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Mensagem do Presidente: um ano em trabalho remoto (16/03/2021)
Março de 2020 começou como todos os marços, todos a postos porque “agora começou o ano”. E o que não falta é trabalho no INPI. E quando se dizia trabalho, todos interpretavam como acionar a boa rotina de sair de casa pela manhã em direção à nossa confortável sede na MV9, no Rio – ou às respectivas unidades regionais do INPI -- e cumprir as incumbências das respectivas funções até o final do expediente. E, muitas vezes, além do horário.
Faz, hoje, um ano, que um fato inesperado e de brutal impacto, no entanto, rompeu essa agenda e impôs um novo comportamento individual e coletivo. E dividiu o mundo em antes e depois desta pandemia. Com rastilho silencioso mas veloz e onipresente, letal para muitos, um vírus até então desconhecido, com uma taxa de contágio planetária, se infiltrou em todos os ambientes de presença humana.
E os governos, as empresas, a sociedade, tiveram que rapidamente se adequar às novas medidas de distanciamento social e de profilaxia sanitária preconizadas pelas autoridades e por toda a comunidade científica, para evitar o pior: que as relações presenciais se transformassem numa usina de transmissão viral.
Com a sua capacidade de perceber e agir, com igual agilidade, o INPI estabeleceu um gabinete de crise e, através da DIRAD, da CGTI e da sua rede de execução de tarefas, notadamente a CGLI, a DISAO e a equipe de médicos, organizou uma operação “desembarque” com o propósito de preservar o que temos de mais valioso: a vida e a saúde dos nossos servidores e colaboradores. As equipes de Administração, TI e Saúde Ocupacional, com a concordância e o apoio irrestrito das diretorias e, sobretudo, da presidência, elaboraram em 48h um plano de retirada de mais de 750 pessoas do edifício-sede, no Rio de Janeiro, e outras tantas nas unidades regionais, obedecendo a uma logística que em um plano militar tradicional demandaria meses.
A todos, o aplauso de todos!
Não apenas por terem viabilizado o esvaziamento dos locais de trabalho em tempo recorde, mas pelo incondicional suporte aos casos específicos e aos públicos prioritários, providenciando a adaptação ao trabalho remoto – para muitos, nunca antes praticado. Foram instalados computadores nas respectivas residências, disponibilizadas plataformas de comunicação online enfim, toda a infraestrutura necessária à execução remota das tarefas de cada setor.
Isso resultou em perda insignificante, e até pequeno aumento de produtividade, em alguns casos, se comparados a igual período de 2019.
Até o aspecto psicológico dessa ruptura de rotina foi intensamente pensado pela nossa equipe de logística e saúde (lato sensu: equipe médica, odontológica, fisioterapêutica, psicológica, entre outras qualificações), de forma a proteger a “Família INPI” não apenas da contaminação física, mas igualmente da síndrome apontada pelo presidente Franklin Roosevelt em seu discurso de posse: “o medo de vir a ter medo...”
Bom, e agora? Vacina à vista, as conquistas do ano passado consolidadas, um retorno gradual aos escritórios quando assim for justificado e o estímulo permanente aos novos esforços do INPI, seja em trabalho remoto, seja em formato híbrido, para destravar a economia criativa do emaranhado burocrático e para entregarmos à sociedade brasileira cada vez mais – e melhor – os ativos de PI pelos quais somos responsáveis.
Vamos em frente cumprindo o Plano INPI 2021.
Claudio Vilar Furtado - Presidente