Previsão de Tempo e Clima
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Porque sempre chove quando eu vou para a praia?
Essa pergunta é muito comum na região sudeste do Brasil, onde o período chuvoso coincide com a estação mais quente do ano, o verão. Ou seja, quando está calor e temos vontade de ir à praia, é justamente a época em que chove com bastante frequência.
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Por que as nuvens de chuva são escuras e as outras são brancas?
Primeiro, é preciso esclarecer que elas não são negras por inteiro. É a gente que percebe elas dessa forma, porque a base das nuvens de tempestade realmente é mais escura. A principal razão para esse breu é que as nuvens de chuva são bem espessas. Quando elas alcançam vários quilômetros de altura, os raios de sol não conseguem atingir as gotículas que ficam na parte baixa. Como elas não recebem luminosidade, sua cor acaba sendo negra. Só para comparar, é a mesma coisa que acontece no oceano: o fundo fica cada vez mais escuro porque a luminosidade não atinge mais que algumas centenas de metros de profundidade. Por outro lado, nuvens menos espessas são brancas porque as gotículas de vapor d’água que a compõem dispersam todas as cores do espectro luminoso. A soma desse arco-íris, do nosso ponto de vista, é branca. Outro ponto importante de esclarecer é que nem sempre uma nuvem negra é sinônimo de tempestade. "Mesmo assim, podemos estimar que em 90% dos casos essa relação é verdadeira, pois as nuvens espessas são mais carregadas de gotículas de água e têm mais condição de gerar chuva", diz o meteorologista Marcelo Seluchi, do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), de Cachoeira Paulista (SP). O curioso é que certas nuvens brancas também podem trazer torós. Isso acontece principalmente no litoral, onde o vapor d’água que forma as gotas de chuva se junta em torno de sais marinhos. "Eles são os melhores núcleos para criar gotículas e gerar chuvas", afirma Marcelo. Quando vem o aguaceiro, as gotas de chuva mais pesadas arrastam o que vem pela frente, provocando correntes de ar dentro da própria nuvem. Como esses ventos vêm de altas altitudes, eles são frios. Isso explica a sensação de frescor que acompanha uma chuvarada, amenizando o calor.
Fonte: Mundo Estranho -
Como se faz a previsão de tempo?
Trata-se de uma operação mundial, altamente automatizada. Isso é necessário porque as condições meteorológicas em uma determinada região do planeta podem afetar outras partes do globo. Só para elaborar a simples previsão que assistimos todos os dias na TV, é posto em marcha um exército de dezenas de milhares de pessoas no mundo inteiro, além de equipamentos dos mais diversos e complexos. Depois de toda essa coleta de dados, as informações obtidas em cada país são enviadas aos centros meteorológicos mundiais. Neles, tudo o que foi coletado é processado em computadores, junto com imagens de satélites. O resultado é o chamado "estado inicial global", um amontoado de números que descreve, da maneira mais fiel possível, a situação do clima mundial em um único instante. Sabendo como está o tempo agora, é possível prever como ele se tornará no futuro, por meio de complexas equações matemáticas. No Brasil, o estado inicial global é processado no supercomputador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Cachoeira Paulista. O CPTEC também faz previsões regionais, que descrevem o clima brasileiro com mais detalhes. Por fim, na ponta da cadeia, estão os meteorologistas contratados para as previsões que saem na mídia. Tendo acesso às previsões regionais, globais e às imagens de satélite, eles elaboram o próprio diagnóstico pessoal. A previsão pode errar por vários motivos. Primeiro, o clima é um dos fenômenos mais complexos da natureza e nem todos os fatores e leis que o governam são totalmente conhecidos. Outra causa de erro são falhas e lacunas nas observações, que resultam em um modelo global menos preciso. Tudo isso faz com que as equações processadas se desviem da realidade à medida que avançam para o futuro. "A previsão para o dia seguinte é quase 100% segura, mas prever o clima para um mês inteiro é um tiro no escuro", afirma Ricardo de Camargo, professor de Meteorologia da Universidade de São Paulo (USP).
Fonte: Mundo Estranho -
O que é El Niño e La Niña?
Uma componente do sistema climático da terra é representada pela interação entre a superfície dos oceanos a baixa atmosfera adjacente a ele. Os processos de troca de energia e umidade entre eles determinam o comportamento do clima, e alterações destes processos podem afetar o clima regional e global. El Niño representa o aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. A palavra El Niño é derivada do espanhol, e refere-se a presença de águas quentes que todos os anos aparecem na costa norte de Peru na época de Natal. Os pescadores do Peru e Equador chamaram a esta presença de águas mais quentes de Corriente de El Niño em referência ao Niño Jesus ou Menino Jesus. Na atualidade, as anomalias do sistema climático que são mundialmente conhecidas como El Niño e La Niña representam uma alteração do sistema oceano-atmosfera no Oceano Pacífico tropical, e que tem conseqüências no tempo e no clima em todo o planeta. Nesta definição, considera-se não somente a presença das águas quentes da Corriente El Niño mas também as mudanças na atmosfera próxima à superfície do oceano, com o enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para oeste) na região equatorial. Com esse aquecimento do oceano e com o enfraquecimento dos ventos, começam a ser observadas mudanças da circulação da atmosfera nos níveis baixos e altos, determinando mudanças nos padrões de transporte de umidade, e portanto variações na distribuição das chuvas em regiões tropicais e de latitudes médias e altas. Em algumas regiões do globo também são observados aumento ou queda de temperatura. O termo La Niña ("a menina", em espanhol) surgiu pois o fenômeno se caracteriza por ser oposto ao El Niño. Pode ser chamado também de episódio frio, ou ainda El Viejo ("o velho", em espanhol). Algumas pessoas chamam o La Niña de anti-El Niño, porém como El Niño se refere ao menino Jesus, anti-El Niño seria então o Diabo e portanto, esse termo é pouco utilizado. O termo mais utilizado hoje é: La Niña Para entender sobre La Niña, vamos retornar ao nosso "modelinho" descrito no item sobre El Niño. Imagine a situação normal que ocorre no Pacífico Equatorial, que seria o exemplo da piscina com o ventilador ligado, o que faria com que as águas da piscina fossem empurradas para o lado oposto ao ventilador, onde há então acúmulo de águas. Voltando para o Oceano Pacífico, sabemos que o ventilador faz o papel dos ventos alísios e que o acúmulo de águas se dá no Pacífico Equatorial Ocidental, onde as águas estão mais quentes. Há também aquele mecanismo que citei anteriormente, o qual é chamado de ressurgência, que faz com que as águas das camadas inferiores do Oceano, junto à costa oeste da América do Sul aflorem, trazendo nutrientes e que por isso, é uma das regiões mais piscosas do mundo. Até aqui tudo bem, esse é o mecanismo de circulação que observamos no Pacífico Equatorial em anos normais, ou seja, sem a presença do El Niño ou La Niña.
Pois bem. Agora, ao invés de desligar o ventilador, vamos ligá-lo com potência maior, ou seja, fazer com que ele produza ventos mais intensos. O que vai acontecer? Vamos tentar imaginar ? Com os ventos mais intensos, maior quantidade de água vai se acumular no lado oposto ao ventilador na piscina. Com isso, o desnível entre um lado e outro da piscina também vai aumentar. Vamos retornar ao Oceano Pacífico. Com os ventos alísios (que seriam os ventos do ventilador) mais intensos, mais águas irão ficar "represadas" no Pacífico Equatorial Oeste e o desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental irá aumentar. Com os ventos mais intensos a ressurgência também irá aumentar no Pacífico Equatorial Oriental, e portanto virão mais nutrientes das profundezas para a superfície do Oceano, ou seja, aumenta a chamada ressurgência no lado Leste do Pacífico Equatorial. Por outro lado, devido a maior intensidade dos ventos alísios as águas mais quentes irão ficar represadas mais a oeste do que o normal e portanto novamente teríamos aquela velha história: águas mais quentes geram evaporação e consequentemente movimentos ascendentes, que por sua vez geram nuvens de chuva e que geram a célula de Walker, que em anos de La Niña fica mais alongada que o normal. A região com grande quantidade de chuvas é do nordeste do Oceano Índico à oeste do Oceano Pacífico passando pela Indonésia, e a região com movimentos descendentes da célula de Walker é no Pacífico Equatorial Central e Oriental. É importante ressaltar que tais movimentos descendentes da célula de Walker no Pacífico Equatorial Oriental ficam mais intensos que o normal o que inibe, e muito, a formação de nuvens de chuva. Em geral, episódios La Niñas também têm freqüência de 2 a 7 anos, todavia tem ocorrido em menor quantidade que o El Niño durante as últimas décadas. Além do mais, os episódios La Niña têm períodos de aproximadamente 9 a 12 meses, e somente alguns episódios persistem por mais que 2 anos. Outro ponto interessante é que os valores das anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) em anos de La Niña têm desvios menores que em anos de El Niño, ou seja, enquanto observam-se anomalias de até 4, 5ºC acima da média em alguns anos de El Niño, em anos de La Niña as maiores anomalias observadas não chegam a 4ºC abaixo da média.
Episódios recentes do La Niña ocorreram nos anos de 1988/89 (que foi um dos mais intensos), em 1995/96 e em 1998/99. -
O que é uma frente fria?
É a fronteira que separa duas massas de ar - uma quente, que perde espaço, e outra fria, que avança. Trata-se de um mecanismo natural da atmosfera para compensar diferenças de temperatura no planeta. Quem nunca amaldiçoou uma frente fria por ter arruinado o fim de semana que atire a primeira pedra! "As mais severas podem gerar quedas de até 10ºC em apenas uma hora", afirma o meteorologista Ricardo de Camargo, da Universidade de São Paulo (USP). Avançando com velocidades de até 30 km/h, o ar frio e seco, mais denso, empurra a massa quente e leve para cima. Se houver umidade suficiente, a passagem da frente causa chuvas intensas, com direito a granizo, raios e trovões. No Brasil, as regiões mais atingidas pelo fenômeno são o Sudeste e o Sul, onde também podem ocorrer geadas. "A maioria das frentes frias se origina nas latitudes médias, no extremo sul do continente", diz Marcelo Seluchi, meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com seu avanço, as frentes perdem energia e velocidade e o contato com o solo quente reduz o frio das massas de ar. "Por isso, é raro uma frente fria chegar até o Nordeste", afirma Marcelo. Não se pode evitá-las, mas já dá para se preparar melhor contra essas baforadas geladas da atmosfera. Hoje, a meteorologia consegue prever com cinco dias de antecedência a chegada de uma frente fria no país.
Fonte: Mundo Estranho -
Qual a diferença entre previsão de tempo e previsão de clima?
O tempo meteorológico é o tempo atual ou tempo a ser previsto pelos meteorologistas, que se estende no máximo por 15 dias. O clima é o conjunto de estados do tempo meteorológico que caracterizam o meio ambiente atmosférico de uma determinada região ao longo do ano. O clima, para ser definido, considera um subconjunto dos possíveis estados atmosféricos e, para tal, requer a análise de uma longa série de dados meteorológicos e ambientais. Por longa série se entende um período de dezenas de anos. A Organização Mundial de Meteorologia (WMO) recomenda 30 anos para a análise climática.
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Como se mede o índice de chuva?
O índice pluviométrico refere-se à quantidade de chuva por metro quadrado em determinado local e em determinado período. O índice é calculado em milímetros. Se dissermos que o índice pluviométrico de um dia, em um certo local, foi de 2mm, significa que, se tivéssemos nesse local uma caixa aberta, com 1 metro quadrado de base, o nível da água dentro dela teria atingido 2 mm de altura naquele dia. Para chegar a esse índice, as centenas de estações meteorológicas espalhadas pelo país utilizam um aparelho conhecido como pluviômetro. Há vários modelos diferentes, mas o instrumento constitui-se, basicamente, do funil de captação e básculas que enviam sinais elétricos para uma estação meteorológica (veja a ilustração ao lado). Com base em todos os aparelhos instalados na cidade, é possível chegar à média da precipitação observada na área total. Quando escutamos que choveu 7 milímetros na cidade, por exemplo, significa que essa seria a altura média alcançada pela água a partir do chão, na área total da cidade em determinado período de tempo.
Por fim, os diagnósticos que permitem afirmar que choveu mais ou menos do que o esperado para a semana ou o mês estão relacionados com gráficos elaborados com base na média de chuva em cada período. -
Previsão de Tempo e Clima
O CPTEC/INPE disponibiliza previsão numérica de tempo e clima da América Latina, fornecendo previsões de tempo de curto e médio prazos e climáticas de alta precisão, desde o início de 1995, além de dominar técnicas de modelagem numérica altamente complexa, da atmosfera e dos oceanos, para prever condições futuras. Emite de boletins e alertas para todo o Brasil, incluindo o monitoramento e a previsão detalhada para os próximos 3 dias e projeções para 5 a 15 dias.
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Porque sempre chove quando eu vou para a praia?