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INPE/MCTI anuncia 7° ano de operação do satélite CBERS-4
Monitorar o meio ambiente e acompanhar a expansão da agricultura estão entre as aplicações mais importantes do CBERS-4, satélite que acaba de completar 7 anos de operação em órbita. Lançado em 7 de dezembro de 2014 , o satélite é resultado de uma parceria técnico-científico espacial firmada em 1988 entre o Brasil e a China.
O CBERS-4 já supera a expectativa de vida útil no espaço, estimada em três anos, com ótimo desempenho em órbita.
No Brasil, o desenvolvimento e operação dos satélites do Programa CBERS ( China-Brazil Earth Resources Satellite ) estão a cargo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Em junho deste ano, o INPE/MCTI e a China Academy of Space Technology (CAST) realizaram reunião conjunta e destacaram o grande esforço e trabalho de ambas as partes, que garantiram a produção de imagens e operação estável em órbita do CBERS-04 e do CBERS-04A, este lançado em dezembro de 2019. Ambos os satélites contribuem para o desenvolvimento econômico e social da China e do Brasil, e sua aplicação também beneficiou as Nações Africanas e do Sudeste Asiático.
Desde que o CBERS-4 entrou em operação, há 7 anos, o INPE/MCTI já forneceu milhares de imagens do satélite a órgãos governamentais, instituições de ensino e iniciativa privada.
Os dados do CBERS-4 são também utilizados para verificar desmatamentos e desastres naturais, entre outras aplicações, e estão disponíveis gratuitamente, a qualquer usuário, por maio da página do INPE/MCTI: http://www.cbers.inpe.br/ .
O Programa CBERS é gerenciado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e Administração Nacional Espacial da China (CNSA), tendo como executores técnicos o INPE/MCTI e a CAST.
Imagens
O CBERS-4 leva a bordo duas câmeras brasileiras (MUX e WFI) e duas chinesas (PAN e IRS). A câmera MUX possui resolução de 20 metros, revisita de 26 dias, quatro bandas no visível e infravermelho próximo, produzindo imagens coloridas RGB de alta qualidade, comparáveis às produzidas pelos melhores satélites de sua classe em todo o mundo. Isto garante ao Brasil estar entre os seletos países capazes de manter uma cadeia produtiva completa para o desenvolvimento de satélites.
A câmera WFI, de campo largo de 900km, possui resolução de 63m, imagens também coloridas RGB e uma revisita de 5 dias, o que faz dela a mais utilizada em aplicações como o monitoramento em tempo real de desmatamento. A câmera chinesa PAN possui resolução em RGB de 10m e de 5m quando usada no modo pancromático. Já a IRS possui bandas no infravermelho médio e termal.
Mais informações: http://www.cbers.inpe.br/