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INPE recomenda ações para enfrentar desastres climáticos
Um sistema de alerta de emergência climática para celulares foi proposto durante a audiência pública realizada nesta quarta-feira (12/6) pelas comissões da Câmara dos Deputados que analisam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 44. O coordenador-geral de Ciências da Terra e vice-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilvan Sampaio, classificou como “importante e urgente” a aprovação de emenda orçamentária para o combate, prevenção e auxílio a desastres e calamidades naturais.
“Desastres e eventos climáticos extremos serão cada vez mais frequentes e haverá mais ondas de calor, tempestades severas, inundações e enxurradas, vendavais e secas prolongadas”, disse o especialista do INPE.
O excesso de chuvas não é o único problema. O Brasil enfrenta muitas tragédias climáticas relacionadas a secas prolongadas, condição que também é monitorada pelo INPE. Os dias secos consecutivos atingem boa parte da região nordeste e, em todo o território, estão ocorrendo mais dias muito quentes e ondas de calor.
Gilvan Sampaio falou sobre a importância de estabelecer a Rede Nacional de Meteorologia (RNM), com a participação do INPE e demais órgãos oficiais brasileiros, para alinhar as informações aos tomadores de decisão e garantir que a população receba avisos meteorológicos confiáveis.
“A PEC deve contribuir muito neste investimento na comunicação. Que cheguem pelos celulares uma informação de confiança para a população, e que haja orientação sobre o que fazer nesse caso”, ressaltou Gilvan Sampaio, que destacou a importância da estruturação das Defesas Civis municipais e estaduais e de programas de educação sobre procedimentos em casos de desastres.
Entre outras medidas, falou sobre a importância dos investimentos no supercomputador do INPE e em toda a rede de meteorologia nacional. “O custo é pequeno, considerando que o impacto é sem precedentes porque o retorno do investimento é todo para a população”.
Ele ainda falou sobre o primeiro satélite geoestacionário meteorológico do Brasil, que será desenvolvido no INPE e terá um “sensor de escaneamento rápido”, capaz de gerar uma imagem de alta resolução de todo o país a cada 10 minutos e, quando houver um sistema climático perigoso em formação, o acompanhamento poderá ser feito a cada minuto.
A apresentação completa de Gilvan Sampaio está disponível aqui.