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INPE apresenta dados do DETER-B para Amazônia, Cerrado e Pantanal
O sistema DETER-B do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revela que o desmatamento na Amazônia caiu 45,7% de agosto de 2023 a julho de 2024, a maior queda proporcional já registrada para o período. A divulgação foi realizada nesta quarta-feira (07/08), em Brasília, com participação do Coordenador-Geral de Ciências da Terra do INPE, Gilvan Sampaio, das ministras da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
O resultado é o menor da série histórica iniciada em 2016. A área total de alertas de desmatamento na Amazônia no último ano totaliza 4.314,76 km².
No bioma Cerrado, o DETER-B registrou um aumento de 9% de supressão da vegetação, chegando a 7.015 km2 de área sob alerta.
Já no Pantanal, a área sob alerta está em 1.159,98 km². Como essa medição iniciou em agosto do ano passado, ainda não é possível o comparativo.
Os dados foram apresentados por Claudio Almeida, pesquisador do INPE que coordena o programa BiomasBR.
Os slides da apresentação estão disponíveis aqui.
Confira aqui o vídeo do evento em Brasília de apresentação dos dados.
O programa BiomasBR do INPE mantém dois sistemas de monitoramento: o DETER, que produz alertas diários de supressão e degradação da vegetação nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal para suporte aos órgãos fiscalizadores; e o Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (PRODES), que realiza o monitoramento da Amazônia Legal e é o número consolidado da taxa de desmatamento no Brasil.
A ministra do MCTI, Luciana Santos, destacou a retomada da proteção do meio ambiente pelo governo federal e o uso da ciência e tecnologia para monitorar os biomas. A diminuição histórica, segundo ela, demonstra que as políticas públicas estão no caminho certo, mas ainda é necessária uma atenção maior ao Cerrado.
"Desde 1988, o INPE mapeia anualmente o desmatamento na porção brasileira do bioma Amazônia, com o sistema PRODES. Em 2016, esse monitoramento foi expandido para o Cerrado e, a partir de 2023, para todos os demais biomas: Mata Atlântica, Pantanal, Caatinga e Pampa. A retomada e a reconstrução do governo do presidente Lula representaram a ampliação das ferramentas a serviço do enfrentamento do desmatamento”, avaliou.
A ministra Marina Silva apontou o compromisso do governo federal com o desmatamento zero em todos os biomas. Iniciativas como os planos de combate à degradação, a parceria com prefeitos e governadores e as políticas fundiárias têm gerado resultados positivos e revertido tendências de alta no Cerrado.
“É possível ter política pública que faça o enfrentamento do desmatamento. Antes, todos focávamos no desmatamento da Amazônia. Conseguimos resultados e fomos para o Cerrado. Com novos resultados, deslocamos para a Caatinga, Pampa e demais biomas. Com mais resultados, vamos deslocar para as áreas degradadas. É assim que quem não é negacionista faz política pública”, enfatizou.
Com informações da ASCOM/MCTI