Egresso da Pós-graduação PGETE recebe prêmio da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC)
O egresso Guilherme de Oliveira Paes, mestre formado na Área de Concentração em Mecânica Espacial e Controle da PGETE recebeu o Prêmio de Trabalho de Destaque (nível Mestrado/Iniciação Científica) no Encontro Regional de Matemática Aplicada e Computacional (ERMAC) da Regional 8 da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC), realizado entre os dias 28 e 30 de agosto de 2024 na Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André, São Paulo.
Guilherme apresentou o trabalho “Órbitas Heliotrópicas e Heliossíncronas ao redor de Mercúrio”, que tem como coautores os orientadores de sua dissertação, os professores Rodolpho Vilhena de Moraes e Jean Paulo S. Carvalho. A seguir, o egresso comenta sobre o trabalho premiado, parte de sua dissertação aprovada em Agosto/2024: O trabalho investigou a existência de dois tipos de órbitas ao redor de Mercúrio: as heliotrópicas e as heliossíncronas, considerando a distribuição de massa do planeta e a pressão de radiação solar (PRS), incluindo o uso de uma vela solar. Órbitas heliotrópicas são aquelas em que o ponto mais afastado da órbita (apoápside) está direcionado para o Sol. As órbitas heliossíncronas, por outro lado, têm uma taxa de variação secular da ascensão reta do nodo ascendente que é equivalente à taxa de variação da ascensão reta do Sol médio. Para encontrar órbitas heliotrópicas, foi utilizado o método da média simples para determinar o potencial perturbador nas Equações Planetárias de Lagrange (EPL). Os resultados analíticos mostraram que as inclinações para essas órbitas seriam próximas de 90°, resultando em órbitas polares. No entanto, órbitas heliotrópicas não são definidas para órbitas polares. As simulações numéricas revelaram que a taxa de variação da ascensão reta do nodo ascendente era muito semelhante à taxa de variação do movimento médio de Mercúrio em relação ao Sol, caracterizando-as como órbitas heliossíncronas. Vale ressaltar que, considerando apenas o J2 de Mercúrio, as órbitas heliossíncronas são inviáveis, sendo frequentemente produzidas de forma artificial na literatura. Com a inclusão da PRS e com auxílio de uma vela solar, essas órbitas tornam-se naturais.