DETER
São utilizadas imagens dos sensores WFI, do satélite CBERS-4 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) e AWiFS, do satélite IRS (Indian Remote SensingSatellite), com 64 e 56 metros de resolução espacial, respectivamente. Os dados são enviados diariamente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) sem restrição de área mínima mapeada, entretanto, para o público em geral os polígonos são disponibilizados com dimensão mínima de 6,25 ha, permitindo dessa maneira o estabelecimento de um critério de comparação com os dados gerados pelo projeto PRODES. Existe também uma diferença de cinco dias entre a data de detecção e a data de disponibilização das informações no site do projeto, prazo utilizado para a validação destas detecções antes de sua liberação, conforme acordo de cooperação técnica assinado entre o MCTIC/INPE e MMA/IBAMA (ACT N°24/2014).
A identificação do padrão de alteração da cobertura florestal é feita por interpretação visual com base em cinco elementos principais (cor, tonalidade, textura, forma e contexto) e utiliza a técnica de Modelo Linear de Mistura Espectral (MLME), conjuntamente com sua imagem multiespectral em composição colorida para mapear as seguintes classes:
Nível 1 | Nível 2 |
---|---|
DESMATAMENTO (ALERTAS) | Desmatamento com solo exposto |
Desmatamento com vegetação | |
Mineração | |
DEGRADAÇÃO | Degradação |
Cicatriz de incêndio florestal | |
EXPLORAÇÃO MADEIREIRA | Corte Seletivo Tipo 1 (Desordenado) |
Corte Seletivo Tipo 2 (Geométrico) |
Apresentação Oficial do Projeto
A metodologia e as estatísticas de validação do Projeto DETER-B publicadas em artigo científico estão disponíveis nos links abaixo:
Metodologia do DETER-B
https://doi.org/10.1109/JSTARS.2015.2437075
Os resultados das detecções, por classe, estado, município e unidades de conservação federais estão disponíveis via consulta espacial no portal TerraBrasilis para download em formato shapefile (*.shp).
Os resultados das estatísticas por período de tempo estabelecido pelo usuário podem ser visualizados via dashboard e acessado para download em formato de texto separado por um delimitador (*.csv) e em formato shapefile (*.shp).
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses obtidos pelo sistema DETER-B. Estes dados podem incluir processos de desmatamento ocorridos em períodos anteriores ao do mês de mapeamento, mas cuja detecção não fora antes possível por limitações de cobertura de nuvens. É preciso distinguir entre o tempo de ocorrência e a oportunidade de detecção que é dependente do regime de nuvens.
INPE enfatiza que o DETER-B é um sistema expedito de Alerta desenvolvido metodologicamente para suporte à fiscalização. A informação sobre áreas é para priorização por parte das entidades responsáveis pela fiscalização e combate do desmatamento e não deve ser entendida como taxa mensal de desmatamento. O número oficial do INPE para medir a taxa anual de desmatamento por corte raso na Amazônia Legal brasileira é fornecido, desde 1988, pelo projeto PRODES que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.
Contato, dúvidas e sugestões sobre o Deter-B:
Email: deter-b@inpe.br