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O balão estratosférico de pressão zero é um veículo espacial sub-orbital, construído de um filme plástico com espessura de 3 a 25 µ, inflado com gás hidrogênio ou hélio, capaz de levar experimentos científicos com peso até três toneladas a altitudes até 45 km, voando ao sabor dos ventos até dezenas de horas.
A duração do vôo depende da época do ano, sendo limitada pelo alcance da estação de telemetria, de aproximadamente 500 km. Em épocas do ano em que os ventos estão fracos, o balão pode permanecer até dois dias em vôo. Em épocas de velocidade de vento em torno de 100 km/h, o vôo tem duração aproximada de 6 horas.
A trajetória do balão depende da época do ano em que o mesmo está sendo realizado, pois os ventos estratosféricos mudam com as estações do ano. Quando o lançamento é efetuado da base em Cachoeira Paulista no período de verão, a tendência do vôo é no sentido leste-oeste, com a recuperação prevista para ser efetuada na região noroeste do estado do Paraná ou oeste do estado de São Paulo.
O balão voa ao sabor dos ventos e sua trajetória é previamente estabelecida com dados obtidos de previsão de ventos por satélite.
Entretanto, a trajetória do vôo pode ser controlada de maneira limitada, através da subida/descida do conjunto de vôo, para atingir outra camada da estratosfera que possa apresentar a velocidade e a direção de vento desejados.
A subida do balão é controlada por ordens de telecomando, através da liberação de uma quantidade de lastro para obter a alteração da altitude desejada. O lastro é uma quantidade de "peso morto" que foi previamente colocado no conjunto de vôo (normalmente de limalha de ferro ou areia).
A descida do balão é controlada por uma ordem de telecomando de abertura da válvula do topo do balão, fazendo com que certa quantidade de gás seja liberada até atingir a altitude desejada.
O SESLB gerencia as atividades com balões estratosféricos realizadas no INPE, desenvolvendo dispositivos e procedimentos para o lançamento dos balões, sistemas eletrônicos de bordo para telemetria e telecomando, bem como o resgate dos experimentos científicos embarcados.
Além disto, participa do desenvolvimento de vários sistemas e dispositivos de cargas úteis dos grupos de pesquisa do INPE que utilizam o balão como veículo espacial.
O SESLB possui instalações em duas unidades do INPE:
Nesta unidade ficam armazenados os equipamentos e veículos requeridos para o lançamento.
As áreas de Astrofísica (linha de pesquisa de Altas Energias) e Geofísica Espacial (linha de pesquisa de Eletricidade Atmosférica) do INPE são os principais usuários do SESLB.
Através de acordos de cooperação internacional, o SESLB já participou de dezenas de lançamentos de cargas úteis de instituições estrangeiras, tais como a NASA (EUA), o CNES (França) e o JAXA (Japão).
Toda a carga útil é recuperável, pois após o término do tempo de vôo requerido, a carga útil é separada do balão e cai lentamente através de um pára-quedas. Somente o balão não é reutilizável, sendo utilizado para um único vôo.