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Dia do Sol
O Sol é uma estrela no coração do nosso sistema solar que fornece a energia que alimenta toda a vida na Terra e sua luz é fundamental para o clima, o ciclo hidrológico, a saúde e bem estar das pessoas, além do que a radiação emitida pelo sol pode ser captada por usinas fotovoltaicas e trazer benefícios como fonte de energia limpa e renovável, que ajuda a preservar o meio ambiente, entre outros. Este astro também é celebrado e cultuado em várias culturas de todo o mundo, fazendo parte da mitologia e religião destas. Por sua importância, há uma data comemorativa voltada para sua valorização.
Um "Dia Internacional do Sol" único e reconhecido globalmente como um feriado oficial ou evento internacional não é possível. No entanto, alguns países ou organizações podem celebrar o sol em diferentes datas ao longo do ano, seja como parte de festivais culturais, eventos educacionais ou iniciativas de conscientização sobre energia solar e sustentabilidade ambiental. Porém, é importante que tenhamos pelo menos um dia para comemorar o Sol em nossos calendários, por todos os motivos que o astro-rei merece.
Uma data para homenagear e apresentar curiosidades sobre o Sol às pessoas é o dia 3 de maio, voltado para valorização desse Astro-Rei. Outras datas são os dias 21 de junho e 21 de dezembro de ambos os hemisférios, definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Internacional de Celebração do Solstício.
O Sol, uma estrela com uma estimativa de vida passada de 4,5 bilhões de anos e uma provável duração adicional de outros 4,5 bilhões de anos, faz-nos refletir sobre a escala temporal cósmica em comparação com a nossa própria existência. Se considerarmos a vida média de uma pessoa, cerca de 90 anos, percebemos que deveríamos celebrar os aniversários do nosso astro-rei a cada 100 milhões de anos para notar um envelhecimento equivalente à um ano humano. Assim, torna-se desafiador observar mudanças na evolução do Sol durante o curso de uma única vida humana.
Grande parte do nosso conhecimento atual sobre o Sol foi adquirido por meio de missões espaciais. Uma missão pioneira foi o Skylab, o primeiro laboratório espacial que possibilitou a observação de imagens solares em raios X, revelando em emissão própria, a existência da Coroa Solar. Essa camada externa da atmosfera solar. Embora a Coroa já fosse conhecida de épocas muito remotas por meio de observações de uma luz difusa e tênue no lado externo do Sol que se mostra durante eclipses solares totais, uma descoberta significativa foi feita em 1869 pelos astrônomos americanos William Harkness e Charles Young. Durante um eclipse solar, eles observaram uma linha de emissão espectral fraca da coroa solar que não estava ofuscada pela luz solar direta, atribuindo-lhe o nome de "Coronio"; Anos mais tarde, na década de 1940, essas linhas observadas durante os eclipses foram identificadas como linhas do elemento químico ferro altamente ionizado, desafiando a compreensão existente na época da física quântica. Para a exigência de tal grau de ionização seria necessário uma atmosfera com temperatura muito alta, que não era conhecida.
Um dos mistérios persistentes do Sol é essa temperatura extraordinariamente alta de sua coroa externa, cerca de 2 milhões de Kelvin, em comparação com a temperatura da superfície solar de aproximadamente 5.750 Kelvin. Isso explica a sua emissão em raios X. Esta discrepância tem intrigado os cientistas por décadas e permanece sem uma explicação completa até os dias de hoje. Mesmo a observação da coroa pela sua luz tênue vista durante um eclipse solar total, que vem da fotosfera e é espalhada pela existência dessa atmosfera superior, já proporciona uma visão fascinante dessa região misteriosa.
A introdução de telescópios em raios X na década de 1970, com o satélite Uhuru, marcou o início da astronomia estelar em raios X. Missões subsequentes, como o satélite Einstein na década de 1980, permitiram a observação de outras estrelas com coroas emitindo em raios X, expandindo nosso conhecimento sobre esses fenômenos estelares fascinantes. Conhecimento que retirou o Sol da condição de única estrela que tinha coroa solar para colocá-lo no conjunto de muitas estrelas irmãs agora conhecidas no Universo com essa coroa quente.
Promover a conscientização sobre a importância do sol e sua relação com questões ambientais pode ser uma iniciativa significativa em muitas comunidades ao redor do mundo. Nossas experiências com a influência do Sol em nossas vidas se renovam sempre. Em nosso mundo atual o Sol tem sido desvendado como o principal agente de perturbações do espaço próximo onde uma frota imensa de satélites prestam serviços importantes como a comunicação e o posicionamento de precisão, dentre muitos outros serviços.
No Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), homenageia-se o Sol no dia 3 de maio. O Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial - EMBRACE monitora o nosso Astro e busca predizer à sociedade como navegar nesse espaço preenchido de radiação e cargas elétricas do vento solar. E a Divisão de Heliofísica, Ciências Planetárias e Aeronomia do INPE lidera o desenvolvimento da Missão do Telescópio Espacial Solar Galileo (GSST), a qual fornecerá medições precisas da estrutura do campo magnético como parte dos esforços internacionais para compreender a evolução da heliosfera e suas influências na Terra.
Saiba mais sobre o
EMBRACE: https://www2.inpe.br/climaespacial/portal/pt/
:Créditos: Embrace – Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
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