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Diretor do INPE representa a Ministra Luciana Santos na 61ª sessão do Subcomitê Técnico e Científico (STSC) do COPUOS
Acontece em Viena, Áustria, no período de 29 de janeiro a 9 de fevereiro de 2024 a 61ª Sessão do Subcomitê Técnico e Científico (STSC) do Comitê para os Usos Pacíficos do Espaço Exterior (Committee on the Peaceful Uses of Outer Space - COPUOS), do Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (United Nations Office for Outer Space Affairs - UNOOSA).
O Diretor do INPE, Clezio Marcos De Nardin, participa do evento e, no dia de hoje (02/02), na sessão do Item 4 da Agenda - Intercâmbio de Opiniões e Relatórios sobre as Atividades Nacionais, ele representa a Ministra do MCTI, Sra. Luciana Santos.
Inicia seu discurso em nome da Ministra, cumprimentando os presentes e dando as boas-vindas à Sra. Aarti Holla-Maini, por sua nomeação como nova Diretora da UNOOSA. Na sequência, destaca a satisfação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e do Instituto Nacional Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão que ele também representa neste evento da UNOOSA, em mais uma vez participar deste encontro.
A mensagem que o MCTI traz aos presentes nesta ocasião, no contexto de reforçar seu compromisso de trazer a ciência, a tecnologia e a inovação como pilares para que os benefícios do espaço cheguem ao país e à sociedade como um todo, cita como principais ações:
1) Reforçar a sinergia entre AEB e INPE, visando o aprimoramento do Programa Espacial Brasileiro e a promoção da políticas, pesquisa e desenvolvimento no campo espacial, tanto nacional quanto internacionalmente. Em 2023 o governo brasileiro investiu R$ 1 bilhão no setor da indústria aeroespacial contribuindo para gerar um impacto positivo na educação, em capacitação especializada, na geração de empregos de alta qualidade e na redução da evasão de cientistas altamente qualificados do país. Outra iniciativa é uma chamada pública para selecionar empresas para desenvolver satélites e veículos lançadores, que conta com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), e visa dar suporte a indústria nacional na obtenção de autonomia no acesso ao espaço. Além disso, recentemente foi anunciada a criação de um Parque Tecnológico Aeroespacial no Brasil, uma parceria entre os governos federal e estadual e o setor privado, que permitirá desenvolver pesquisa avançada, inovação e capacitação com foco nas áreas de espaço, defesa, mobilidade aérea avançada e aeronáutica comercial;
2) No contexto de recursos hídricos, dada a importância da água para o desenvolvimento econômico e social, entre os recentes avanços no setor espacial brasileiro se destaca o desenvolvimento do satélite de sensoriamento remoto Amazonia 1B, que faz parte da Missão AQUÆ, e tem como principal objetivo monitorar e planejar o uso dos recursos hídricos. Chama-se a atenção para a carga útil do Amazonia 1B, que possui aplicações complementares com a missão de satélite Argentino SABIA-Mar, possibilitando assim oportunidades valiosas para colaboração entre os dois países;
3) No âmbito da cooperação internacional bilateral, destacam-se: i) Desenvolvimento de dois novos satélites no âmbito do Programa CBERS- China-Brasil Earth Resources Satellite, sendo os satélites CBERS 5 (transporta câmeras) e CBERS 6 (fornecerá imagens obtidas através de uma carga útil SAR operando em banda X, permitindo a produção de dados independentemente das condições climáticas e da luz solar), merecendo destacar que essa colaboração bilateral perdura há mais de 30 anos; ii) Nova parceria firmada entre o INPE e o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) para estudar a viabilidade de desenvolver conjuntamente uma missão focada em monitoramento de gases de efeito estufa; iii) Participação do Brasil nos Acordos do Programa Artemis, no qual ao longo de 2023 a AEB foi responsável, juntamente com a Agência Espacial Polonesa (POLSA), pela coordenação de atividades dentro do escopo do grupo de trabalho Artemis #2, criado pela NASA para coordenar as atividades das nações signatárias emergentes com viagens espaciais no âmbito deste Programa;
4) Em relação à cooperação multilateral, destacam-se: i) Cooperação na área espacial no âmbito dos BRICS, que visa estabelecer uma constelação de satélites de sensoriamento remoto para ajudar os países do bloco a enfrentar os desafios relacionados com as alterações climáticas globais, gestão de desastres, proteção ambiental e prevenção da escassez de água e alimentos;ii) Parceria entre a UNOOSA, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) e a AEB para realizar pesquisas sobre o setor espacial brasileiro, desenvolver material de e-learning e treinamento para a força de trabalho espacial brasileira e organizar a primeira Conferência de Economia Espacial da ONU, em 2024. Também será realizada no Brasil em 2024 a Reunião de Líderes da Economia Espacial do G20, no escopo da cooperação com a UNOOSA; iii) Realização do primeiro evento de capacitação relacionada com a “Iniciativa Universo Aberto” (online, previsto para novembro de 2024). Vale mencionar que este evento será organizado do lado brasileiro pelo CBPF.
Clezio encerra sua fala parabenizando os colegas da Índia e do Japão por seus respectivos recentes pousos na Lua, conquistas marcantes que demonstram o interesse crescente na exploração e uso do espaço.
Link para a Agenda do evento:
Link para o Discurso do Diretor do INPE, Clezio De Nardin, representando a Ministra Luciana Santos (a partir do minuto 24):
https://webtv.un.org/en/asset/k14/k14tcnvfq5
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