Estudo da Camada de Ozônio e da Radiação Ultravioleta
A radiação UV é medida durante todo o ano e é comparada com a radiação obtida em Punta Arenas, Sul do Chile, Rio Gallegos, Argentina, La Paz, Bolívia, e no Brasil (5 locais). A camada de ozônio é monitorada em Ferraz, no período de agosto a março, desde 2001 e em campanhas especiais em setembro e outubro, desde 1992. Em Punta Arenas, a Camada é monitorada continuamente durante o ano, desde 1990 e no Brasil desde 1974.
Durante todo o ano de 2007/2008 e verão de 2009, o projeto deu continuidade as medidas da concentração da Camada de Ozônio, da radiação UV, na Estação Antártica Comte. Ferraz, em Punta Arenas, sul do Chile, em Rio Gallegos, sul da Argentina (no ano de 2008), La Paz, Bolívia e no Brasil ( 4 locais) usando espectrofotômetros Brewer e radiômetros.
Sondas lançadas em balões na primavera de 2008 mediram a climatologia e a concentração da Camada de Ozônio. Resultados preliminares mostram que nos anos de 2007 e 2008 a destruição da Camada de Ozônio ficou em torno de 50%, o que representa um valor 15% menor em relação à 2006, quando se observou um record da diminuição na concentração e na extensão do "Buraco de Ozônio". Também em 2008, foi observado um efeito secundário do Buraco de Ozônio em Santa Maria, sul do Brasil, quando a concentração de ozônio diminuiu em 10%. A radiação UV na região de Ferraz continua muito alta, alcançando níveis de latitudes tropicais.
Ainda existe muito gás CFC (Cloro-Flúor-Carbono) responsável pela destruição do ozônio. Os modelos indicam que a camada só estará normal em 2060 (comparada com a concentração de 1980), se nenhum fato novo ocorrer.
No período de janeiro e fevereiro, o tempo esteve bastante encoberto o que protege a superfície da radiação que incide no solo. Ficaram em operação dois instrumentos de solo: o Espectrofotômetro Brewer, que mede a concentração da Camada de Ozônio, a Radiação Ultravioleta e os gases SO2 e NO2, importantes para a química do ozônio e para o efeito estufa. Outro instrumento que mede a radiação UV é o sensor de radiação chamado GUV (Ground Ultraviolet Radiometer). Além da radiação ele fornece a informação do PAR - que é a radiação fotossintéticamente ativa, muito importante, pois mede a radiação que produz danos biológicos nos organismos.
Na fase de janeiro a fevereiro, as medidas da radiação UV continuaram com o acompanhamento do tipos de nuvens para um estudo da correlação do tipo da nuvem com a atenuação da radiação UV. As medidas deste período também serão usadas pelo projeto que estuda o efeito da radiação no DNA em microorganismos marinhos.
Coordenadora:
Dra. Neusa Paes Leme (INPE)
Equipe de Campo:
Dr. Luciano Marani (INPE)
Dra. Neusa Paes Leme (INPE)