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Seminário destaca ações de governo para aumentar a representatividade feminina no mercado
Ambientes com maior representatividade feminina inspiram e encorajam outras mulheres a conquistarem mais e melhores posições no mercado de trabalho. Essa foi a principal mensagem dos debates ocorridos no 2º Seminário Internacional de Mulheres em Propriedade Intelectual, promovido pela Rede IP Female, com apoio do INPI, no dia 29 de fevereiro, no Rio de Janeiro. O evento é uma das ações transversais do Plano de Ação 2024 do Instituto.
Os projetos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na área foram destacados por Andrea Macera, secretária de Competitividade e Política Regulatória. O programa Elas Exportam oferece mentorias para aumentar a participação de empresas lideradas por mulheres no comércio exterior, e conta com a parceria do INPI. Já o Empreendedoras.tech é voltado para fortalecer projetos ou empresas de micro e pequeno porte de base tecnológica lideradas por mulheres.
Outro caso apresentado foi o da Prefeitura do Rio, que montou uma estrutura para atender a mulheres em situação de risco e também estimular a capacitação, o empreendedorismo e a inserção no mercado. Mariana Xavier, coordenadora na Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher, explicou que a pasta busca parcerias para ampliar sua atuação, seja na oferta de cursos, seja para ajudar as mulheres a conseguirem chances de trabalho.
Mulheres em rede
Rafaela Guerrante, coordenadora do Comitê Estratégico de Gênero, Diversidade e Inclusão (CEGDI) do INPI, ressaltou o papel das redes e dos exemplos femininos bem-sucedidos para incentivar outras mulheres a persistirem nos seus propósitos e vencerem as barreiras, inclusive a insegurança, muitas vezes, em enfrentar ambientes majoritariamente masculinos.
Macera reforçou a importância de buscar o apoio de outras mulheres para intensificar a segurança e a autoestima. Por sua vez, Tatiana Machado, representante da Women in IP, complementou que as redes e associações de mulheres são fundamentais para ampará-las diante de situações de assédio. Para Bruna Rego Lins, da ChIPS, a mudança de cenário dependa da conscientização e, por isso, é importante que homens também participem de eventos sobre o tema.
O 2º Seminário Internacional de Mulheres em Propriedade Intelectual aconteceu na sede da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI) e foi transmitido pelo canal da entidade no YouTube. O evento foi organizado pela Rede IP Female, grupo fundado em 2019 com o objetivo de mobilizar mulheres da área de PI para troca de experiências, democratização do conhecimento e boas práticas no mercado, fomentando a diversidade e a inclusão. Atualmente, o grupo conta com cerca de 400 mulheres no Brasil e no exterior.