Satélites
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O satélite volta para a Terra?
Não. Os satélites artificiais que são colocados em órbita pelo homem têm um tempo de vida útil, dependendo da forma como é construído. Quando para de funcionar, ele continua no espaço, mas perde contato com a Terra.
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O que é lixo espacial?
São objetos criados pelos humanos e que se encontram em órbita ao redor da Terra, mas que não desempenham mais nenhuma função útil, como por exemplo as diversas partes e dejetos de naves espaciais deixados para trás quando do seu lançamento. Tanto podem ser peças pequenas, como ferramentas e luvas — a exemplo de uma perdida por Neil Armstrong na missão Gemini VIII em 1966 — ou estágios de foguetes e satélites desativados que congestionam o espaço em volta da Terra — como exemplo, os antigos satélites soviéticos RORSAT — e que causam risco de acidentes graves, tanto em órbita (pelo risco de possíveis colisões), quanto numa possível reentrada de tais detritos na atmosfera terrestre. Os detritos espaciais tornaram-se uma crescente preocupação nos últimos anos pelo fato de que colisões na velocidade orbital podem ser altamente danosas ao funcionamento de satélites, pondo também em risco astronautas em atividades extraveiculares.
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Quais os tipos de satélite artificiais que existem?
O termo “satélite” que vamos conhecer agora é um sistema formado por módulos, que fica na órbita da Terra ou de qualquer outro planeta, mantendo velocidade e altitude constantes. Por ser construído pelo homem, é chamado de “artificial”, para se diferenciar dos satélites naturais, como a Lua, por exemplo. Existem vários tipos de satélites artificiais, com diversas finalidades.
Veja alguns deles:- Comunicação
É o tipo de satélite mais conhecido. Distribui sinais de telefonia, Internet e televisão. A maioria usa a órbita geoestacionária (equatorial), ou seja, acompanha o movimento de rotação da terra, a 36.000 km de altitude, apontando sempre para o mesmo lugar. - Navegação
Uma constelação de 24 satélites ao redor da Terra, a cerca de 20.000 km de altitude, forma o GPS, sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global. Esse sistema é controlado pelos Estados Unidos, mas pode ser utilizado por todos aqueles que têm um aparelho receptor, detectando sua posição na Terra. O Glonass é o sistema de navegação russo, e o Galileu, da União Europeia. - Meteorológico
Usado para monitorar o tempo e o clima da Terra. Formações de nuvens, luzes das cidades, queimadas, efeitos de poluição, aurora, tempestades de raios e poeira, superfícies cobertas por neve e gelo e os limites das correntes oceânicas são algumas informações ambientais coletadas por meio dos satélites meteorológicos. Os SCDs e o próprio CBERS integram o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais. - Militar
Um satélite militar equipado com câmeras que funcionam no infravermelho (o que possibilita a identificação de alvos no escuro ou camuflados) consegue fotografar territórios com grande precisão. - Exploração do Universo
É o satélite que carrega telescópios para observar o céu. O mais conhecido telescópio acoplado a um satélite é o Hubble, que desde 1990 produz imagens astronômicas incríveis e únicas. O satélite Lattes, que está sendo desenvolvido no INPE, terá como missão ajudar as pesquisas na área de Clima Espacial e Astronomia. - Observação da Terra
Tem como missão monitorar o território e, para isso, carrega câmeras que registram imagens com diferentes resoluções espaciais. O CBERS, desenvolvido por Brasil e China, é um satélite de observação da Terra e trabalha a 780 km de altitude, em órbita polar, ou seja, no sentido norte-sul. Além do CBERS, o INPE trabalha no desenvolvimento de dois outros satélites desse tipo: o Amazônia e o MAPSAR. Este último será equipado com um radar que permitirá registrar imagens do território à noite ou mesmo quando ele estiver coberto por nuvens. O Google Earth, que você consulta na Internet, utiliza imagens de altíssima resolução, como as do satélite americano IKONOS, para gerar seus mapas.
- Comunicação
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Como se faz um satélite?
O satélite é um sistema composto por módulos. Geralmente, ele se divide em duas grandes partes – o módulo de serviço e o módulo de carga útil. No módulo de serviço ficam os subsistemas responsáveis pelo funcionamento do satélite: bateria, computadores de bordo, entre outros. No módulo de carga útil são acoplados os subsistemas relacionados à missão do satélite (câmeras, experimentos, entre outros).
Receita para fazer um satélite- Definir as tarefas que serão desempenhadas pelo satélite (missão); concepção do sistema completo
- Determinar a vida útil do satélite e construir protótipos
- Desenvolver e fabricar as unidades e subsistemas do satélite
- Testes, inspeções e aprovações dos subsistemas; montagem mecânica e integração elétrica; alinhamento e testes de calibração dos sensores; testes de desempenho; testes ambientais
- Integração com o veículo lançador do satélite (foguete); lançamento!
- Operação do satélite em órbita pelas estações terrenas, que enviam telecomandos a eles. O satélite envia tipos de dados para a Terra, tanto relativos à sua missão, quanto referentes ao seu funcionamento.
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Dá para consertar um satélite no espaço?
Dependendo do tipo de satélite e do problema, é possível. Porém, seria uma operação extremamente cara. Alguns ajustes e correções podem ser realizados remotamente, a partir do Centro de Rastreio e Controle do satélite.
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O satélite "vive" quanto tempo?
Depende do tipo de satélite e dos materiais utilizados na sua construção. O CBERS – Satélite Sinobrasileiro de Recursos Terrestres, desenvolvido por Brasil e China, tem uma vida útil prevista de dois anos. Muitos satélites continuam a funcionar após o término da vida útil prevista. É o caso dos SCDs 1 e 2, que foram construídos para durar dois anos e estão em órbita, em operação, há 17 e 12 anos, respectivamente.
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Satélites CBERS
O Programa CBERS – Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, iniciado em 1988, prevê o lançamento de cinco satélites de sensoriamento remoto até 2011. Três deles já foram lançados, com sucesso, do Centro de Lançamentos de Satélites de Tayuan, China: CBERS-1 (1999), CBERS-2 (2003) e CBERS-2B (2007).
O CBERS fez do Brasil o maior distribuidor de imagens de satélite do mundo. Com a política de livre acesso a dados públicos implantada pelos governos brasileiro e chinês em 2004, o INPE distribui cerca de 700 imagens/dia a 1,5 mil instituições do país. Perguntas frequentes sobre o CBERS. -
Satélites SCD
Primeiros satélites projetados, construídos e operados por brasileiros, no INPE, os SCD-1 e 2 foram lançados em 1993 e em 1998, respectivamente. Ambos estão operacionais e apresentam desempenho satisfatório mesmo com 15 e 10 anos em órbita, embora tenham sido projetados para uma vida útil de até dois anos. Esta longevidade é resultado de uma alta competência tecnológica e do rigor empregado na qualificação de seus componentes e subsistemas, nos processos de integração e montagem e, ainda, na competência operacional no controle dos satélites. Os SCDs integram, junto com o satélite sino-brasileiro CBERS-2B, o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais. Têm como missão retransmitir para uma estação receptora os dados coletados por uma rede de aproximadamente 750 plataformas automáticas de coleta de dados ambientais (PCDs) distribuídas ao longo do território nacional.
Estes dados ambientais coletados pelas PCDs são utilizados por entidades governamentais e privadas em diversos estudos e aplicações, como previsão de tempo, estudos sobre correntes oceânicas, marés, química da atmosfera, planejamento agrícola, monitoramento das bacias hidrográficas, com dados fluviométricos e pluviométricos, entre outras. Os dados encontram-se armazenados e disponibilizados para acesso gratuito no Sistema Nacional de Dados Ambientais (SINDA) instalado em Natal (RN), no Centro Regional do INPE/Nordeste.
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O satélite volta para a Terra?