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MCTI promove evento e INPE destaca estudos no Dia Internacional da Luz
São José dos Campos-SP, 19 de abril de 2021
A luz está nos sistemas que desvendam o Universo, como interferômetros laser que detectam ondas gravitacionais, e em outros inúmeros campos da ciência e tecnologia. Um evento online em comemoração ao Dia Internacional da Luz será realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) no dia 17 de maio - informações sobre a atividade serão divulgadas oportunamente pelos canais oficiais do MCTI.
No Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade do MCTI, a luz está presente em projetos que envolvem subsistemas para satélites, como câmeras e painel solar, no mapeamento do potencial brasileiro para a geração de energia solar e em estudos de astrofísica e de clima espacial, entre outras atividades.
"Em 2015 foram detectadas ondas gravitacionais pela primeira vez. Essas detecções só foram possíveis graças à existência da luz, por meio dos interferômetros laser LIGO e Virgo, que são compostos por lasers de luz. Com essas detecções, uma nova astronomia foi inaugurada: a Astronomia de Ondas Gravitacionais, que observa o Universo em um outro espectro, diferente do eletromagnético, para o qual estamos acostumados com os telescópios, radiotelescópios e satélites operando no ultravioleta, raios-X ou raios-gama. Essa astronomia vai ser capaz, por exemplo, de observar o interior das estrelas quando elas explodirem em uma supernova", explica Odylio Aguiar, pesquisador do INPE que participa do consórcio internacional de cientistas responsável pela detecção das ondas gravitacionais .
Em 2017, o INPE publicou o Atlas Brasileiro de Energia Solar , que é periodicamente atualizado. Neste trabalho foram empregados 17 anos de dados satelitais validados por mais de 500 estações de medição em superfície, contendo análises sobre os níveis de confiança e variabilidade. Seu acesso é público, o que amplia a divulgação e consolida o Brasil como referência para informações confiáveis sobre potencial solar.
O Dia Internacional da Luz foi instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), no ano de 2018, em comemoração ao aniversário da primeira operação bem-sucedida do laser em 1960 pelo físico e engenheiro Theodore Maiman. A partir de então, a cada ano, no dia 16 de maio, é estimulada uma reflexão para a apreciação da luz e o papel que ela desempenha na ciência, cultura e arte, educação e desenvolvimento sustentável, e em campos tão diversos como medicina, comunicações e energia.
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