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Não. Os satélites artificiais que são colocados em órbita pelo homem têm um tempo de vida útil, dependendo da forma como é construído. Quando para de funcionar, ele continua no espaço, mas perde contato com a Terra.
São objetos criados pelos humanos e que se encontram em órbita ao redor da Terra, mas que não desempenham mais nenhuma função útil, como por exemplo as diversas partes e dejetos de naves espaciais deixados para trás quando do seu lançamento. Tanto podem ser peças pequenas, como ferramentas e luvas — a exemplo de uma perdida por Neil Armstrong na missão Gemini VIII em 1966 — ou estágios de foguetes e satélites desativados que congestionam o espaço em volta da Terra — como exemplo, os antigos satélites soviéticos RORSAT — e que causam risco de acidentes graves, tanto em órbita (pelo risco de possíveis colisões), quanto numa possível reentrada de tais detritos na atmosfera terrestre. Os detritos espaciais tornaram-se uma crescente preocupação nos últimos anos pelo fato de que colisões na velocidade orbital podem ser altamente danosas ao funcionamento de satélites, pondo também em risco astronautas em atividades extraveiculares.
O termo “satélite” que vamos conhecer agora é um sistema formado por módulos, que fica na órbita da Terra ou de qualquer outro planeta, mantendo velocidade e altitude constantes. Por ser construído pelo homem, é chamado de “artificial”, para se diferenciar dos satélites naturais, como a Lua, por exemplo. Existem vários tipos de satélites artificiais, com diversas finalidades.
Veja alguns deles:
O satélite é um sistema composto por módulos. Geralmente, ele se divide em duas grandes partes – o módulo de serviço e o módulo de carga útil. No módulo de serviço ficam os subsistemas responsáveis pelo funcionamento do satélite: bateria, computadores de bordo, entre outros. No módulo de carga útil são acoplados os subsistemas relacionados à missão do satélite (câmeras, experimentos, entre outros).
Receita para fazer um satélite
Dependendo do tipo de satélite e do problema, é possível. Porém, seria uma operação extremamente cara. Alguns ajustes e correções podem ser realizados remotamente, a partir do Centro de Rastreio e Controle do satélite.
Depende do tipo de satélite e dos materiais utilizados na sua construção. O CBERS – Satélite Sinobrasileiro de Recursos Terrestres, desenvolvido por Brasil e China, tem uma vida útil prevista de dois anos. Muitos satélites continuam a funcionar após o término da vida útil prevista. É o caso dos SCDs 1 e 2, que foram construídos para durar dois anos e estão em órbita, em operação, há 17 e 12 anos, respectivamente.
O Programa CBERS – Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, iniciado em 1988, prevê o lançamento de cinco satélites de sensoriamento remoto até 2011. Três deles já foram lançados, com sucesso, do Centro de Lançamentos de Satélites de Tayuan, China: CBERS-1 (1999), CBERS-2 (2003) e CBERS-2B (2007).
O CBERS fez do Brasil o maior distribuidor de imagens de satélite do mundo. Com a política de livre acesso a dados públicos implantada pelos governos brasileiro e chinês em 2004, o INPE distribui cerca de 700 imagens/dia a 1,5 mil instituições do país. Perguntas frequentes sobre o CBERS.
Primeiros satélites projetados, construídos e operados por brasileiros, no INPE, os SCD-1 e 2 foram lançados em 1993 e em 1998, respectivamente. Ambos estão operacionais e apresentam desempenho satisfatório mesmo com 15 e 10 anos em órbita, embora tenham sido projetados para uma vida útil de até dois anos. Esta longevidade é resultado de uma alta competência tecnológica e do rigor empregado na qualificação de seus componentes e subsistemas, nos processos de integração e montagem e, ainda, na competência operacional no controle dos satélites. Os SCDs integram, junto com o satélite sino-brasileiro CBERS-2B, o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais. Têm como missão retransmitir para uma estação receptora os dados coletados por uma rede de aproximadamente 750 plataformas automáticas de coleta de dados ambientais (PCDs) distribuídas ao longo do território nacional.
Estes dados ambientais coletados pelas PCDs são utilizados por entidades governamentais e privadas em diversos estudos e aplicações, como previsão de tempo, estudos sobre correntes oceânicas, marés, química da atmosfera, planejamento agrícola, monitoramento das bacias hidrográficas, com dados fluviométricos e pluviométricos, entre outras. Os dados encontram-se armazenados e disponibilizados para acesso gratuito no Sistema Nacional de Dados Ambientais (SINDA) instalado em Natal (RN), no Centro Regional do INPE/Nordeste.