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INPI reconhece primeira IG de 2024: camomila de Mandirituba (PR)
Com esse registro, o INPI chega a 120 Indicações Geográficas, sendo 86 Indicações de Procedência (todas nacionais) e 34 Denominações de Origem (25 nacionais e nove estrangeiras).
Com base na documentação apresentada ao INPI, a produção de camomila em Mandirituba já mostrava sua relevância em 1998, quando havia cerca de 50 produtores, que foram responsáveis por transformar o município paranaense no maior produtor de camomila do Brasil.
Ao longo dos anos, houve uma evolução significativa no que se refere às técnicas de produção: etapas que antes eram realizadas de forma manual hoje são totalmente mecanizadas, desde a semeadura até a secagem. Sem prejuízo às mudanças trazidas pelas novas tecnologias, a tradição e o saber fazer dos agricultores têm sido perpetuados pelas novas gerações.
Além disso, as condições de solo e clima, associadas aos conhecimentos específicos dos produtores sobre aspectos agrícolas, alimentícios e medicinais da camomila, fizeram com que as áreas de cultivo aumentassem consideravelmente, mantendo o destaque da produção na região. Quanto à qualidade do produto, considera-se que uma camomila com bom teor de óleo essencial precisa superar a concentração de 0,4%, enquanto a camomila de Mandirituba possui em torno de 0,7%.
O cultivo da planta também impulsiona o turismo e a economia no município, especialmente no período de agosto e setembro, em que os visitantes de todas as partes do País podem tirar fotos da florada e caminhar ao redor dos campos de camomila. Essas atividades turísticas também contribuem para aumentar ainda mais a notoriedade do município no que diz respeito à produção de camomila, que utiliza mão-de-obra familiar em todas as fases do cultivo.
Essa notoriedade local e regional inspirou, inclusive, uma composição musical que tem a flor da camomila de Mandirituba em seu refrão e rendeu à cidade o título de Capital Paranaense da Camomila, reconhecido por meio da Lei Estadual nº 21.126/2022.