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Recuperação da Rede LEONA
Depois de quase 2 anos inoperante, a Rede Colaborativa para a Investigação de Eventos Luminosos Transientes e Emissões de Alta Energia de Tempestades (LEONA) volta a funcionar e registra os primeiros sprites de 2021 na noite de 11-12 de dezembro de 2021 sobre uma tempestade na Argentina.
Rede LEONA começou a ser criada e desenvolvida em 2012 com o auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) sob a coordenação da pesquisadora Eliah São Sabbas, líder do grupo de pesquisa Acoplamento Eletrodinâmico Atmosférico e Espacial (ACATMOS) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os Sprites são fenômenos de plasma (4º estado da matéria) de curta duração e baixa luminosidade que acontecem na atmosfera do planeta e penetram a região de Espaço próximo à Terra. Eles são plasmas híbridos atmosféricos-espaciais, um dos tipos de Eventos Luminosos Transientes (ELTs). Os outros tipos mais observados são chamados halos, elves, jatos azuis e jatos gigantes. Junto com as Emissões de Alta Energia de Tempestades (ALETs), que são raios gama, raios X, nêutrons, elétrons e pósitrons (antimatéria), os ELTs compõem os fenômenos chamados coletivamente de FADAS, que é a sigla para EFeitos Sinalizadores do Acoplamento EletroDinâmico Atmosférico e Espacial. A FAPESP vem apoiando a pesquisa de FADAS no Brasil desde o início, um outro auxílio importante foi o projeto DEELUMINOS (04/12350-7) que levou a criação do grupo ACATMOS no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
No início do ano de 2022 a pesquisadora Eliah São Sabbas liderará um grupo de pesquisadores do INPE e da UNESP, e colaboradores da Rede LEONA na Argentina, que participarão da campanha do projeto israelense Imageamento de Relâmpagos e Fenômenos Elétricos Noturnos do Espaço (ILAN-ES) a ser realizado na Estação Espacial Internacional (ISS): o segundo astronauta israelense a ir para o espaço, fará observação de sprites e outros ELTs a partir da ISS em combinação com observações do solo por 10 dias. A Rede Colaborativa LEONA com a sua enorme cobertura na América do Sul, será uma das maiores parceiras desse experimento espacial.