratamento com oxigênio suplementar. O objetivo primário do estudo é avaliar o efeito do medicamento em pacientes que necessitam de intubação e ventilação mecânica no décimo-quarto dia de internação (23/7/2020). Fonte: OSul.
Revisão enumera pesquisas sobre moléculas à base de plantas e sua potencial aplicação no tratamento da infecção pelo SARS-CoV-2. Estratégias para editar genomas, superexpressão e silenciamento de genes além de abordagens moleculares para produção de biomoléculas-alvo no sistema vegetal são discutidas detalhadamente. A revisão fornece um roteiro para agilizar a pesquisa sobre o uso de plantas como nova fonte de biomoléculas ativas com aplicações terapêuticas (25/07/2020). Fonte: Genomics
Revisão apresenta potencial antiviral da cefarantina (CEP), um alcaloide natural derivado de Stephania cepharantha Hayata utilizado para alopecia, que demonstrou ter propriedades anti-inflamatórias, antioxidativas, imunomoduladoras, antiparasitárias e antivirais únicas. A cefarantina suprime a ativação do fator nuclear-kappa B (NF-κB), a peroxidação lipídica, a produção de óxido nítrico (NO), a produção de citocinas e a expressão da ciclooxigenase; todos eles cruciais para a replicação viral e resposta inflamatória. Adicionalmente, CEP inibe predominantemente a entrada e a replicação viral do SARS-CoV-2 e vírus homólogos em doses baixas; tendo sido recentemente identificado como o inibidor de coronavírus mais potente entre 2406 candidatos clinicamente aprovados de reposicionamento de medicamentos em um modelo pré-clínico (22/07/2020). Fonte: Pharmacological Reports
Estudo avaliou a relação dos níveis de vitamina D com o risco de desenvolver COVID-19 em uma população de 14.000 indivíduos testados para COVID-19 em Israel. Dos 7.807 indivíduos, 782 (10,1%) foram COVID‐19‐positivo, e 7.025 (89,9%) COVID‐19‐negativo. O nível médio de vitamina D plasmática foi significativamente menor entre aqueles que testaram positivo sugerindo que o baixo nível de vitamina D plasmática parece ser um fator de risco independente para infecção e hospitalização COVID‐19.(23/07/2020) Fonte: The FEBS Journal
A finasterida e a dutasterida (inibidores da 5α redutase) são medicamentos anti-androgênicos amplamente utilizados para hiperplasia benigna da próstata, que foram recentemente indicados no tratamento de COVID-19. No presente estudo foi realizada uma análise estrutural, juntamente com os estudos computacionais e de mutagênese, que revelou mecanismos moleculares para a redução de 5α da testosterona e inibição da finasterida envolvendo os resíduos E57 e Y91. Os resultados oferecem insights estruturais críticos sobre a função das redutases esteróides de membrana integral e facilitarão o desenvolvimento de medicamentos (15/07/2020) In Review. Fonte: Nature Research
Em uma abordagem baseada em dinâmica farmacológica e molecular para reposicionamento de medicamentos e identificação de chumbo contra alvos duplos (3CLp e PLp) de SARS-CoV-2. O modelo farmacóforo dos inibidores de 3CLp era apolar com dois receptores aromáticos e dois receptores de ligação H, enquanto o modelo de PLp era relativamente polar, apresentando um receptor aromático e três receptores de ligação H. A triagem virtual baseada em farmacóforos produziu seis medicamentos aprovados pela FDA e doze produtos naturais, com as duas características farmacofóricas. Entre eles estão o nelfinavir, tipranavir e licochalcone-D, que demonstraram melhores características de ligação com ambas as proteases em comparação com o lopinavir (22/07/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Os resultados de um estudo com tocilizumabe determinou que este pode controlar os sintomas de COVID-19 grave, reduzindo a resposta inflamatória e melhorando rapidamente o estado clínico na maioria dos pacientes. As alterações pulmonares melhoraram em 21 (84%) pacientes dentro de duas semanas de tratamento; 19 tiveram alterações mínimas ou inexistentes no exame final (22/07/2020). Fonte: Expert Review of Anti-infective Therapy
Esta revisão sistêmica e metanálise objetivaram avaliar a eficácia do tocilizumabe no tratamento da doença grave da COVID-19. Os resultados do tratamento incluíram mortalidade, risco de admissão na unidade de terapia intensiva (UTI) e a necessidade de ventilação mecânica (VM). Um total de 7 estudos retrospectivos envolvendo 593 pacientes adultos com COVID-19 grave, incluindo 241 no grupo tocilizumabe e 352 no grupo controle, foram incluídos. A mortalidade por todas as causas de pacientes graves com COVID-19 no grupo tocilizumabe foi de 16,2% (39/241), o que foi menor do que no grupo controle (24,1%, 85/352), no entanto, a diferença não atingiu significância estatística (23/07/2020). Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents
Os resultados deste estudo sugerem que a IL-7 pode ser administrada com segurança a pacientes críticos com COVID-19 sem exacerbar a inflamação ou lesão pulmonar. A IL-7 foi associada a linfócitos retornando a um nível de referência, parecendo reverter uma marca patológica de COVID-19. É importante ressaltar que estudos anteriores relataram que a restauração do número de linfócitos associada à IL-7 aumentou a atividade de agentes antivirais. Uma limitação do presente estudo é que não foram realizados estudos fenotípicos ou funcionais de células imunes (22/07/2020). Fonte: JAMA network open
Através do repossicionamento de possíveis moléculas de medicamentos existentes para reduzir a mortalidade da COVID-19 foram encontrados 23 candidatos a medicamentos por meio da avaliação de estudos de acoplamento molecular. Foi observado que a Epirubicina, Vapreotida e Saquinavir exibiram melhor afinidade de ligação à Protease Principal SARS-CoV-2 (22/07/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Os anticorpos monoclonais (mAbs) anti-inflamatórios estão sendo reposicionados e testados para uso na contenção da tempestade de citocinas em pacientes com SARS moderada a grave com complicações de COVID-19. Dentre os mAbs, o itolizumabe está sendo reutilizado por sua segurança e eficâcia para o tratamento da COVID-19. O composto atua na inibição da CD6 com efeito imunomodulador na ativação dos linfócitos T e na supressão de citocinas pró-inflamatórias (23/07/2020). Fonte: Expert Opinion on Biological Therapy
24/07/2020
Autores avaliaram a atividade antiviral do HCQ tanto in vitro quanto em macacos infectados por SARS-CoV-2. HCQ mostrou atividade antiviral em células VeroE6, mas não em células do epitélio das vias aéreas humanas. Em macacos, foram testadas diferentes estratégias de tratamento em comparação com placebo, antes e depois do pico da carga viral, sozinho ou em combinação com azitromicina (AZTH). Nem o HCQ nem o HCQ+AZTH apresentaram um efeito significativo sobre os níveis de carga viral em nenhum dos compartimentos testados. Quando o fármaco foi usado como profilaxia pré-exposição (PrEP), o HCQ não conferiu proteção contra a aquisição de infecção. Nossos achados não suportam o uso de HCQ, sozinho ou em combinação com a AZTH, como um tratamento antiviral para COVID-19 em humanos (22/07/2020). Fonte: Nature
Os autores fazem uma avaliação crítica da estratégia de reposicionamento de fármacos para o tratamento da COVID-19. Apontando como vantagens a gama de conhecimentos já existentes sobre estes medicamentos, como o perfil de segurança e o perfil farmacocinético, fatos que podem levar a economia de tempo e de recursos na pesquisa. No entanto, apontam que até o momento só existem dados consistentes com resultados favoráveis para os estudos de reposicionamento do remdesivir e da dexametasona (21/07/2020). Fonte: Annals of the American Thoracic Society
Os autores fazem uma análise correlacionando o mecanismo de replicação do vírus da hepatite C com o do coronavírus e propõem o uso de três análogos de nucleotídeos (os trifosfatos do sofosbuvir, alovudina e AZT) que inibem a RNA polimerase dependente de RNA do SARS-CoV (RdRp). Além de outros fármacos, alovudina, tenofovir alafenamida, AZT, abacavir, lamivudina e emtricitabina, como inibidores da SARS-CoV-2 RdRp (21/07/2020). Fonte: Journal of Proteome Research
Os autores apontam que grande destaque foi dado para o reposicionamento de fármacos com foco antiviral como a cloroquina ou imunomodulador como a dexametasona. Mas defendem que outros tratamentos com fármacos direcionados ao controle de eventos da síndrome metabólica apresentam resultados promissores, destacando dados de estudos com as estatinas (18/07/2020). Fonte: Journal of Molecular and Cellular Cardiology
Resultados demonstram que não há evidência clara de que a azitromicina possa exercer efeitos benéficos no COVID-19 além da atividade antibacteriana na superinfecção bacteriana. Embora o potencial arritmogênico da azitromicina seja menor quando comparado a outros macrolídeos ou outras classes de medicamentos antibacterianos, como fluoroquinolonas, o uso de drogas com baixo risco de arritmia com outros medicamentos potencialmente prolongadores do intervalo QT, como a hidroxicloroquina / cloroquina, garante monitoramento próximo ao eletrocardiograma. Se não for possível, como pode ser o caso em um ambulatório, uma avaliação completa dos fatores de risco em potencial para arritmia deve ser considerada a avaliar cuidadosamente os riscos em relação aos benefícios de diferentes antibióticos para o tratamento da superinfecção bacteriana no COVID -19 (21/07/2020). Fonte: Drug Safety
Em entrevista realizada dia 22/07/2020 editores da revista The New England Journal of Medicine discutem o uso da dexamentasona e o papel dos corticosteróides no tratamento da COVID-19 (22/07/2020). Fonte: The New England Journal of Medicine
Interações medicamentosas entre medicamentos usados com frequência em idoso e sua interação com medicamentos antivirais em estudo para a COVID-19 (Tabela) (21/07/2020). Fonte: Geriatrics and Gerontlogy International.
23/07/2020
Em entrevista realizada dia 22/07/2020 editores da revista The New England Journal of Medicine discutem o uso da dexamentasona e o pepel dos corticosteróides no tratamento da COVID-19 (22/07/2020). Fonte: The New England Journal of Medicine
O estudo chamado Coalizão COVID-19, conduzido por instituições como Hospital Israelita Albert Einstein, HCor e Hospital Sírio-Libanês, incluiu 667 pacientes com quadros leves ou moderados da doença em 55 hospitais brasileiros e avaliou a eventual eficácia da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus. Os pacientes que participaram da pesquisa foram distribuídos por sorteio em três grupos: um recebeu hidroxicloroquina, azitromicina e suporte clínico padrão; outro hidroxicloroquina e suporte clínico padrão; e o terceiro apenas suporte clínico padrão. O estudo mostrou que o status clínico após 15 dias foi similar nos três grupos, demonstrando que o uso da hidroxicloroquina não apresentou efeito favorável em pacientes hospitalizados com formas leves ou moderadas de Covid-19. (23/07/2020) Fonte: The New England Journal of Medicine
Artigo sugere uma nova estratégia terapêutica para o estágio tardio, principalmente em complicações pulmonares provocadas pela infecção por SARS-CoV-2, mas também danos remotos, com base na ativação específica da ECA2, através do uso do aceturato de diminazeno, e que podem ser importantes principalmente, para pacientes não responsivos aos protocolos de tratamento propostos até agora. Se os níveis da ECA2 forem restaurados nos tecidos que a SARS-CoV-2 reduziu sua expressão e retomar a homeostase, os autores sugerem estar perto do controle da COVID-19 (17/04/2020). Fonte: Expert review of clinical pharmacology
Revisão das principais abordagens que estão em ensaios clínicos para COVID-19. Dentre essas abordagens estão os medicamentos que visam reduzir a replicação do SARS-CoV-2 visando funções enzimáticas virais ou fatores celulares necessários para o ciclo de vida viral. Drogas que modulam a resposta imune do hospedeiro à infecção por SARS-CoV-2, aumentando a depuração viral ou suprimindo para evitar inflamação excessiva e lesão tecidual. Os autores propõem meios para descobrir reaproveitamento de fármacos ao uso off label de drogas existentes no contexto do surto de COVID-19 (20/07/2020). Fonte: ACS Infectious Diseases
Revisão, discute o papel e a segurança em potencial dos moduladores imunológicos no tratamento do COVID-19 grave e seu impacto na sobrevida e nos sintomas clínicos (21/07/2020). Fonte: Drugs
Os autores mapearam a literatura em busca de evidências sobre fármacos que atuam sobre as vias de entrada do vírus nas células hospedeiras principalmente ECA2 e TMPRSS2, bem como outras moléculas que regulam a expressão da ECA2, como ADAM-17 e calmodulin. Várias classes de fármacos foram identificadas e maioria deles já são usados clinicamente para outras doenças. Eles incluem ECA2 recombinante solúvel, moduladores ECA2 indiretos, inibidores de TMPRSS2 (mesilato de camostato, mesilato de nafamostato, antiandrógenos, corticosteroides inalados) e intensificadores de ADAM-17 (5-fluorouracil). Esses agentes têm potencial para intervenção profilática e terapêutica nos estágios iniciais da infecção pelo SARS-CoV-2 devem ser investigados em modelos pré-clínicos adequados e estudos clínicos (21/07/2020). European journal of clinical pharmacology
22/07/2020
Revisão sobre as evidências que estão surgindo sobre a via IL-1/IL-6 em pacientes graves de COVID-19. Os autores sugerem o uso de anakira para bloquear essa via e afirmam que os achados abrem novos caminhos para terapias direcionadas ao hospedeiro em pacientes com infecção sintomática de SARS-CoV-2 e podem, além do tratamento antiviral, ser suficiente para conter a morbidade e mortalidade associadas à COVID-19 (18/07/2020). Fonte: Critical care (London, England)
Estudo que avalia os efeitos de uma terapia de associação de hidroxicloroquina (HY) mais ritonavir/darunavir (RD) ou azitromicina (AZ) nos intervalos QTc. Os resultados mostram que a hidroxicloroquina com ambos ritonavir/darunavir ou azitromicina aumentou significativamente o intervalo QTc em 7 dias. O risco de desenvolver arritmias malignas permaneceu relativamente baixo quando esses fármacos foram administrados por um período limitado de tempo (16/07/2020). Fonte: Heart and Vessels
Artigo discute o potencial de duas proteínas, Ciclofilina A (CyPA) e CD147, como novos alvos terapêuticos para o tratamento da COVID-19. Ciclofilina A é uma proteína importante necessária para a replicação do coronavírus, enquanto que o CD147 parece desempenhar um papel funcional na facilitação da infecção das células hospedeiras pelo SARS-CoV-2. A interação CyPA/CD147 pode desempenhar um papel crítico na capacidade do vírus SARS-CoV-2 de infectar as células hospedeiras. (16/07/2020) Fonte: Medicine in Drug Discovery
Revisão apresenta os avanços nos possíveis tratamentos para a COVID-19, incluindo remdesivir, favipiravir, tocilizumabe, plasma convalescente, células tronco mesenquimais, interferons e 115 vacinas em testes clínicos e pré-clínicos. (17/07/2020) Fonte: European Journal of Pharmacology
Em carta para o editor pesquisador sinaliza os possíveis efeitos adversos da cloroquina e hidroxicloroquina que podem inibir a infecção SARS-CoV-2 reduzindo a entrada e replicação do vírus. Os autores citam que esses agentes têm o potencial de piora a lesão renal aguda e outras falhas de órgãos devido ao seu efeito conhecido de aumentar o pH lisossômico e inibir autofagia 2, um mecanismo fundamental para a sobrevivência de células lesadas (julho/2020) Fonte: Kidney International
Dois relatórios recentes discutem os benefícios clínicos positivos para uso off label do medicamento montelucaste em certos pacientes com COVID ‐ 19 eles sugerem que a montelucaste inibe citocinas relacionadas aos macrófagos M2, agindo como um antagonista do receptor de cisteinil leucotrienos. Em ratos, a montelucaste reduziu o TNF ‐ alfa e a interleucina ‐6, aumentou a glutationa e o superóxido dismutase e reduziu a mortalidade relacionada à sepse. A tempestade de citocinas no COVID ‐ 19 é pelo menos parcialmente causada pela ativação dos mastócitos, e antagonistas do receptor de leucotrienos como o montelucaste podem ser usados por sua capacidade de atenuar a ativação dos mastócitos (13/07/2020). Fonte: Journal Medical Virology
21/07/2020
Revisão que destaca a origem, emergência, características estruturais, patogênese e características clínicas da COVID-19 . Também discute as estratégias de tratamento, medidas preventivas e vacinas para combater o surgimento da COVID-19 (7/07/2020). Fonte: European Journal of Pharmacology
Artigo analisa a possibilidade de redirecionar antagonistas do receptor da angiotensina tipo 1 (AT1R) e vitamina D para o tratamento do COVID-19. Artigo demonstra que antagonistas de AT1R e vitamina D aumentam a expressão da ECA2 de forma independente. A vitamina D suprime o aumento compensatório dos níveis de renina após a inibição do sistema renina-angiotensina pelos antagonistas do AT1R. Portanto, uma combinação de antagonistas do AT1R e vitamina D pode oferecer proteção contra lesão pulmonar induzida por COVID-19 (15/07/2020). Fonte: The American Journal of the Medical Sciences
Artigo sugere que a utilização de Povidone-Iodine, presente em vários enxaguatórios bucais, tenha eficácia na redução da carga viral na orofaringe. (17/07/2020) Fonte: Oral Diseases
20/07/2020
Resultados do primeiro teste clínico de fase II da vacina de vetor viral Ad5 não-replicante da CanSino Biologics mostra que a vacina em uma dose de 5 × 1010 partículas virais/ml é segura, e induz respostas imunes significativas na maioria dos receptores após uma única imunização. O estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo foi realizado em um único centro em Wuhan na China em 508 participantes que foram aleatoriamente designados para receber a vacina com dose de 1 × 1011 partículas virais/ml ou 5 × 1010 partículas virais/ml ou placebo. Ambas as doses testadas da vacina induziram respostas significativas de anticorpos neutralizantes ao SARS-CoV-2 in vivo. Parte dos pacientes relataram efeitos adversos. Reações adversas graves foram relatadas por 24 (9%) participantes do grupo de dose de partículas 1 × 1011 e um (1%) participante no grupo de dose de partículas virais 5 × 1010. Nenhuma reação adversa gravíssima foi documentada (20/07/2020). Fonte: Lancet
Resultados de testes clínicos de fase 1/2 da vacina ChAdOx1 nCoV-19 da Universidade de Oxford indicam que a vacina apresenta um perfil de segurança aceitável com o aumento homólogo das respostas de anticorpos. Esses resultados, juntamente com a indução de respostas imunes humorais e celulares, apoiam a avaliação de fase 3 em larga escala desta vacina já em curso. O estudo é single-blind, controlado randomizado em cinco locais de teste no Reino Unido em comparação com a vacina conjugada meningocócica (MenACWY) como controle. Foram recrutados 1077 participantes para receber a chAdOx1 nCoV-19 (n=543) ou MenACWY (n=534). Reações locais e sistêmicas foram mais comuns no grupo ChAdOx1 nCoV-19. Não houve eventos adversos graves relacionados ao ChAdOx1 nCoV-19 (20/07/2020). Fonte: Lancet
Artigo avalia a lógica e a razão do uso de medicamentos anti-reumáticos, do ponto de vista de especialistas, nas várias fases da COVID-19 (27/06/2020). Fonte: Journal of Population Therapeutics & Clinical Pharmacology
Estudo avalia o potencial de 40 constituintes químicos naturais de Ashwagandha contra a principal protease (Mpro) da SARS-CoV-2, adotando a abordagem computacional. O estudo sugere que o Withanosídeo V em Ashwagandha é um inibidor potencial contra a Mpro do SARS-CoV-2 para combater o COVID-19 (08/07/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamic
Estudo com 158 pacientes dos quais 90 receberam tocilizumabe demonstrou uma melhora significativa na sobrevida em comparação com o tratamento padrão. Não foram observadas diferenças entre as duas vias de administração nem infecções relacionadas ao tocilizumabe nem efeitos colaterais (17/07/2020). Fonte: EClinicalMedicine
Estudo do uso da hidroxicloroquina (HCQ) para o tratamento precoce de adultos com COVID-19 foi controlado e randomizado com 293 pacientes e o tempo médio do início dos sintomas até a randomização foi de 3 dias. No regime de tratamento aplicado não foi demonstrado uma redução no risco de hospitalização nem na redução do tempo para concluir a resolução dos sintomas. A conclusão do estudo diz que pacientes com COVID-19 leve não tiveram benefício com o HCQ além dos cuidados usuais (16/07/2020). Fonte: Clinical Infectious Diseases : an official publication of Infectious Diseases Society of America
Estudo realiza um teste de triagem para a descoberta de compostos anti-SARS-CoV-2 e dos 65 compostos selecionados, encontraram quatro drogas capazes de inibir seletivamente a infecção por SARS-CoV-2 in vitro: brequinar, acetato de abiraterona, neomicina e o extrato de Hedera helix (10/07/2020). Fonte: bioRxiv
Estudo avaliou, durante 28 dias, 2104 pacientes que receberam dexametasona e 4321 que receberam os cuidados habituais. O estudo concluiu que, em pacientes hospitalizados com COVID-19, o uso de dexametasona resultou em menor mortalidade em 28 dias entre aqueles que estavam recebendo ventilação mecânica invasiva ou oxigênio sozinho na randomização, mas não entre aqueles que não receberam suporte respiratório. Adicionalmente, o risco de progressão para ventilação mecânica invasiva foi menor no grupo de dexametasona do que no grupo de tratamento habitual (17/07/2020) Fonte: The New England Journal of Medicine
17/07/2020
Artigo cita que a estrutura do vírus SARS-CoV-2 compreende proteína S, proteína M, proteína E, hemaglutinina esterases, proteínas nucleocapsídicas e um genoma de RNA de 30 kb. As proteases virais cortam essas poliproteínas e as polimerases dependentes de RNA replicam o genoma. Frente a isso o artigo faz uma revisão dos mais recentes desenvolvimentos terapêuticos contra o COVID-19 como remdesivir, arbidol, favipiravir, tocilizumabe, lopinavir/ritonavir, ribavirina, hidroxicloroquina vacinas entre outros (15/07/2020). Fonte: Molecular Neurobiology
A partir de um amplo painel de anticorpos monoclonais humanos (mAbs) visando a glicoproteína spike (S), pesquisadores identificaram vários mAbs que exibiam atividade neutralizante potente e bloquearam completamente o domínio de ligação ao receptor de S (SRBD) de interagir com a ECA2 humana (hECA2). Os estudos de ligação à competição, estruturais e funcionais permitiram agrupar os mAbs em classes que reconhecem epítopos distintos no SRBD, bem como estados conformacionais distintos do trímero S. Em dois modelos de ratos com infecção por SARS-CoV-2, a transferência passiva de COV2-2196 ou COV2-2130 isoladamente ou uma combinação de ambos os mAbs protegeu os ratos da perda de peso e reduziu a carga viral e a inflamação no pulmão. Além disso, a transferência passiva de cada um dos dois mAbs bloqueadores da ECA2 mais potentes (COV2-2196 ou COV2-2381) como monoterapia protegeu macacos rhesus da infecção por SARS-CoV-2. Esses resultados identificam epítopos protetores no SRBD e fornecem uma estrutura baseada em estrutura para o planejamento racional da vacina e a seleção de imunoterapêuticos robustos (15/07/2020). Fonte: Nature
Foram avaliadas as atividades antivirais in vitro de compostos conhecidos por suas atividades celulares de amplo espectro, juntamente com medicamentos atualmente em avaliação em ensaios clínicos para pacientes com COVID-19. Foi demonstrado antagonismo entre remdesivir e berberina, em contraste com o sinergismo entre remdesivir/diltiazem. Combinação de medicamentos direcionados ao hospedeiro com antivirais de ação direta necessitam novos estudos em modelos fisiológicos (15/07/2020). Fonte: Antiviral Research
Artigo informa que formulação de inalação de hidroxicloroquina que passou por estudos de segurança em ensaios clínicos para o tratamento da asma e discute-se essa abordagem pode reduzir os efeitos colaterais e melhorar a eficácia do uso da HCQ para COVID-19. Esta simples formulação já está em estudos clínicos de fase II, portanto os dados de segurança podem ser usados para permitir imediatamente ensaios da fase II para a COVID-19 (15/07/2020). Fonte: Medical Hypotheses
Qing Fei Pai Du Tang (QFPDT), uma fórmula de medicina chinesa composta por 21 ervas provenientes de cinco fórmulas clássicas foi relatada como eficaz para COVID-19 em 10 províncias da China continental. A QFPDT pode impedir a progressão de casos leves e encurtar a duração média dos sintomas e a internação hospitalar. O artigo apresenta uma revisão dos estudos científicos básicos, possíveis alvos terapêuticos da QFPDT e suas ervas constituintes, incluindo Ephedra sinica, Bupleurum chinense, Pogostemon cablin, Cinnamomum cassia, Scutellaria baicalensis. Enquanto estudos clínicos em larga escala sobre QFPDT estão sendo conduzidos na China, pode-se usar esses dados para exploração de tratamento incluindo estudos de interação farmacocinética, farmacodinâmica e de interação ervas-fármacos (01/07/2020). Fonte: American Journal of Chinese medicine
Após avaliação de 87 pacientes com resultado positivo para COVID-19, os autores concluem que o tratamento com atorvastatina promove redução significativa na morbimortalidade (14/07/2020). Fonte: Critical Care
Devido a redução da interação a diminuição das ligações da angiotensina II ao receptor da angiotensina II tipo 1 de maneira dependente da dose. A possibilidade de bloqueio da produção excessiva de angiotensina II, que não pode ser clivada na angiotensina 1-7 pela ACE2, com possibilidade de diminuir a gravidade da doença pulmonar; bem como os efeitos antioxidantes os autores propõem o uso da acetilcisteína no tratamento da COVID-19 (14/07/2020). Fonte: Future Medicine
Estudo apresenta vantagens da utilização do nucleosídeo parental GS-441524 em relação ao remdesivir para o tratamento de COVID-19. A análise farmacocinética do remdesivir evidencia hidrólise prematura no soro ao GS-441524, que é o metabólito predominante que atinge os pulmões. Com sua simplicidade sintética e eficácia in vivo no ambiente veterinário, os autores afirmam que o GS-441524 é superior ao remdesivir para o tratamento COVID-19. Ademais, a síntese do GS-441524 é mais simples que do remdesivir, o que facilitaria a produção em larga escala (23/06/2020) Fonte: ACS Med. Chem. Lett.
Pesquisadores descobrem uma nova inserção de motivo de ligação à glicosaminoglicana (GAG) no local de clivagem proteolítica S1/S2 (681–686 (PRRARS)) e dois outros motivos semelhantes dentro da glicoproteína spike de SARS-CoV-2 (SGP) e levantam a hipótese de que as GAGs da superfície da célula hospedeira possam interagir com os SGPs de SARS-CoV-2 para facilitar a entrada da célula hospedeira. Usando um ensaio ressonância plasmônica de superfície, descobriram que o SGP monomérico e trimérico da SARS-CoV-2 ligam-se mais firmemente à heparina imobilizada do que os SGP de SARS-CoV e de MERS-CoV. Em estudos de ligação competitiva, o IC50 da heparina, heparina não anticoagulante tri-sulfatada e heparina de baixo peso molecular não anticoagulante contra a ligação da SGP do SARS-CoV-2 à heparina imobilizada foram 0,056 μM, 0,12 μM e 26,4 μM, respectivamente; sugerindo potencial terapêutico de heparinas como inibidores competitivos de COVID-19. Este estudo serve de base para investigar os papéis biológicos das GAGs na patogênese da SARS-CoV-2. Além disso, seus achados podem fornecer base adicional para intervenções baseadas em heparina para pacientes com COVID-19 que exibem complicações trombóticas (10/07/2020). Fonte: Antiviral Research
16/07/2020
Artigo discute os fármacos que estão em ensaios clínicos, mas cujos resultados ainda não estão disponíveis, e em vários casos são apresentados também dados históricos sobre o tratamento de SARS, MERS, influenza ou estudos in vitro (13/07/2020). Fonte: Drug Resistance Updates
Quatorze fármacos (existentes ou/e experimentais) selecionados por especialistas foram examinados do ponto de vista da biodisponibilidade através das regras lipinski-veber e de suas características físico-químicas. O objetivo foi descobrir semelhanças de padrões e características peculiares que poderiam ser úteis para a otimização de medicamentos antivirais, combinação de drogas ou novo design de agente antiviral (15/07/2020). Fonte: European Journal of Medicinal Chemistry
Revisão compara o uso de imunoglobulina intravenosa e globulina hiperimune no tratamento da COVID-19 (07/2020). Fonte: Clinical Immunology.
Estudo randomizado, duplo-cego, controlado envolvendo 491 pacientes com COVID-19 não verificou diferença significativa na evolução da doença entre o grupo tratado com hidroxicloroquina e o grupo controle. O tratamento com o fármaco foi iniciado no início dos sintomas da doença (16/07/2020). Fonte: Annals of Internal Medicine.
15/07/2020
Artigo avalia ligantes de ECA2 “off-target” como possíveis opções terapêuticas para COVID-19. A ligação entre a proteína S de vírus SARS-CoV-2 e o receptor celular hospedeiro ECA2 é um fator-chave para iniciar a infecção viral. Além disso, essa ligação parece influenciar na regulação da ECA2, aumentando a inflamação (02/05/2020). Fonte: British Journal of Clinical Pharmacology
Análise retrospectiva para avaliação o efeito do tratamento crônico com hidroxicloroquina (HCQ) na COVID-19. Dos 26.815 pacientes positivos para SARS-CoV-2, 77 (0,29%) foram tratados cronicamente com HCQ. Após o ajuste para idade, sexo e tratamento crônico com corticosteróides e/ou imunossupressores, a razão de chances da infecção por SARS-CoV-2 para tratamento crônico com HCQ foi de 0,51 (0,37-0,70). Os dados sugerem que o tratamento crônico com HCQ confere proteção contra a infecção por SARS-CoV-2. (09/07/2020). Fonte: Journal of Medical Virology.
Revisão com estudos imunológicos envolvendo a resposta do sistema imunológico do hospedeiro e a imunopatologia da infecção por SARS-CoV-2, bem como estratégias de imunoterapia para COVID-19. Potenciais estratégias para combate da COVID-19, como terapia passiva com anticorpos e uso do interferon αeβ e inibidor do receptor IL-6 (IL-6R), também foram discutidas. A discussão pode contribuir para o entendimento do status imunológico dos pacientes com COVID-19, particularmente aqueles com apresentação clínica grave e orientar para futuras investigações imunoterapêuticas (09/07/2020). Fonte: Reviews in Medical Virology
Este estudo relata uma metodologia integrada de deep-learning baseada em rede para identificar medicamentos reposicionados para COVID-19 (CoV-KGE). Especificamente, construíram um gráfico de conhecimento abrangente que inclui 15 milhões de bordas em 39 tipos de relacionamentos que conectam drogas, doenças, proteínas/genes, vias e expressão, a partir de 24 milhões de publicações do pubmed usando recursos de computação da Amazon AWS e uma rede baseada em estrutura de deep learning. Foram identificados 41 fármacos (incluindo dexametasona, nametacina, niclosamida e toremifeno) cuja associação terapêutica com COVID-19 foi validadas por transcritomica e dados proteômicos em células humanas infectadas pelo SARS-CoV-2 e dados dos ensaios clínicos em andamento. O estudo, não recomenda medicamentos específicos, mas demonstra uma metodologia de deep-learning para priorizar medicamentos existentes para uma investigação mais aprofundada, que detém o potencial de acelerar o desenvolvimento terapêutico para o COVID-19 (12/07/2020). Journal of proteome research
Pesquisadores fazem uma revisão sobre as propriedades anti-inflamatórias, imunomodulatórias e antivirais significativas da minociclina, destacando os possíveis mecanismos contra a COVID-19. Segundo a opinião dos especialistas a minociclina oferece vantagens distintas em termos de eficácia potencial em pacientes com síndrome da angústia respiratória aguda (SARS) com risco de vida e lesão miocárdica, perfil de segurança e interação conhecido, custos relativamente baixos, e ampla disponibilidade (01/07/2020). Fonte: Expert Review os Anti-infective Therapy
Revisão apresenta um estudo sobre a origem, transmissão, sintomas, diagnósticos, possíveis medicamentos, modelos animais e imunoterapia para a COVID-19 e fornece referências aos pesquisadores para o desenvolvimento de agentes terapêuticos e vacinas, além de impedir a disseminação deste vírus (12/07/2020). Fonte: Chemical Biology & Drug Design
Estudo de coorte em 80 pacientes analisou os efeitos de duas opções terapêuticas: lopinavir / ritonavir (20 pacientes) e hidroxicloroquina (38 pacientes), em comparação apenas com o padrão de atendimento (22 pacientes). O estudo conclui que, em pacientes críticos admitidos por pneumonia relacionada à SARS-CoV-2, não foi encontrada diferença entre a hidroxicloroquina ou o lopinavir/ritonavir em comparação com o padrão de atendimento apenas na proporção de pacientes que necessitaram de encaminhamento do tratamento no dia 28 (11/07/2020). Fonte: Critical Care
14/07/2020
Estudo de coorte com pacientes com COVID-19 em ventilação mecânica, revelou que o tratamento com tocilizumabe (78 pacientes) foi associado a menor mortalidade do que naqueles não tratados com o medicamento (76 pacientes) (11/07/2020). Fonte: Clinical Infectious Diseases.
Os autores avaliam a administração do tocilizumabe a um grupo de 40 pacientes comparando com grupo controle contendo também 40 pacientes. Os pacientes foram acompanhados até a alta médica ou o óbito. Os pacientes tratados com tocilizumabe tiveram uma progressão menor do quadro clínico da doença e menor mortalidade (07/2020). Annals of the Rheumatic Diseases
Neste artigo, pesquisadores representam possíveis agentes terapêuticos que apresentam potencial de serem utilizados contra a COVID-19. Como análogos de nucleosídeos (inibidores da polimerase), os autores citam a ribavirina, o favipiravir, o remdesivir e o penciclovir. Como inibidores de protease, os autores citam o mesilato de camostato, o mesilato de nafamostato, darunavir e a combinação lopinavir/ritonavir. Os autores também destacam outros medicamentos com atividade viral: a glicirrizina, a cloroquina, a hidroxicloroquina, a nitazoxanida, a umifenovir (arbidol), a ivermectina e o baloxavir marboxil (xoflusa) (30/06/2020). Fonte: Expert Review of Anti-infective Therapy
Pesquisadores realizam triagem in silico de potenciais medicamentos fitoterápicos chineses contra o COVID-19, visando a 3CLpro do SARS-CoV-2 e a ECA2 usando o acoplamento molecular. Entre 238 possíveis ervas anti-COVID-19 examinadas, 16 tipos de medicamentos fitoterápicos chineses contêm os ingredientes mais ativos. O estudo concluiu que o as plantas Forsythiae Fructus-Lonicerae Japonicae Flos contém vários componentes que são fáceis de combinar com o alvo 3CLpro e ECA2 e exercem um efeito anti-COVID-19 por meio de múltiplos componentes e múltiplos alvos (06/07/2020). Fonte: Chinese Journal of Integrative Medicine
Pesquisadores realizaram estudo de acoplamento molecular para explorar a interação de nanopartículas de óxido de ferro (IONPs) (Fe2O3 e Fe3O4) com o domínio de ligação ao receptor de proteína spike (S1-RBD) do SARS-CoV-2. Os estudos revelaram que o Fe2O3 e o Fe3O4 interagiram eficientemente com a S1-RBD do SARS-CoV-2, sendo que o Fe3O4 formou um complexo mais estável. Essas interações dos IONPs podem estar associadas a alterações conformacionais das proteínas virais e, portanto, à inativação viral e podem ser úteis para o tratamento da COVID-19 (12/07/2020) Pre-proof. Fonte: European Journal of Pharmaceutical Sciences
Análise crítica não sistemática de toda a literatura/estudos publicados voltados para a população indiana, registrando o uso da hidroxicloroquina (HCQ) para várias indicações até abril de 2020 e foi observado a frequência de ocorrência de efeitos colaterais cardíacos e com risco de vida relacionados ao HCQ (10/07/2020). Fonte: SN Comprehensive Clinical Medicine
Artigo cita os fatores de risco para doenças críticas da infecção por SARS-CoV-2 incluem sexo masculino, obesidade, diabetes e idade acima de 65 anos. Artigo cita que essas comorbidades foram previamente associadas ao aumento da sinalização das células Th17. As células Th17 secretam IL-17A e são importantes para a limpeza de patógenos extracelulares, mas a sinalização inadequada tem sido associada ao SARS. Esta revisão descreve evidências que vinculam fatores de risco para doenças críticas no COVID-19 com aumento da ativação de células Th17 e sinalização de IL-17 que podem levar a maior probabilidade de lesão pulmonar e insuficiência respiratória. Esses achados fornecem uma base que reforça o uso potencial de terapias direcionadas à modulação das células Th17 e sinalização de IL-17A no tratamento de COVID-19 (10/07/2020). Fonte: Journal of Immunology
13/07/2020
O reposicionamento de fármacos cita novas indicações para as proteases principal (Mpro) como um alvo crucial para SARS-CoV-2 e o óxido nítrico (NO). A inalação de óxido nítrico é usada no tratamento da SARS grave este estudo avalia uso do fenil furoxano, um doador exógeno de NO como um possível inibidor potente. Estudo diz que as porções espiro-isoquinolino-piperidina-furoxana podem ser usadas como ligante eficaz para a inibição de Mpro SARS-CoV-2 devido à presença do esqueleto chave de isoquinolino-piperidina com efeito de NO adicional (08/07/2020). Fonte: Journal Biomolecular Structure Dynamics
A partir de evidências de epidemiologia, imunologia viral e pesquisas clínicas, considera-se a fibrose pulmonar (FP) uma das principais complicações em pacientes com COVID-19. As propriedades anti-FP dos polissacarídeos de ocorrência natural atraíram crescente atenção nas últimas duas décadas, mas ainda é necessário um entendimento abrangente. Na presente revisão, os recursos, características estruturais, atividades anti-FP e mecanismos subjacentes desses polissacarídeos são resumidos e analisados, o que pode fornecer evidência científica que oriente a aplicação desses polissacarídeos na prevenção ou tratamento da FP em pacientes com COVID-19 (07/07/2020). Fonte: Carbohydrate Polymers.
Análise retrospectiva do emprego de tocilizumabe em 74 pacientes com COVID-19 em estágio crítico. Os resultados indicaram que tocilizumabe foi associado a uma maior sobrevivência em comparação com o grupo controle. Em pacientes com quadro severo de COVID-19, tocilizumabe não apresentou benefícios (09/07/2020). Fonte: Journal of Medical Virology.
10/07/2020
Os medicamentos, inicialmente, reaposicionados que incluem remdesivir, favipiravir, lopinavir / ritonavir, ribavirina, interferons e hidroxicloroquina se mostraram nos primeiros ensaios clínicos randomizados controlados e abertos têm fraca eficácia. Esses resultados destacam a necessidade de identificar e caracterizar antivirais específicos e potentes para SARS-CoV-2 (06/07/2020). Fonte: Antimicrobial Agents and Chemotherapy
Estudo de coorte retrospectivo multicêntrico, incluindo pacientes adultos com COVID-19, com necessidade de suporte respiratório e proteína C reativa elevada que receberam tocilizumabe intravenoso, além do padrão de atendimento. Foram incluídos 64 pacientes com COVID-19 no grupo tocilizumabe e 64 controles pareados. O uso de tocilizumabe por via intravenosa não foi associado a alterações na mortalidade em 30 dias em pacientes com a COVID-19. Entre os desfechos secundários, houve menos uso de ventilação invasiva no grupo tocilizumabe (08/07/2020). Fonte: Journal of Autoimmunity
Dada a aprovação do tocilizumabe para o tratamento da síndrome de liberação de citocinas na doença grave de COVID-19, pesquisadores fizeram um levantamento para caracterizar os eventos adversos graves (EAs) do medicamento, através de consulta ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos da FDA em todo o mundo, e realizaram análises de proporcionalidade com foco nas reações hepáticas. 2.433 notificações de eventos médicos designados (DMEs) foram registradas com tocilizumabe, principalmente em doenças reumáticas. As probabilidades estatisticamente significativas surgiram para 13 DMEs, com lesão hepática induzida por drogas (N = 91), pancreatite (N=151) e fibrose pulmonar (N=222) como EAs imprevisíveis. 174 casos de DMEs relacionados ao fígado foram recuperados (proporção de óbitos = 18,4%), com início mediano de 27,5 dias. Essas sérias reações imprevisíveis que ocorrem no uso crônico de tocilizumabe podem apoiar o atendimento e o monitoramento dos pacientes dos ensaios clínicos em andamento (08/07/2020). Fonte: British Journal os Clinical Pharmacology
Pesquisadores desenvolvem uma forma hidrossolúvel do ibuprofeno e sugerem o seu uso em solução nebulizável como medicamento para o tratamento da COVID-19. Segundo os autores, a formulação tradicional de ibuprofeno é pouco solúvel em água; portanto, a dose administrada deve ser 10 vezes maior que a dose necessária para um efeito terapêutico. A solução hipertônica de ibuprofeno a ser nebulizada (NIH) apresenta característica bactericida, virucida, mucolítica, além da propriedade anti-inflamatória conhecida. O ibuprofeno in vitro demonstrou atividade virucida contra o vírus envelopado, uma família que inclui a cepa do coronavírus (2019-nCoV) Pre-proof (07/07/2020). Fonte: Medical Hypotheses
Os autores desenvolveram um modelo primário de infecção epitelial pulmonar humana para entender as respostas do epitélio pulmonar proximal e distal à infecção pelo SARS-CoV-2. Culturas diferenciadas na interface ar-líquido do epitélio proximal das vias aéreas e culturas organóides 3D do epitélio alveolar foram infectadas pelo SARS-CoV-2, levando a uma resposta proinflamatória autônoma das células epiteliais. Os autores testaram a eficácia dos medicamentos selecionados contra a COVID-19 e apontaram que o Remdesivir suprimiu fortemente a infecção/replicação viral. O modelo é uma plataforma relevante para estudar a patobiologia da COVID-19 e para triagem rápida de medicamentos contra SARS-CoV-2 (29/06/2020). bioRxiv
Artigo aponta que a 6-tioguanina (6-TG) inibe a proteína PLpro e a desconjugação do ISG15 em células de SARS-CoV-2 e inibindo a replicação viral em células Vero-E6 e células Calu3 em níveis submicromolares. Por ser um medicamento bem caracterizado aprovado pela FDA e administrado por via oral, o 6-TG representa uma terapia promissora para a COVID-19 e outros coronavírus emergentes (02/07/2020). Fonte: BioRxiv
Artigo de revisão sobre o progresso da pesquisa e os desafios no desenvolvimento de medicamentos anti-SARS-CoV-2. O artigo também e propõe novas estratégias de pesquisa de medicamentos a curto e longo prazo (10/07/2019).Fonte: Future Science
09/07/2020
Revisão atualizada da farmacoterapia para o SARS-CoV-2 (04/07/2020). Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents.
Revisão analisa os fundamentos fisiopatológicos que sustentam o uso de estatinas como tratamento adjuvante em pacientes com COVID-19 devido a seus efeitos imunomoduladores, anti-inflamatórios e cardioprotetores (02/07/2020) Pre-proof. Fonte: Clínica e Investigación en Arteriosclerosis
Revisão sobre medicamentos reposicionados e novas abordagens terapêuticas no tratamento da infeção pelo SARS-CoV-2, particularmente quanto à estrutura química- atividade biológica e triagem de toxicológica (02/07/2020). Fonte: Journal of Clinical Medicine.
Artigo de revisão sobre candidatos a medicamentos para a SARS-CoV-1 fornece uma breve visão geral de medicamentos que exercem efeitos antivirais e anti-inflamatórios. Essas moléculas mitigam cascatas inflamatórias de citocinas induzidas por infecções virais por meio da capacidade de ativação de Nrf2 e podem ter propriedades anti-fibróticas e antirremodelamento. Além disso, seus efeitos na regulação da expressão de receptores de sequestradores por macrófagos podem oferecer alguns benefícios ao sistema de defesa antibacteriana pulmonar após a infecção viral. Também foram discutidos os papéis potenciais desses agentes com base na fisiopatologia da pneumonia viral e da síndrome do desconforto respiratório agudo. Mais pesquisas são necessárias para verificar se os ativadores do Nrf2 são úteis no tratamento da COVID-19 (11/06/2020). Fonte: Infection and Drug Resistance
Pesquisadores fazem um levantamento bibliográfico sobre o papel do lítio como medicamento potencial para o tratamento e profilaxia para a COVID-19. Nas células Vero, o cloreto de lítio mostrou-se eficaz na supressão da infecção pelo vírus da diarréia epidêmica porcina (PEDV), um membro da família Coronaviridae. Nas células MARC-145, o LiCl reduziu a produção de RNA e proteínas específicas do vírus da síndrome reprodutiva e respiratória porcina (PRRSV). Estudos in vitro de outro coronavírus porcino causador de gastroenterite transmissível indicaram que o LiCl atua nos estágios inicial e tardio da infecção e inibe a apoptose. O carbonato de lítio é um medicamento amplamente utilizado no tratamento do transtorno bipolar com excelente segurança. Os autores propõem que o lítio seja explorado como possível profilaxia no tratamento da COVID-19 (27/05/2020). Fonte: F1000Research
Pesquisdores identificam potenciais inibidores da principal protease (3CLpro) de SARS-CoV-2 de compostos de Aloe vera em um estudo de acoplamento molecular. As afinidades de ligação obtidas do encaixe 3CLpro com o ligante nativo (ligante de referência), nelfinavir, lopinavir e dez compostos de Aloe vera foram apresentadas e comparadas. Três compostos derivados do Aloe vera apresentaram níveis de afinidade muito próximos aos do lopinavir e do nelfinavir: o complexo mais estável é obtido com feralolida ou ligante 6, seguido de 9-di-hidroxil-2-O-(z)-cinamoil-7-metoxi-aloesina ou ligante 1 e aloeresina ou ligante 8 (30/06/2020). Fonte: Chemical Physics Letters
Os autores fazem considerações sobre o uso dos anticorpos monoclonais anti-IL6, discutem o uso do tocilizumabe, mas apontam a viabilidade de uso do sarilumabe, mostrando resultados positivos comparáveis a utilização dos outros inibidores de IL-6 (16/06/2020). Fonte: Journal of Medical Virology
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a pesquisa clínica com uso de sarilumabe (Kevzara) para o tratamento da COVID-19 no Brasil. A Sanofi, patrocinadora do estudo, tem um programa global em andamento na Itália, Espanha, Alemanha, França, Canadá, Rússia e Estados Unidos para avaliar o medicamento (14/05/2020). Fonte: JOTA
Os autores fazem uma revisão da literatura existentes, buscando os principais protocolos de tratamento, avaliando alguns antivirais em uso, hidroxicloroquina, remdesivir, favipiravir, lopinavir/ritonavir, rendesivir e os agentes inibidores da resposta inflamatória anti-IL6, tocilizumabe e sarilumabe. Concluem que ainda não a evidências suficientes para embasar estes protocolos de tratamento (06/2020). Mayo Clin Proc
Uma meta análise do papel da medicina chinesa (CM) no tratamento da COVID-19 foi realizada a partir de 7 estudos clínicos de ensaios controlados randomizados (RCTs) envolvendo 681 pacientes no tratamento de pneumonia por COVID-19. A meta-análise mostrou que a CM combinada com o tratamento convencional melhorou significativamente a eficácia clínica e aumentou a taxa de conversão de ácido nucleico viral negativo. A CM também reduziu a inflamação pulmonar e melhorou a função imunológica do hospedeiro. Ao mesmo tempo, a CM não aumentou a incidência de reações adversas. Portanto, a CM demonstrou eficácia clínica e segurança na pneumonia COVID-19, que precisa ser confirmada por ensaios controlados randomizados de alta qualidade, de múltiplos centros e grandes amostras (08/07/2020). Fonte: The American Journal of Emergency Medicine
Revisão de os extratos de ervas que podem atuar sobre a liberação de HMGB1 (high-mobility group box 1 protein) e reduzir a mortalidade, impedindo a progressão de problemas respiratórios à sepse. Algumas das misturas identificadas mostraram interferir no acoplamento viral. Devido à ampla variabilidade na estrutura química dos componentes dos extratos de ervas, foram analisadas as partes comuns dessas estruturas. Analisando-se os compostos mais ativos observa-se que compostos fenólicos têm uma ampla função inibidora do acoplamento do SARS-CoV-2 pelas enzimas hospedeiras e virais, e a liberação de HMGB1 por células imunes hospedeiras. Esses compostos podem ser utilizados para estudos futuros (30/06/2020). Fonte: International Journal of Molecular Sciences
08/07/2020
Os autores discutem a possibilidade de reposicionamento da Ivermectina para o tratamento da COVID-19, apontando a existência de evidências preclínicas. No entanto, apesar da existência de resultados clínicos positivos, aponta questões metodológicas relevantes a serem consideradas, como variáveis sociodemográficas, comorbidades severidade do comprometimento pulmonar, uso de outros tratamentos. E afirma haver necessidade de se aguardar o resultado dos Trials em andamento e a realização de outros estudos controlados (12/06/2020). Revista Clinica Española
Revisão sobre alvos terapêuticos promissores que podem ajudar no desenvolvimento de agente anti-SARS-CoV-2. Terapias e vacinas em estudos pré-clínicos e ensaios clínicos foram destacados. Esta revisão fornecerá informações valiosas que ajudarão a acelerar o desenvolvimento de terapêuticas e vacinas contra a infecção pelo SARS-CoV-2 (06/07/2020). Fonte: Drug Development Research
Carta ao editor apresenta uma meta análise sobre a influência de corticosteroides em pacientes com COVID-19. Originalmente foram identificados 466 estudos, mas após leitura apenas 16 mostraram-se relevantes e foram incluídos na meta-análise. A população do estudo variou de 30 a 1099. Corticosteroides são cruciais para retardar o progresso da pneumonia inibindo o efeito sobre fatores inflamatórios, no entanto, a complicação mais comum resultante de corticosteroides é a infecção secundária. Embora a heterogeneidade tenha sido consideravelmente alta nos estudos, os pacientes graves foram mais propensos a necessitar de terapia com corticosteroides. Além disso, não foi encontrada diferença estatística na mortalidade em relação ao uso de corticosteroides. (23/06/2020) Fonte: The American Journal of Emergency Medicine
Artigo apresenta triagem virtual de mais de 24.000 compostos de origem microbiana que possam ter ação contra a proteína Mpro do SARS-CoV-2. Uma seleção final de seis compostos é proposta por possuir alto potencial como candidatos anti-SARS-CoV-2. O estudo fornece ainda uma visão sobre o papel da flexibilidade estrutural da Mpro durante as interações com os possíveis inibidores (29/06/2020). Fonte: Microorganisms
Estudo desenvolvido para identificar possíveis moléculas ligantes de proteínas estruturais da SARS-CoV-2, responsáveis pela formação do envelope, montagem dos vírus e patogênese. 548 compostos antivirais (naturais e sintéticos) foram selecionadas para identificação de medicamentos eficazes contra o SARS-CoV-2. O estudo identificou a rutina, um bioflavonóide e o antibiótico doxiciclina, como o inibidor mais potente da proteína do envelope (E) do SARS-CoV-2. Verificou-se que o ácido cafeico e o ácido ferúlico inibem a proteína da membrana SARS-CoV-2 (M), enquanto o simeprevir e o grazoprevir mostraram uma alta afinidade de ligação à proteína nucleocapsídeo (N) do agente antiviral (05/07/2020). Fonte: Infection, Genetics and Evolution.
07/07/2020
Pesquisadores apresentam um estudo comparativo para avaliar o uso de tocilizumabe subcutâneo na preparação de soluções intravenosas para escassez de emergência com COVID-19. O estudo não encontrou evidências que desaconselhassem a recomendação do uso de tocilizumabe em sua forma subcutânea para preparar soluções diluídas em NaCl, a serem usadas na administração intravenosa (26/06/2020) Pre-proof. Fonte: Journal of Pharmaceutical Analysis
Estudo observacional de coorte analisa o uso de tocilizumabe subcutâneo em 12 pacientes com COVID-19 severa relacionada à síndrome de liberação de citocinas. O estudo conclui que o tocilizumabe administrado por via subcutânea em pacientes com COVID-19 e síndrome de liberação de citocinas é um tratamento promissor para redução da atividade da doença e melhora da função pulmonar (01/07/2020). Fonte: EClinicalMedicine
A farmacêutica norte-americana Regeneron iniciou a fase final de testes clínicos para avaliar a eficácia de seu coquetel de anticorpos monoclonais (REGN-COV2) na prevenção e tratamento da COVID-19. Os anticorpos do coquetel, REGN10933 e REGN10987, são direcionados os domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína S do SARS-CoV-2. Um processo semelhando foi realizado pela empresa contra o Ebola (REGN-EB3), que quando utilizado no início da infecção levou a 90% de sobrevivência dos pacientes. Acredita-se que este coquetel possa ser utilizado também profilaticamente em indivíduos expostos à COVID-19. Outras empresas desenvolvendo tratamentos com anticorpos são Eli Lilly (fase I), AstraZeneca (pré-clínica) e GlaxoSmithKline (fim da fase II) (21/06/2020). Fonte: Medium Corporation
Atualmente, existem 21 ensaios clínicos registrados no ClinicalTrials.gov para azitromicina relacionados ao COVID-19. Os estudos em andamento variaram em design, grupo de comparação, dose e duração do medicamento, população-alvo e objetivos primários. Apenas cinco estudos incluíram resultados de segurança. Com base nesses resultados, diretrizes terapêuticas podem ser estabelecidas para pacientes com a doença com base em evidências científicas e esclarecerão a eficácia da azitromicina contra a SARS-CoV-2 (01/07/2020). Fonte: J Glob Microb Resist.
A furosemida inalada, uma pequena molécula capaz de inibir a IL-6 e o TNFα, pode ser um agente capaz de tratar a tempestade de citocinas da COVID-19. A furosemida é potencial medicamento para reposicionamento no tratamento da COVID-19, que é segura, facilmente sintetizada, manipulada e armazenada, e está disponível em quantidades razoáveis em todo o mundo (01/07/2020). Fonte: The American Journal of Medical Science.
Revisão de estudos recentes disponíveis sobre a interação hospedeiro-patógeno, estrutura morfológica e genômica do vírus e as técnicas de diagnóstico, bem como as terapêuticas disponíveis e potenciais contra o COVID-19, além de vacinas (03/07/2020). Fonte: Journal of Medical Virology.
Os pesquisadores randomizaram 1.063 pacientes hospitalizados a COVID-19 e evidências de envolvimento do trato respiratório inferior para receber remdesivir por via intravenosa ou infusão de placebo. Dos resultados o tempo para recuperação foi mais rápido no grupo tratado com remdesivir do que naqueles que receberam placebo, mas isso não foi estatisticamente significativo (01/07/2020). Fonte: Am Fam Physician
As diretrizes para o tratamento da pneumonia por SARS‐CoV‐2 do Ministério da Saúde espanhol contemplam o uso de tocilizumabe como ferramenta terapêutica para pacientes com insuficiência respiratória grave ou deterioração respiratória rápida com critérios de admissão na unidade de terapia intensiva (UTI). Ao bloquear o receptor da IL‐6, o tocilizumabe tem um papel no controle da resposta inflamatória. A melhora clínica dos parâmetros respiratórios e a permanência hospitalar foram descritas em pequenas séries de estudos com pequeno número de pacientes sem um grupo controle (03/06/2020). Fonte: Journal Internal Medicine
O baricitinibe inibe intracelularmente o sinal pró-inflamatório de várias citocinas, suprimindo a Janus quinase (JAK) JAK1/JAK2 demonstrando benefícios clínicos para os pacientes com artrite reumatóide (AR), lúpus eritematoso sistêmico ativo e dermatite atópica com bons registros de eficácia e segurança. O baricitinibe interrompe a passagem e a montagem intracelular do SARS-CoV-2 nas células alvo mediadas pelo receptor ECA2 e tratando a tempestade de citocinas causada pelo COVID-19 (01/07/2020). Fonte: International Immunopharmacology
Revisão pre-proof fornece uma visão geral das evidências atuais sobre a terapia com hidroxicloroquina (H) e cloroquina (CQ) em pacientes com COVID-19 e discute estratégias diferentes para a terapia profilática (H) com CQ (isto é, pré-infecção, pós-exposição, pós-infecção). Em particular, os potenciais efeitos cardíacos, incluindo prolongamento do intervalo QT e arritmias são abordadas (01/07/2020). Fonte: Heart Rhythm
06/03/2020
A União Europeia aprovou nesta sexta-feira (3) o uso do antiviral remdesivir para tratar casos graves de COVID-19. A decisão foi tomada após um acelerado processo na revisão de pesquisas para a liberação do primeiro medicamento, autorizado na região, a combater o coronavírus. A medida foi tomada uma semana depois que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou o remédio, produzido pela Gilead Sciences, para uso em pacientes adultos e adolescentes (a partir dos 12 anos), que sofrem de pneumonia e necessitam de um suporte de oxigênio. (03/07/2020) Fonte: G1
Estudo presenta tratamento de pacientes com COVID-19 severa com combinação de mesilato nafamostato e favipiravir. 73% dos pacientes precisavam de ventilação mecânica e 27% de VV-ECMO(oxigenação extracorpórea). Em conclusão, a terapia de mesilato nafamostato em combinação com favipiravir pode permitir o bloqueio da entrada e replicação do vírus, bem como a inibição da resposta patogênica do hospedeiro, como a hiper-coagulopatia. Embora o número de pacientes nesta série de casos tenha sido muito pequeno, a baixa taxa de mortalidade sugere que este tratamento combinado pode ser eficaz para pacientes em estado crítico COVID-19 (julho 2020). Fonte: Critical Care
Dexametasona na COVID-19: Pesquisadores relacionados ao RECOVERY merecem reconhecimento pela organização e finalização do estudo com mais de 6.000 pacientes, que concluiu que a administração de 6mg de dexametasona reduziu a mortalidade de pacientes com COVID-19. Entretanto, em correspondência na BMJ, autores alertam para a divulgação dos resultados preliminares sem os dados detalhados do estudo; alertam que médicos e políticos precisam ter acesso aos detalhes e respectivas análises para que aceitem as recomendações terapêuticas resultado deste estudos (03/07/2020). Fonte: BMJ.
Os autores apresentam um estudo controlado conduzido por 28 dias, em que 28 pacientes em situação agravada da COVID-19, resposta inflamatória intensa, foram submetidos ao tratamento com Sarilumabe e apresentaram melhora de morbidade e mortalidade (06/05/2020). Rheumatic Diseases
Artigo revela que pesquisadores selecionaram em anticorpo, denominado S309, a partir de células sanguíneas de uma pessoa que havia se recuperado da SARS. Este anticorpo reconheceu a SARS-CoV-2 e demonstrou uma ligação de alta afinidade ao domínio S1 da proteína spike quando testada in vitro. Estudos posteriores mostraram que esse anticorpo pode ter ampla aplicabilidade no combate a vírus relacionados ao SARS-CoV-2, também sendo considerado potencial para uso na prevenção de futuros surtos de vírus de animais relacionados, que podem causar infecção em humanos. Os próximos passos serão testar os anticorpos individuais e coquetéis de anticorpos em modelos animais, determinar se eles oferecem proteção e avaliar sua segurança e eficácia em ensaios clínicos em humanos (22/06/2020). Fonte: Nature
Estudo mostra que o óleo de orégano e a monolaurina foram capazes de destruir a capacidade do vírus de produzir formação sincicial de forma similar aos efeitos de um medicamento, a ribavirina. Isso reforça o postulado de que orégano e monolaurina podem destruir vírus encapsulados em lipídios (02/07/2020). Fonte: Journal of the Amercican College of Nutrition
Uma pesquisa na literatura em 7 bases de dados eletrônicas para avaliar a eficácia e a segurança dos medicamentos fitoterápicos chineses (CHMs) para COVID-19. Foram selecionados 18 ensaios controlados randomizados (RCTs) envolvendo 2.275 pacientes. A maioria dos CHMs eram originados de fórmulas clássicas de ervas chinesas. As meta-análises indicaram que comparando o grupo CHM e o grupo de medicina ocidental convencional, o grupo CHM apresentou melhorias em diversos parâmetros clínicos. Além disso, nenhum efeito adverso grave foi identificado pelos CHMs. Portanto, especialmente fórmulas clássicas de ervas chinesas, poderiam ser usado como potenciais candidatos ao tratamento da COVID-19 (26/06/2020 – pre-proof). Pharmacological Research
Revisão sobre medicamentos aprovados e em ensaios clínicos em andamento para a COVID-19. Descreve também abordagens computacionais utilizadas no reposicionamento de fármacos destacando-se exemplos de estudos in silico para identificação de fármacos promissores contra o SARS-CoV-2 (20/06/2020). iScience
Considerando que o gene para um dos receptores celulares do SARS-CoV-2 (TMPRSS2) é regulado por hormônios masculinos, estudo feito com 4.532 pacientes italianos com câncer de próstata e infectados pela COVID-19 de 68 hospitais na Itália, indicou a possibilidade de que os tratamentos inibidores dos hormônios masculinos pudessem dar alguma proteção contra o novo coronavírus (in press, 2020). Fonte: Annals of Oncology
03/07/2020
Pesquisadores realizam análises computacionais (in silico) com simulações atomísticas para cinco fármacos (triptorrelina, nafarrelina, icatibanto, Cobicistat e Histrelina) que se ligam ao complexo principal da estrutura da enzima protease com um ligante do tipo peptídeo (N3) do SARS-CoV-2, com o objetivo de estabelecer o potencial de ligação destas moléculas aprovadas pela FDA. A análise dos resultados mostra maior estabilidade dos sistemas nafarrelina e icatibanto e seus perfis farmacêuticos estabelecidos revelam que esses achados podem mostrar uma possível aplicação promissora na terapia anti-COVID-19 (01/07/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Estudo identifica e analisa respostas imunes nas céluas Natural Killer (NK) decorrentes da infecção causada por SARS-CoV-2, que podem ajudar a propor soluções terapêuticas. Foram analisadas células NK no sangue de uma coorte de 82 indivíduos: 10 controles saudáveis (HC), 10 pacientes paucissintomáticos com COVID-19 (pauci), 34 pacientes com pneumonia (pneumo) e 28 pacientes com SDRA devido à infecção por SARS-CoV-2. Os dados obtidos sugerem que intervenções terapêuticas podem melhorar as funções das células NK, facilitando a eliminação do vírus e apoiando o reposicionamento de mAbs terapêuticos para a COVID-19 (01/07/2020). Fonte: Nature - Cellular & Molecular Immunology
Pesquisadores discutem uma estratégia de tratamento que combina agentes anti-inflamatórios (melatonina) e antivirais (toremifeno) para pacientes infectados com SARS-CoV2. Os medicamentos foram selecionados a partir de uma aborgadem baseada em rede, usando combinações de medicamentos aprovados pelo FDA para hipertensão e câncer, capturadas pelo padrão de exposição complementar: os alvos dos medicamentos atingiam o módulo da doença, mas atingiam alvos separados. Também descrevem a patobiologia e as características imunológicas da COVID-19 e destacam a lógica do tratamento medicamentoso combinado para o tratamento da doença. Uma análise preliminar revela um alto potencial dos efeitos sinérgicos da melatonina e do toremifeno para reduzir a infecção e replicação viral e as respostas inflamatórias do hospedeiro, oferecendo forte plausibilidade biológica como terapia eficaz para a COVID-19 (22/06/2020). Fonte: Cleveland Clinic Journal of Medicine
02/07/2020
Revisão sobre candidatos a medicamentos para SARS-CoV-1 forneceu uma breve visão geral da classe de medicamentos ativadores de Nrf2 (cúrcuma, dentre eles) que exercem efeitos antivirais e anti-inflamatórios onde essas moléculas mitigam cascatas inflamatórias de citocinas induzidas por infecções e podem ter propriedades adicionais como efeitos antifibrótico e anti-remodelamento. Além disso, seus efeitos na regulação da expressão de receptores de sequestradores por macrófagos podem oferecer alguns benefícios ao sistema de defesa antibacteriana pulmonar após infecção viral (11/06/2020). Fonte: Infect Drug Resist
Autores revisam os sintomas clínicos, as opções de diagnóstico e tratamento dos pacientes com COVID-19. Discutem ainda os possíveis alvos moleculares e estratégias de desenvolvimento de medicamentos para o tratamento da COVID-19. Finalmente, resumem os ensaios clínicos de alguns medicamentos terapêuticos em potencial e os resultados do desenvolvimento da vacina (Pre-proof) (13/06/2020). Fonte: Methods &Clinical Development
Estudo com pacientes internados com COVID-19, em que 113 pacientes foram tratados com baricitinibe (combinado com lopinavir/ritonavir) e 78 formaram o grupo controle (tratados com hidroxicloroquina combinada com lopinavir/ritonavir). Os resultados indicam que a taxa de letalidade de duas semanas foi significativamente menor no grupo baricitinibe comparado com controle [0% (0/113) vs 6,4% (5/78)]. A admissão na UTI foi solicitada em 0,88% (1/113) vs 17,9% (14/78) dos pacientes do grupo baricitinibe em comparação ao controle. A taxa de alta foi significativamente maior na semana 1 do baricitinibe [9,7% (11/113) vs 1,3% (1/78)] e na semana 2 [ 77,8% (88/113) vs 12,8% (10/78)]. Os pesquiadores sugerem que o baracitinibe é uma terapia segura e promissora para pacientes com pneumonia moderada cusada por COVID-19 (20/06/2020). Fonte: Journal of Infection
Autores revisam a patogênese da COVID-19, assim como revisa os ensaios clínicos de medicamentos que estão em andamento e apresentam novos potenciais antivirais para o tratamento da doença (23/06/2020). Fonte: Microbial Biotechnology
Estudo analisou retrospectivamente eletrocardiogramas de 819 pacientes tratados com hidroxicloquina (HCQ) para doenças reumatológicas de 2000 a 2020. A HCQ está associada ao prolongamento do intervalo QT em uma fração significativa dos pacientes, sendo o risco maior entre os pacientes com doença renal crônica, história de fibrilação atrial e insuficiência cardíaca (28/06/2020). Fonte: Heart Rhythm
Revisão sobre o papel do corticosteróides no tratamento de pacientes com COVID-19. Foi realizada uma pesquisa nos bancos de dados PubMed, Cochrane e MedRxiv. Dos 5 estudos (4 estudos retrospectivos e 1 quase prospectivo) realizados para avaliação do papel dos corticosteroides, 3 estudos mostraram benefício, enquanto 2 estudos não mostraram nenhum benefício e houve sugestão de danos significativos em casos críticos em um sub-estudo. O estudo RECOVERY, único ensaio clínico randomizado controlado, mostrou um resultado significativamente melhor para a dexametasona, principalmente em casos graves. No entanto, mais estudos são necessários para replicar o resultado mostrado no estudo de RECOVERY para uma conclusão substancial (25/06/2020). Fonte: Diabetes&Metabolic Syndrome: Clinical Research&Reviews
01/07/2020
Atualização sobre o uso do remdesivir pela FDA americana no dia 15 de junho, alerta que a coadministração de remdesivir e fosfato de cloroquina ou sulfato de hidroxicloroquina pode reduzir a atividade antiviral do remdesivir. O FDA informou que estaria revisando o folheto de informação para profissionais de saúde que acompanham o medicamento. A revisão inclui ainda a possibilidade de adição de outras informações relacionadas à dose do medicamento e reações alérgicas (15/06/2020). Fonte: Food and Drug Adminitration
Veja a lista atualizada dos ensaios clínicos para COVID-19 autorizados pela Anvisa (30/06/2020). Fonte: ANVISA
Os resultados do estudo UK Recovery trial descartam qualquer benefício significativo em termos de mortalidade com o uso de lopinavir-ritonavir nos pacientes hospitalizados com a COVID-19. Não foram encontradas diferenças em mortalidade, tempo de estadia no hospital ou risco de precisar de respiração mecânica (01/07/2020). Fonte: BMJ
Os autores fazem uma revisão da literatura existente sobre o uso do tocilizumabe no tratamento das complicações inflamatórias provocadas pelo SARS-CoV-2, descrevem o mecanismo fisiopatológico com o envolvimento da IL-6, trazem dados laboratoriais e de evolução da doença durante o tratamento, mas concluem que ainda não há resultados suficientes para conclusivas sobre este uso. Recomendam a realização de um número maior de estudos clínicos randomizados para que conclusões confiáveis sejam possíveis (18/06/2020). Clinical Pharmacology
Revisão que apresenta o ciclo de vida do SARS-CoV-2, e os potenciais alvos terapêuticos contra SARS-CoV-2. São apresentadas também as diferentes estratégias para a descoberta contínua de futuro fármacos contra o vírus. Também são descritos os esforços por várias organizações de reposição de fármacos existentes. (29/06/2020). Fonte: Journal of Biosciences
Estudo retrospectivo com 3.737 pacientes, sendo 3.119 (83 5%) tratados com Hidroxicloroquina-Azitromicina (HCQ-AZ) por pelo menos três dias e 618 (16 5%) pacientes tratados com outros regimes. Após análise dos resultados, mesmo sendo um estudo retrospectivo, os autores sugerem que o diagnóstico, o isolamento e o tratamento precoce de pacientes COVID-19, com pelo menos 3 dias de HCQ-AZ levam a um resultado clínico significativamente melhor e uma redução mais rápida da carga viral do que outros tratamentos (25/06/2020). Fonte: Travel Medicine and Infectious Disease
Neste artigo, é descrito um conjunto de anticorpos monoclonais (mAbs) gerados a partir de camundongos imunizados com SARS-CoV-2 recombinante. Um mAb, o 2B04, neutralizou o tipo selvagem de SARS-CoV-2 in vitro com notável potência, em um modelo murino de infecção por SARS-CoV-2, os animais foram protegidos pelo 2B04 contra a perda de peso, redução da carga viral pulmonar e tiveram a disseminação sistêmica bloqueada. Assim, o 2B04 é um candidato promissor como um antiviral eficaz que pode ser usado para prevenir a infecção pelo SARS-CoV-2 (26/06/2020). The Journal of Immunology
O artigo descreve a lógica científica relacionada ao uso de uma terapia antifibrótica, como monoterapia e/ou em combinação com anti-inflamatórios para gerenciar e controlar complicações da infecção pelo SARS-CoV-2. Neste artigo, é sugerido o uso do pirfenidona em pacientes com infecção SARS-CoV-2 e em estágios pós-infecção quando há fribrose pulmonar como consequência da infecção. A lógica científica para seu uso também é descrita (27/06/2020). Fonte:European Journal of Clinical Pharmacology
O artigo apresenta um novo alvo dos cardenolídeos naturais que suprime a atividade de coronavírus a partir da regulação do Janus kinase 1 (JAK1). Fornecendo assim novas percepções sobre os efeitos farmacológicos dos cardenolídeos naturais para seu desenvolvimento futuro como agentes antivirais(25/06/2020). Fonte: Biochemical Pharmacology
Em carta ao editor os autores sugerem o uso de fármacos quelantes de ferro, como a deferoxamina, como um tratamento de apoio para melhorar o resultado clínico e reduzir a gravidade da COVID-19. Vários estudos de controle randomizados são necessários para testar sua eficácia e segurança (30/06/2020). Fonte: European Journal of Clinical Pharmacology.
30/06/2020
Estudo faz uma triagem por modelagem molecular de um farmacóforo e identifica a amodiaquine, um antimalárico para ser reaproveitado como medicamento para COVID-19 após testes clínicos completos (24/06/2020). Fonte: ChemRxiv
Neste trabalho, potenciais inibidores da protease principal (Mpro) do SARS-Cov-2 foram identificados através de um procedimento de triagem virtual por acoplamento. Um total de 4384 medicamentos, todos aprovados para uso humano, foram examinados contra três conformações da Mpro. Os ligantes foram estudados através de simulações de dinâmica molecular e análise de energia livre vinculante. Um total de nove moléculas atualmente aprovadas são propostas como potenciais inibidores do SARS-CoV-2. Essas moléculas devem testadas para acelerar o desenvolvimento da terapêutica contra o COVID-19(25/06/2020). Fonte: Computational Biology and Chemistry
Estudo revela que os amino-bifosfonatos, como o ácido zoledrônico, podem melhorar ou prevenir a doença grave de COVID-19 por pelo menos três mecanismos distintos: (1) como imunoestimulantes que podem aumentar a expansão das células T γδ, importante na resposta aguda no pulmão; (2) como moduladores de corrente contínua, limitando sua capacidade de ativar apenas parcialmente as células T; e (3) como inibidores de prenilação de pequenas GTPases na via endossômica da CD para impedir a expulsão de lisossomos contendo vírus SARS-CoV-2 (29/06/2020). Fonte: Journal of Translational Medicine
Os autores sintetizam dois compostos derivados de azafenantreno e demonstram por meio de ensaios de acoplamento o potencial destes compostos na inibição de Mpro, sugerindo a avaliação dos mesmos para o tratamento das infecções por SARS CoV-2 (25/06/2020). Chemical Data Collections
O artigo apresenta estudo de caso de tratamento de rush cutâneo com colchicina em paciente com COVID-19 em terapia com ceftriaxona, heparina de baixo peso molecular, ácido acetilsalicílico, pantoprazol, hidroxicloroquina and lopinavir-ritonavir (25/06/2020). Dermatologic Therapy
Estudo com 105 pacientes foi realizado em 16 centros médicos gregos para avaliar o tratamento das lesões miocárdicas provocadas pela COVID-19, os resultados apontaram que a colchicina é segura e que os pacientes tratados apresentaram melhora significativa quando comparados ao grupo controle (24/06/2020). JAMA
Estudo da Fiocruz com medicamentos usados para tratar Hepatite C, declatasvir e sofosbuvir, demonstraram eficiência contra o coronavirus SARS-CoV-2 in vitro utilizando 3 linhagens celulares, incluindo células de pulmão humano. O antiviral daclatasvir impediu a produção de partículas virais do novo coronavírus. O medicamento foi 1,1 a 4 vezes mais eficiente do que outros fármacos utilizados em ensaios clínicos contra COVID-19, como cloroquina, a combinação de lopinavir e ritonavir, e ribavirina, este último também usado para tratar hepatite. O daclatasvir também superou a eficiência do atazanavir, um antirretroviral usado no tratamento do HIV anteriormente testado pelos cientistas da Fiocruz (16/06/2020). Fonte: BioRxiv
29/06/2020
Hospital Einstein proíbe médicos de receitar cloroquina para pacientes com coronavírus. Hospital informa que nunca teve protocolo para uso do medicamento em casos de Covid-19. Medida agora impede a prescrição "off label" da cloroquina, ou seja, permite apenas o que recomenda a bula (25/06/2020). Fonte: G1
Estudo analisa a atividade anti‐SARS‐CoV‐2 do ácido micofenólico (MPA) e do IMD‐0354, compostos que apresentam atividades antivirais contra outros coronavírus. Utilizando células veroE6/TMPRSS2 infectadas por SARS‐CoV, observou-se que estes compostos apresentam atividade anti‐SARS‐CoV‐2 significativa. Embora o MPA tenha reduzido o nível de RNA viral em apenas ~100 vezes, seu EC50 foi tão baixo quanto 0,87μM, que é facilmente alcançável em doses terapêuticas de mofetil micofenolato. MPA tem como alvo o papain‐like protease do coronavirus e seu estudo seria útil no desenvolvimento de novas drogas anti‐SARS‐CoV‐2 (24/06/2020). Fonte: Microbiology and Immunology
Este artigo revisa o desenvolvimento farmacológico de potenciais adjuvantes para o tratamento com COVID-19. Essas terapias incluem imunomoduladores (imunoglobulina intravenosa, timosina α-1, IL-6, tocilizumabe, ciclosporina, talidomida, fingolimode), medicamentos tradicionais chineses (glicirrizina, baicalina, Xuebijing), fatores de crescimento endoteliais modulares anti-vasculares (bevacizumabe), estrogênio, estatinas e suplementos nutricionais (vitamina A, B, C, D, E e zinco) (15/06/2020). Fonte: Journal of the Chinese Medical Association
A enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), uma parte do sistema renina-angiotensina (SRA), serve como o principal ponto de entrada nas células da SARS-CoV-2, que se liga à ECA2 humana, reduzindo assim a expressão da ECA2 e causando doença grave no pulmão. A vitamina D é um modulador endócrino negativo do SARS, pois inibe a expressão e a geração de renina tendo um papel protetor contra lesão pulmonar aguda SARS-CoV-2 (25/06/2020). Fonte: Reviews in Medical Virology
Estudo desenvolveu uma triagem quantitativa de alto rendimento para identificar agentes únicos eficazes e terapias combinadas contra SARS-CoV-2. O perfil morfológico quantitativo de alto conteúdo foi associado a uma estratégia de aprendizado de máquina baseada em inteligência artificial para classificar os recursos das células para infecção e estresse. Este ensaio detectou múltiplos mecanismos de ação antivirais incluindo inibição da entrada viral, propagação e modulação das respostas celulares do hospedeiro. De uma biblioteca de 1.425 compostos identificaram que a lactoferrina é um inibidor eficaz da infecção por SARS-CoV-2 e que potencializa a eficácia do remdesivir e da hidroxicloroquina (10/06/2020). Fonte: BioRxiv : the preprint server for biology
Desenvolvimento de um ensaio AlphaLISA baseado em proximidade para medir vínculo do RBD (Receptor Binding Domain) da proteína S do SARS-CoV-2 ao ECA2. Utilizando esta plataforma, um screening de 3.384 pequenas moléculas foi realizado, resultando em 25 hits de alta qualidade, que podem ser avaliadas. A plataforma AlphaLISA RBD-ACE2 pode facilitar a avaliação de biológicos ou pequenas moléculas que podem alterar essa interação viral-hospedeira (16/06/2020). Fonte: bioRxiv : the preprint server for biology
Revisão discute o mecanismo de penetração do SARS-Cov-2 na célula, os aspectos estruturais conhecidos das interações vírus-receptor de coronavírus, os principais domínios proteicos e resíduos de aminoácidos envolvidos na ligação, e moléculas pequenas inibidoras, além de outros medicamentos que (em junho de 2020) exibiram potencial terapêutico. Especificamente, foi discutido o potencial clínico de dois inibidores da protease com alvo na serina protease transmembranar 2 (TMPRSS2), mesilato de nafamostat e mesilato de camostat, bem como dois novos inibidores de fusão e o medicamento contra Ebola, remdesivir, específico para RdRp (23/06/2020) Fonte: Annual Review of Pharmacology and Toxicology
Uma triagem in silico em busca do reaproveitamento de medicamentos existentes cita que a famotidina, um antagonista do receptor acoplado à proteína classe A G usado para o tratamento do refluxo gastroesofágico proporcionou um bom resultado em pacientes infectados com SARS-CoV2 (24/06/2020). Fonte: Biomolecules
Estudos prévios mostraram que o bloqueio do transporte nucleocitoplasmático com inibidores da exportina 1 (XPO1) originalmente desenvolvido como medicamento anticâncer pode blquear as principais proteínas virais e componentes genômicos no núcleo da célula hospedeira e reduzir a replicação e a imunopatogenicidade do vírus. Essas observações apoiam o conceito de inibição da exportação nuclear como uma estratégia eficaz contra uma variedade de vírus, incluindo influenza A, B e SARS-CoV. Estudos clínicos usando o inibidor XPO1 selinexor para terapia da COVID-19 estão em andamento (20/06/20). Fonte: Drug Discovery Today.
Artigo revela o papel dos glicocorticóides na regulação da resposta imune causada pelo SARS-CoV-2 em múltiplos órgãos, eles têm sido utilizados na prática clínica em vários países, mesmo sem um consenso claro sobre seus benefícios baseados em evidências (24/06/2020). Fonte: Cytokine & Growth Factor Reviews
Neste trabalho, foram sintetizados dois derivados de azafluoreno com diferentes substituintes na quarta posição e os parâmetros estruturais foram analisados por meio do SXRD. Os fitoquímicos mencionados apresentaram boas afinidades de ligação com os aminoácidos da proteína RdRp da SARS CoV-2 indicando uma atividade potencial. (23/06/2020). Journal of Molecular Structure3
Autores analisam o potencial anti-coronavírus do ácido glicirrízico do produto natural Glicirrizina (GLR), um medicamento usado para tratar doenças hepáticas (incluindo hepatite viral) e inflamação cutânea específica (como dermatite atópica) em alguns países. As propriedades daGLR e seu ácido glicirrízico metabólico ativo primário são apresentadas e discutidas. Com base nesta análise, conclui-se que a GLR e seus derivados devem ser considerados para o tratamento de pacientes com COVID-19 (24/06/2020). Fonte: Pharmacology and Therapeutics
Estudo coorte para analisar os efeitos do tratamento com interferon (IFN)-alfa2b em pacientes confirmados de COVID-19 em Wuhan, China. Neste estudo não-controlado exploratório com 77 adultos hospitalizados foram tratados com IFN-alfa2b nebulizado ou uma combinação de IFN-alpha2b mais arbidol. O IFN-alfa2b com ou sem arbidol reduziu significativamente a duração do vírus detectável no trato respiratório superior e com redução paralela dos marcadores inflamatórios IL-6 e CRP. Esses achados sugerem que o IFN-alfa2b deve ser mais investigado como uma terapia para casos COVID-19 (15/05/2020). Fonte: Frontiers in immunology
25/06/2020
Os autores apresentam um estudo retrospectivo de coorte contendo 1351 pacientes, que foram tratados com suplementação de oxigênio, hidroxicloroquina, azitromicina, e heparina de baixo peso molecular, destes pacientes 179 pacientes receberam tocilizumabe intravenoso e 91 tocilizumabe administrado por via subcutânea, selecionados de forma não randômica. As duas formas de tratamento reduziram a mortalidade e a necessidade de uso de ventilação mecânica (24/06/2020). The Lancet
Artigo discute os impactos da COVID-19 no sistema cardiovascular, como resposta inflamatória sistêmica, hipóxia, falência pulmonar e manifestações cardíacas primárias que incluem miocardite aguda, infarto do miocárdio, arritmias e coagulação anormal. O artigo discute também diferentes abordagens de manuseio das doenças cardiovasculares e os efeitos dos medicamentos empregados no tratamento da doença sobre o sistema cardiovascular (23/06/2020). Fonte: Am Journal of Cardiovascular Drugs.
Estudo sugere que a proteína viral,não estrutural, 16S RNA (nsp-16) metiltransferase é um dos alvos altamente viáveis para medicamentos, assim foi realizada através de uma abordagem virtual o possivel redirecionamento de medicamentos que poderiam ser usados para esta finalidade dentre eles estão sinefungina, raltgravir, maraviroc e favipiravir e a prednisolona. Depois foi realizada a simulação da dinâmica molecular para testar os potenciais compostos selecionados em um ambiente realista. Os resultados mostraram que o raltegravir e o maraviroc dentre os outros compostos podem ser candidatos potenciais à inibição do nsp-16 (23/06/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure & amp; Dynamics
Em carta ao editor pesquisador relata que os corticosteroides podem atuar de forma benéfica e maléfica ao mesmo tempo, pois imunossupressão sistêmica induzida por eles prejudica a indução de respostas de IFN-1 ao vírus SARS-CoV-2 ao mesmo tempo que tem efeitos benéficos na tempestade de citocinas. A carta ainda menciona que pacientes com doença inflamatória intestinal tratada com corticosteróides apresentaram maior gravidade de COVID-19, quando comparados a pacientes que recebem antagonistas do TNF-alfa (19/06/2020). Fonte: Clinics in Dermatology
O sexo masculino é um fator de risco para a infecção grave por COVID-19 e a mortalidade masculina é duas vezes a do sexo feminino isto se dá pela presença de serinoproteases transmembrana II humana (TMPRSS2) na superfície epitelial do pulmão em homens torna-os mais suscetíveis a doenças graves. O estudo demonstra que inibidores de TMPRSS2 parecem ter uma abordagem promissora contra infecções virais por SARS-CoV-2. Dentre eles, o mesilato de camostat que inibe a atividade da enzima TMPRSS2, mas sua entrada no pulmão ainda é discutível e o cloridrato de bromexina, um mucolítico, inibidor da TMPRSS2 que atenua a metástase do câncer de próstata em modelos de camundongos (19/05/2020). Fonte: Immunopathologia Persa
Testes in vitro mostraram que o óxido nítrico (NO) inibe o ciclo de replicação do coronavírus do SARS grave. A hipótese do artigo é que explosões intermitentes de alta concentração de NO na fumaça do cigarro possam ser um mecanismo de proteção contra o vírus. A difusão de NO através da parede celular para atingir o vírus deve ser significativamente mais eficaz na concentração muito alta de NO na fumaça. Os autores sugerem que máquinas podem ser desenvolvidas para fornecer o medicamento de forma intermitente em pequenas rajadas, em doses de alta concentração, o que forneceria um medicamento preventivo para pessoas de alto risco e um tratamento eficaz, sem os riscos à saúde associados ao fumo (23/06/2020). Fonte: Nitric Oxide
Estudo para avaliar a variação de vários biomarcadores em 40 pacientes tratados com tocilizumabe (TCZ) para COVID-19 grave. A maioria deles tinha comorbidades, e todos tinham múltiplas anormalidades biológicas, 30 pacientes (75%) foram beneficiados pelo TCZ e 10 pacientes morreram. Para 25% dos pacientes que morreram, a morte foi logo nos dias seguintes após a administração do TCZ, sugerindo que o tratamento foi dado tarde demais. Para os pacientes beneficiados os biomarcadores de inflamação (CRP, ferritina, fibrinogênio) diminuíram drasticamente logo no 4º dia após a injeção de TCZ. (27/05/2020). Fonte: Clinical and experimental rheumatology
Estudo com 193 pacientes em que 96 pacientes receberam tocilizumabe, enquanto 97 serviram como grupo controle. Houve uma menor mortalidade não estatisticamente significativa no grupo de tratamento (52% versus 62,1%). Ao excluir pacientes entubados, houve mortalidade estatisticamente menor nos pacientes tratados com tocilizumabe (6 vs. 27%). A bacteremia foi mais comum no grupo controle (24% vs 13%), enquanto a fungemia foi a mesma em ambos (3% vs 4%) (22/06/2020). Fonte: An International Journal of Medicine
Estudo de centro único do uso do tocilizumabe em pacientes hospitalizados com pneumonia por SARS-CoV-2. O estudo examinou parâmetros clínicos e laboratoriais, incluindo requisitos de oxigênio e vasopressores, perfis de citocinas e níveis de proteína C-reativa (CRP) pré e pós-tocilizumabe em 27 pacientes, a maioria entubada. Observou-se reduções significativas na temperatura e CRP pós-tocilizumabe, no entanto, quatro pacientes não apresentaram declínios rápidos de CRP, dos quais três apresentaram desfechos piores e dois morreram. Tocilizumabe parece oferecer benefícios na redução da inflamação, requisitos de oxigênio, suporte vasopressor e mortalidade. A lógica para o tratamento tocilizumabe é apoiada pela detecção de IL-6 em níveis patogênicos em todos os pacientes. ( 23/06/2020). Fonte: Clinical Infectious Diseases
Revisão avaliou os mecanismos potenciais, o perfil de segurança, a disponibilidade e o custo dos fármacos cloroquina, hidroxicloroquina, remdesivir, lopinavir/ritonavir e favipiravir. A revisão conclui que os medicamentos mencionados apresentam propriedades diferentes e atuam de formas diversas no tratamento da COVID-19. Sugere que a combinação de antivirais com diferentes mecanismos de ação pode ser mais eficaz e, ao mesmo tempo, seus eventos adversos não devem ser subestimados (29/05/2020). Current Medicine Research and Practice
A ANVISA autorizou um estudo, de fase 3, destinado à avaliação da eficácia e da segurança do medicamento experimental remdesivir em pacientes com pneumonia grave provocada pela COVID-19. Na pesquisa, que irá envolver um total de 105 pacientes, o remdesivir será usado no tratamento de dois grupos, sendo que um receberá o medicamento associado ao fármaco tocilizumabe e outro será tratado com o remdesivir com placebo. O pedido de autorização dessa pesquisa foi feito pela empresa PPD do Brasil Suporte a Pesquisa Clínica Ltda. (24/06/2020). Fonte: ANVISA
A ANVISA autorizou um estudo, de fase 3, para avaliar a eficácia e a segurança do medicamento experimental ruxolitinibe em 60 pacientes que apresentam “tempestade de citocinas” associada à COVID-19. O pedido de autorização dessa pesquisa foi feito pela empresa Novartis Biociências S.A. (24/06/2020). Fonte: ANVISAEstudo fornece uma análise molecular (in silico) da interação entre as principais moléculas usadas no tratamento da COVID-19 e o sítio ativo de protease do vírus. O lopinavir teve a maior afinidade de ligação, seguido respectivamente por azitromicina, oseltamivir, hidroxicloroquina, tipranavir, cloroquina, nitazoxanida, AG70088, remsidivir, zanamivir, nelfinavir, saquinavir e, por fim, favipiravir (28/05/2020). Fonte: Journal of Pure and Applied Microbiology
Pesquisadores fornecem evidências iniciais de que o apremilaste (inibidores de PDE4) é seguro e benéfico no tratamento da pneumonia por SARS-CoV-2; inclusive em pacientes com fatores prognósticos negativos, tais como idade avançada, comorbidades cardiovasculares, menor número de linfócitos, maior extensão do envolvimento pulmonar e maiores níveis de IL- 6 (19/06/2020) Pre-proof. Fonte: Journal Metabolism
Artigo de revisão apresenta o uso promissor de diversas biomoléculas derivadas de plantas para enfrentar o SARS-CoV-2, e como essas moléculas podem trabalhar sinergicamente com outros medicamentos em potencial para o tratamento da COVID-19 (19/06/2020). Fonte: Plant Cell Reports
Estudo emprega abordagem in silico para avaliar o potencial inibitório dos fitoquímicos obtidos da análise GC-MS de doze espécies de Clerodendrum contra as proteína S, a Mpro e a RdRp da SARS-CoV- 2. Uma extensa investigação de acoplamento molecular dos fitocompostos revelou um potencial inibidor promissor dos fitoquímicos taraxerol, friedelin e estigmasterol. Inclusive, o taraxerol exibiu melhores escores de energia de ligação com as proteínas virais em questão do que os medicamentos especificamente direcionados contra eles (19/06/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamic
24/06/2020
Esta revisão apresenta uma visão geral do SARS-CoV-2 e COVID-19 e no potencial do ruxolitinibe (primeiro inibidor JAK1 e JAK2 aprovado) no combate desta infecção. Segundo os autores, o ruxolitinibe inibe a via JAK / STAT, que é uma das principais vias de sinalização celular, que regula a resposta inflamatória. Os possíveis alvos do ruxolitinibe são determinados por alterações genéticas relatadas em pacientes com COVID-19. A eficácia potencial do ruxolitinibe é sugerida pela avaliação das interações desses alvos em potencial que são diretamente afetados pela via do ruxolitinibe ou JAK / STAT (20/06/2020). Fonte: Cytokine & Growth Factor Reviews
Pesquisadores fazem uma revisão sobre os medicamentos usados para o tratamento com COVID-19 na China, com base nos dados básicos e clínicos emergentes. Atualmente, um total de 23 diferentes medicamentos tradicionais chineses é recomendado em todo o país para o tratamento de sintomas leves, graves e críticos da doença. Além desses, os autores resumem o uso dos seguintes medicamentos químicos ou biológicos: lopinavir/ritonavir, ribavirina, arbidol, remdesivir, favipiravir, darunavir, emtricitabina/denofovir, fosfato de cloroquina, hidroxicloroquina, interferon alfa, tocilizumabe, glicocorticoides, terapia com plasma convalescente e imunoglobulina (19/06/2020). Fonte: Current Pharmacology Reports
Estudo revela que dos medicamentos propostos para o tratamento de COVID-19 é a combinação de medicamentos antirretrovirais de ritonavir e lopinavir e que estes possuem inumeras interações medicamentosas significativas e devem ser lembradas antes do início dos psicotrópicos em um paciente em terapia combinada ritonavir / lopinavir para COVID-19 (18/06/2020). Fonte: The Primary Care Companion for CNS disorders
Estudo, examinou as proteínas virais de SARS-CoV-2 e verificaram que as proteínas virais ORF6, ORF8 e nucleocapsídeo eram potenciais inibidores da via de sinalização do interferon tipo I. (23/06/2020). Fonte: Virus Research
Estudo retrospectivo de pacientes internados em UTI com ventilação mecânica e síndrome respiratória aguda por SARS-CoV-2 que receberam corticosteroides (dexametasona ou metilprednisolona) concluiu que o uso de corticosteroides foi associado à melhora significativa no tempo para a liberação dos respiradores, mas sem melhora significativa no tempo de saída da UTI e de alta do hospital (junho/2020). Fonte: Critical Care Explorations
23/06/2020
Revisão fornece uma visão geral de possíveis medicamentos e compostos terapêuticos, incluindo favipiravir e hidroxicloroquina, bem como a medicina tradicional chinesa, que apresentaram efeitos benéficos no tratamento clínico da COVID-19. Além disso, com uma compreensão mais profunda do vírus SARS-CoV-2, os autores sugerem novos medicamentos direcionados para componentes virais específicos de SARS-CoV-2 e investigações sobre esses novos agentes anti-SARS-CoV-2 (18/06/2020). Fonte: Acta Pharmacologica Sinica.
Neste estudo, foram utilizados métodos e algoritmos in silico para sequência, análise da estrutura e acoplamento molecular da proteína M(pro) do SARS-CoV-2. Análise completa da sequência do genoma, resultados estruturais e moleculares de acoplamento revelaram que o Remdesivir apresenta uma melhor afinidade de ligação do que o resto dos inibidores de protease. Desta forma, o presente sugere que, o Remdesivir é um potente inibidor terapêutico para o SARS-CoV-2 (22/06/2020). Fonte: Journal of biomolecular structure & dynamics
Um estudo retrospectivo de coorte de um único centro foi realizado para determinar o papel dos esteroides na mortalidade hospitalar. De 463 pacientes internados com pneumonia SARS-CoV-2, 396 foram tratados com esteroides e comparados com 67 pacientes não tratados. Os resultados mostram que a sobrevida de pacientes internados pneumonia SARS-CoV-2 é maior em pacientes tratados com glicocorticoides do que naqueles não tratados (22/06/2020). Fonte:Antimicrobial Agents and Chemotherapy
Pesquisadores discutem o papel dos medicamentos baseados em metais no combate à infecção causada por COVID-19, especialmente o caso da auranofina (antiviral com baixa toxicidade). Segundo os autores, os fármacos à base de metal formam uma classe de medicamentos atraente e variada, que deveriam ser explorados como potenciais contra a doença de COVID-19 (08/05/2020). Fonte: ACS Medicinal Chemistry Letters
Pesquisadores fazem um resumo sobre a possibilidade de usar moléculas de heparina para tratar ou prevenir a infecção por SARS‐CoV‐2. Segundo o artigo, o sulfato de heparina interage com a proteína spike na COVID‐19 para impedir a ligação viral aos receptores celulares do hospedeiro. Além disso, interage com quimiocinas e DAMPs liberados durante a infecção, inibindo assim as atividades pró-inflamatórias dessas proteínas (23/04/2020). Fonte: RPTH
A pandemia da COVID-19 desencadeou uma disseminação maciça de informações (uma "infodemia") sobre fármacos que influenciaram muitas pessoas e afetaram escolhas de pacientes individuais em todos os lugares. Em particular, as informações se espalharam sobre alguns medicamentos aprovados para outras indicações (cloroquina, hidroxicloroquina, anti-inflamatórios não esteroidais, inibidores de enzimas conversores de angiotensina, antagonistas do receptor angiotensina II, favipiravir e umifenovir) que pode ter levado ao uso inadequado e, portanto, perigoso. O artigo analisa a lógica por trás do uso desses medicamentos para COVID-19, a comunicação sobre seus efeitos sobre a doença, as consequências dessa comunicação sobre o comportamento das pessoas e as respostas de algumas autoridades reguladoras influentes na tentativa de minimizar os riscos reais ou potenciais decorrentes desse comportamento (22/06/2020). Drug Safety
Estudo cita que casos graves de COVID-19 estão associados à hiperativação do sistema imunológico e o uso de antivirais podem ajudar a retardar o curso de uma infecção, mas normalmente não atenuam as respostas imunes hiperativas. Da mesma forma, os imunossupressores usados para limitar a inflamação descontrolada também podem limitar a capacidade do paciente de eliminar o vírus. Portanto, os pesquisadores sugerem que uma combinação de atividades antivirais e imunossupressores pode ser uma combinação contra o COVID-19. Usando uma plataforma de inteligência artificial chamada Benevolent AI identificaram que o baricitinibe é uma possível terapia com COVID-19 por ser um inibidor de pequenas moléculas da Janus quinase (JAK) e ter propriedades antiinflamatórias (22/06/2020). Fonte: EMBO molecular medicine
22/06/2020
Relatório demonstra que o IFN-β 1a foi altamente eficaz na inibição da replicação in vitro da SARS-CoV-2 em concentrações clinicamente alcançáveis quando administrado após a infecção pelo vírus (19/06/2020). Fonte: The Journal of Infectious Diseases
Estudo pre-proof revela que a paromomicina atua contra dois alvos do COVID-19 isto é, proteína Spike (S1) e domínio da protease. Ademais, verificou-se que a paromomicina possui forte ligação afinidade contra os dois alvos do coronavírus. Os resultados mostraram que nenhuma ação antimalárica droga exibiu ligação eficaz contra S1 ou protease (pre-proof). Fonte: International Journal of Infectious Diseases
Os autores fazem uma revisão dos principais tratamentos antivirais propostos para o tratamento das infecções provocadas pelo SARS-CoV-2, abordam seus mecanismos de ação e apontando a existência de estudos clínicos em andamento, trazendo os resultados positivos ou negativos, quando disponíveis (22/06/2020). Drug Discovery Today
Revisão sobre alguns caminhos que permanecem inexplorados na busca por novos fármacos para tratar COVID-19, como por exemplo interrupção da oligomerização das proteínas E e M, as intervenções das interações hospedeiro-vírus, entre outros. Além disso, o artigo resume os fármacos atuais em uso contra a COVID-19 (16/06/2020). Fonte: Drug Discovery Today
Estudo retrospectivo de coorte analisou 51 pacientes com COVID-19 apresentando hipoxemia admitidos no hospital entre 13/03 e 19/04/2020. Pacientes com infiltrações pulmonares e marcadores inflamatórios elevados receberam uma única dose de tocilizumabe se não houvesse contraindicação. Esteroides sistêmicos, hidroxicloroquina e azitromicina foram usados concomitantemente para a maioria dos pacientes. Os resultados sugerem que em pacientes com COVID-19 grave, o tocilizumabe foi associado a significativamente menor duração de suporte vasopressor. Embora não estatisticamente significante, tocilizumabe também resultou em menor tempo médio para melhora clínica e menor duração de ventilação invasiva. (20/06/2020) Fonte: EClinicalMedicine
Revisão discorre sobre a atividade anti-infecciosa dos derivados de quinoxalina, que apresentam propriedades biológicas muito interessantes (antivirais, anticancerígenos e antileishimanos), compilando e discutindo 20 estudos publicados recentemente sobre o potencial terapêutico da atividade antiviral dos derivados de quinoxalina, abrangendo a literatura entre 2010 e 2020. Artigo sugere que se investigue o potencial das quinoxalinas polisubstituídas adequadamente funcionais no tratamento da COVID-19 (16/06/2020). Fonte: Molecules
Estudo apresenta uma revisão sobre cinco medicamentos e pequenas moléculas conhecidas no tratamento da COVID-19 (cloroquina, remdesivir, famotidina, ivermectina e nicotina) e como elas podem bloquear as enzimas vitais do SARS-CoV-2 ou o transporte de seus componentes. (20/06/2020) Fonte: Genes & Diseases
Estudo, combinou-se estratégias de reaproveitamento de medicamentos e triagem virtual de medicamentos para atingir o 3CLpro, que tem um papel essencial na maturação e replicação viral. Um total de 31 medicamentos anti-HIV aprovados pela FDA e o banco de dados de medicamentos tradicionais chineses (TCM) foram rastreados para encontrar potenciais inibidores. Como resultado, o saquinavir e cinco medicamentos (TCM5280805, TCM5280445, TCM5280343, TCM5280863 e TCM5458190) do banco de dados do TCM foram encontrados como resultados promissores tendo como alvo a díade catalítica (His41 e Cys145) e possuem um comportamento dinâmico estável. Assim, sugerimos que esses compostos sejam testados (18/06/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
18/06/2020
Artigo refere-se a novas estratégias e tecnologias que aceleram a descoberta de novos medicamentos, resumindo alguns processos para a descoberta de compostos candidatos a medicamentos para o tratamento da COVID-19. Os autores destacam como os melhores medicamentos representativos desses processos a Icotinibe, ASK-120.067, GDZ824 e Quinoloxina (17/06/2020). Fonte: Expert Opinion on Drug Discovery
Revisão narrativa onde os autores apresentam uma visão geral dos surtos de Ebola e de coronavírus e fazem um resumo dos estudos pré-clínicos e clínicos de remdesivir para Ebola e COVID-19 (22/05/2020). Drugs in context
Um ensaio de alto rendimento e de alto conteúdo de células HeLa humanas expressando o receptor SARS-CoV-2 o ECA2 foi usado para triagem da ReFRAME, uma biblioteca de fármacos. De quase 12.000 compostos, foram identificados 66 compostos capazes de inibir seletivamente a replicação SARS-CoV-2 em células humanas. Vinte e quatro dessas drogas mostram atividade aditiva em combinação com remdesivir e podem permitir maior eficácia in vivo. Também foi identificada a riboprina e 10-deazaaminopterina com interação sinérgica com remdesivir. No geral, sete medicamentos clinicamente aprovados (halofantrina, amiodarona, nelfinavir, simeprevir, manidipina, ozanimod, osimertinibe) e 19 compostos em outras etapas de desenvolvimento podem ter o potencial de serem reaproveitados como terapêutica oral para SARS-CoV-2 (16/06/2020). Fonte: bioRxiv
Artigo sugere que o status imunológico pode determinar a eficácia das terapias para COVID-19. Considerando que evidências recentes sugerem que o SARS-CoV-2 pode conduzir uma gama diversificada de processos imunológicos, aumenta-se o risco de que agentes imunossupressores que estão em ensaios clínicos possam ser eficazes para alguns pacientes e prejudiciais para outros. Revisão sugere abordagem mais sutil à modulação imune no COVID-19, e que suprimir o sistema imunológico quando os pacientes estão combatendo infecções pode ser uma abordagem perigosa. Os autores concluem que se os pacientes precisam ser tratados com base em seu estado imunológico, deve haver um rastreamento do seu status imunológico. (16/06/2020) Fonte: Nature Reviews Drug Discovery
Artigo apresenta uma revisão da farmacologia, segurança e experiência clínica no baricitinibe no tratamento da COVID-19. O baricitinibe é um inibidor de JAK que interrompe a sinalização de múltiplas citocinas envolvidas na imunopatologia da COVID ‐ 19. Adicionalmente o baricitinibe também pode ter efeitos antivirais atuar na entrada do vírus nas células e suprimir a regulação da enzima de conversão ECA-2. No entanto, os efeitos imunossupressores do baricitinibe podem ser prejudiciais durante infecções virais agudas, retardando a depuração viral e aumentando a vulnerabilidade a infecções oportunistas secundárias. (15/06/2020) Fonte: Pharmacotherapy
Artigo cita que o tocilizumabe pode ser útil no tratamento do estado hiperinflamatório e do ataque de citocinas associado a formas graves de COVID-19; no entanto, os resultados de ensaios clínicos randomizados são necessários. Artigo cita estudo com 21 pacientes chineses com pneumonia grave no COVID-19 que tiveram benefícios clínicos e outro estudo italiano com 100 pacientes internados no hospital com pneumonia por COVID-19 que requerem suporte ventilatório e tratados com tocilizumabe tiveram um resposta rápida e associada a melhora clínica significativa (15/06/2020). Fonte: Infection
17/06/2020
Este trabalho analisa o maior conjunto de dados experimentais disponíveis dos principais inibidores de protease do SARS-CoV-2 ou SARS-CoV. Com base neste conjunto de dados, desenvolveram modelos validados de machine learning e mapearam 8565 fármacos potenciais obtidos no DrugBank. Os autores descobriram que muitos fármacos podem ser potencialmente usados para SARS-CoV-2 em especial 20 medicamentos aprovados pela FDA e 20 medicamentos que não estão no mercado (16/06/2020). The journal of physical chemistry letters
Pesquisadores descrevem esforços paralelos usando camundongos humanizados e pacientes convalescentes para gerar anticorpos contra a proteína spike SARS-CoV-2, produzindo uma grande coleção de anticorpos totalmente humanos que foram caracterizados por ligação, neutralização e estrutura tridimensional. Com base nesses critérios, os autores selecionaram pares de anticorpos potentes que se ligam simultaneamente ao domínio de ligação da proteína spike, fornecendo compostos ideais para um coquetel de anticorpos terapêuticos que visa diminuir o potencial de mutantes de escape de vírus que possam surgir em resposta à pressão seletiva de um único tratamento com anticorpo. Atualmente, esse coquetel de anticorpos está sendo testado em testes em humanos (clinicaltrials.gov NCT04426695 e NCT04425629) (15/06/2020). Fonte: Science
Revisão de estudos sobre os dados farmacocinéticos da ivermectina disponíveis e indica que as concentrações inibitórias de SARS-CoV-2 nas doses rotineiramente usadas para o tratamento de doenças parasitárias, não inibem SARS-CoV-2. Assim, os pesquisadores citam que qualquer tratamento empírico com ivermectina ou sua inclusão em protocolos terapêuticos não é cientificamente justificável. A própria consideração do fármaco como agente antiviral de amplo espectro é incorreta porque não demonstrou efeitos antivirais além do nível in vitro. Na pendência da escassez de dados confiáveis de estudos controlados e das considerações farmacocinéticas a aplicação de ivermectina em pacientes com COVID-19 deve ser decisivamente desencorajada (05/06/2020). Fonte: Biotechnology & Biotechnological Equipment
Artigo sugere que a pirfenidona (agente anti-fibrótico) pode proteger os pneumócitos e outras células da invasão do COVID-19 e da tempestade de citocinas por inibir a apoptose da expressão dos receptores da ECA, diminuindo a inflamação melhorando o estresse oxidativo (17/06/2020). Fonte: Medical Hypotheses
Estudo de coorte incluindo 39 pacientes acima de 18 anos na Itália avalia a utilização de uma única dose de mavrilimumabe, um anticorpo monoclonal que atua bloqueando GM-CSF, (em adição aos cuidados padrão) em pacientes com pneumonia grave por SARS-CoV-2 (sem ventilação mecânica) e hiperinflamação sistêmica. O principal resultado foi a diminuição do tempo de melhora clínica. Durante os 28 dias de observação nenhum paciente que recebeu o anticorpo morreu, enquanto 27% dos pacientes do grupo controle morreram (16/06/2020). Fonte: The Lancet Rheumatology
Pesquisadores fazem estudo de acoplamento molecular (in silico) de alguns alcalóides biologicamente ativos da Argemona mexicana para o tratamento da COVID-19. O estudo constatou que a protopina é o melhor inibidor entre todos os alcalóides (in Press). Fonte: Medical Hypothesis
16/06/2020
A Oxford University, em comunicado, divulgou resultado de estudo controlado randomizado com dexametasona em que foi observado redução de um terço das mortes de pacientes com COVID-19 sob ventilação mecânica. Não foi observado benefícios do tratamento em pacientes sem necessidade de tratamento com oxigênio ou respiração mecânica. Os resultados foram obtidos no âmbito do estudo RECOVERY (Randomised Evaluation of COVid-19 thERapY), que envolve mais de 11.500 pacientes em 175 hospitais do Sistema de Saúde britânico e tem por objetivo a avaliação de potenciais tratamentos para COVID-19. Um total de 2104 pacientes receberam dexametasona 6 mg por dia por 10 dias e foram comparados com 4321 pacientes que receberam tratamento usual. Os detalhes do estudo ainda serão publicados (16/06/2020). Fonte: Oxford University (press release).
Revisão sistemática da farmacologia antiviral da ivermectina, com discussão de estudos realizados in vitro e in vivo com diversos vírus (12/06/2020). Fonte: The Journal of Antibiotics.
Estudo de coorte retrospectivo com 403 pacientes com COVID-19 onde foi avaliado o uso de ibuprofeno uma semana antes da diagnóstico de COVID-19 os resultados avaliados demonstraram que o uso do ibuprofeno não foi associada a piores desfechos clínicos, em comparação com paracetamol ou sem antipirético (06/06/2020). Fonte: Clinical Microbiology and Infection
Estudos mostraram que pacientes com a Parkinson que estão em tratamento com amantadina e testaram positivo para o coronavírus não tiveram manifestações clínicas da doença. O mecanismo proposto pelo artigo cita que a amantadina, sendo uma molécula lipofílica, pode atravessar a membrana do lisossomo atuando como um agente alcalinizante impedindo a liberação de RNA viral na célula. Os pesquisadores ainda citam que a amantadina tem sido usada como terapia antiviral contra o vírus influenza A para o bloqueio do estágio inicial da replicação viral (12/06/2020). Fonte: Archives of Medical Research
Estudo observacional com 239 pacientes hospitalizados com COVID-19 onde os pacientes foram tratados com tocilizumabe usando um protocolo que visava a síndrome de liberação de citocinas (CRS). Os desfechos de sobrevida e a ventilação mecânica (MV) foram observados por 14 dias e estratificados pela gravidade da doença na internação. Para pacientes tratados com tocilizumabe, foi realizada uma avaliação da resposta clínica, dos biomarcadores e os desfechos de segurança. O estudo conclui que o uso do tocilizumabe para tratar a CRS pode influenciar na ventilação mecânica e nos resultados de sobrevivência. Nesses pacientes tratados com tocilizumabe, a oxigenação e biomarcadores inflamatórios melhoram e tiveram sobrevida acima do esperado. Ensaios randomizados devem confirmar esses achados (15/06/2020). Chest
Análise de farmacovigilância para determinar e caracterizar eventos adversos cardiovasculares associados à HCQ. Os autores realizaram uma análise de reações adversas cardiovasculares (AES) associados à HCQ associados ao HCQ utilizando o banco de dados do sistema de relatórios de eventos adversos do FDA. Observou-se que pacientes que recebem HCQ têm maior risco de vários AEs cardíacos, incluindo prolongamento de QT e TdP. Esses achados destacam a necessidade urgente de estudos prospectivos, randomizados e controlados para avaliar a razão de risco/benefício do HCQ no ambiente COVID-19 antes de sua adoção generalizada como terapia (15/06/2020). Journal of Clinical Medicine
A entrada viral é o primeiro passo no ciclo de vida SARS-CoV-2 e é mediada pela proteína S . Sendo o primeiro estágio em infecção, a entrada do SARS-CoV-2 em células hospedeiras é um ponto de intervenção terapêutica extremamente atraente. Nesta revisão os autores apresentam estratégias de intervenção terapêutica para projetos de inibidores de entrada anti-SARS-CoV, MERS-CoV e outros coronavírus e especulam sobre direções futuras para projetos inibidores de entrada SARS-CoV-2 (15/06/2020). Journal of Medicinal Chemistry
Pesquisadores relatam estudo com seis pacientes com COVID-19, apresentando pneumonia grave, SDRA e índices laboratoriais de síndrome hiperinflamatória. Todos os pacientes foram tratados precocemente com um curso curto de corticosteróides (metil-prednisolona). Todos os pacientes escaparam à intubação e internação em terapia intensiva, a SDRA foi resolvida em 11,8 dias (mediana), a liberação viral foi alcançada em 4 pacientes em 17,2 dias (mediana) e todos os pacientes receberam alta do hospital em 16,8 dias (mediana). O estudo conclui que a administração precoce de corticosteróides de curta duração melhora o resultado clínico de pacientes com pneumonia grave por COVID ‐ 19 e evidência de hiperreatividade imunológica (12/06/2020). Fonte: Journal of Medical Virology
Estudo avaliou a mortalidade e necessidade de intubação entre 92 pacientes com síndrome de liberação de citocinas (SLC) por COVID-19 que receberam glicocorticoides (GC), GC com tocilizumabe ou tocilizumabe sozinho. Em todos os casos, os percentuais de eventos foram menores no grupo de pacientes em que a CG foi administrada sugerindo que o uso precoce de pulsos GC pode controlar o SLC, com menor exigência de uso de tocilizumabe e diminuição de eventos como intubação e morte. (27/05/2020) Fonte: Medicina Clínica
15/06/2020
A agência sanitária americana, FDA (Food and Drug Adminstration) revogou a autorização de uso de emergência que permitia o uso de fosfato de cloroquina e sulfato de hidroxicloroquina no tratamento de certos pacientes hospitalizados com COVID-19 quando um ensaio clínico estivesse indisponível ou a participação em um ensaio clínico não fosse viável. Com base em análise contínua de dados científicos atualizados, o FDA determinou que é improvável que a cloroquina e a hidroxicloroquina sejam eficazes no tratamento da COVID-19 nos casos autorizados. Além disso, à luz de eventos adversos cardíacos graves e contínuos e de outros efeitos colaterais sérios, os benefícios conhecidos e potenciais dos medicamentos não superam os riscos conhecidos e potenciais para o uso autorizado (15/06/2020). Fonte: FDA News Release.
Relato de caso de grupo de São Paulo, Brasil: Paciente masculino de 78 anos, ex-tabagista, com histórico de hipertensão arterial e revascularição do miocárdio prévia em tratamento com imunoterapia (OncoTherad, em estudo clínico) para câncer de bexiga com COVID-19, apresentou menor período de hospitalização. O tratamento do paciente foi baseado na associação entre ceftriaxona, azitromicina e Tamiflu. OncoTherad é um complexo de fosfato inorgânico associado a uma proteína glicosídica (MRB-CFI-1) com propriedade antitumoral e imunomoduladora desenvolvido pela Universidade de Campinas, SP. Os autores sugerem a associação entre a imunoterapia com OncoTherad, antivirais e antiinflamatório na prevenção da evolução de sintomas pulmonares em casos de prognóstico ruim. (04/06/2020). Fonte: Repositório Social Science Research Network.
Pesquisadores da Unicamp desenvolvem o fármaco OncoTherad, para tratar de pacientes com tumores na bexiga, e descobrem que ele acelera a recuperação de pacientes com a COVID-19. Em testes feitos com cinco pacientes que desenvolveram a forma grave da COVID-19, a associação do imunoterápico com antibióticos e corticoides amenizou a resposta inflamatória desregulada no pulmão e reduziu o tempo médio de internação de 18 para 10 dias, sem a necessidade de intubação. Um estudo clínico (com duração prevista de 1 ano) com 140 participantes está tramitando na Comissão de Ética em Pesquisa (Conep) para uso da imunoterapia OncoTherad associada ao tratamento clínico padrão no Hospital Municipal de Paulínia (13/06/2020). Fonte: Galileu
Pesquisadores mostram que o medicamento acalabrutinibe, inibidor seletivo BTK, utilizado para tratar vários tipos de câncer no sangue, se mostrou benéfico no tratamento de pacientes com COVID-19. O acalabrutinibe foi administrado off-label em 19 pacientes hospitalizados com COVID-19. Entre os pacientes, 11 receberam oxigenação suplementar por dois dias, e 8 (mais graves) precisaram ficar ao menos um dia e meio com um respirador. Geralmente dentro de 1 a 3 dias de tratamento o acalabrutinibe melhorou a oxigenação na maioria dos pacientes. Do grupo moderado 8 (de um total de 11) pacientes voltaram a respirar sozinhos e receberam alta após menos de uma semana de tratamento. Já dentre as pessoas com quadros mais graves, 4 (de um total de 8) conseguiram sair dos ventiladores, 2 receberam alta hospitalar e 2 acabaram morrendo (05/06/2020). Fonte: Science Immunology
Pesquisadores fazem revisão sobre os mecanismos diretos e indiretos subjacentes aos efeitos do estradiol. Os resultados apontam para um possível efeito positivo do estradiol como elemento terapêutico adjuvante no tratamento de pacientes afetados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2. Segundo os autores, estudos estão sendo realizados para avaliar os efeitos do estradiol na SARS-CoV-2 in vitro e, paralelamente, já existe um ensaio clínico em andamento (05/2020). Fonte: Clinics
O cloridrato de jaktinib é um inibidor JAK de amplo espectro que pode inibir a ativação imunológica induzida por citocinas por múltiplos mecanismos além de inibir a proliferação viral sem causar toxicidade(12/06/2020). Fonte: BioScience Trends
Em 245 pacientes com COVID-19 internados no hospital da Universidade de Washington foram identificado 111 pacientes tratados com monoterapia hidroxicloroquina. Estes pacientes tratados passaram por um protocolo de vigilância de intervalo sistemático e QT, incluindo eletrocardiogramas (ECG). O estudo não demosntrou associação entre tratamento com hidroxicloroquina e arritmia cardíaca e uma minoria de pacientes demonstrou prolongamento de QTc clinicamente significativo (09/06/2020). Fonte: Heart Rhythm O2
12/06/2020
Estudo revela que drogas psicotrópicas, antipsicóticas e antidepressivos são dotados da capacidade de inibir a endocitose mediada pela clatrina e especula-se que essa propriedade pode desempenhar um papel na proteção contra COVID-19 de pacientes psiquiátricos. Ademais, esses medicamentos têm a capacidade de se acumular dentro das células, afetando replicação viral durante a infecção (10/06/2020). Fonte: Psychiatry Research
Pesquisadores de instituições americanas citam que no primeiro ensaio clínico controlado randomizado da hidroxicloroquina verificou-se que não havia efeitos colaterais graves. No entanto, eles mencionam que já era esperado dado que os participantes eram relativamente jovens e saudáveis, e o estudo excluiu pessoas com problemas cardíacos pré-existentes. Neste estudo foi demonstrado que o medicamento era ineficaz como um profilático pós-exposição para COVID-19. Essas preocupações sobre a segurança, e a falta de evidências de qualquer benefício, levaram instituições americanas a recomendar o uso da hidroxicloroquina somente como parte de ensaios clínicos (10/06/2020). Fonte: The Lancet
A superposição estrutural do vírus da hepatite C com SARS-CoV demonstrou que a região que o sofosbuvir atua no tratamento da hepatite C se mantém nos coronavírus relacionados ao SARS-CoV-2, SARS e MERS sugerindo o sofosbuvir como opção para o tratamento da COVID-19 (10/06/2020). Fonte: Scientific Report
Estudo de análise retrospectiva de pacientes que receberam ruxolitinibe mostrou que o tratamento com ruxolitinibe para COVID-19 em pacientes com hiperinflamação mostra-se seguro com sinais de eficácia tendo sido então inicada a fase II de testes clínicos, NCT04338958 (10/06/2020). Fonte: Leukemia
10/06/2020
Primeiro anticorpo contra a proteína spike do SARS-CoV-2 (LY-CoV555), das empresas Eli Lilly e AbCellera entra em fase I de testes clínicos. É o primeiro teste clínico para um medicamento desenvolvido especificamente para a COVID-19. O anticorpo foi desenvolvido a partir de uma triagem por anticorpos promissores na amostra de sangue de um paciente recuperado. O resultado obtido com 40 pacientes é esperado para o final do mês de junho. Até hoje, o FDA só aprovou um anticorpo contra vírus, o palivizumabe, para prevenir infecção pelo vírus sincicial respiratório, em 1998 (08/06/2020). Fonte: Nature Reviews
Artigo apresenta uma revisão de 10 medicamentos que já existem no mercado ou estão em fase de desenvolvimento para tratar outras enfermidades e são propostos como tratamento para a COVID-19. Os autores dividem os medicamentos em dois grupos, um que interfere na replicação do vírus e o outro que interfere na ligação do vírus com o receptor na célula humana (09/06/2020). Fonte: JAMA
Artigo indica que altos níveis de IL-6 logo após a utilização de tocilizumabe distinguem os sobreviventes dos não sobreviventes da COVID-19. Foram avaliados os níveis de IL-6 24-48 horas antes e 12-48 horas depois da administração do Tocilizumabe em 24 pacientes com pneumonia por COVID-19 (09/06/2020) Fonte: Journal of Medical Virology
Estudo avalia os riscos potenciais do tratamento com remdesivir em pacientes com doença aguda ou crônica do fígado e COVID-19. Apesar da falta de estudos apresentando a segurança sobre o uso do remdesivir nestes casos, os autores acreditam que, considerando fatores como o curto tempo de tratamento (5-10 dias), os benefícios podem ser superiores aos riscos em pacientes que apresentem eGFR<30 ml/min por 1.73 m2. (junho 2020) Fonte: Journal of the American Society of Nephrology
Pesquisadores sugerem que a amantadina utilizada em pacientes com Doença de Parkinson pode atuar como inibidora da infecção por coronavírus e propõem que sejam realizados estudos com pacientes com Doença de Parkinson em tratamento com amantadina e expostos diretamente à SARS-CoV-2, a fim de para demonstrar a hipótese que eles propõem (04/06/2020). Fonte: Polish Journal of Neurology and Neurosurgery
09/06/2020
Os autores discutem evidências que sugerem que os inibidores de alfa-glucosidase podem ser úteis para o tratamento da COVID-19. Apontando como fármacos a serem estudados o miglitol, celgosivir, com destaque para o miglustat (08/06/2020). Fonte: Bioquemical Society Transactions
Estudo apresenta os benefícios do tratamento com remdesivir em macacos rhesus. No estudo, 12 macacos foram deliberadamente infectados com o vírus SARS-CoV-2 e metade deles recebeu tratamento precoce com remdesivir. Os macacos que receberam remdesivir não mostraram sinais de doença respiratória e apresentaram reduzidos danos aos pulmões, de acordo com os autores do estudo, que sugerem o tratamento precoce com remdesivir para prevenir avanço da pneumonia (09/06/2020). Fonte: Nature
Revisão de estudos de medicamentos antiretrovirais (ribavirina, cloroquina, hidroxi-cloroquina, umifenovir (arbidol), favipiavir, interferon e lopinavir / ritonavir) incluindo estudos específicos para COVID-19 e/ou SARS MERS para resultados de segurança e eficácia para infecções virais respiratórias agudas. Os resultados encontraram evidências de baixa qualidade com pouca ou nenhuma sugestão de benefício para a maioria dos tratamentos em COVID-19 não grave e grave. A exceção apontada foi o tratamento com lopinavir/ritonavir que demontra uma diminuição no tempo de permanência na UTI, no entanto, estes estudos também foram considerados de baixa qualidade (03/06/2020). Fonte: CMAJ
Martin Landray, investigador chefe do estudo RECOVERY, desenvolvido no Reino Unido, anunciou que o recrutamento de pacientes foi interrompido porque os resultados preliminares apontaram que não há efeito benéfico do tratamento com hidroxicloroquina em pacientes hospitalizados com COVID-19. Até agora, os resultados foram obtidos a partir de 1542 pacientes tratados com o hidroxicloroquina e 3132 pacientes tratados com suporte usual. O RECOVERY mantém o estudo de 05 tratamentos: lopinavir-ritonavir, dexametasone em baixa dose, azitromicina, tocilizumabe, e plasma convalescente (coletado de doadores recuperados de COVID-19). Espera-se resultados para julho (08/06/2020). Fonte: BMJ
Revisão dos agentes farmacológicos e outras terapias que estão sob investigação como opções de tratamento ou agentes adjuvantes para pacientes infectados com COVID-19 e para quimioprofilaxia para a prevenção da infecção por COVID-19 (02/06/2020). Fonte: Indian J Public Health
Artigo fornece uma revisão abrangente sobre os compostos naturais que interferem nos ciclos de vida de SARS e MERS e discutimos seu potencial uso para o tratamento de COVID-19 (08/06/2020). Fonte: Acta Pharmaceutica Sinica B
Mini revisão que apresenta informações sobre remdesivir, incluindo informações sobre os marcos de desenvolvimento, propriedade intelectual, mecanismos anti-coronavírus, pesquisas pré-clínicas e ensaios clínicos, e em particular, a rota de síntese química, farmacologia, toxicologia, farmacodinâmica e farmacocinética de remdesivir Além disso, também são discutidas perspectivas sobre o uso de remdesivir para o tratamento do COVID-19 (06/06/2020). Fonte: European Journal of Medicinal Chemistry
Suramina, um medicamento antiparasitário, inibe a infeção por SARS-CoV-2 de células em cultura, por interferirem etapas iniciais do ciclo de replicação viral (08/06/2020). Fonte: Antimicrobial Agents and Chemotherapy
Pesquisadores avaliaram quantitativamente as alterações em pacientes não hospitalizados com COVID-19 que auto-administraram doses elevadas de famotidina, antagonista do receptor de histamina-2, por via oral. Os resultados sugerem que a famotidina oral é bem tolerada e associada a melhores resultados relatados pelos pacientes não hospitalizados com COVID-19, tais como melhora de sintomas e saturação periférica de oxigênio (04/06/2020). Fonte: Gut Journal
08/06/2020
O estudo foi realizado no Vigibase®, o banco de dados de farmacovigilância da OMS, que registra todos os Relatórios de Segurança de Casos Individuais de mais de 130 países entre 1 de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2019 incluindo homens ou mulheres com idade ≥ 18 anos. Os resultados mais interessantes são a alta porcentagem relativa de efeitos colaterais cardíacos (cardiomiopatia e arritmias = 8,3%), mostrando que a hidroxicloroquina possui uma toxicidade miocárdica direta e pode perturbar o ritmo cardíaco. O fato de as mortes relatadas serem mais de uma em três vezes de origem cardíaca está de acordo com esta conclusão. A estreita faixa terapêutica da hidroxicloroquina também explica a alta porcentagem relativa de envenenamento (06/06/2020). Fonte: European Journal of Clinical Pharmacology
Estudo realizado por pesquisadores da UFMG através de screening computacional encontrou 12 fármacos de origem natural com potencial para combater a COVID-19 (08/06/2020). Fonte: UFMG
Estudo com dados obtidos em uma análise retrospectiva adequadamente controlada comprova a ausência da necessidade de retirar os bloqueadores do sistema renina-angeotensina-aldosterona. Aspecto positivo destes bloqueadores são suas propriedades antitrombóticas que podem melhorar as frequentes complicações trombóticas ou tromboembólicas da COVID-19 podendo ser uma indicação para melhorar o prognóstico da doença (04/06/2020). Fonte: European Heart Journal
Estudo para avaliar o envolvimento da IL-6 na infecção pelo SARS-CoV-2 e posicionar o siltuximabe como opção de tratamento de formas graves de COVID-19 (04/06/2020). Fonte: European Journal of Hospital Pharmacy
Pesquisadores revisam as evidências dos 8 relatórios mais recentes, incluindo 3 ensaios clínicos randomizados, sobre a eficácia clínica do remdesivir no tratamento de pacientes com COVID-19 e concluem que é prematuro demais identificar o remdesivir como uma intervenção curativa ou salvadora de vidas (07/06/2020). Fonte: New Microbes and New Infections
05/06/2020
Foi feita uma análise retrospectiva de 10 pacientes com COVID-19, pneumonia bi-lateral, hiperinflamação e falência respiratória. Os pacientes foram tratados com canaquinumabe, um anticorpo monoclonal contra IL-1β. Todos os pacientes receberam adicionalmente hidroxicloroquina e lopinavir-ritonavir. A administração do anticorpo foi associada a uma rápida e significante redução na proteína-C reativa, redução da resposta inflamatória sistêmica e melhora na oxigenação. Todos os pacientes tiveram alta em até 45 dias. (04/06/2020). Fonte: The Lancet Rheumatology
Artigo sugere que a modulação da resposta imune do Th17, particularmente as respostas associadas à IL-17, tem potencial para o tratamento da COVID-19. Dentre as maneiras de se inibir a IL-17, o artigo cita o secuquinumabe, anticorpo monoclonal contra IL-17 e o brodalumab, que tem como alvo a IL-17R, além de outros inibidores que agem na via de sinalização da IL-17, como tocilizumabe, anakinra e ustequinumabe (30/05/2020). Fonte: Journal of Infection.
Estudo com 181 pacientes com a COVID-19, em que duração mediana do derramamento viral desde o início da doença foi de 18,0 dias. O estudo mostrou que o espalhamento viral prolongado de SARS‐CoV‐2 pode ser diminuído com a terapia combinada precoce de lopinavir / ritonavir + IFN ‐ α (03/06/2020). Fonte: Journal of Medical Virology
Artigo de revisão sobre as abordagens terapêuticas usadas para tratar a COVID-19. Embora pareça que os medicamentos antivirais sejam eficazes para melhorar a manifestação clínica, a modulação da resposta imune e o controle da inflamação podem ser considerados uma etapa essencial no tratamento da doença. Ademais, novas abordagens terapêuticas, incluindo células estromais mesenquimais e terapia com células imunes, mostraram resultados inspiradores (03/06/2020). Fonte: Journal of Molecular Medicine
Artigo analisa os avanços dos estudos científicos básicos sobre SARS-CoV-2, a análise e a triagem de possíveis alvos e vias de compostos antivirais com base na farmacologia de rede e no desenvolvimento de alimentos antivirais. Ademais, avalia as vantagens de medicamenos tradicionais da medicina chinesa na presenção e controle da pandemia da COVID-19 (02/06/2020) In Press. Fonte: Chinese Herbal Medicines
Estudo de busca na literatura cintífica avalia a eficácia e segurança do fitoterapia chinesa para a COVID-19 (29/05/2020). Fonte: Medicine
Estudo em andamento no Reino Unido foi interrompido, pois os dados preliminares indicaram que o uso de hidroxicloroquina não trouxe benefício para pacientes hospitalizados com COVID-19. Um total de 1542 pacientes foram randomizados para hidroxicloroquina e comparados com 3132 pacientes randomizados apenas para tratamento de suporte habitual. Não houve diferença significativa na mortalidade em 28 dias (25,7% de hidroxicloroquina vs. 23,5% dos cuidados usuais). Também não houve evidência de efeitos benéficos na duração da internação hospitalar ou em outros resultados (05/06/2020). Fonte: Oxford University.
Este artigo apresenta uma revisão dos alvos dos fármacos que estão sob investigação ativa para o tratamento do COVID-19 (Abril/2020). Drugs of the Future
Estudo com 129 pacientes internados com COVID-19 leve a moderada teve por objetivo verificar o período ideal da doença para o tratamento com antiviral. Os pacientes foram divididos em um grupo que recebeu tratamento precoce e outro de tratamento tardio. Os resultados sugerem que os pacientes com COVID-19 devem receber tratamento precoce de antivirais (03/06/2020). Fonte: Journal of Medical Virology.
O artigo discute os potenciais alvos receptores para terapia do SARS-CoV-2 e descreve uma plataforma baseada em algoritmo para melhorar a eficácia e superar a resistência aos bloqueadores de receptores virais através da introdução de variabilidade personalizada. O método tem por objetivo garantir a eficácia antiviral sustentada dos bloqueadores dos receptores do SARS-CoV-2 (03/06/2020). Fonte: Emerging Microbes & Infections.
Estudo realizado com 65 pacientes internados com COVID-19 (33 pacientes controle e 32 tratados) não observou benefícios significativos no tratamento com tocilizumabe. Resultados de estudos randomizados controlados já em andamento estão sendo aguardados para se estabelecer o papel do bloqueio da IL-6 em pacientes com COVID-19 e se a terapia com tocilizumabe é segura e eficaz (22/05/2020). Fonte: European Journal of Internal Medicine.
04/06/2020
Após ter seus dados contestados por mais de 100 médicos e pesquisadores, os autores publicaram uma retratação do estudo com dados de 96 mil pessoas internadas com COVID-19 publicado recentemente na revista The Lancet que mostrava que quem havia tomado hidroxicloroquina ou cloroquina apresentava maior risco de arritmia e morte em comparação com pacientes que não usaram a droga(04/06/2020). Fonte: Lancet
Artigo relata dois casos pareados de pacientes com SARS‐CoV‐2, desenvolvendo insuficiência respiratória, ambos recebendo tocilizumabe após resposta inflamatória grave, com ou sem remdesivir a fim de avaliar qual dos medicamentos seria melhor. No entanto, os pesquisadores sugerem que a administração de remdesivir é fundamental no início da doença, uma vez que o uso de tocilizumabe sozinho não pode garantir o controle da inflamação (03/06/2020). Fonte: Journal of Medical Virology
Em carta a revista pesquisador propõe um estudo clinico sobre a eficácia da hidroxicloroquina 400mg por via oral diariamente por 3 dias e 200 mg por via oral diariamente por mais 11 dias (completando 14 dias) para evitar a infecção por SARS-CoV-2, em frente ao uso do o ácido ascórbico entre as pessos que tiveram contato com pessoas que tiveram infecção por SARS-CoV-2 (03/06/2020). Fonte: Trials
Estudos pré-clínicos relataram que os bloqueadores dos receptores da angiotensina e os inibidores da ECA podem aumentar a expressão da ECA2 em vários tipos de células. Portanto, especula-se que o tratamento com esses agentes possa influenciar o curso da infecção. No estudo foi observado que a dipeptidil peptidase-4 (DPP4) e o receptor de MERS-CoV e a ECA2 têm perfis de expressão semelhantes no pulmão. O DPP4 tem importantes funções metabólicas e imunológicas e é alvo de terapias comumente usadas na diabetes tipo 2. Embora os dados clínicos sejam insuficientes sugere-se que essa abordagem seja realizada em novas pesquisas (03/06/2020). Fonte: Journal of Endocrinological Investigation
Artigo revisa e discute o possível papel da hidroxicloroquina e a cloroquina na terapia do COVID-19 já que está entre os medicamentos propostos mais utilizados até o momento, apesar da falta de evidências robustas sobre sua utilidade (03/06/2020). Fonte: Clinical Rheumatology
Artigo sugere o uso da pentoxifilina (PTX), para tratamento da COVID-19 pois o composto inibe a síntese de diversas citocinas pró-inflamatórias (fator de necrose tumoral-α, IL-1, IL-6) e impede a ativação, proliferação celular, adesão e polarização de células T e neutrófilos. Além disso, o composto exibe atividade in vitro contra HIV, o vírus da herpes simplex e rotavirus (30/05/2020). Fonte: Medical Hypotheses
Autores propõe um estudo clínico prospectivo, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo para avaliar a eficácia e segurança de dose única do tocilizumab em pacientes com pneumonia grave por COVID-19. Serão avaliados 200 pacientes (03/06/2020) Fonte: Trials
Autores propõe protocolo para teste clinico randomizado e controlado utilizando hemoterapia com sangue de cordão umbilical para prevenir a progressão da pneumonia severa a moderada relacionada ao COVID-19 tendo em vista seu potencial anti-inflamatório e propriedades imunomoduladoras. Teste será realizado com 24 pacientes hospitalizados na Australia. (04/06/2020) Fonte: Trials
Artigo de revisão que discute as principais estratégias antivirais atualmente empregadas e resume as eficácias in vitro e in vivo dos principais compostos antivirais relatados e em uso (02/06/2020). Fonte: ACS infectious diseases
Sociedades médicas canadenses lançaram diretrizes para continuidade de tratamento com inibidores do sistema renina angiotensina aldosterona de pacientes com hipertensão e insuficiência cardíaca durante a pandemia da COVID-19. Estas recomendações estão de acordo com outras sociedades médicas americanas e europeias (23/05/2020). Fonte: Canadian Journal of Cardiology
Análise retrospectiva de sintomas de 91 pacientes hospitalizados com COVID-19 em tratamento com hidroxicloroquina e azitromicina verificou prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma, com prolongamento severo em 14% dos pacientes. O risco do prolongamento do intervalo QT é maior em pacientes idosos, com insuficiência renal e em uso de outros medicamentos com potencial de causar arritmias cardíacas. Os autores sugerem o monitoramento por telemetria durante o uso da associação de medicamentos, especialmente frente à baixa evidência de seu benefício em pacientes com COVID-19 (02/06/2020). Fonte: Journal of Cardiovancular and Electrophysiology.
Autores sugerem que ciclosporina A tem potencial para prevenir resposta inflamatória descontrolada, replicação do SARS-CoV-2 e falência pulmonar, e acreditam que há sólidas indicações para investigação do medicamento no tratamento de pacientes com COVID-19 e insuficiência pulmonar aguda (02/06/2020). Fonte: Critical Care.
Revisão apresenta o uso do sistema de entrega (drug delivery) baseado em nanopartículas teranósticas biocompatíveis, que asseguram que porções terapêuticas, como drogas, vacinas, siRNA e peptídeo, atinjam uma concentração muitas vezes maior do que o esperado nos locais alvo, enquanto protegem os agentes terapêuticos da degradação enzimática. Vários tipos de nanopartículas teranósticas foram investigadas para administração intranasal demonstrando ser uma abordagem promissora para combater esse novo SARS-CoV-2. Fonte: Theranostics
03/06/2020
Ensaio clínico controlado com 821 pessoas conduzido por pesquisadores dos EUA e do Canadá não mostra efeito preventivo de contaminação com o uso da Hidroxicloroquina. Os participantes eram profissionais de saúde e pessoas expostas em casa a cônjuges, parceiros ou pais doentes (03/06/2020). Fonte: NEJM
Especialistas levantam preocupações sobre o estudo que levou à suspensão dos testes clínicos da OMS do tratamento da COVID-19 com cloroquina (02/06/2020). Fonte: BMJ.
Artigo apresenta um paciente com lesão hepática em função do uso de Tocilizumabe para tratamento da tempestade de citocina induzida pelo COVID-19. Este é o primeiro caso relatado de lesão hepática causada por tocilizumabe em um paciente COVID-19, no entanto serve de alerta para monitoramento intensivo da função hepática em pacientes de COVID-19, devido ao uso frequente de medicamentos hepatotóxicos (17/05/2020). Liver international
Artigo de revisão sobre a resposta imune desencadeada pelo vírus SARS-CoV-2, especificamente sobre a tempestade de citocinas e a resposta de anticorpos. O artigo sugere que o antagonista de CCR5 leronlimab, em fase 2 de testes clínicos, e o tocilizumabe são opções terapêuticas. O artigo alerta que outros estudos são necessários para explorar tanto a dinâmica quanto os mecanismos da resposta imune humoral em pacientes de COVID-19 (15/05/2020). Fonte: Frontiers in Immunology
Estudo de coorte não controlado com 77 pacientes hospitalizados com COVID-19 demonstrou que o tratamento com nebulização de IFN-α2b isolado ou em associação a arbidol reduziu, significativamente, a duração do tempo em que o vírus é detectado e reduziu a duração dos níveis elevados de marcadores IL-6 e CRP (15/05/2020). Fonte: Frontiers in Immunology.
Pesquisadores revisam a literatura sobre a resposta inata das células epiteliais nasais e orais e sua reação ao peróxido de hidrogênio (H2O2). O levantamento da literatura de estudos imunológicos in vitro aponta que a aplicação de peróxido de hidrogênio nas células epiteliais do nariz, garganta e boca pode ser extremamente eficaz contra vírus, incluindo coronavírus. Portanto, os autores sugerem testes para comprovar que a lavagem do nariz / boca / garganta com peróxido de hidrogênio pode melhorar as respostas inatas locais às infecções virais e ajudar a proteger contra a atual pandemia de coronavírus (01/06/2020). Fonte: Medical Hypotheses
Pesquisadores avaliam o papel da fosfodiesterase 4 (PDE) 4 na resposta inflamatória, e realizam hipótese de que a inibição seletiva da PDE4 pode atenuar a tempestade de citocinas no COVID-19. Desta forma, sugerem que ensaios clínicos randomizados de inibidores da PDE4 são necessários para explorar seu potencial efeito terapêutico como complemento de medidas de suporte e outros regimentos terapêuticos (Pre proof) (Aceito em: 30/05/2020). Fonte: Metabolism
02/06/2020
Análise e questionamentos sobre o estudo que sugere riscos no uso de hidroxicloroquina para tratamento da COVID-19 (29/05/2020). Fonte: Nature.
A European Medicnes Agency (EMA) faz alerta aos profissionais de saúde para monitorar de perto os pacientes com COVID-19 que estão recebendo cloroquina ou hidroxicloroquina, dados os graves efeitos colaterais que podem resultar do tratamento com esses medicamentos. A EMA menciona que vários estudos observacionais em COVID-19 relataram que a cloroquina e a hidroxicloroquina estão associadas a um risco aumentado de problemas cardíacos (29/05/2020). Fonte: EMA
A revista The Lancet emitiu um expressão de preocupação para alertar os leitores sobre o fato de que questões científicas foram trazidas à atenção da revista sobre o artigo “Hydroxychloroquine or chloroquine with or without a macrolide for treatment of COVID-19: a multinational registry analysis” (02/06/2020). Fonte: The Lancet
A Gilead Sciences está desenvolvendo versões mais fáceis de administrar do tratamento antiviral remdesivir para a Covid-19 que podem ser usadas fora de hospitais, incluindo por meio de inalação, depois que os testes mostraram eficácia moderada do medicamento administrado por infusão. (02/06/2020). Fonte: G1
Atualização dos conhecimentos sobre a COVID-19, desde características clínicas e dados epidemiológicos a diferentes tratamentos. (29/05/2020). Fonte: Journal of Clinical Pharmacology.
Estudo de coorte avalia o medicamento anakinra para o tratamento de formas severas da COVID-19, onde 52 pacientes foram incluídos no grupo anakinra e 44 pacientes (controle) foram identificados no histórico do estudo de coorte do Groupe Hospitalier Paris Saint-Joseph COVID. A admissão na UTI para ventilação mecânica invasiva ou morte ocorreu em 13 (25%) pacientes no grupo anakinra e em 32 (73%) pacientes no grupo controle (29/05/2020). Fonte: The Lancet
Em carta ao editor, pesquisador sugere o uso potencial do ácido valpróico contra o COVID-19 (26/05/2020) In press. Fonte: Medical Hypotheses
Neste trabalho, utilizou-se métodos de acoplamento e simulação para identificar moléculas inibidoras das proteínas da membrana (M) e Envelope (E) do SARS-CoV-2. Um total de 70 compostos de plantas medicinais da Índia (Azadirachta indica ou Neem) foram triados virtualmente contra essas duas proteínas e analisadas com simulações de dinâmica molecular. Os principais compostos com forte ligação a ambas as proteínas estruturais M e E são: nimbolin A, nimocin e cicloartanols; derivados do extrato de Neem, planta conhecida por seu potencial terapêutico nos efeitos de membros da família coronavírus (28/05/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Estudo de compostos aprovados pelo FDA realiza uma triagem virtual in silico visando EndoU, enzima essencial para o ciclo de vida do SARS-CoV-2, em busca de medicamentos contra a COVID-19. Os medicamentos glisoxepida e idarubicina usados para tratamento de diabetes e leucemia, respectivamente, foram selecionados como potenciais por serem os aglutinantes mais fortes de EndoU (28/05/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Artigo propõe que o uso da lidocaína por nebulização pode ser benéfica para redução de citocinas, na proteção dos pulmões dos pacientes e na melhoria dos desfechos em pacientes de COVID-19. A substância seria administrada por inalação como tratamento aditivo para sintomas respiratórios graves em pacientes que lutam contra o novo Coronavírus. A lidocaína, um analgésico local e anti-arrítmico, é conhecida por suas ações anti-inflamatórias tem sido usada para reduzir a tosse e melhorar os sintomas respiratórios em pacientes asmáticos graves. Tem um perfil de segurança demonstrado. Uma investigação adicional é justificada (01/06/2020). Medical Hypotheses
O artigo sugere uma avaliação de furosemida nebulizada administrada por inalação em pacientes com a COVID-19 em função de seu mecanismo de ação anti-inflamatório. O composto é uma molécula pequena capaz de inibir a IL-6 e TNFα, pode ser um agente capaz de tratar a tempestade citocina na COVID-19. Além disso, a inalação de furosemida já foi investigada para diversos distúrbios pulmonares, e foi considerada segura, outra vantagem é que o composto é seguro, facilmente sintetizado, manuseado e armazenado, e está disponível em quantidades razoáveis em todo o mundo (01/06/2020). Fonte: The American Journal of the Medical Sciences
A Diacereina (DAR) é uma droga derivada de antraquinona cujo metabólito ativo é a reína. Diferentes estudos mostraram que este composto inibe as IL-1, IL-2, Il-6, IL-8, IL-12, IL-18, TNF-α, NF-κB e NALP3 nas vias inflamatórias. A atividade antiviral de reína também foi documentada para o vírus da hepatite B (HBV) e a proliferação do vírus A (IAV). Principalmente a reína apresenta inibição dependente da dosagem da a interação entre a proteína S do SARS-CoV e ECA2. Com base nesses achados, o artigo sugere que o DAR é um medicamento multi-alvo que pode ser útil para o tratamento COVID-19 por controlar condições hiperinflamatórias e pela redução da infecção viral (01/06/2020). Fonte: Medical Hypotheses
Pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) e na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da ambas da USP revela que o fumarato de tenofovir, inibe in vitro a replicação do vírus SARS-CoV-2. O estudo aponta que o efeito verificado em células infectadas com o vírus é similar ao do remdesivir. Embora sejam necessários novos estudos para verificar o efeito em seres humanos, os pesquisadores desenvolveram uma rota completa de síntese do medicamento em escala piloto, permitindo que ele seja totalmente fabricado no Brasil (01/06/2020). USP
O estudo in silico realizado a partir dos conhecimentos prévios que demonstraram que a principal proteína alvo de medicamentos para COVID-19 atuam inibindo a protease Mpro selecionou 267 compostos derivados da Curcuma e dentre eles 2 se ligam fortemente ao núcleo catalítico da proteína Mpro inibindo-a com tanta eficácia quanto alguns antiretrovirais (01/06/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
01/06/2020
Ministério da Saúde Russa anuncia o afivavir (medicamento cujo princípio ativo favipiravir) como o primeiro medicamento antiviral registrado na Rússia para tratar o coronavírus. Segundo autores, este talvez seja o medicamento mais promissor para curar a COVID-19 em todo o mundo (31/05/2020). Fonte: Pfarma
Estudo in silico identifica medicamentos que se ligam no túnel do RNAm conservado do RdRP, onde muitos dos alvos propostos estavam localizados, e dentre eles os pesquisadores sugerem que a quinupristina, medicamento tradicional, que bloqueia o acesso de ambos os lados tendo assim um grande potencial de interromper a replicação viral, impedindo a síntese de RNA viral (29/05/2020). Fonte: Transfusion and Apheresis Science
G-quadriplexes (G4) são estruturas formadas por regiões de DNA ou RNA ricas em guanina e já foram detectadas no genoma humano e do SARS-CoV-2. O artigo aponta evidências indicando que ligantes de G4 e inibidores de helicase do SARS-CoV2 podem apresentar atividade antiviral e reduzir a replicação viral. Reposicionamento de medicamentos inibidores de helicase já aprovados pelo Food and Drug Administration Americano já estão em ensaio clínico (25/05/2020). Fonte: Drugs.
Os autores avaliam in silico a eficácia de 30 compostos entre eles os ritonavir / lopinavir, remdesivir, hidroxicloroquina e ribavirina, verificando o potencial de inibição da RNA-polimerase. Nos resultados o remdesivir demonstrou a maior afinidade e a clorexidina foi o inibidor mais potente (30/05/2020). Fonte: MJAFI
Estudo apresenta resultados do tratamento de 101 pacientes com glicocorticoides (Metilprednisolona) este medicamente tenha um papel importante no tratamento da COVID-19 severa, sem interferir na produção de IgG. (29/05/2020) Fonte: Journal of Allergy and Clinical Immunology
O artigo avalia o uso de interferons tipo I e tipo III (IFNs) e descreve os recentes progressos do conhecimento em relação a respostas antivirais inatas mediadas pelos IFNs tipo I e tipo III contra coronavírus e discute o uso potencial desses IFNs como tratamento da COVID-19 (27/05/2020). Fonte: Cell Host Microbe
29/05/2020
Em carta para a revista um pesquisador propõe com base em 13 pacientes o uso da hidroxicloroquina com azitromicina com monitoramento constante do intervalo de QT durante todo o tratamento, juntamente com a avaliação de risco para o paciente (28/05/2020). Fonte: Journal of Infection
Em carta ao editor o pesquisador sugere o uso do carvedilol (medicamento com propriedades vasodilatadoras) para substituírem por inibidores da ECA2 ou bloqueadores do receptor tipo II para pacientes hipertensos durante o período da pandemia. Isto porque o carvedilol diminui a expressão da ECA, que é o receptor do hospedeiro COVID-19, podendo também ser útil para outros pacientes (26/05/2020). Fonte: The American Journal of the Medical Sciences
Pesquisadores relatam a associação potencial entre baixas concentrações médias de vitamina D em vários países europeus e a prevalência e mortalidade de COVID-19. Os autores citam o efeito da vitamina D na expressão da ECA2 nos pulmões para explicar seus achados em pacientes com SARS-CoV-2, assim como, citam que a principal proteína de transporte da vitamina D pode desempenhar um papel na infecção por SARS-CoV-2 (28/05/2020). Fonte: Aging Clinical and Experimental Research
Artigo sugere o uso do artesunato para o tratamento da COVID-19 por causa de sua atividade anti-inflamatória, efeito do coronavírus NF-κB (fator nuclear kappa B) e mecanismo de inibição da endocitose semelhante à cloroquina (28/05/2020). Fonte: Chinese Medicine
Estudo de triagem testa 1528 compostos aprovados pelo FDA para encontrar novos antivirais contra a COVID-19, identificou que os compostos cetilistat, diiodohidroxiquinolina, acetato de abiraterona e bexaroteno exibiram atividade in vitro potente contra anti-SARS-CoV-2 maior que as da cloroquina, hidroxicloroquina, and ivermectina e se mostraram como tratamentos potenciais para COVID-19 podendo ser utilizados por inalação ou via sistêmica. Pharmacological Research
Artigo propõe a hipótese de que a deficiência de glutationa é a explicação mais plausível para manifestação grave e a morte em pacientes da COVID-19. A proposta é baseada em uma análise a literatura propõe do uso da glutationa como tratamento e prevenção da doença COVID-19 (28/05/2020). Fonte: ACS infectious diseases
28/05/2020
Fármacos como o remdesivir e o tocilizumabe estão tendo resultados positivos contra a COVID-19, no entanto para que sejam utilizados amplamente devem ser produzidos de forma global. O artigo da Nature fala dos problemas do scale-up desses processos (14/05/2020). Fonte: Nature
Pesquisadores utilizam simulações de dinâmica molecular (MD), para mostrar que os medicamentos hidroxicloroquina (CLQ-OH) / azitromicina (ATM) agem em sinergia para impedir o contato próximo entre o vírus e a membrana plasmática das células hospedeiras. Os dados mostram que o ATM é direcionado contra o vírus, enquanto o CLQ-OH é direcionado contra cofatores de ligação celular. Esse mecanismo molecular pode explicar os efeitos benéficos da terapia combinada CLQ-OH / ATM em pacientes com COVID-19. Ademais, os dados também indicam que a tríade Q-134 / F-135 / N-137 conservada pode ser considerada um alvo para estratégias de vacina (13/05/2020) In press. Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents
Pesquisadores avaliam fitoquímicos antivirais para a inibição da enzima SARS-CoV-2 Mpro através da abordagem in silico. Segundo estudo, a bonducelpina D foi identificada como a molécula que mostrou a melhor afinidade de ligação e exibe o maior potencial contra o SARS-CoV-2 (in press)(22/05/2020). Fonte: Life Sciences
Artigo que identifica as interfaces protômero-protômero da glicoproteína S que podem ser usados para prever ligantes que já estão em uso para outras patologias e que possam interferir na estrutura quaternária da glicoproteína S do SARS-CoV-2 (09/04/2020). Biochemical and Biophysical Research Communications
27/05/2020
Revisão traz as novas descobertas e os principais desafios para o tratamento da COVID-19. Além de detalhar a doença em termos de transmissão, sintomas, genômica e virologia; também traz informações sobre algumas opções terapêuticas proeminentes e seus alvos, assim como sobre as vacinas que estão sendo desenvolvidas (26/05/2020). Fonte: Applied Sciences
Revisão sobre as terapias potenciais para a COVID-19, com base na literatura disponível on-line. Os produtos sangüíneos convalescentes; antivirais, como fosfato de cloroquina, hidroxicloroquina (HCQ), favipiravir, remdesivir, interferon e ribavirina; e moduladores imunológicos como o tocilizumabe, são considerados como terapias para o novo coronavírus COVID-19 (21/05/2020). Fonte: Therapeutic Advances in Respiratory Disease
Pesquisadores discutem como as respostas de interferon desequilibradas podem contribuir para a patologia do COVID-19. Segundo o artigo, a administração profilática de IFNs, que provoca um estado antiviral pré-existente nas células-alvo, pode bloquear a infecção viral no estágio muito inicial (26/05/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology
Revisão descreve o progresso do entendimento da resposta anti-viral inata mediada por interferon (IFN) tipo I e tipo II contra coronavirus humanos e discute o uso dos IFNs como estratégia de tratamento para COVID-19. A resposta mediada por IFN é um mecanismo de defesa do hospedeiro comlpexo que, com claro entendimento da sua biologia, pode ser convertido em terapias antivirais seguras e eficientes (27/05/2020). Fonte: Cell Host & Microbe
Estudo clínico com lopinavir/ritonavir randomizado, controlado e aberto, envolvendo 199 pacientes adultos hospitalizados em estado grave concluiu que o tratamento não acelerou significativamente a melhora clínica nem reduziu a mortalidade ou diminuiu a detectabilidade do RNA viral em pacientes com COVID-19 grave (07/05/2020). Fonte: New England Journal of Medicine
Estudo clínico randomizado do remdesivir com 397 pacientes, no qual 200 pacientes foram tratados por 5 dias e 197 por 10 dias. No dia 14, uma melhora clínica ocorreu em 64% dos pacientes no grupo de 5 dias e em 54% no grupo de 10 dias. Em pacientes com COVID-19 grave sem necessidade de ventilação mecânica, o estudo não mostrou diferença significativa entre o curso de 5 dias e o curso de 10 dias de remdesivir. Sem controle placebo, no entanto, a magnitude do benefício não pode ser determinada (27/05/2020). Fonte: The New England Journal of Medicine
26/05/2020
Pesquisadores de São Paulo utilizaram técnicas de modelagem molecular para testar 9091 fármacos e identificar aqueles com maior potencial de inibição da proteína S do SARS-CoV-2. O estudo selecionou 24 candidatos entre eles a ivermectina (25/05/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure & Dynamics
Estudo demonstra evidências que os ligantes G-quadruplexos (G4s) e inibidores da SARS-CoV-2 helicase podem exercer alguma atividade antiviral reduzindo a replicação viral e podem representar uma possível abordagem terapêutica para combater a pandemia de COVID-19 devido à infecção por SARS-CoV-2(25/05/2020). Fonte: Drugs
Estudo de simulação de dinâmica molecular (MD) in silico, que explica a estabilidade da proteína (RMSD), as propriedades do ligante e os contatos proteína-ligante demonstrou que os derivados da cloroquina podem desempenhar um papel proeminente no tratamento de COVID-19 (25/05/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Sctructure and Dynamics
Artigo sugere reposicionamento de compostos quaternários de amônia, como cloreto de cetilpiridina e miramistina, que são conhecidamente compostos com atividades antiviral de amplo espectro como tratamento potencial pra SARS-CoV-2 (25/05/2020) Fonte: Pharmaceutical Research
25/05/2020
A OMS anuncia a pausa temporária dos estudos clínicos da hidroxicloroquina no âmbito Solidarity enquanto os dados de segurança são revisado pelo conselho de monitoramento de segurança da dados (25/05/2020). Fonte: OMS
Autores listam e discutem os 15 medicamentos mais promissores para o tratamento para a COVID-19: cloroquina e hidroxicloroquina, lopinavir e ritonavir, nafamostato e camostato, famotidina, umifenovir, nitazoxanida, ivermectina, corticosteórides, tocilizumabe e sarilumabe, bevacizumabe e fluvoxamina (15/05/2020). Fonte: Nature
Pesquisadores apresentam os resultados de um estudo sobre tocilizumabe versus padrão de atendimento. No estudo foram avaliados 42 pacientes graves (TOCI) hospitalizados com pneumonia causada por COVID-19, com níveis elevados de PCR e IL-6, que foram submetidos a tratamentos com anti-citocinas, principalmente tocilizumabe. Segundo os pesquisadores, o uso do tocilizumabe antes da ventilação na UTI pode ser ideal, pois 50% desses casos morreram, permanecem ventilados e/ou mostram superinfecção grave (15/05/2020) In Press. Fonte: Journal of Clinical Virology
Estudo apresenta o resultado de estudos clínicos em pacientes com COVID‐19 tratados com tocilizumabe. O estudo conclui que nos pacientes com COVID‐19 tratados com tocilizumabe, os níveis de IL‐6 são significativamente elevados e os níveis de PCR diminuem drasticamente, sugerindo uma melhora do estado hiperinflamatório do paciente (21/05/2020). Fonte: Journal of Medical Virology
Artigo apresenta considerações importantes sobre os ensaios clínicos do fármaco Anakinra no tratamento da COVID-19 (21/05/2020). Fonte: The Lancet Rheumatology
Estudo retrospectivo não randomizado concluíu que a terapia com corticosteróides pode efetivamente liberar sintomas de COVID ‐ 19, como febre persistente e dificuldade respiratória, melhorar a oxigenação e impedir a progressão da doença. No entanto, pode prolongar a conversão negativa de ácidos nucleicos (22/05/2020). Fonte: Journal Medical Virology
Pesquisadores fazem uma revisão sobre os possíveis mecanismos que a colchicina pode usar para prevenir a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) em pacientes com infecção por COVID-19, incluindo os testes clínicos do uso da colchicina que estão em curso (16/05/2020). Fonte: Reumatología Clínica
Através de métodos computacionais identificou-se que a protease (Mpro) da SARS-CoV-2 é um potencial alvo de drogas e assim sugeriram que o Glecaprevir e o Maraviroc que são inibidores do CoV-2 Mpro para o uso no manejo terapêutico da COVID-19 (22/05/2020). Fonte: Bioscience Reports
Estudo com 1063 pacientes foram submetidos à randomização os resultados preliminares dos 1059 pacientes (538 designados para remdesivir e 521 para placebo) com dados disponíveis após a randomização indicaram que aqueles que receberam remdesivir tiveram um tempo médio de recuperação de 11 dias comparado com 15 dias naqueles que receberam placebo (22/05/2020). Fonte: The New England Journal of Medicine
Estudo baseado na avaliação dos efeitos dos inibidores de poli ADP-ribose polimerase (PARP) em animais na redução de IL-6, Il-1 e TNF-alfa, com melhora nas crises respiratórias, asma e injuria pulmonar. Os autores propõem o reposicionamento desses fármacos para o tratamento da COVID-19, afirmando que tem potencial de efetividade superior ao tocilizumabe, anakinra, sarilumabe, adalimumabe, canakinumabe ou siltuximabe. (22/05/2020) BJP
Revisão sobre o emprego de antinflamatórios não esteroidais (AINES). Há casos nos quais os AINES não devem ser usados, mas não há evidência de que devam ser evitados em todos os casos de COVID-19. A escolha deve ser individualizada (24/05/2020). Pain and Therapy.
Em carta, pesquisadores alertam que muitos clínicos estão abandonando o uso de lopinavir/ritonavir para o tratamento da COVID-19, entretanto, consideram tal ação prematura. Afirmam ainda que análises de resultados secundários (que ainda exigem confirmação) sugeriram que o lopinavir/ritonavir pode estar associado a uma redução substancial da mortalidade geral. Por fim, defendem que as diretrizes terapêuticas retenham o lopinavir/ritonavir como uma opção de tratamento contra a COVID-19, enquanto se aguarda a conclusão do estudo SOLIDARITY da OMS (21/05/2020). Fonte: The New England Journal of Medicine
Autores propõem a ciclofosfamida como tendo potencial na mitigação da síndrome do desconforto respiratório agudo em pacientes com SARS-CoV-2 (23/05/2020). Fonte: Medical Hypoteses
Pesquisadores apresentam uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados da utilização da fitoterapia para o tratamento da COVID-19. Os resultados mostraram efeitos significativos da fitoterapia combinada com uso de medicamentos padrão sobre a taxa eficaz e melhora dos sintomas, revelando o papel potencial de
fitoterapia no tratamento do COVID-19 (23/05/2020). Fonte: Journal of Clinical Medicine
Revisão foi elaborada a partir de diversos estudos com diferentes interferons em infecções por coronavirus mostra que devem ser considerados para tratamento. No entanto, devido a seus efeitos pleiotrópicos e das diferentes ações que dependem principalmente do status imunológico, é difícil prever o resultado da aplicação clínica dos interferons. Um regime terapêutico com sucesso com um interferon em uma doença pode não ser eficaz ou tolerado em outro estágio da doença. Quanto ao interferon beta-1a recombinante, a dose máxima tolerada já foi determinada. No entanto, ainda não se sabe essa dose é eficaz em infecções graves por coronavírus e se pode ser aplicada com segurança em pacientes com um prognóstico de sobrevida ruim no estágio inicial da doença (22/05/2020). Drug Res (Stuttg)
Artigo levanta a hipótese que a administração por aerossol do Remdesivir diretamente na árvore brônquica deve ser mais efetivo que doses sistêmicas e ainda reduz o efeito colateral para os pacientes (pre-proof 24/05/2020). Fonte: Medical Hypotheses
Projeto de medicamento baseado em estrutura (Structure-based drug designing ) para identificar atividade antiviral de produtos naturais selecionados da Ayurveda. O estudo identificou Consequentemente, o resveratrol, a quercetina, a luteolina, a naringenina, o zingibereno e o ácido gálico podem ser um material de partida útil para o desenvolvimento de agentes antivirais potentes para a prevenção e tratamento de SARS-CoV-2 e outros coronavírus, se testados posteriormente (24/05/2020). Fonte: VirusDisease
22/05/2020
O grupo de cientistas comparou os resultados de 1.868 pessoas que receberam apenas cloroquina, 3.016 que receberam só hidroxicloroquina, 3.783 que receberam a combinação de cloroquina e macrolídeos (uma classe de antibióticos), e mais 6.221 pacientes com hidroxicloroquina e macrolídeos. O grupo controle, que serve para comparação e não fez uso dos medicamentos, é formado por 81.144 pacientes. Os pesquisadores demonstraram que não foi possível confirmar um benefício da hidroxicloroquina ou cloroquina, quando usado isoladamente ou em combinação com um macrolídeo. Cada um desses esquemas medicamentosos foi associado à diminuição da sobrevida hospitalar e a um aumento da frequência de arritmias ventriculares quando usado no tratamento da COVID-19 (22/05/2020). Fonte: The Lancet
Revisão sobre o uso da cloroquina/hidroxicloroquina para tratamento de COVID-19 e as implicações cardiovasculares. O estudo avalia o mecanismo de ação e suas implicações sobre o sistema cardiovascular, e sugere que o uso desses medicamento seja feito no âmbito de testes clínicos (21/05/2020). Fonte: Circulation: Arrhythmia and electrophysiology
Artigo de revisão que descreve imunoterapias proeminentes nos vários estágios de desenvolvimento que visam aumentar a imunidade frente ao vírus e a redução da inflamação patológica (21/05/2020). Fonte: European Journal of Immunology
O artigo examinou uma biblioteca de compostos de mais de 606 milhões de compostos para ligação à estrutura cristalina recentemente resolvida da protease principal (Mpro) do SARS-CoV-2. Resultando uma lista de nove compostos para reaproveitamento de medicamentos. Além disso, identificaram compostos naturais (-) - taxifolina e ramnetina como potenciais inibidores da Mpro. (21/05/2020). Fonte: International Journal of Molecular Sciences
Estudo apresenta potencial da memantina e adamantanas relacionadas, como a amantadina, para reduzir os efeitos neurotóxicos do COVID‐19, incluindo ARDS e reduzir a replicação viral. Estes compostos são normalmente utilizados para tratar pacientes com Alzheimer, Parkinson e Influenza. (21/05/2020) Fonte: Journal of Medical Virology
Vitamina D, quercetina e estradiol manifestam propriedades para atenuar a gravidade da pandemia de COVID-19. O artigo discute os possíveis mecanismos envolvidos e apresenta estudos clinicos em andamento. (11/05/2020) Fonte: ChemRxiv
Estudo computacional para rastrear a droga eficaz disponível verificou que a estrutura molecular da triazavirina verificou que há uma interação do composto com o SARS-CoV-2 e portanto poderia ser usado para tratar a COVID-19 (20/05/2020). Fonte: National Library of Medice
21/05/2020
Autor discute o papel da vitamina D na resposta dos indivíduos à infecção causada por COVID-19. Primeiro, a vitamina D apóia a produção de peptídeos antimicrobianos no epitélio respiratório, tornando menos provável a infecção pelo vírus e o desenvolvimento dos sintomas da COVID-19. Segundo, a vitamina D pode ajudar a reduzir a resposta inflamatória à infecção por SARS-CoV-2. Autor cita um estudo realizado na Universidade de Dublin com resultados que encorajam a suplementação por vitamina D e outro que está em curso na Universidade de Londres (COVIDENCE UK) que pretende recrutar 12.000 pessoas para investigar o efeito da vitamina D em relação à gravidade da COVID-19 (20/05/2020). Fonte: The Lancet
O artigo discute estratégias e combinações de estratégias para o desenvolvimento de medicamentos para o tratamento da COVID-19. Não há garantia de sucesso dentro de um determinado período de tempo, mas uma combinação de racionalidade, discernimento científico e engenhosidade com as ferramentas mais poderosas disponíveis aumenta as chances de econtrar um fármaco (20/05/2020). Fonte: The New England Journal of Medicine.
Revisão resume os medicamentos mais usados para COVID-19 e, em particular os inibidores do sistema ubiquitina-proteassoma, que provaram ser ferramentas poderosas na redução da tempestade de citocinas e na inibição da replicação de vírus para outros coronavírus (20/05/2020). Fonte: International Journal of Molecular Sciences
Pesquisadores avaliam a atividade bioquímica da PLpro (provavel responsável pela clivagem do polipeptídeo viral do CoV) do SARS-CoV-2 contra os substratos de ubiquitina e ISG15, revelando que a protease tem uma redução acentuada em sua capacidade de processar substratos Ub ligados a K48 em comparação com sua contraparte no SARS-CoV. Além disso, os inibidores de PLpro à base de naftaleno demonstram ser eficazes na interrupção da atividade do SARS-CoV-2 PLpro, bem como na replicação do SARS-CoV-2 (19/05/2020). Fonte: ACS Infectious Diseases
O relatório mostra que um tratamento de curta duração com hidroxicloroquina e azitromicina modifica o intervalo de QTc, portanto, quando os pacientes são tratados com esta associação o monitoramento cardíaco deve ser realizado regularmente fazendo com que só pacientes e hospitalizados possam fazê-lo em condições seguras (18/05/2020). Fonte: Ther Drug Monit
Revisão revela as vias de transmissão de esclarecimentos e mecanismos patogênicos e a identificação de possíveis alvos de tratamento medicamentoso para COVID-19. Esta revisão enfoca a redefinição de medicamentos clinicamente aprovados e fitoterápicos chineses que também podem ser usados. Além de fornecer novas ideias para a descoberta de pequenos compostos moleculares com potenciais efeitos terapêuticos no novo COVID-19 (20/05/2020). Fonte: Pharmacological Research
Revisão, aponta os aspectos imunológicos do COVID-19 e a potencial implicação do uso dos medicamentos anti-reumáticos modificadores da doença no tratamento da COVID-19 (20/05/2020). Fonte: The Lancet Rheumatology
Estudo de corte retrospectivo multicêntrico de pacientes com pneumonia por infecção por COVID-19 de Hubei incluindo 141 adultos sem ventilação. Os pacientes do grupo combinado receberam Arbidol e IFN-α2b; os pacientes do grupo em monoterapia inalaram IFN-α2b por 10 a 14 dias. Não houve diferenças significativas entre os dois grupos. O estudo conclui que a terapia com Arbidol / IFN - 2b pode ser usada como um método eficaz para melhorar a pneumonia por COVID-19 em pacientes leves, embora não seja possível em acelerar a eliminação do vírus (20/05/2020). Fonte: Microbes and Infection
O estudo COPCOV da Universidade de Oxford é um estudo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo, que registrará mais de 40.000 profissionais de saúde e funcionários da Europa, África, Ásia e América do Sul que têm contato próximo com pacientes com COVID-19 para determinar definitivamente se a cloroquina e hidroxicloroquina são eficazes na prevenção de COVID-19 (21/05/2020). Fonte: University Oxford
Revisão apresenta os diferentes mecanismos de ação da hidroxicloroquina (anti-inflamatório, antioxidante, inibição da acidificação endossômica, supressão da enzima conversora de angiotensina 2 ou glicosilação da ACE2, etc.) que podem ser responsáveis por seu possível efeito anti-COVID-19. Por outro lado, esta revisão também delineia outros mecanismos (aumento da vasoconstrição, inibição da autofagia, depleção de células T, etc.), indicando como isso pode agravar certas condições e indicando porque se deve ter cautela antes de conceder uma reorientação generalizada de hidroxicloroquina para COVID-19 (15/05/2020). Fonte: Journal of Neuroimmune Pharmacology
Um artigo de revisão. sobre a cloroquina e hidroxicloroquina, com o seu mecanismo de ação, segurança e detalhes dos mais de 100 testes clínicos sobre esses fármacos (11/05/2020). Life Sci.
Em função da natureza da COVID-19 e da emergência global, muitos estudos clínicos em andamento sofrem de qualidade abaixo do ideal. Meta-análise prospectiva pode ser uma solução inovadora para gerar dados confiáveis para orientar o gerenciamento clínico e os regulamentos, decisões e fabricação de medicamentos. O sucesso dessa abordagem, no entanto, requer um profundo entendimento da metodologia da meta-análise, grandes esforços para organizar o consórcio e solidariedade entre os pesquisadores com disponibilidade para compartilhar seus próprios dados (05/2020). Fonte: Trends in Pharmacological Sciences.
Revisão discute evidências que sugerem o emprego benéfico de anticorpos contra IL-6 ou contra seus receptores, em combinação com protocolos de tratamento padrão em pacientes com fatores de risco com COVID-19. A compreensão mais profunda dos fatores que afetam a resposta imune e a ligação desses fatores à gravidade da doença é crucial para o tratamento clínico eficaz do COVID-19 em pacientes gravemente afetados (20/05/2020). Fonte: Cytokine & Growth Factor Reviews.
Em revisão, autores discutem a atividade antiviral do lítio, demonstrada no nível pré-clínico. Um efeito inibitório direto do lítio sobre os vírus da família Coronaviridae e sobre a SARS-CoV-2 podem fornecer informações para seu possível uso como agente antiviral direcionado a vias específicas (20/05/2020). Fonte: International Journal of Bipolar Disorders
Gemcitabina, licorina and oxisoforidina inibem a replicação do SARS-C0V-2 em céluas in vitro. Os resultados apontam que compostos antivirais de amplo espectro podem ser testados no contole de infecções de virais emergentes (20/05/2020). Fonte: Emerging Microbes & Infection.
Carta ao editor onde o autor cita estudos da literatura científica sobre fármacos não convencionais como flavonoides, irvemectina e bromexina que podem ser utilizados no tratamento da COVID-19 (19/05/2020). Fonte: Drug Res (Stuttg)
Estudo compara 120 pacientes com e sem tratamento com Lopinavir/Ritonavir em relação ao tempo em que estes continuam apresentando partículas virais detectáveis por RT-PCR no organismo e conclui que a administração precoce de Lopinavir/Ritonavir reduz o tempo de duração do vírus detectável nos pacientes. (19/05/2020) Fonte: European Respiratory Journal
20/05/2020
Estudo apresenta panorama epidemiológico, curso clínico e resultados de diferentes tratamentos (Hidroxicloroquina, Remdesivir, Corticosteroides e anti-IL6) em 257 pacientes em NYC. (19/05/2020) Fonte: The Lancet
Revisão apresenta a COVID-19 como uma doença inflamatória aguda. Associada a gênero, idade e comorbidades está uma resposta imune descontrolada. Os autores sugerem o uso de uma série de possíveis agentes anti-inflamatórios em combinação com imunoterapia passiva através do soro de pacientes convalescentes como uma estratégia promissora para a prevenção e tratamento das formas clínicas severas (18/05/2020). Fonte: J Immunol
Em carta a revista o pesquisador revela ter feito uma revisão com base em estudos relevantes sobre as atividades antivirais das plaquetas no pulmão sugere possíveis opções terapêuticas dependentes de plaquetas para o tratamento do COVID-19. Além de sinalizar o tratamento da COVID-19 também necessita de outras terapias como o uso de oxigênio, interferons, glicocorticóides, albumina sérica humana e antibióticos (28/04/2020). Fonte: Blood advances
O estudo cita que o risco de arritmias clinicamente relevantes com antimaláricos, embora insignificante em doses "reumatológicas" baixas, pode ser diferente com doses mais altas como no tratamento da COVID-19 grave (18/05/2020). Fonte: BMJ Journals
Um estudo observacional recente entre pacientes hospitalizados com COVID-19 que fizeram o uso combinado de hidroxicloroquina e azitromicina apresentaram um risco aumentado de parada cardíaca em comparação com o uso de nenhum dos medicamentos, também destacou isso em relação à possível cardiotoxicidade da hidroxicloroquina entre a população de pacientes (18/05/2020). Fonte: BMJ Journals
Editorial do TheBMJ discute a falta de eficácia da hidroxicloroquina na COVID-19. Autores discutem os dois novos estudos que não apóiam o uso de 4-aminoquinolinas na COVID-19. O primeiro, um ensaio clínico com alta dose de hidroxicloroquina em pacientes com COVID-19 internados em 16 hospitais na China, não mostrou diferença (em 28 dias) entre os grupos tratados com hidroxicloroquina versus atendimento padrão. O segundo estudo foi um estudo controlado observacional de pacientes com pneumonia causada por COVID-19 em hospitais franceses. A sobrevida (21 dias) não diferiu entre os grupos tratados com hidroxicloroquina versus atendimento padrão (19/05/2020). Fonte: BMJ Journals
O SARS-CoV-2 desregula a homeostase do sistema renina-angiotensina-aldosterona elevando os níveis de angiotensina II. Este artigo tem sugere que para diminuir o excesso de atividade da angiotensina II deva se estudar o uso do losartan que é um bloqueador dos receptores da angiotensina (15/05/2020). Fonte: Circultation
Vaduganathan e colaboradores descrevem o uso de inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona em pacientes com COVID-19. Eles explicam que se o excesso de angiotensina II estiver implicado na COVID-19, haveria um benefício sinérgico na combinação de inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores da angiotensina (19/05/2020). Fonte: The New England Journal of Medicine
Artigo faz uma revisão dos tratamentos farmacológicos mais recentes que estão sob investigação para COVID-19. Aponta o uso potencial destes medicamentos em virtude da eficácia em outras infecções virais semelhantes ou por sua atividade contra a “tempestade de citocinas” (15/05/2020). Fonte: Acta BioMedica
A Comissão de Medicina Humana do Reino Unido concluiu que não há evidência suficiente para estabelecer que a ligação entre a o uso de ibuprofeno, ou outros aintinflamatórios não esteroidais (AINEs), e suscetibilidade de contração de COVID-19 ou a piora dos sintomas (18/05/2020). Fonte: Drug and Therapeutics Bulletin
Auranofina, medicamento aprovado pelo FDA americano para artrite reumatóide, inibe a replicação de SARS-CoV-2 em céluas humanas e poderia ser útil no tratamento da COVID-19 (17/05/2020). Fonte: Virology
Estudo in sílico avalia o potencial do narcissosídeo glicosiloxiflavona contra a COVID-19 (18/05/2020). Biomedical Journal
Pesquisadores avaliam os efeitos antivirais da azitromicina no viroma nasofaríngeo de crianças nigerianas que receberam várias rodadas de administração de medicamentos em massa. Observou-se que a carga respiratória dos coronavírus não SARS diminuiu com as distribuições de azitromicina (19/05/2020). Fonte:Clinical Infectious Diseases
19/05/2020
Em parecer científico a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) defende que é necessário aguardar resultados de estudos randomizados multicêntricos em andamento para se ter uma conclusão mais segura sobre o uso da cloroquina e suas associações no tratamento da Covid-19 (19/05/2020). Fonte: UFMG
Medicamento desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Pequim a partir de anticorpos de 60 pacientes curados da COVID é apontado como tendo potencial para alternativa terapêutica a ser desenvolvida até o final do ano. (13/05/2020) Fonte: CELL
Autores relacionam os principais agentes da fitoterapia chinesa para tratamento e prevenção de SARS e SARS-CoV-2, incentivando o uso de fitoterápicos no surto de COVID-19 (18/05/2020). Fonte: Acta Agriculturae Scandinavica
Pesquisadores estudam a intoxicação aguda por cloroquina e fazem uma avaliação experimental toxicológica abrangente do papel do diazepam. Segundo autores, o diazepam pode aumentar os efeitos de inotrópicos positivos na redução da cardiotoxicidade da cloroquina (15/05/2020). Fonte: British Journal of Pharmacology
O artigo faz uma revisão dos estudos realizados para o efeito do hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19. Os pesquisadores não encontraram em sua análise todos artigos disponíveis um efeito na depuração viral ou no resultado da mortalidade no tratamento da COVID-19. Eles sugerem que o benefício relatado da hidroxicloroquina na COVID-19 inicial ou leve não pode ser totalmente descartado, mas possivelmente possa ser prejudicial no COVID-19 moderado a grave (19/05/2020). Fonte: Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research& Reviews
Estudo utilizando inteligência artificial (IA) para o combate da COVID-19 com reaproveitamento de medicamentos retornou 80 medicamentos comercializados como potencial. Dentre eles: bedaquilina, brequinar, celecoxib, clofazimina, conivaptan, gemcitabina, tolcapone e vismodegib, boceprevir, cloroquina, homoharringtonina, tilorona e salinomicina (15/05/2020) In Press. Fonte: Biomedical Journal
Artigo propõe o uso potencial do fármaco usado para tratamento de filariose, dietilcarbamazina (DEC), por apresentar atividade anti-inflamatória em modelos animais de inflamação pulmonar. Os pesquisadores acreditam que o mecanismo posse teoricamente melhore a resposta de células T frente a viroses respiratórias. (18/05/2020) Fonte: Medical Hypotheses
Artigo apresenta medicamentos antigos com potencial eficácia in vitro contra o SARS-CoV-2. O banco de dados in vitro, os efeitos adversos e as potenciais toxicidades dos medicamentos: remdesivir, teicoplanina, hidroxicloroquina (não em combinação com azitromicina) e ivermectina Eles são revisados quanto à sua viabilidade de prescrição clínica para o tratamento de pacientes com COVID-19 (18/05/2020). Fonte: X-MOL
18/05/2020
Sequência de relatos científicos de diferentes grupos de pesquisa que levaram à descrição das estruturas proteicas do SARS-CoV-2, a partir de 18 de fevereiro de 2019 ao dia 14 de maio de 2020. O conhecimentos das proteínas virais pode ser a chave para o desenvolvimento de medicamentos e vacinas para o tratamento e prevenção da COVID-19 (15/05/2020). Fonte: Nature
Em meio a uma pandemia, há espaço para o desenvolvimento de pequenos estudos clínicos em hospitais menores e com pequeno orçamento, com pacientes em estado grave. Entretanto, para se chegar a um medicamento eficaz há necessidade de escala e aprendizado, o que é resultado de colaboração. Além disso, mais ensaios devem incluir grupos de controle e garantir transparência com os dados. O editorial discute alguns resultados de estudos clínicos envolvendo remdesivir e da cloroquina/hidroxicloroquina para o tratamento COVID-19. Estudos em colaboração expandem fronteiras e compartilhaam experiências, com maior possibilidade de identificar o que realmente funciona (13/05/2020). Fonte: Nature (editorial).
Análise e avaliação de resultados de 19 estudos clínicos relacionados ao tratamento de pacientes com COVID-19 com hidroxicloroquina e cloroquina (13/05/2020). Fonte: Annals of Internal Medicine.
Autor discute a possibilidade de utilizar o SGP130Fc (para bloquear seletivamente a via trans de IL-6 e, portanto, apenas a via pró-inflamatória na infecção por SARS-CoV-2) em substituição ao tocilizumabe, que é a opção de tratamento de pacientes com síndrome respiratória aguda. Outros possíveis inibidores da via da IL-6, como o ruxolitinibe e o baricinitibe, são então analisados, subjacentes à falta de benefício de direcionar apenas a via pró-inflamatória (14/05/2020) In Press. Fonte: Cytokine: X
Pesquisadores sugerem que a melatonina inibe a tempestade de citocinas induzida por COVID-19 revertendo a glicólise aeróbia em células do sistema imunes. As ações anti-inflamatórias e antioxidantes da melatonina na proteção dos pulmões contra danos em muitos modelos experimentais que envolvem inflamação ou estresse oxidativo (ou ambos) estão bem documentadas. Além disso, a melatonina possui ações antivirais contra vírus que não sejam o COVID-19 (11/05/2020) In Press. Fonte: Medicine in Drug Discovery
Carta descreve estudo em 7 paciente sugerindo que o ruxolitinibe pode ser eficaz em pacientes com infecção por COVID-19 com risco de SARS. O ruxolitinibe reduz o volume do baço e os valores circulantes das interleucinas pró-inflamatórias, em particular a IL-6 e o TNF-alfa (14/05/2020). Fonte: Annals of Hematology.
Revisão sobre farmacoterapia em pacientes com COVID-19. As terapias incluem novos agentes atualmente testados em vários ensaios clínicos, além de outros medicamentos que foram reaproveitados como terapias antivirais e imunomoduladoras (14/05/2020). Fonte: Pharmaceuticals
Os autores fazem uma discussão sobre as terapias disponíveis com foco no uso de soro de pacientes recuperados, corticosteroides e imunossupressores contra IL-6. O vários mecanismo de ação são discutidos e as hipóteses terapêuticas com foco na redução da inflamação também. É colocado que não há nenhum dado clínico conclusivo para suportar qualquer dos tratamentos propostos, com maior número de evidências para o Tocilizumabe. (08/05/2020). Fonte: Int Immunopharmacol.
Os autores fazem in silico estudos de interação, propondo o uso de benzilidenocromanonas, compostos heterocíclicos com oxigênio de ocorrência natural, com capacidade de inibir várias proteínas e receptores, selecionando as com potencial para bloquear a protease de coronavírus (SARC-CoV-2 Mpro)
É proposto o uso do Montelucaste, um antagonista de receptores Cisteinil-leucotrienos (cysLT), com efeito antiinflamatório, e supressor do estresse oxidativo para limitar a progressão da COVID-19. (18/05/2020) Fonte: Medical hypoteses
Estudo revela que o trifosfato de favipiravir que atua como um inibidor competitivo da RNA polimerase dependente de RNA possui atividade in vitro contra a SARS-CoV-2, porém com uma alta concentração em comparação à cloroquina ou remdesivir (17/05/2020). Fonte: Journal of Antimicrobial Chemotherapy
Estudo retrospectivo com 550 pacientes críticos com COVID-19 que precisavam de ventilação mecânica, todos receberam tratamentos básicos incluído antivirais e antibióticos. Destes, 48 pacientes foram tratados adicionalmente com hidroxicloroquina oral e obtiveram resultados positivos (15/05/2020). Science China Life Sciences
Artigo de revisão sobre etiologia, patogênese, diagnóstico e os testes clínicos em desenvolvimento (12/05/2020). Fonte: Cureus
Uso do remdesivir na Italia envolvendo 35 pacientes (sendo 17 em UTI) com pneumonia causada por SARS-CoV-2 submetidos a ventilação mecânica ou com saturação de O2 < 94% mostrou que após 28 dias, entre os que não estavam na UTI, 82,3% dos pacientes tiveram alta enquanto que 2 permaneceram hospitalizados e 1 veio a óbito (5,6%). Dentre os pacientes que estavam na UTI 33,3% tiveram alta, 44% morreram e 16,7% continuaram utilizando ventilação mecânica, sugerindo que o remdesivir pode beneficiar pacientes com pneumonia SARS-CoV-2 hospitalizados fora da UTI onde o desfecho clínico foi melhor e eventos adversos são menos frequentemente observados. (11/05/2020) Fonte: Pharmacological Research
Três estudos grupos de pesquisa reportaram no European Journal of Internal Medicine o uso de Tocilizumabe para COVID-19 grave. Um estudo envolvendo 65 pacientes observaram uma diminuição da mortalidade pouco significativa (16% versus 33% dos pacientes não tratados), enquanto outro estudo com 85 pacientes observou uma baixa mortalidade 3,2% (frente a 47,8% do grupo não tratado) e o terceiro estudo analisou 51 pacientes observou diminuição da temperatura, normalização da proteína C-reativa e restauração da leucopenia. Os estudos sugerem que o tocilizumab pode ser um candidato promissor para pacientes com COVID-19 severa. (13/05/2020) Fonte: European Journal of Internal Medicine
Relato de casos de 03 pacientes com COVID-19 sem necessidade de ventilação mecânica tratados com tocilizumabe administrado por via subcutânea (SC) sugere o que medicamento é eficaz e bem tolerado quando administrado por via SC. Foi detectado melhora clínica e radiológica com o tratamento (15/05/2020). Fonte: Journal of Medical Virolgy.
Artigo propõe o uso da ciclosporina, um potente agente imunossupressor para tratar pacientes com COVID-19 que estejam apresentando o quadro conhecido como “tempestade de citocinas”, visto que atua inibindo a produção de IL-2 pelo organismo. Adicionalmente, os autores citam trabalhos que mostram que a ciclosporina também inibe a RNA polimerase do vírus em doses baixas, o que potencializaria o tratamento. (15/05/2020) Fonte: Rheumatology International
15/05/2020
Estudo clínico observacional com pacientes com COVID-19 hospitalizados necessitando de oxigênio não observou diferenças entre o grupo tratado com hidroxicloroquina (89 pacientes) e o grupo controle (84 pacientes) em relação à taxa de sobrivência após 21 dias e outros parâmetros (14/05/2020). Fonte: British Journal of Medicine.
Ver comentários: https://ard.bmj.com/content/early/2020/05/13/annrheumdis-2020-217665
Os autores demonstram resultados favoráveis com a administração de Anakinra para pacientes com COVID-19 que apresentam Linfohistocitose hemofagocítica secundária. (14/05/2020) Cell Host & Microbe
Relatos de preocupação quanto ao efeito maléfico de inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) em pacientes com COVID-19 não possuem evidência epidemiológica. No estudo de população desenvolvido na Espanha foram coletados dados de 1139 pacientes e 11390 da população controle. Inibidores do SRRA não aumentou o risco de internação hospitalar por COVID-19, incluindo casos fatais e admissão em unidade de terapia intensiva e não devem ser descontinuados com intenção de prevenir casos graves de COVID-19 (14/05/2020). Fonte: The Lancet.
Atualização sobre os tratamentos em investigação para a COVID-19, especialmente sobre o reposicionamento de medicamentos para o enfrentamento da pandemia (14/05/2020). Fonte: Biomedicine and Pharmacotherapy.
14/05/2020
Pesquisadores concluem que tocilizumabe tem um impacto positivo se utilizado precocemente durante COVID-19 em termos de aumento da sobrevida e evolução clínica favorável. O estudo contemplou 85 pacientes internados com pneumonia e insuficiência respiratória, relacionadas à COVID-19, sem necessidade de ventilação mecânica. Pacientes do grupo controle (n = 23) receberam a terapia padrão (hidroxicloroquina, lopinavir e ritonavir) e pacientes do grupo teste (n = 62) receberam tocilizumabe uma vez ao dia durante 4 dias após a admissão mais o tratamento padrão. 92% dos pacientes do grupo teste e 42,1% do grupo controle se recuperaram. A função respiratória melhorou em 64,8% dos pacientes do grupo teste, enquanto 100% daqueles do grupo controles pioraram e necessitaram de ventilação mecânica (09/05/2020 - In Press). Fonte: European Journal of Internal Medicine
Os autores propõem uma abordagem diferenciada para redução da infecção pelo SARS-CoV2. Por meio da produção de proteolisosomos (protocélulas), formados por lipossomos de 30 micrometros, tendo incorporadas proteínas semelhantes a ECA. A administração seria pulmonar. (13/05/2020) Fonte: Human Vaccines & Immunotherapeutics
Estudo utilizando bioinformática para avaliar a interação da proteína viral com o receptor na superfície celular humana revelou alta afinidade entre a dipeptidil peptidase 4 humana (DPP4) e o domínio de ligação ao receptor da proteína S do SARS-CoV-2. Assim, a utilização do sítio de ligação da DPP4 traz novos insights sobre a patogênese do vírus bem como pode ser também um novo alvo para estratégias terapêuticas (13/05/2020). Fonte: iScience
Através de técnica computacional, foi realizado estudo sobre o mecanismo de ação da hidroxicloriquina e azitromicina no combate ao SARS-CoV-2. Os autores concluíram que os medicamentos agem como inibidores competitivos do SARS-CoV-2 em ligantes na membrana celular do hospedeiro, que é consistente com um mecanismo antiviral sinérgico a nível da membrana celular. Segundo os autores, o mecanismo molecular pode explicar o efeito benéfico da combinação hidroxicloriquina e azitromicina na terapia da COVID-19 (13/05/2020). Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents.
Desenvolvimento do reposicionamento do medicamento remdesivir para o tratamento da infecção por SARS-CoV-2, a partir da sua estrutura de análogo de nucleotídeo contra a RNA polimerase RNA dependente (13/05/2020). Fonte: Journal of Biomelecular Structure and Dynamics
Em carta para o editor pesquisador cita um estudo retrospectivo que demonstrou que 11 de 13 pacientes de UTI em tratamento da COVID-19 tinham insuficiência de vitamina D, em comparação com 4 de 7 pacientes que não estavam na UTI. Com base nessas evidências ele propõe que pacientes com baixa taxa de vitamina D pode ter risco aumentado de manifestar COVID-19 grave (13/05/2020). Fonte: Alimentary Pharmacology & Therapeutics
O vírus SARS-CoV-2 reconhece o receptor ECA2 através do seu domínio de ligação ao receptor (RBD, do inglês receptor-binding domain). Estudo identificou seis anticorpos monoclonais neutralizantes, que reconhecem RBD específicos de SARS-CoV e que apresentaram reação cruzada com o RBD de SARS-CoV-2, sendo dois deles capazes de neutralizar a infecção por SARS-CoV-2 em cultura de células. O anticorpo 18F3 MAb reconhece epítopos conservados na RBD de SARS-CoV-2 e 7B11 MAb bloqueia a ligação da RBD de SARS-CoV-2 ao receptor ECA2 (13/05/2020). Fonte: Antiviral Research
Avaliação in-silico de diferentes Saikosaponinas (encontradas em plantas da medicina tradicional chinesa) contra SARS-CoV-2 usando NSP15 e glicoproteína de pico de fusão como alvos. Estudo conclui que Saikosaponinas U e V possuem ligantes de interesse para pesquisa, pois marcam a interação desejada com o NSP15, responsável pela replicação do RNA SARS-CoV-2 e também aumentam a glicoproteína que gerencia a conexão com o enzima conversora de angiotensina 2 (13/05/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
13/05/2020
Estudo avalia a associação de tratamento com hidroxicloroquina ou azitromicina com mortalidade hospitalar em pacientes com COVID-19 no estado de Nova York. Em um estudo com 1438 pacientes, observou-se que a associação de hidroxicloroquina, azitromicina ou ambos não altera a mortalidade de pacientes com COVID-19 (11/05/2020). Fonte: JAMA
Artigo sugere um possível mecanismo de inibição do SARS-CoV-2 pelos fármacos cloroquina e hidroxicloroquina, além das propriedades imunomoduladoras e anti-trombóticas já conhecidas. O mecanismo estaria relacionado com o envolvimento da homeostase de Ferro durante o curso da infecção por SARS-CoV-2. (13/05/2020) Fonte: Pharmacological Research
Autores apresentam uma análise abrangente das informações disponíveis sobre os medicamentos candidatos a serem reaproveitados para o tratamento de COIVD-19. O estudo descreve a rapamicina (sirolimus), cloroquina e hidroxicloroquina, SI113, tocilizumabe, sarilumabe, emapalumabe, monalizumabe, Bacillus Calmette-Guérin (BCG), lopinavir com ritonavir, ribavirina e remdesivir (12/05/2020). Fonte: Journal of Experimental & Clinical Cancer Research
Nesta revisão, pesquisadores discutem os principais avanços das vacinas e medicamentos antivirais atuais contra o SARS-CoV e MERS-CoV e os potenciais para SARS-CoV-2. Defendem o desenvolvimento de tecnologias de plataforma "plug-and-play" que possam permitir a fabricação e administração rápidas de medidas de amplo espectro em um cenário de pandemia. Discutem o potencial da tecnologia de terapia genética baseada em AAV para a entrega de anticorpos terapêuticos in vivo para combater o surto de SARS-CoV-2 e o futuro surgimento de novos surtos de CoVs (24/04/2020). Fonte: Frontiers in Microbiology
Revisão com objetivo de fornecer uma atualização dos efeitos das artemisininas em relação às doenças respiratórias, a fim de identificar as lacunas para o reaproveitamento das artemisininas para o tratamento da COVID-19 (13/05/2020). Fonte: Pharmacological Research
Considerando que a RNA polimerase RNA-dependente dos vírus SARS-CoV-2, HIV e do vírus da Hepatite C (HCV) apresentam alta homologia tanto da sequência de nucleotídeos como na estrutura da enzima, estudo propõe o reposicionamento do fármaco sofosbuvir, um antiviral conhecido que atua contra o vírus da Hepatite C (HCV) e HIV. Os autores não apresentam dados além das evidências in-silico. (12/05/2020) Fonte: Infectious Agents and Cancer
Pesquisadores geram por modelagem um modelo estrutural 3D de RdRp, NiRAN, nsp7 e nsp8 de SARS-CoV-2, a partir das estruturas de contrapartida de SARS. Além disso, demonstram as posições de ligação de três inibidores virais da RdRp: Galidesivir, Favipiravir e Penciclovir, que recentemente foram relatados como tendo significado clínico para SARS-CoV-2. A rede de interações estabelecida por essas moléculas de fármacos confirma suas eficácias em inibir a replicação do RNA viral de SARS-CoV-2 (11/05/2020). Fonte: Journal Of Phisical Chemistry Letters
Estudo in-silico testa compostos naturais para encontrar inibidores da enzima serina protease transmembrana do tipo 2 (TMPRSS2). Essa enzima facilita a entrada do vírus nas células hospedeiras e sua inibição bloqueia a fusão do vírus com ECA2. Foi identificado um composto o NPC306344 que mostrou interação significativa com os resíduos do TMPRSS2, sendo necessários testes in vitro e in vivo para desenvolver um medicamento anti-COVID-19 com base nos compostos identificados (12/05/2020). Fonte: Molecules
Estudo foi realizado por meio de técnicas in-silico para identificar candidatos promissores a medicamentos. Com base no controle (N3 e 13b), foram identificadas seis moléculas em potencial, Hemisulfato de Leupeptina, Pepstatina A, Nelfinavir, Birinapant, Lipression e Octreotida, que mostraram o escore MM-GBSA razoavelmente significativo. Uma visão mais aprofundada mostra que as moléculas formam interações estáveis com resíduos e podem ser direcionados para projetos baseados em estrutura e farmacóforo e abrem caminho para estudos in vitro (12/05/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
12/05/2020
Em artigo o pesquisador cita que a ivermectina tem um mecanismo de ação no canal iônico contra parasitas e não teria aplicação para vírus SARS-CoV-2. No entanto, em ensaios celulares contra a infecção pela dengue, a carga viral é reduzida e por serem vírus similares esse medicamento surgiu como um candidato ao tratamento da COVID-19 (11/05/2020). Fonte: Science
Estudo in sílico identifica fármacos aprovados que podem atuar no mecanismo exclusivo de captação de 2′-O-metiltransferase (2′-O-MTase) do SARS-CoV-2 que camufla seu RNA do reconhecimento pelo sistema imune inato. Fármacos identificados, por exemplo, tegobuvir, sonidegibe, siramesina, antrafenina, bemcentinibe, itacitinibe ou ftalocianina podem ser adequados para testes para reativar farmacologicamente a restrição imune inata (10/05/2020). Fonte: Viruses
Estudo faz uma revisão do mecanismo de ação de inibidores de JAK, como baricitinibe, ruxolitinibe e tofacitinibe, em relação ao SARS-CoV-2 e aponta este tipo de medicamento como potencial terapêutico para tratamento da COVID-19 (08/05/2020). Fonte: Science immunology
A enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) é não só a via de entrada do SARS-CoV-2, mas também pode proteger contra injúria pulmonar. Neste contexto, foram sugeridas potenciais abordagens para o tratamento da COVID-19 com alvo na ECA-2: administração de altas concentrações de RNA recombinante na forma solúvel de ECA2 (rhACE2) e inibição da interação entre o vírus SARS-CoV-2 e a ECA2 por compostos com efeitos competitivos, como morfina e codeína (12/05/2020). Fonte: Diabetes & Metabolic Syndrome: Chemical Research & Reviews.
Artigo da Nature aponta os protocolos master que estão em estão em andamento para tratamento da COVID-19. Ao padronizar o recrutamento de pacientes, os padrões de atendimento, a coleta de dados e muito mais, eles podem gerar dados mais robustos dos que os gerados por ensaios independentes e permitir uma avaliação mais eficiente do pipeline de medicamentos proposto. Por enquanto esses testes clínicos estão testando fármacos reposicionados em pacientes hospitalizados confirmados para COVID-19.
Estes testes são:
RECOVERY com 9,600 pacientes, testes randomizados do lopinavir–ritonavir; dexametasona; hidroxicloroquina; azitromicina; o tocilizumabe.
SOLIDARITY da OMS com 1200 pacientes remdesivir, cloroquina ou hidroxicloroquina, lopinavir–ritonavir e lopinavir–ritonavir + IFNβ1a.
ACTT do NIAID com 1000 pacientes que estão testando remdesivir ou placebo.
ACTT 2 do NIAID 1000 testando baricitinibe com remdesivir, versus placebo + remdesivir.
PRINCIPLE: 3000 pacientes idosos testando hidroxicloroquina, um segundo teste vai testar a azitromicina.
REMAP-CAP: 420 pacientes testando hidroxicloroquina, lopinavir–ritonavir, IFNβ, estratégias de corticóides e terapia por macrolídeos. Está sendo modificado para avaliar o anakinra e o tocilizumabe e o sarilumabe.
O ACCORD 1800 paciente testar seis agentes que podem depois ser levados para testes clínicos guarda-chuva maiores bemcentinibe, IL-33 mAb MEDI-3506 da AstraZeneca e acalabrutinibe da AstraZeneca.
ACTIV da NIH, para priorizara vacinas e fármacos candidatos para testes clínicos . Já foram testadas 115 vacinas. A OMS está trabalhando num protocolo máster para as vacinas mais promissoras.
(11/05/2020) Fonte: Nature Reviews Drug Discovery
Pesquisadores avaliam a farmacodinâmica in vitro e farmacocinética in vivo do lopinavir como tratamento para infecções por HIV, SARS-CoV e SARS-CoV-2. Os dados indicam que a dose atual de lopinavir fornece concentrações efetivas superiores à IC90 ajustada às proteínas apenas para o HIV. Por outro lado, as concentrações de lopinavir são 200 vezes, 20 vezes e 2000 vezes inferiores aos valores de IC90 ajustados por proteínas para a inibição de SARS-CoV-2 no plasma, ELF e CSF, respectivamente. As doses necessárias para proporcionar uma inibição ideal são impraticáveis devido ao risco de toxicidade (11/05/2020). Fonte: Pharmacological Research
Estudo faz uma atualização dos principais medicamentos para o tratamento do COVID-19. Esses medicamentos e agentes terapêuticos incluem agentes antivirais (remdesivir, hidroxicloroquina, cloroquina, lopinavir, umifenovir, favipiravir e oseltamivir) e agentes de suporte (ácido ascórbico, azitromicina, corticosteróides, óxido nítrico, antagonistas da IL-6), entre outros (11/05/2020). Fonte: Current Pharmacology Reports
Pesquisadores realizam estudo de modelagem molecular para a inibição da principal protease SARS-CoV-2 pelo fármaco antineoplásico carmofur. O fármaco antineoplásico carmofur inibe a principal protease SARS-CoV-2 (Mpro) e inibe a replicação viral nas células (EC50 = 24,30 μM) e é um composto de chumbo, promissor para desenvolver novo tratamento antiviral para COVID-19 (07/05/2020). Fonte: Nature Structural & Molecular Biology.
11/05/2020
O artigo de revisão fornece uma visão ampla da epidemiologia da COVID-19, etiologia genômica, resultados de análises recentes de mapas transcriptômicos, interação de proteínas viral e humana, diagnóstico molecular, o estado atual do desenvolvimento de novas vacinas e novas intervenções terapêuticas como plasma convalescente e ECA2. Além disso, o artigo fornece uma lista de recursos que ajudarão a comunidade científica a acessar vários tipos de bancos de dados como os OMICs do SARS-CoV-2 e as abordagens terapêuticas relacionadas ao tratamento da COVID-19, a saber: ritonavir-lopinavir, favipiravir, cloroquina/hidroxicloroquina, remdesivir , SNG001(interferon beta) e proteína cinases ativadas por p21 (PAKs) (10/05/2020). Fonte: Viruses
Uma revisão sistemática avaliando os efeitos benéficos e prejudiciais de intervenções farmacológicas e outras intervenções informando as melhores práticas de tratamento e pesquisa clínica para COVID-19 (09/05/2020). Fonte: Systematic Reviews
Os autores apresentaram sucintamente todas as principais terapias sendo testadas para o tratamento COVID-19. Nesse sentido, eles também enfatizam o papel da heparina como uma droga candidata com benefício comprovado de redução de mortalidade em um subconjunto de pacientes (09/05/2020). Fonte: Clinical Rheumatology
Uma revisão da literatura mostra uma falta de dados de alta qualidade disponíveis para o uso de cloroquina e hidroxicloroquina. As decisões de uso de qualquer medicamento devem ser tomadas com consideração cuidadosa dos riscos versus benefícios, juntamente com o monitoramento adequado. Devido à sua maior potência e melhor perfil de segurança, a hidroxicloroquina pode ser a opção de tratamento mais razoável se o tratamento for iniciado (09/05/2020). Fonte: SAGE journals
O estudo teve como objetivo avaliar o papel da terapia com tocilizumabe (TCZ) em termos de admissão na UTI e taxa de mortalidade de pacientes críticos com pneumonia grave por COVID-19. Foi realizada uma análise retrospectiva de pacientes tratados com TCZ pareados usando o escore de propensão para pacientes tratados com o padrão de atendimento (SOC) uma combinação de hidroxicloroquina, azitromicina e dose profilática de heparina de baixo peso. Os pacientes que receberam TCZ foram comparados aos que receberam SOC constatando que o tratamento com TCZ não afetou significativamente a admissão na UTI (09/05/2020). Fonte: X-MOL
O comitê de medicamentos humanos da European Medicines Agency (EMA) recomendou a expansão do uso compassivo do remdesivir do medicamento sob investigação. Além dos pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva, as recomendações de uso compassivo agora cobrem o tratamento de pacientes hospitalizados que necessitam de oxigênio suplementar, ventilação não invasiva, dispositivos de alto fluxo de oxigênio ou ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea). As recomendações atualizadas são baseadas em resultados preliminares do estudo NIAID-ACTT, que sugerem um efeito benéfico do remdesivir no tratamento de pacientes hospitalizados com COVID-19 grave (11/05/2020). Fonte: EMA
Teste clínico Fase II (ClinicalTrials.gov, NCT04276688), randomizado com a combinação de Interferon beta-1b, lopinavir-ritonavir e ribavirina em 6 hospitais de Hong Kong. O grupo que tomou a combinação de medicamentos teve redução significativa no tempo entre o aparecimento dos sintomas e a negativação do PCR do que sem a ribavirina. Um paciente teve que descontinuar o tratamento devido a uma hepatite medicamentosa e nenhum paciente morreu. Os resultados sugerem que a terapia com os 3 antivirais é melhor que a combinação ritonavir-lopinavir. (10/05/2020) Fonte: The Lancet
Estudo avaliou o efeito potencial da cloroquina na citocinemia induzida por endotoxinas utilizando sangue humano de voluntários saudáveis. Cloroquina induziu efeito inibitório dose-dependente na secreção induzida por endotoxinas do fator de necrose tumoral-a, interleucina-1b e interleucina-6 que foi associado à redução da expressão de mRNA de citocinas. Os resultados indicam o potente efeito antinflamatório da cloroquina na síntese de citocinas pro-inflamatórias induzidas por endotoxinas. Portanto, cloroquina pode ser útil na inflamação crônica e também em doenças relacionadas à inflamação induzida por bactéria (11/05/2020). Fonte: American Journal of Physiology.
Os autores mostram detalhadamente dados de dois pacientes portadores da COVID-19 tratados com tocilizumabe. (25/04/2020) Fonte: CHEST
08/05/2020
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Após avaliação dos dados do UK Biobank de 1474 pacientes, os autores não encontraram evidências para apoiar um papel potencial da concentração da Vitamina D para explicar a suscetibilidade à infecção por COVID-19. (07/05/2020) Fonte: Diabetes & Metabolic Syndrome.
- Pesquisa realizada por cientistas belgas apontam que anticorpos produzidos em lhama contra o SARS e MERS, também tem potencial neutralizador contra o SARS-CoV-2 (07/05/2020) Science Alert.
- Estudo observacional realizado pela da Universidade de Columbia, em Nova York, com 1376 pacientes hospitalizados com COVID-19 concluiu que o tratamento com hidroxicloroquina não reduziu a frequência de intubação ou morte (07/05/2020). Fonte The New England Journal of Medicine. Veja também o editorial da revista que salienta a necessidade de estudos controlados e randomizados para determinar a eficácia do tratamento (Editorial NEJM).
Estudo conduzido por pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e colaboradores europeus revela um possível novo mecanismo de ação do fármaco heparina no tratamento da COVID-19. Além de combater distúrbios de coagulação que podem afetar vasos do pulmão e prejudicar a oxigenação, o medicamento parece também ser capaz de dificultar a entrada do novo coronavírus (SARS-CoV-2) nas células. Em testes de laboratório, feitos em linhagem celular proveniente do rim do macaco-verde africano (Cercopithecus aethiops), a heparina reduziu em 70% a invasão das células pelo novo coronavírus. (08/05/2020) Fonte: Fapesp
O tratamento com o uso de anticoagulantes pode melhorar o tempo de sobrevivência de pacientes graves infectados pelo novo coronavírus, de acordo com um novo estudo observacional feito por especialistas do Hospital Mount Sinai, de Nova York (EUA). O estudo foi conduzido com 2.773 pacientes internados por coronavírus. Destes, 28% (786) foi submetido a um tratamento com doses completas de anticoagulantes, uma dose maior do que é geralmente administrada em casos de coágulos sanguíneos. Foi observado, então, que o uso dos medicamentos melhorou as chances de sobrevivência dos doentes dentro e fora da UTI. (07/05/2020) Fonte: ScienceDaily
Pesquisadores italianos avaliaram o bloqueio da interleucina-1 com anakinra em altas doses em pacientes com COVID-19 (registrado com ClinicalTrials.gov, NCT04318366). Os pacientes apresentavam COVID-19 moderada a grave e hiperinflamação, estavam sendo tratados com ventilação não invasiva fora da UTI e receberam tratamento padrão de hidroxicloroquina, lopinavir e ritonavir. Foi comparada a sobrevida e estado clínico em um grupo de 29 pacientes que receberam tratamento adicional com anakinra. Todos os resultados foram avaliados em 21 dias. O tratamento com altas doses de anakinra foi seguro e associado à melhora clínica em 72% dos pacientes (07/05/2020). Fonte: The Lancet Rheumatology
Autores descrevem uma hipótese sobre os efeitos protetores de órgãos da ativação da ECA2 contra os efeitos da infecção por SARS-CoV-2 em humanos e apresentam resultados anteriores que relatam níveis mais altos de ECA2 em crianças, jovens e mulheres com menor morbidade e problemas de saúde associados ao COVID19. Sugerem ainda o tratamento de pacientes COVID-19 com ativadores da ECA2, como diminazeno (DIZE), atualmente utilizado como antiparasitário (07/05/2020). Fonte: Journal of Medical Virology
Em entrevista a Faperj o professor Eliezer Barreiro cita que o Remdesivir, medicamento em fase de desenvolvimento por uma empresa biofarmacêutica nos Estados Unidos, é um bastante promissor para o tratamento da COVID-19. A empresa conseguiu identificar um potencial bastante interessante para esse antiviral (07/05/2020). Fonte: Faperj
07/05/2020
Os autores demonstram que quanto maior a concentração sérica de vitamina D menor a e mortalidade na Europa (06/05/2020). Fonte: Aging Clinical and Experimental Research
Os autores propõem o uso de outras 4-aminoquinolonas diferentes da cloroquina ou hidroxicloroquina, com menor toxicidade ocular, como preventivo da infecção pelo SARS-CoV-2 (07/05/2020). Fonte: Eye Reports
O fármaco anti-HIV Nelfinavir (Viracept®) apresentou-se como um potente inibidor da fusão celular mediada pela glicoproteina S do SARS-CoV-2 em cultura de células, o que sugere futuros estudos como agente antiviral contra COVID-19. (06/05/2020) Fonte: Journal of Medical Virology
Estudos sugerem que terapias cujos objetivos são aumento dos níveis de NO nas vias aéreas através de inalação do gás e de moléculas doadoras podem melhorar a oxigenação e contribuir para melhora da COVID-19. Sugere-se que estas estratégias sejam consideradas e testadas para prevenção e tratamento do COVID-19 (06/05/2020). Fonte: Microbes and Infection.
Um estudo de caso-controle retrospectivo, com 20 pacientes, no Hospital Nord Franche-Comté, França comparou o resultado de pacientes tratados com tocilizumabe (TCZ) e pacientes sem TCZ, considerando morte e/ou admissão na UTI. Os resultados mostraram que pacientes que tomaram TCZ tiveram menos internações na UTI e/ou menor mortalidade quando com pneumonia grave por SARS-CoV-2 (06/05/2020). Fonte: Médicine et Maladies Infectieuses
06/05/2020
Artigo revela que, com base em estudos observacionais no SARS e MERS, o regime antiviral mais amplamente utilizado foi ribavarina e interferon, e isso foi baseado em estudos que demonstram a eficácia dessa combinação na replicação viral em modelos animais. Já o uso lopinavir-ritonavir e interferon é classificado como recomendação de benefício provável para o tratamento COVID-19 (05/05/2020). Fonte: Chinese Medical Journal
Revista revela que nenhum tratamento para SARS-CoV-2 foi aprovado por falta de evidência, mas vários ensaios clínicos estão em andamento. O artigo faz uma revisão nas abordagens de tratamento e alguns dos mais recentes ensaios clínicos realizados para tratamento da COVID-19. Ele cita Interferon α e β, lopinavir/ritonavir, favipiravir, umifenovir, remdesivir, darunavir, sarilumab, choroquina e hidroxicloroquina e plasma convalescente (25/04/2020). Fonte: Drugs Discoveries &Therapeutics
Estudo faz uma triagem baseada em projetos de medicamentos auxiliados por computador para descobrir inibidores promissores contra o coronavírus (SARS-CoV-2). A molécula terapêutica principal foi investigada através de simulações de acoplamento e dinâmica molecular demonstrando que a afinidade da noscapina (agente quimioterapêutico) que também estava sendo usada como anti-malária, anti-AVC e supressor de tosse exerce efeitos antivirais inibindo a síntese de proteínas virais (04/05/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Esta revisão revela a estrutura tridimensional da protease principal (Mpro) e, através de triagem virtual de alto rendimento, identifica possíveis medicamentos para o tratamento da COVID-19. A revisão cita intervenções nutricionais, imunomoduladores, antivirais e tratamentos específicos (05/05/2020). Fonte: Microbial Phatogenesis
Correspondência trocada entre especialistas e editores da revista revela que muitos clínicos estão abandonando o uso de lopinavir – ritonavir para o tratamento da COVID-19. Pesquisadores americanos consideram uma ação prematura, pois apesar dos estudos não mostrarem melhora clínica nos pacientes graves, os resultados ainda não são conclusivos. Ademais, estudos secundários sugerem que lopinavir-ritonavir pode estar associado a uma redução substancial de mortalidade e há necessidade de investigação com maior número de pacientes (05/05/2020). Fonte: The New England Journal of Medicine
Revisão resumiu as informações básicas, as evidências clínicas e a literatura publicada dos medicamentos protegidos por patentes na China e que foram recomendados contra a COVID-19. A revisão também fornece uma visão clínica e o mecanismo de ação deles (05/05/2020). Fonte: Pharmacological Research
Estudo com 18472 pacientes não encontrou associação entre uso de inibidores de angiotensina ou bloqueadores do receptor da angiotensina II e a incidência de COVID-19. Foi demonstrado que não se deve descontinuar o uso desses medicamentos no cenário da pandemia do COVID-19 (05/05/2020). Fonte: JAMA Cardiology
Artigo discute os possíveis alvos terapêuticos envolvidos na patogênese do vírus SARS-CoV e potenciais medicamentos, dentre os quais, estão teaflavina, ribavarina, catepsina B e L (05/05/2020). Fonte: Britis Journal of Pharmacology
O grupo japonês, desenvolvedor do medicamento antigripal Avigan® (favipiravir), anunciouinício de um estudo clínico para testar a eficácia da droga no tratamento de pacientes diagnosticados com a COVID-19. O estudo contará com 100 pacientes e tem previsão de término em até o fim de junho, em Tóquio. Na China, onde os testes com favipiravir já começaram, os resultados têm sido promissores, com diminuições no tempo de cura. O uso do Avigan® é, desde 2014, restrito como último recurso, em caso de outros tratamentos antivirais não serem eficazes contra novos ou ressurgentes vírus da gripe. (01/04/2020) Olhar digital
Estudo projeta peptídeos antivirais em silício direcionados à “proteína Spike” de SARS-CoV-2 e foi simulado um modelo computacional das regiões HR1 e HR2 e do núcleo de fusão do vírus. A energia de ligação do peptídeo antiviral à base de HR2 ao HR1 foi mais forte que o natural, sugerindo que o peptídeo antiviral previsto pode impedir a fusão da membrana ao SARS-CoV-2 e pode ser potencialmente utilizado para a prevenção e tratamento de infecções (05/05/2020). Fonte: Peptídeos
Em estudo com 25 pacientes com COVID‐19 grave, o tocilizumabe foi associado a um declínio considerável nos marcadores inflamatórios, à melhora radiológica e à redução dos requisitos de suporte ventilatório (05/05/2020). Fonte: Medical Virology
Estudo prospectivo com 100 pacientes com COVID-19 tratados com tocilizumabe demonstrou que o medicamento provocou rápida e sustentada e foi associado à melhora clínica significativa (03/05/2020). Fonte: Autoimmunity Reviews.
Através de screening in silico de alcalóides (62) e terpenóides (100) derivados de plantas africanas, foram identificados compostos com potencial inibidores da protease tipo quimiotripsina 3 (3-chymotrypsin-like protease, 3CLpro) do vírus SARS-CoV-2 (05/05/2020). Fonte: J Biomol Struct Dyn.
Mais de 1000 estudos com foco em vários aspectos da COVID-19 estão registrados no ClinicalTrials.gov, base de registros de estudos clínicos americana. Durantes as próximas semanas e meses, os resultados destas terapias serão publicados. De fato, resultados preliminares já foram divulgados em mídias sociais e imprensa em geral. Qual será a interpretação destes dados por médicos, público e políticos? É de extrema importância que investigadores, revistas e mídias divulguem os resultados de forma acurada. (04/05/2020). Fonte: JAMA Editorial.
Artigo propõe um sistema de classificação em 3 estágios clínicos da COVID-19 (I – leve; II – moderado; III – grave) para estabelecer uma nomenclatura padrão para avaliação uniforme e descrição da doença. Os estágios da doença foram definidos de acordo com as características clínicas, resposta à terapia e objetivo clínico (05/2020). Fonte: The Journal of Heart and Lung Transplantation Editorial.
Tratamento precoce de pacientes com COVID-19 com hidroxicloroquina (HCQ) e azitromicina em Marselha, França, relatou, retrospectivamente, que de 1061 pacientes infectados com SARS-CoV-2 apenas 10 evoluíram para estado grave da doença (05/05/2020). Fonte: Travel Medicine and Infectious Disease
05/05/2020
Ampliação da produção de remdesivir durante a pandemia de COVID-19. Diante das revelações dos efeitos do remdesivir, o medicamento se tornou a opção mais próxima de um tratamento para COVID-19. O artigo discute os desafios para a produção e distribuição do fármaco no cenário da pandemia (20/04/2020). Fonte: Chemical & Engineering News.
Autores apresentam uma visão geral da descoberta do remdesivir, mecanismo de ação, desenvolvimento e estudos atuais que exploram sua eficácia clínica que levaram à autorização de uso emergencial para tratamento de COVID-19 (04/05/2020) In Press. Fonte: ACS Central Science
O artigo discute o potencial terapêutico da glicirrizina para o tratamento de COVID-19 sob a perspectiva da sua ação farmacológica, incluindo seu mecanismo de ligação à enzima de conversão da angiotensina II (ECA2) (05/05/2020). Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents
Artigo propõe o uso do anakinra para tratamento de síndrome de tempestade de citocina em doenças reumáticas. No caso do COVID-19, o artigo sugere que anakinra é preferível em relação ao tocilizumab sob o ponto de vista de segurança pois é menos mielossupressivo e hepatotóxico (04/05/2020). Fonte: The Lancet Rheumatology
Fármacos antivirais testados em culturas de células são promissores contra SARS-CoV-2. Pesquisa coreana indica potencial de dois medicamentos, mas testes em humanos ainda são necessários. O primeiro remédio a se mostrar promissor foi um vermífugo chamado niclosamida, que demonstrou atividade antiviral "muito potente" contra o SARS-CoV-2. A ciclesonida, um corticosteróide usado no tratamento da asma e da rinite alérgica, também se mostrou promissora contra o novo coronavírus (04/05/2020). Fonte: Antimicrobial Agents and Chemotherapy
Em pre-proof pesquisadores sinalizam que em um estudo com 225 pacientes recebendo ciclosporina por 12 meses, nenhum dos pacientes experimentou a reativação ou um novo início de infecções virais (incluindo vírus varicela zoster, herpes simplex-1, herpes simplex-2, EbsteinBarr, citomegalovírus, vírus da imunodeficiência humana) ou outras doenças infecciosas. Dessa forma, eles sugeriram que a ciclosporina pode exercer um efeito terapêutico em pacientes com doenças virais doenças. Dados mostraram que a ciclosporina reduziu a replicação de MERSCoV e SARS-COV assim os autores sugerem que façam estudos com ciclosporina para SARS-CoV-2 (30/04/2020). Fonte: Journal of the American Academy of Dermatology
Os autores fazem uma revisão dos efeitos benéficos da administração de Zinco na afecções pulmonares e propõe o seu uso como medida de suporte na COVID-19 (05/05/2020) Fonte.: International Journal of Molecular Medicine
Artigo apresenta os diferentes fármacos que podem atuar como imunomoduladores nos pacientes graves de COVID-19, quando o sistema imunológico responde de forma acentuada à infecção, levando ao que é conhecido como “tempestade de citocinas” ou síndrome hiperinflamatória, o que piora o quadro geral do paciente podendo levar a falência múltipla dos órgãos. Os autores sugerem que se esse grupo de marcadores puder ser identificado precocemente, o tratamento com imunomoduladores pode prevenir ou atenuar a as formas mais graves da doença. Entre os alvos sugeridos estão IL-1, IL-6, inibidores JAK entre outros. (04/05/2020) Fonte: The Lancet
04/05/2020
Pesquisadores analisaram 18 artigos comparando intervenções e os tratamentos para COVID-19. Dentre as conclusões, chegaram que a combinação Lopinavir/ritonavir pode causar melhor capacidade de erradicação virológica, a ribavirina pode causar mais problemas, como bradicardia enquanto a hidroxicloroquina possui muitos efeitos adversos (30/04/2020). Fonte: Pharmacological Research
Artigo revela as relações estruturais e funcionais da azitromicina, ivermectina e a vacina BCG que levam esses medicamentos a terem potencialidade para o tratamento da COVID-19. O autor também sugere uma combinação entre azitromicina e nitazoxanida e mais ensaios que englobem os interferons (30/4/2020). Fonte: Pharmacological Research
Artigo propõe que considere-se a Dornase alfa, que degrada o DNA extracelular, para pacientes graves com objetivo de reduzir a rigidez e o acúmulo de muco associando ao COVID-19 e assim a ter melhora respiratória (30/04/2020). Fonte: New Microbes and New Infections
O artigo relata o mecanismo de interação do Remdesivir com a RNA polimerase do vírus SARS-CoV2 (RdRp) (01/5/2020). Fonte: Science
Estudo computacional para encontrar fitoquímicos inibidores da protease Mpro do vírus SARS-CoV2 mostrou que alguns foram satisfatórios. Assim, esses compostos podem ser analisados em futuros ensaios clínicos de medicamentos contra 2019-nCoV (01/05/2020). Fonte: Metrics
Para reduzir efeitos colaterais de cloroquina e hidroxicloroquina, foi proposto que estudos clínicos sejam realizados com os enantiômeros isolados e não com a mistura racêmica dos compostos (01/05/2020). Fonte: Drug Discovery Today.
O vírus SARS-CoV-2 penetra nas vias aéreas e se liga, por meio da proteína S em sua superfície, à proteína de membrana ECA2 nas células alveolares do tipo 2. O complexo proteína S-ECA2 é internalizado por endocitose, levando a uma diminuição parcial ou perda total da função enzimática ECA2 nas células alveolares e, por sua vez, aumentando a concentração tecidual de angiotensina pró-inflamatória II. Os autores sugerem a eleição do telmisartan como tal alternativa com base em suas propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas e apresentam um ensaio clínico randomizado de fase II aberto para a avaliação do telmisartan em pacientes com COVID-19 (NCT04355936) (01/05/2020). Fonte: Drug Development Research.
Estudo de ancoragem molecular para avaliar a capacidade de 33 compostos em inibir a protease do SARS-CoV-2. Foi demonstrado que rutin (um composto natural) apresenta a maior eficiência de inibição da protease seguida do ritonavir, emetina, hesperidina, lopinavir e indinavir. Todas estas moléculas podem se ligar perto dos resíduos catalíticos principais da protease. (27/04/2020) Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Estudo com 100 pacientes na Itália utilizando ventilação mecânica associou a utilização do Tocilizumab (anticorpo monoclonal anti IL-6) à uma melhora nos resultados obtidos com os pacientes. Dos 100 pacientes 43 estavam na UTI e 57 na enfermaria pois não tinham leitos disponíveis. Após 10 dias 77% dos pacientes melhoraram ou se mantiveram estáveis, demonstrando que a utilização de Tocilizumab levou a uma melhora clínica significativa. (03/05/2020) Fonte: Autoimmunity Reviews
O autor propõe, devido ao efeito da Vitamina D na redução de IL-6, seu uso para redução da morbidade e mortalidade (04/05/2020). Fonte: Medical Hypotheses
Os autores fazem uma revisão do uso e efetividade do lopinavir na SARS e MERS como forma de compreender seu potencial de uso no tratamento da COVID-19 (04/05/2020). Fonte: Journal of Medical Virology
Os inibidores de receptores de IL-17 e IL-17 possuem um histórico de segurança impressionante e estão amplamente disponíveis. Os autores argumentam que o direcionamento para IL-17 é imunologicamente plausível como uma estratégia para prevenir a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) na doença de coronavírus 2019 (COVID-19) e discutem por que um ensaio clínico de um medicamento dessa classe poderia ser uma adição lógica ao esforço para encontrar terapias eficazes. Segundo os autores, existem três opções disponíveis comercialmente: secuquinumabe (anticorpo monoclonal humano para IL-17), ixequizumabe (anticorpo monoclonal humanizado para IL-17) e brodalumabe (anticorpo monoclonal humano para o receptor IL-17). O secuquinumabe e o ixequizumabe são aprovados para psoríase, artrite psoriática e espondilite anquilosante; o brodalumabe é aprovado para o tratamento isolado da psoríase (01/05/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology
Neste estudo, pesquisadores avaliaram seis medicamentos anti-influenza atualmente disponíveis e licenciados contra o SARS-CoV-2. Os medicamentos incluem arbidol, baloxavir, laninamivir, oseltamivir, peramivir e zanamivir. Em resumo, entre os seis medicamentos anti-influenza, apenas o arbidol inibiu eficientemente a infecção por SARS-CoV-2. Funcionalmente, parece bloquear a entrada de vírus, impedindo a ligação e liberação viral (02/05/2020). Fonte: Nature Cell Discovery
Estudo realizado com 21 pacientes em dois hospitais na China durante a pandemia da COVID-19 foram tratados com Tocilizumab. Depois de 5 dias 75% dos pacientes reduziram a necessidade de oxigênio, 90,5% melhoraram a imagem de CT. Proteína C reativa diminuiu significativamente em 84,2% dos pacientes. Todos os pacientes tiveram melhora significativa após 15 dias de tratamento. Não foram observados efeitos adversos, sugerindo o efeito do Tocilizumab é efetivo no tratamento da COVID-19 reduzindo a mortalidade. (29/04/2020) Fonte: PNAS
01/05/2020
FDA libera o medicamento REMDESIVIR para uso no tratamento de COVID-19. Estudos clínico realizado mostrou que o medicamento reduz o tempo de internação de 15 para onze dias, no entanto não reduziu a taxa de mortalidade (01/05/2020). Fonte: CNN
Os autores clonaram e expressaram 26 proteínas das 29 proteínas virais do SARS-CoV-2 para estudo de interação propondo 69 moléculas como candidatas a atividade antiviral. (01/05/2020). Fonte, Nature Reviews Rheumatology.
29/04/2020
OMS publicou em seu site um mapa interativo com os testes clínicos para COVID-19, onde pode-se observar os medicamentos, o local onde está ocorrendo os testes, as classes de medicamentos, o estágio dos testes e os resultados(28/04/2020). Fonte: OMS
Uma revisão demonstra as estratégias de design de medicamentos contra o COVID-19 incluindo a exploração de novos medicamentos e o potencial de medicamentos reaproveitados. As aplicações da nanoquímica e da nanotecnologia geral também são discutidas para fornecer o status dos sistemas de nanodiagnóstico para o COVID-19 (28/04/2020). Fonte: nanomaterials- MDPI
Artigo revela que o Arbidol tem um grande potencial para infecções por SARS-CoV-2 e que a dinâmica estrutural e molecular o mostra com alvo na proteína S da SARS-CoV-2 que impede a trimerização desta, que é chave para a adesão e o sequestro de células hospedeiras, colocando ele como um medicamento potencial para o redirecionamento(28/04/2020). Fonte: Internacional Journal of Antimicrobial Agents
Artigo discute o efeito potencial de canabinóides, em particular do canabidiol, que tem capacidade de interferir em várias etapas da reação inflamatória observada na COVID-19. Desta forma, os autores sugerem a investigação da associação de canabinóides a antivirais no tratamento da COVID-19 (28/04/2020). Fonte: Brain, Behavior, and Immunity.
Autores fazem levantamento de 18 testes clínicos que já estão finalizados utilizando o fármaco Favipiravir contra vários vírus de RNA. O fármaco atua inibindo a RNApolimerase RNA-dependente e portanto o autor sugere que a disponibilização dos dados dos testes pode ajudar no reposicionamento do Favipiravir para tratamento da COVID-19. (28/04/2020) Fonte: Travel Medicine and Infectious Disease
Estudo apresenta uma potente atividade antiviral contra o SAR-CoV-2 em cultura de células por Interferon-α ou Interferon-β e propõe a utilização do tratamento para pacientes com COVID-19. (29/04/2020) Fonte: Antiviral Research
A IL-6 é uma das principais citocinas envolvidas na tempestade de citocinas induzida por infecção. O tocilizumabe, que é o antagonista do receptor da IL-6, foi aprovado pelo FDA dos EUA para o tratamento da síndrome de liberação de citocinas (SRC), é esperado para tratar a tempestade de citocinas causada pelo COVID-19 e agora está em testes clínicos. O artigo mostra o papel da tempestade de citocinas no COVID-19, o mecanismo de ação do tocilizumabe na tempestade de citocinas e os principais características farmacêuticas com base na aplicação clínica do medicamento para COVID-19 na China (29/04/2020). Fonte: Clinical Drug Investigation
Este artigo discute o potencial impacto da modulação da afinidade de Hb-O2 pelo suplemento nutricional 5-HMF em pacientes afetados por COVID-19. O artigo descreve o papel crítico da afinidade com oxigênio em pacientes hipoxêmicos com COVID-19 e o potencial efeito positivo do 5-HMF, um composto que aumenta a afinidade por Hb-O2 (28/04/2020). Fonte: Clinical Nutrition
28/04/2020
Tratamento com tocilizumab que bloqueia receptores de IL-6 mostrou resultados promissores, incluindo retorno da temperatura a normalidade rapidamente e melhora da função respiratória. Portanto, sugere-se que o tratamento com tocilizumab é efetivo em pacientes com COVID-19 para reduzir a tempestade inflamatória e reduzir a mortaidade (14/04/2020). Fonte: Journal of Tranlational Medicine.
USP testa moléculas com potencial de interromper ciclo do novo coronavírus. Cerca de 500 moléculas desenvolvidas no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP serão testadas contra o novo coronavírus a partir deste mês, em São Paulo, no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade, onde o SARS-CoV-2 está cultivado em laboratório. As análises são feitas de modo automatizado com o uso da tecnologia de triagem de alto conteúdo, que permite analisar, simultaneamente, dezenas de milhares de fármacos todas as semanas. Estima-se que em cinco semanas os cientistas já terão os resultados dos testes realizados com 2.500 compostos, e a partir desse momento será possível testar até 4 mil substâncias semanalmente (24/04/2020). Fonte: USP
Estudos demostram o papel crucial do receptor de estrogênio (ER) nas respostas imunes inatas e adaptativas, bem como nos processos de reparação de tecidos durante a infecção pelo vírus respiratório. Entre camundongos infectados por vírus respiratórios, uma sinalização de ER mais fraca leva ao aumento da morbimortalidade em machos e fêmeas. Em experimentos com animais, o tratamento com estrogênio silencia as reações inflamatórias e diminui a concentração dos vírus, levando a uma melhor taxa de sobrevivência; parece ser uma prevenção e terapia ideais contra o COVID-19 (22/04/2020). Fonte: J Pharm Pharm Sci
Autores sugerem as agências e autoridades nacionais a iniciar ensaios clínicos para avaliar os efeitos preventivos dos enxaguantes bucais terapêuticos com β-ciclodextrinas combinadas com agentes flavonóides, tal como o βCD-Citrox, na redução da carga viral da infecção e possivelmente no progresso da doença COVID-19 (15/04/2020). Fonte: JMC
Pesquisadores alertam a comunidade científica para a possibilidade de reduzir drasticamente os efeitos do vírus nos pacientes afetados e melhorar o resultado clínico através da ação sinérgica do zinco e da cloroquina em pacientes que sofrem da doença de coronavírus (28/04/2020). Fonte: InfezMed
A consideração do potencial da colchicina, que dentro de 24 a 72 horas da administração oral, acumula ingranulócitos e monócitos (em múltiplas concentrações em comparação com os níveis plasmáticos), com efeitos antinflamatórios importantes e uma atenuação da interleucina está sendo testada para COVID-19. De fato, no momento, foram anunciados quatro estudos randomizados sobre colchicina em pacientes com COVID-19 (27/04/2020). Fonte: European Heart Journal - Cardiovascular Pharmacotherapy
Pesquisadores venuzuelanos sugerem que a talidomida oral seja testada para COVID-19 citam que este medicamento foi utilizado inicialmente para um objetivo semelhante, com grande sucesso, para amenizar fenômenos reacionais na hanseníase (28/04/2020). Fonte: Clinical in Dermatology
Artigo sugere o uso de hidoxicloroquina em aerossol. O uso não sistêmico em baixa dose de hidroxicloroquina reduziria significativamente as reações adversas via oral. Permitindo um uso mais amplo para prevenção e após o contato com uma pessoa infectada. Dados empíricos sobre aplicação de aerossol por uma semana por dois dos autores são apresentados (27/04/2020). Fonte: Medical Hypotheses
Atualização sobre amostras para testes, diagnósticos eficientes e assistência terapêutica para controle da COVID-19 e reposicionamento de fármacos com foco em cloroquina/hidroxicloroquina e plasma covalescente (27/04/2020). Fonte: BMP Reports.
Considerações sobre o uso de cloroquina/hidroxicloroquina e a evidência de que pacientes que fazem uso crônico do medicamento não estão protegidos contra COVID-19 (aceito para publicação: 22/04/2020). Fonte: Journal of the American Academy of Dermatology.
27/04/2020
Até o momento não foi avaliado medicamentos para controlar adequadamente a inflamação e os sintomas respiratórios associados ao COVID-19, além da oxigenoterapia e da ventilação assistida. Este estudo com 2 pacientes demonstrou que o uso de glutationa oral e /ou IV em altas doses no tratamento melhorou a dispnéia em 1 hora após o uso nestes pacientes. O número de pacientes não é significativo, mas pode representar uma nova abordagem de tratamento (21/04/2020). Fonte: Respiratory Medicine Case Reports
Combinação de hidroxicloroquina e azitromicina tem efeito sinérgico in vitro contra SARS-CoV em concentrações compatíveis àquelas obtidas no pulmão humano (25/04/2020). Fonte: Microbial Pathonegenesis.
Sugestão da administração de interferon lambda - IFNλ - em dose única para redução de carga viral e hiperinflamação e prevenção das consequências devastadoras da COVID-19, tais como pneumonia e síndrome do stress respiratório (25/04/2020). Fonte: EMBO Mol Med.
Artigo apresenta um mapa virtual os estudos clínicos para COVID-19 de acordo com as características geográficas, do estudo, do paciente e da intervenção. A medida que os resultados dos testes são comunicados, esses dados são centralizados e analisados em tempo real e colocados em um mapa em tempo real (24/04/2020). Fonte: The Lancet Digital Health
Artigo descreve as propriedades farmacológicas e dados clínicos disponíveis para vários medicamentos, principalmente antivirais, imunomoduladores e anti-inflamatórios em fazes de testes clínicos para COVID-19, entre eles lopinavir / ritonavir, remdesivir, favipiravir e tocilizumab (27/04/2020). Fonte: British Journal of Pharmacology
Artigo da Nature sugerindo o sistema complemento como alvo potencial para novas terapias de COVID-19. (23/04/ 2020). Fonte: Nature Reviews Immunology
Estudo apresenta análise molecular da principal protease viral, identificando variações genéticas e de estrutura da enzima, e posteriormente usaram os resultados para fazer uma triagem usando 7100 moléculas a fim de identificar fármacos conhecidos, moléculas naturais e fitoquímicos capazes de ligar fortemente à protease do SARS-CoV-2. Algumas destas moléculas foram capazes de ligar não só à protease mas também outros alvos potenciais como o receptor ACE2 e a RNA polimerase viral (RdRp). (15/04/2020) Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
24/04/2020
Neste artigo, o potencial terapêutico da glicirrizina para COVID-19 da perspectiva de sua ação farmacológica, incluindo a enzima conversora de ligação II da angiotensina (ACE2), a regulação negativa de citocinas pró-inflamatórias, inibindo o acúmulo de ERO intracelular, inibindo a trombina, inibindo a hiperprodução de exsudatos das vias aéreas e induzindo interferon endógeno (24/04/2020). Fonte: Internacional Journal of Antimicrobial Agents
Revisão explica os diferentes mecanismos de ação dos fármacos que vem sendo testados para tratar a COVID-19 correlacionando os principais eventos bioquímicos do ciclo de replicação do vírus com os alvos potenciais para novas drogas (24/04/2020) Fonte: ChemMedChem
Artigo propõe o uso da Doxiciclina para reduzir a resposta inflamatória modulada por IL-6 (20/04/2020) Fonte: Dermatologic Therapy.
Papel do sistema da enzima conversora da angiotensina (ECA) na COVID-19. Evidências contra e a favor do uso de inibidores da ECA na era da COVID-19 (21/04/2020). Fonte: International Journal of Infection Desease.
Melatonina tem efeito anti-inflamatório e antioxidante e apresenta efeito protetor contra injúria pulmonar aguda e síndrome de stress respiratório aguda (ALI/ARDS) causado por vírus e outros patógenos, podendo ser útil em pacientes graves por reduzir a permeabilidade vascular, ansiedade e melhorar a qualidade do sono de pacientes com COVID-19 (23/03/2020). Fonte: Life Sciences.
Pesquisadores sugerem que a inalação de buformina ou fenformina pode representar uma nova via de administração para um medicamento antigo que também pode ser usado como uma nova estratégia de tratamento para influenza, coronavírus e outras infecções virais (29/03/2020). Fonte: World Academy of Sciences Journal
Estudo mostra o 5-Fluorouracil em combinação com desoxirribonucleósidos e desoxirribose como possíveis opções terapêuticas para a infecção por Coronavírus, COVID-19 (22/04/2020). Fonte: Medical Hypotesis
Autores chamam a atenção para o uso da Ivermectina para o tratamento do novo coronavírus (COVID-19) e sugere a manuenção do rigor em tempos de urgência. Segundo os autores é preciso avaliar se é seguro o uso deste medicamento em indivíduos em um estado hiper-inflamatório. Além disso, a ivermectina apresenta uma série de efeitos adversos e podem interagir com os medeicamentos que já estariam em uso (16/04/2020). Fonte: ASTMH
23/04/2020
Estudos relataram que em casos fatais, problemas de ritmo cardíaco com cloroquina ou hidroxicloroquina, principalmente quando tomados em altas doses ou em combinação com o antibiótico azitromicina. No contexto do COVID-19, esses medicamentos devem ser utilizados apenas como parte de ensaios clínicos ou em conformidade com os protocolos acordados nacionalmente. Eles não devem ser usados sem receita médica e sem supervisão médica (23/04/2020). Fonte: EMA
Novo guideline para tratamento de COVID-19, desenvolvido por médicos, estatísticos e outros especialistas foi disponibilizado pelo NIH americano. As diretrizes são baseadas em duas categorias terapêuticas regularmente empregadas pela classe médica: antivirais, cujo alvo direto é o vírus e terapias que modificam as respostas imunológicas do paciente. Neste momento, não há indicação de tratamento farmacológico por falta de evidências conclusivas. As recomendações serão atualizadas com o aporte de informações que são geradas (21/04/2020). Fonte: NIH. Acessa aqui o Guideline.
22/04/2020
Artigo de revisão sobre o uso de vitamina C intravenoso para tratamento de COVID-19 severa. O artigo faz uma revisão dos efeitos da Vit-C intravenosa na resposta do sistema imune, as propriedades antivirais e finalmente as propriedades antioxidantes que especificamente se relacionam a tempestade de citocinas características SARS e ocorrem em um estágio avançado nas infecções por COVID-19 (21/04/2020). Fonte: PharmaNutrition
21/04/2020
Este artigo enfoca a vaporização para a liberação de hidroxicloroquina e briostatina (dois compostos com atividade antiviral), suas formulações bioativas e alguns detalhes sobre as aplicações de um produto natural marinho como agente antiviral. O artigo menciona que através da vaporização, gotículas compostas de glicerina e propilenoglicol podem estar na faixa de dezenas a várias centenas de nanômetros de diâmetro que liberam rapidamente suas espécies bioativas nos pulmões devido à alta relação área: superfície: volume.A abordagem por inalação permite administrar doses mais baixas (20/04/2020). Fonte: Drug Discovery Today
A partir de achados em autópsias que mostram oclusão de pequenos vasos pulmonares, o artigo sugere a investigação do emprego de heparina em pacientes com COVID-19 e embolia pulmonar (17/04/20). Fonte: Thrombosis Research
Sugestão para uso de t-PA (ativador de plasminogênio tissular) em pacientes graves com COVID-19 e modelo para decisão do seu emprego, já que há indícios da deposição de fibrina intravascular na COVID-19 (20/04/20). Fonte: World Journal of Emergence Surgury
Estudo com 368 pacientes aponta que aqueles que tomaram hidroxicloroquina morreram mais que os do grupo de controle. Uma pesquisa com veteranos do exército dos EUA apontou que taxa de letalidade de pacientes de COVID-19 que tomaram o remédio foi de 28%; entre os que receberam tratamento padrão, índice foi de 11%. (21/04/2020). New England Jornal of Medicine
Neste trabalho, foi testado o mesilato de gaboxato (FOY), o mesilato nafamostato (Futhan) juntamente com mesilato de camostato (NI-03), empregado no tratamento de pancreatite no Japão, para inibição da infecção por SARS-CoV-2 de células pulmonares. O mesilato de gabexato inibiu levemente a célula hospedeira dirigida por SARS-CoV-2, enquanto o mesilato de camostato suprimiu fortemente a entrada. O mesilato de nafamostato inibiu a entrada mediada por SARS-CoV-2S na célula hospedeira com eficiência 15 vezes maior que o mesilato de camostato, com um EC50 na faixa nanomolar inferior. Além disso, o mesilato de nafamostato bloqueou a infecção pelo SARS-CoV-2 de células pulmonares humanas com eficiência significativamente mais alta que o mesilato de camostato. À luz do impacto global do COVID-19 na saúde humana, a segurança comprovada do mesilato de nafamostato e seu aumento da atividade antiviral em comparação ao mesilato de camostato, os autores argumentam que esse composto deve ser avaliado em ensaios clínicos como tratamento com COVID-19 (20/04/2020). Fonte: Antimicrobial Agents and Chemotherapy
Pesquisadores desenvolveram um servidor web baseado em acoplamento molecular, denominado D3Targets-2019-nCoV, com duas funções: uma para prever alvos de medicamentos ou fármacos observados em estudos clínicos ou in vitro / vivo; o outro é para identificar compostos principais contra alvos de fármacos via acoplamento. O webser pode ser acessado via Internet gratuitamente em https://www.d3pharma.com/D3Targets-2019-nCoV/index.php. (20/04/2020) In Press. Fonte: Acta Pharmaceutica Sinica B
20/04/2020
O estudo randomizado avaliou 86 pacientes com COVID-19 leve a moderado e concluíram que nem o lopinavir/ritonavir nem o Arbidol podem beneficiar os resultados clínicos dos pacientes com COVID-19 e que podem trazer alguns efeitos colaterais. Todos os três grupos apresentaram resultados semelhantes aos 7 e 14 dias, sem diferenças entre os grupos nas taxas de redução da febre, alívio da tosse ou melhora da tomografia computadorizada do tórax. Os pacientes de ambos os grupos experimentaram eventos adversos, como diarreia, náusea e perda de apetite durante o período de acompanhamento, enquanto nenhum evento adverso aparente ocorreu no grupo controle (20/04/2020). Fonte: CellPress
No Review mostra os medicamentos disponíveis e as opções de tratamento para o COVID-19 adotado pelos países. O favilavir é um medicamento antiviral aprovado no Japão para tratamento comum da influenza e para tratar os sintomas do COVID-19 na China. Além disso, a cloroquina e a hidroxicloroquina, drogas usadas para tratar a malária e a artrite foram recomendadas pela Comissão Nacional de Saúde da República Popular da China para o tratamento do COVID-19, assim como, o FDA também está investigando (19/04/2020). Fonte: Elsevier
Nesse artigo é feita uma revisão das opções terapêuticas mais comuns para o COVID-19 com suas interações medicamentosas de modo a orientar trabalhadores do setor de saúde com maior seguração na administração medicamentosa (17/04/2020). Fonte: Biology of Blood and Marrow Transplatation
Artigo apresenta evidencias de que as armadilhas extracelulares produzidas por neutrófilos (do inglês Neutrophil Extracellular Traps – NETs) pode contribuir com o agravamento dos danos aos órgão dos pacientes e ao aumento da mortalidade da COVID-19. O artigo Sugere utilizar estas NETs como alvos para fármacos capazes de agir direta ou indiretamente na sua produção, podendo assim reduzir a severidade da COVID-19. (16/04/2020) Fonte: JEM
Autores citam trabalhos anteriores que demonstram que SARS-CoV-2 induz uma expressão muito baixa de Interferons nas células infectadas. Sabendo que os INF desempenham papel crucial na resposta imunológica à infecções virais, os autores sugerem portanto a administração de INF exógeno para estimular a imunidade anti-viral. O artigo cita mais especificamente o INF λ, que está mais relacionado à defesa imunológica do trato respiratório. (17/04/2020) Fonte: Clinical Infectious Diseases
Análise de compostos naturais (por exemplo melatonina e própolis) e sintéticos (ex. cloroquina e ivermectina) inibidores de PAK1 com potencial de bloquear infecção por coronavírus. Entre esses compostos, já foi provado que a cloroquina e a ivermectina bloqueia a replicação do COVID-19 e uma combinação de hidroxicloroquina e azitromicina ou ciclesonida mostraram clinicamente melhorar os sintomas do vírus. No entanto, o artigo sugeres testar outros bloqueadores de PAK1 citados (20/04/2020). Fonte: Medicine in Drug Discovery
18/04/2020
Pesquisadores da universidade de Chicago repostaram resultados promissores em um estudo com 125 pacientes com COVID-19 tratados com Remdesivir, sendo 113 apresentando grandes complicações pulmonares. (17/04/2020) Fonte: Time
Estudo com o antiviral Remdesivir em macacos utilizando dois grupos, ambos inoculados com SARS-CoV-2 e apenas um grupo recebendo tratamento demonstrou que houve melhora significativa nos sintomas respiratórios e diminuição da quantidade de vírus presente nos pulmões, acarretando em menos danos neste órgão. (18/04/2020) Fonte: UOL
17/04/2020
Na seção "correspondence" do Ann Rheum Dis (BMJ), Beuy Joob e Viroj Wiwanitkit, observaram de que não há registros de pacientes portadores de lupus eritematoso sistêmico com COVID-19 confirmado, tampouco pacientes portadores de HIV que fazem uso de medicamentos anti-HIV. Segundo os autores, o uso de hidroxicloroquina por pacientes com lupus deve explicar a baixa incidência de COVID-19 nestes pacientes e a sugestão de que o medicamento é eficaz contra o SARS-CoV2 (17/04/20). Fonte: Coorespondence, Ann Rheum Dis BMJ.
Pesquisadores buscam por medicamentos para o tratamento de COVID-19 via modelos de acoplamento molecular in silico da glicoproteína com ponta de SARS-CoV-2 e protease 3CL. Eles indicam que zanamivir, indinavir, saquinavir, remdesivir são interessantes medicamentos no modelo de encaixe proposto. Surpreendentemente, o Adeflavin, medicamento para deficiência de B2, Flavin Adenine Dinucleotide (FAD) e a Coenzima A, uma coenzima, também podem ser potencialmente utilizados para o tratamento de infecções por SARS-CoV-2 (12/04/2020). Fonte: Travel Medicine and Infectious Disease (12/04/2020)
Pesquisadores avaliaram a eficácia de Remdesivir no modelo macaco rhesus em infecções MERS-COV. O estudo foi realizado com 18 macacos rhesus que foram colocados em 3 diferentes grupos, inclusive controle. O exame histológico mostrou que o tratamento terapêutico diminuiu a gravidade das lesões pulmonares em comparação com os animais tratados com veículo. Estudo mostra que os pulmões dos animais tratados profilaticamente estavam normais (13/04/2020). Fonte: LabAnimal
Pesquisadores identificaram, através da bioinformática, medicamentos que podem ser reposicionados para o tratamento potencial de pacientes com COVID-19. São eles: didanosine (HIV antiviral), benzyl-quinazolin-4-yl-amine, camptotecina (presente na Camptotheca acuminate da Medicina tradicional Chinesa, RO-90-7501 (medicamento candidato ao tratamento do Alzheimer (14/04/2020). Fonte: American Society for Microbiology
Artigo sugere a amiodarona e seu principal metabólito (mono-n-desetil-amiodarona) inibem a entrada do vírus Ebola (EBOV) e também se mostrou capaz de bloquear a disseminação da infecção por SARS-CoV em culturas celulares sem modificar a densidade dos receptores ACE2 na superfície celular ou interferir na ligação do SARS-CoV às células. (16/04/2020). Fonte: European Journal of Preventive Cardiology
Uso off-label do Tocilizumab (anticorpo anti IL-6) em pacientes na Italia demonstrou que o medicamento pode representar um efeito positivo em pacientes com pneumonia grave causada pelo SARS-CoV-2. (17/04/2020) Fonte: Journal of Medical Virology
16/04/2020
A UFMG acaba de depositar o primeiro pedido de patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com o objetivo de reposicionar um fármaco para a produção de medicamentos a serem usados no tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus SARS-CoV-2, agente causador da COVID-19 (16/04/2020). Fonte: UFMG
A revelação de que o fármaco Ivermectina tem efeito inibitório in vitro sobre a replicação do SARS-CoV-2 em 03 de abril de 2020 (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0166354220302011 ) gerou repercussão e expectativa no meio acadêmico e entre o público em geral. Duas cartas ao Editor da revista Antiviral Research e a resposta dos autores do artigo, além da carta do FDA aos usuários, alertam para as limitações da extrapolação simples de estudos in vitro para a aplicação terapêutica.
15/04/2020
MCTIC tem protocolo de pesquisa clínica aprovado no CONEP, Após teste de dois mil medicamentos com uso de alta tecnologia como biologia molecular e estrutural, computação científica, quimioinformática e inteligência artificial, os pesquisadores identificaram seis moléculas promissoras que seguiram para teste in vitro com células infectadas com o SARS-CoV-2. Desses seis remédios pesquisados, os cientistas do CNPEM/MCTIC descobriram que dois reduziram significativamente a replicação viral em células. O remédio mais promissor apresentou 94% de eficácia em ensaios com as células infectadas (15/04/2020). Fonte: CNPEM
14/04/2020
OMS disponibiliza ferramenta para acompanhamento dos testes clínicos de medicamentos em teste para tratamento de COVID-19 (13/04/2020). FONTE: OMS
O conhecimento relacionado ao SRAS-CoV-2 tem aumentado rapidamente, o que fornece um número significativo de potenciais alvos para fármacos. O artigo de revisão do JAMA discute vários tratamentos experimentais para COVID-19, mas ainda não há um tratamento eficaz para a doença (13/04/20). Fonte: JAMA
Estudo comparativo envolvendo 50 pacientes, no qual o tratamento com Lopinavir/Ritonavir é comparado com Arbidol, em que os pacientes tratados com a monoterapia tiveram a negativação no teste de RNA em tempo menor que o os com Lopinavir/Ritonavir (10/04/2020). Fonte: Journal of Infection
O artigo fala do uso de imunoglobulina intravenosa como tratamento adjuvante para pneumonia COVID-19 nas primeiras 48 horas de admissão na UTI pode reduzir o uso de ventilação mecânica diminuir o tempo de hospitalização (10/04/2020). Fonte: Journal of Infection
Estudo onde 61 moléculas já usadas na clínica médica como antivirais foram analisadas em um estudo via Docagem Molecular. Dessas 61 moléculas, 37 interagiam com mais de 2 estruturas de proteínas do COVID-19. Os resultados indicam que inibidores de HIV protease e inibidores de RNA polimerase RNA-dependentes mostraram características promissoras de ligação às enzima de COVID-19 (Pre-proof - 09/04/2020). Life Sciences
O estudo faz uma análise de uma seleção de estudos envolvendo fármacos de diferentes classes farmacêuticas com atividade contra SARS-CoV-2 e SARS-Cov, e uso potencial para COVID-19 (09/04/2020). Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents
Hydroxychloroquine and ivermectin: a synergistic combination for COVID-19 chemoprophylaxis and/or treatment? (PRE-proof) Journal of the American Academy of Dermatology
13/04/2020
O estudo sugere que a inibição do receptor da angiotensina I pode proporcionar benefícios aos pacientes com COVID-19. Essa hipótese é baseada na observação de que o vírus SARS-CoV-2 usa a enzima conversora de angiotensina II como um receptor para ligar o vírus à membrana celular brônquica. Dessa maneira, a combinação de inibidor da neprilisina bloqueador do receptor da angiotensina II (sacubitril/valsartan) pode proporcionar benefícios aos pacientes com COVID-19 como um receptor para ligar o vírus à membrana celular brônquica (13/04/2020). Fonte: European Heart Journal Cardiovascular Pharmacotherapy
Resultados de estudo clínico randomizado realizado no Amazonas, Brasil, contra indica o uso de Fosfato de Cloroquina em alta dose (600 mg/duas vezes ao dia por 10 dias) para o tratamento de COVID-19 (13/04/20). Fonte: MedRxiv.
12/04/2020
A Universidade de São Paulo (USP) iniciou testes com milhares de medicamentos na tentativa de encontrar produtos que podem ser usados na prevenção e no tratamento da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. Os testes estão sendo realizados pelo Laboratório Phenotypic Screening Platform, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em parceria com a Eurofarma, que cedeu aproximadamente 1.500 fármacos para a pesquisa. Fonte: Jornal da USP
11/04/2020
A chamada "tempestade de citosinas" é uma complexa resposta imunológica exagerada a um estímulo externo. Há evidências de que o agravamento do estado de alguns pacientes com COVID-19 está relacionado à tempestade citocinas. No artigo de revisão publicado no Journal of Infection, disponível on line em 10 de abril, foram discutidos o mecanismo desta resposta imunológica e eventuais estratégias para o tratamento da COVID-19. Fonte: Journal of Infection.
A manifestação da COVID-19 é caracterizada por pneumonia, linfopenia e tempestade citosinas, além de elevada produção de anticorpos. O conhecimento das alterações imunopatológicas em pacientes com COVID-19 fornece potenciais alvos para o desenvolvimento de fármacos e é essencial para adoção de condutas clínicas (11/04/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology.
10/04/2020
Uso compassivo de remdesivir, um pró-fármaco análogo de nucleotídeo que inibe a enzima RNA polimerase viral, apresentou benefícios em pacientes com COVID-19. A melhora clínica foi observada em 36 de 53 pacientes. Estudos randomizados e controlados são necessários para avaliação da eficácia do medicamento (10/04/20). Fonte: The New England Journal.
A rede reguladora de medicamentos europeia (EMA) está compilando uma lista dos medicamentos atualmente empregados em toda a UE para tratar pacientes com COVID-19. Ele também detalha os procedimentos extraordinários que podem ser aplicados para garantir o fornecimento contínuo desses medicamentos cruciais (10/04/2020). Fonte: EMA
Técnicas laboratoriais e computacionais foram empregadas para identificar novos fármacos com alvo na protease Mpro, enzima chave na replicação e transcrição do coronavírus (09/04/20). Fonte: Nature.
09/04/2020
A EMA finalizou e sua Força-Tarefa pandêmica de COVID-19 EMA (COVID-ETF), que auxilia os Estados-Membros e a Comissão Europeia na negociação com desenvolvimento, autorização e monitoramento de segurança de terapêuticas e vacinas destinadas ao tratamento ou prevenção de COVID-19 (09/04/2020). Fonte: EMA
Uma revisão publicada em 07/04 demonstra que não há evidências suficientes para determinar se a utilização de CQ / HCQ é segura e os tratamentos eficazes para COVID-19. Ensaios clínicos randomizados de alta qualidade e adequadamente são urgentes para orientar os formuladores de políticas e os médicos (07/04/2020). Fonte: Royal College of General Practitioners
Estudo apresenta um resumo sobre as evidências atuais e experiência de imunologistas clínicos da China na utilização de anti-inflamatórios (glicocorticóides, antagonista da IL-6, inibidores de JAK e choloroquina / hidrocoloroquina) no tratamento de pessoas com doença grave de coronavírus 2019 (COVID-19) (09/04/2020). Fonte: Clinical Immunology
O Liverpool Drug Interaction Group, da Universiade de Liverpool, Reino Unido, em colaboração com o Hospital Universitário de Basel (Suíça) e Radbound UMC (Países Baixos), produziram material informativo em formato PDF que contribui para o uso racional de fármacos experimentais no tratamento da COVID-19.
Página da agência reguladora dos EUA, Centro de Controle de Doenças, retira orientações sobre uso de remédios contra malária para COVID-19 de seu site. O CDC tinha orientações sobre como prescrever os medicamentos para a COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, mas sua eficácia não tem comprovação científica até o momento. (08/04/2020) Fonte: G1
Estudo com cloroquina tem primeiros resultados no AM, e especialistas traçam dosagem para equilíbrio em tratamento. Após duas semanas de protocolo ativo de tratamento com medicação, pesquisadores observaram taxa de letalidade de 13% em pacientes do estado, enquanto que a média mundial é de 18% a 20%. (06/04/2020) Fonte: G1
Editorial do BMJ afirma que o uso da hidroxicloroquina e a cloroquina no COVID-19 são ainda prematuros. Os estudos demonstraram que estes medicamentos inibem o SARS-CoV-2 in vitro, mas os diferentes protocolos adotados e publicados não fornecem parâmetros seguros para sua utilização (08/04/2020) Fonte: BMJ
08/04/2020
O estudo descreve um caso de paciente com COVID-19 que não desenvolveu sintomas no período de quarentena de 14 dias, em uso prolongado de glicocorticóides (08/04/2020). Fonte: Clinical Immunology
Foi registrado recentemente no clincialtrials.gov (Identificador: NCT04264533), um novo ensaio clínico que está sendo realizado em Wuhan, China, para investigar o papel da administração de vitamina C no tratamento de pneumonia grave por SARS-CoV-2, tendo em vista que um estudo realizado anteriormente nos EUA em 167 pacientes com sepse relacionada à COVID-19, indicou que a administração de ~ 15 g / dia de vitamina C por 4 dias pode diminuir a mortalidade (07/04/2020). Fonte: Critical Care
Revisão de literatura entre 01 de janeiro e 25 de março de 2020 descreve dados e recomendações que foram categorizados em quatro classes: fármacos antivirais e antiinflamatórios, anti-maláricos, fármacos da medicina tradicional chinesa e outros fármacos e tratamentos. Fonte: J Pharm Pharm Sci
Relação risco/benefício do uso de cloroquina/hidroxicloroquina não foi estabelecida, embora resultados preliminares indiquem expectativa de seus benefícios. Fonte: Latin American Journal of Clinical Sciences and Medical Technology
O estudo sugere o uso de baricitinibe para COVID-19 em pacientes com infecção patogênica por SARS-CoV-2, uma vez que foi observada que a inibição da via JAK-STAT pode ser uma estratégia potencial. Além disso, indicam que baricitinibe deve ser usado durante 7 a 14 dias para não causar a reativação do medicamento e quaisquer infecções latentes, como vírus do herpes ou tuberculose (03/04/2020). Fonte: LANCET
Estudos de modelagem estrutural e molecular revelam um novo mecanismo de ação da cloroquina e hidroxicloroquina contra a infecção por SARS-CoV-2. Os dados apresentados suportam o uso de CLQ e preferencialmente CLQ-OH como terapia de primeira intenção para pacientes infectados com SARS-CoV-2 (03/04/2020). Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents
07/04/2020
Ministério da Saúde acompanha 9 estudos no País para obter novos tratamentos contra coronavírus. Estão envolvidos nestes ensaios clínicos mais de 100 centros de pesquisa brasileiros. Os principais medicamentos utilizados nos estudos são a cloroquina e a hidroxicloroquina associadas ao antibiótico azitromicina, já usadas contra a malária e doenças autoimunes; a combinação de remédios contra HIV, formada por Lopinavir e Ritonavir; a combinação de ropinavir e ritonavir em conjunto com a substância Interferon beta-1b, usada no tratamento de esclerose múltipla; e o antiviral remdesivir, desenvolvido para casos de ebola. Nas próximas semanas deverão ser iniciados os estudos com o corticosteroide dexametasona, com o inibidor de interleucina-6, tocilizumabe, e com plasma convalescente (07/04/2020) Fonte: Ministério da Saúde
Estudo identifica novas funções e mecanismos de genes correlacionados com ACE2, o mediador da entrada de SARS-CoV-2 nas células. Através de estudos de interação estrutura atividade (QSAR) feito in silico, o artigo propõe novos candidatos a serem estudados no tratamento do coronavírus como nimesulida, propionato de fluticasona, tiabendazol, photofrin e didanosine. (06/04/2020) Fonte: Researchgate
06/04/2020
Pesquisadores estudam o efeito do sinergismo dos fármacos lopinavir, oseltamivir e ritonavir contra a protease SARS-CoV-2 usando técnicas computacionais de acoplamento sequencial. A combinação das três drogas mostrou uma energia de ligação melhor do que a de drogas individuais. (06/04/2020) Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Estudo indica a prevenção da pneumonia induzida por COVID-19 com terapia anticitocinas. Bloqueadores de citocinas, como infliximabe, adalimumabe (fator de necrose antitumoral [TNF]) e ustquinumabe (anti-interleucina [IL] -12 / IL-23 [subunidade p40]), estão sendo usadas com sucesso para induzir e manter a remissão (06/04/2020). Fonte: Lancelet
Atualização sobre tratamento farmacológico, epidemiologia, diagnóstico, tratamento e desenvolvimento de vacinas para o COVID-19 (06/04/2020). Fonte: J. Microbiol. Biotechnol, Pharmacists in Elsevier's Clinical Solutions group
Favipiravir é um fármaco aprovado para tratamento de influenza e está sendo considerado nos testes clínicos para COVID-19. Este artigo resume caraterísticas farmacocinéticas, e as possíveis interações farmacológicas a partir da visão do metabolismo do fármaco. Os dados podem ser utilizados no design de estudos clínicos visto que dados in vitro de inibição do vírus e eficácia em estudos pre-clínicos em animais ainda não estão disponíveis. (06-04-2020). Fonte: Clinical Pharmacology & Therapeutics (CPT)
05/04/2020
Fiocruz investiga ação de antirretrovirais como atazanavir contra COVID-19. Os especialistas também investigaram o uso combinado do atazanavir com o ritonavir. (05/04/2020) Fonte: BioRxiv
03/04/2020
Uso do lopinavir e o ritonavir associados possuem melhores resultados clínicos em pacientes com SARS em um estudo aberto não randomizado (03/04/2020). Fonte: Journal of Microbiology, Immunology and Infection
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) fez recomendações sobre o medicamento antiviral experimental remdesivir para ser usado no tratamento da doença por COVID-19 em programas de uso compassivo na União Europeia (03/04/2020). Fonte: EMA
Grupo brasileiro revela que atazanavir, antiviral clinicamente aprovado para uso humano e com boa biodisponibilidade no trato respiratório, inibe a replicação do SARS-CoV-2 e a produção de citocinas pró-inflamatórias. Preprint do artigo.
Estudo da mostra que a Ivermectina tem efeito in vitro na replicação do SARS-CoV-2. Fonte: Antiviral Research
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) fez recomendações sobre o medicamento antiviral experimental remdesivir para ser usado no tratamento da doença por COVID-19 em programas de uso compassivo na União Europeia (03/04/2020). Fonte: EMA
02/04/2020
O artigo da Journal of Biomolecular Structure and Dynamics revela que dois aminoácidos, VAL25 e PHE26, desempenham um papel fundamental ao interagir com três fitoquímicos, Belachinal, Macaflavanona E e Vibsanol B, e poderiam ser utilizados como drogas no controle de doenças causadas por doenças (02/04/2020). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics
Fiocruz incluiu dia 31/3 o primeiro paciente no ensaio clínico "Solidarity", da OMS dando início à pesquisa em 18 hospitais de 12 estados. Em um primeiro momento serão testados: a cloroquina, o Remdesivir, a combinação liponavir e ritonavir, isolado ou combinado ao Interferon Beta 1a. (02/04/2020) Fonte: FIOCRUZ
Estudo randomizado com 62 pacientes demonstra o potencial da hidroxicloroquina no tratamento COVID-19, mas salienta a necessidade de estudo clínico mais amplo. O artigo foi divulgado em preprint em 02/04/2020.
Os pesquisadores Jia Xy e Yunfei Zhang mostram que a China vem utilizando Medicina Tradicional Chinesa (MTC) nos hospitais para apoiar o tratamento do COVID-19. Esses medicamentos fitoterápicos já foram usados para prevenir e tratar a SARS e a infecção causada pelo H1N1 e neste momento mostra reduzir os sintomas de pacientes contaminados pelo COVID-19. Como preventivo é usado o Yupingfeng San. No suporte do tratamento clínico dos pacientes com infecção leve são usados o Sangju yin (casos com tosse grave) e Yinqiao san (casos de febre alta). Em casos de infecções graves são usados Maxingshigan tang (decocção) e Baihegujin tang, que ajudam o pulmão na expulsão do catarro e na obtenção de ar. O artigo mostra a composição dos medicamentos (02/04/2020). Fonte: Complementary Therapies in Clinical Practice.
Os pesquisadores Yang Yand e colaboradores afirmam que mais de 85% dos pacientes infectados com SARS-CoV-2 na China estão recebendo tratamento com Medicina Tradicional Chinesa (MTC). No estudo, as literaturas relevantes publicadas são cuidadosamente revisadas e as aplicações atuais da MTC no tratamento de pacientes com COVID-19 são analisadas. Estudos experimentais atuais que fornecem uma visão do mecanismo subjacente ao efeito terapêutico da MTC, e esses estudos identificaram novos compostos de ocorrência natural com atividade anti-coronaviral. O estudo destaca que há vários relatos de bons reultados em pacientes que utilizam MTC aliada aos tratamentos convencionais, assim estudos clínicos rigorosos estão sendo realizados. O estudo relata ainda a importância de evitar a toxidade dos fitoterápicos e evitar a interferência na eficácia do tratamento convencional causado pela interação erva-droga(02/04/2020). Fonte: IJBS
31/03/20202
A Anvisa convoca as empresas com projetos de condução de pesquisas e ensaios clínicos para tratamento de COVID-19 a submeterem seus Dossiês de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) à avaliação do órgão. O objetivo da iniciativa é proporcionar a condução adequada dos estudos, de forma alinhada às diretrizes técnicas da Agência e das autoridades sanitárias internacionais (31/03/2020). Fonte: ANVISA
FDA, o órgão que regulariza os Alimentos e Medicamentos dos EUA, aprova o uso da cloroquina e hidroxicloroquina para tratamento emergencial de coronavírus (31/03/2020). Fonte: FORBES
30/03/2020
A Fundação Oswaldo Cruz lançou um processo de aprovação expressa no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC) para pesquisa clínica sobre COVID-19. O chamado fast track poderá reduzir o prazo de aprovação normal, de até algumas semanas para menos de 48 horas. Os usuários receberão suporte online, e o atendimento a outros estudos como zika, dengue, febre amarela e malária não serão interrompidos (30/03/2020). Fonte: FIOCRUZ
27/03/2020
Rosa, SGV e Santos, WC identificaram 24 estudos clínicos empregando mais de 20 medicamentos para o tratamento da COVID-19. Utilizando a base de dados clinicaltrials.gov, foram listados os estudos que empregavam medicamentos já estudados ou aprovados para outra doença, o que pode representar uma estratégia atraente para se determinar um tratamento eficaz para a doença que, particularmente, exige rapidez. Dentre as vantagens que o estudo de reposicionamento de medicamentos fornece, foram salientadas as seguintes: a) menores custos e menor tempo para se alcançar o mercado, pois as fases I e II dos testes são dispensadas; b) disponibilidade de cadeias de abastecimento para formulação e distribuição do medicamento; c) possibilidade da combinação entre medicamentos (27/03/2020). Fonte: PAHO - ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE
Fiocruz coordenará no Brasil os ensaios clínicos no âmbito do Solidariedade (Solidarity) da OMS. O projeto é uma conjugação de esforços no mundo todo para ajudar os países a prevenir, detectar e responder à pandemia. A meta do Solidariedade é alcançar o maior número de pessoas no tempo mais curto possível. (27/03/2020). Fonte: Fiocruz, OMS, Science Magazine
A ANVISA liberou a pesquisa com a hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19. A licença permite ao Hospital Israelita Albert Einstein e colaboradores avançarem nas pesquisas clínicas em busca da cura dessa doença, com segurança e rapidez. A Agência irá acompanhar os desfechos dos estudos, bem como o cumprimento das Boas Práticas Clínicas. (27/03/2020) Fonte: ANVISA
Para ajudar a combater coronavírus a IBM disponibilizou gratuitamente o sistema IBM Clinical Development (IDC), uma plataforma desenvolvida para reduzir o tempo e o custo dos ensaios clínicos. Fonte: computerworld
21/03/2020
A tabela a seguir mostra alguns fármacos em fase de testes clínicos com mais de 300 pessoas sendo recrutadas.
FÁRMACOS EM FASE DE TESTES CLÍNICOS
PARA TRATAMENTO DE PNEUMONIA POR COVID-19
Nome do Fármaco |
Ano de lançamento e indicações de doenças |
Pirfenidona |
2008 (fibrose pulmonar idiopática) |
ASC-09/ritonavir |
não lançado para outras doenças |
Darunavir/ Cobicistat |
2014 (HIV) |
Cloroquina/ Hidroxicloroquina * |
1949 (malária e outras doenças) |
Remdesivir* |
Maio 2020 (para COVID-19) |
Ritonavir/Lopinavir ou Ritonavir/Lopinavir e Interferon-beta* |
2000 (HIV) |
Sarilumab |
2017 (artrite reumatóide) |
Oseltamivir |
1999 (influenza) |
Arbidol (umifenovir) |
1992 (Influenza) |
Losartana de potássio |
1994 (COPD e outras doenças) |
* Testes no âmbito do Solidarity (OMS)
**lista não exaustiva e em construção (atualizada em 28/03/2020)
FONTE: https://clarivate.com/ ; www.who.int; https://iris.paho.org/handle/10665.2/51949
Fármacos como o remdesivir e o tocilizumabe estão tendo resultados positivos contra a COVID-19, no entanto para que sejam utilizados amplamente devem ser produzidos de forma global. O artigo da Nature fala dos problemas do scale-up desses processos (14/05/2020). Fonte: Nature
Pesquisadores utilizam simulações de dinâmica molecular (MD), para mostrar que os medicamentos hidroxicloroquina (CLQ-OH) / azitromicina (ATM) agem em sinergia para impedir o contato próximo entre o vírus e a membrana plasmática das células hospedeiras. Os dados mostram que o ATM é direcionado contra o vírus, enquanto o CLQ-OH é direcionado contra cofatores de ligação celular. Esse mecanismo molecular pode explicar os efeitos benéficos da terapia combinada CLQ-OH / ATM em pacientes com COVID-19. Ademais, os dados também indicam que a tríade Q-134 / F-135 / N-137 conservada pode ser considerada um alvo para estratégias de vacina (13/05/2020) In press. Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents
Pesquisadores avaliam fitoquímicos antivirais para a inibição da enzima SARS-CoV-2 Mpro através da abordagem in silico. Segundo estudo, a bonducelpina D foi identificada como a molécula que mostrou a melhor afinidade de ligação e exibe o maior potencial contra o SARS-CoV-2 (in press)(22/05/2020). Fonte: Life Sciences
Artigo que identifica as interfaces protômero-protômero da glicoproteína S que podem ser usados para prever ligantes que já estão em uso para outras patologias e que possam interferir na estrutura quaternária da glicoproteína S do SARS-CoV-2 (09/04/2020). Biochemical and Biophysical Research Communications
Em carta para a revista um pesquisador propõe com base em 13 pacientes o uso da hidroxicloroquina com azitromicina com monitoramento constante do intervalo de QT durante todo o tratamento, juntamente com a avaliação de risco para o paciente (28/05/2020). Fonte: Journal of Infection
Em carta ao editor o pesquisador sugere o uso do carvedilol (medicamento com propriedades vasodilatadoras) para substituírem por inibidores da ECA2 ou bloqueadores do receptor tipo II para pacientes hipertensos durante o período da pandemia. Isto porque o carvedilol diminui a expressão da ECA, que é o receptor do hospedeiro COVID-19, podendo também ser útil para outros pacientes (26/05/2020). Fonte: The American Journal of the Medical Sciences
Pesquisadores relatam a associação potencial entre baixas concentrações médias de vitamina D em vários países europeus e a prevalência e mortalidade de COVID-19. Os autores citam o efeito da vitamina D na expressão da ECA2 nos pulmões para explicar seus achados em pacientes com SARS-CoV-2, assim como, citam que a principal proteína de transporte da vitamina D pode desempenhar um papel na infecção por SARS-CoV-2 (28/05/2020). Fonte: Aging Clinical and Experimental Research
Artigo sugere o uso do artesunato para o tratamento da COVID-19 por causa de sua atividade anti-inflamatória, efeito do coronavírus NF-κB (fator nuclear kappa B) e mecanismo de inibição da endocitose semelhante à cloroquina (28/05/2020). Fonte: Chinese Medicine
Estudo de triagem testa 1528 compostos aprovados pelo FDA para encontrar novos antivirais contra a COVID-19, identificou que os compostos cetilistat, diiodohidroxiquinolina, acetato de abiraterona e bexaroteno exibiram atividade in vitro potente contra anti-SARS-CoV-2 maior que as da cloroquina, hidroxicloroquina, and ivermectina e se mostraram como tratamentos potenciais para COVID-19 podendo ser utilizados por inalação ou via sistêmica. Pharmacological Research
Artigo propõe a hipótese de que a deficiência de glutationa é a explicação mais plausível para manifestação grave e a morte em pacientes da COVID-19. A proposta é baseada em uma análise a literatura propõe do uso da glutationa como tratamento e prevenção da doença COVID-19 (28/05/2020). Fonte: ACS infectious diseases
DIAGNÓSTICO
Autores determinam por raio-X a estrutura cristalina de um potente anticorpo monoclonal neutralizante, CV30, isolado de um paciente infectado com SARS-CoV-2, em complexo com o receptor do domínio de ligação. A estrutura revela que CV30 se liga a um epítopo que se sobrepõe ao sítio de ligação do receptor ECA-2 humano fornecendo uma base estrutural para sua neutralização. O CV30 também induz o espalhamento da subunidade S1, indicando um mecanismo adicional de neutralização. Os estudos indicam que esse domínio de ligação é um alvo promissor para o desenho de vacinas, e que esses anticorpos potentemente neutralizantes devem ser explorados como um tratamento para a infecção pelo COVID-19 (27/010/2020). Fonte: Nature Communications Search
Um estudo realizado no Brasil é o segundo a nível mundial a associar a falta de vitamina D no organismo aos casos graves da COVID-19. Conduzida apenas com pacientes idosos a pesquisa mostrou que 94% dos pacientes intubados por causa do novo coronavírus tinham índices baixos da vitamina D. O estudo foi feito com base em 176 pacientes com idade media de 72 anos tratados na rede Prevent Senior. Embora mostre apenas uma associação e não uma relação de causa e consequência, os resultados sugerem que identificar se há deficiência de vitamina D em pacientes com COVID-19 pode ajudar a melhorar o prognóstico (03/11/2020). Fonte: Veja