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Roda de Mulheres reúne profissionais em conversas sobre ciências e interações com a sociedade
Em alusão ao Dia Internacional da Mulher (08 de março), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) promoverá nesta segunda-feira o evento on-line Roda de Mulheres. Ao todo 25 profissionais contarão seus pontos de vista sobre suas trajetórias, desafios, empreendedorismo, maternidade, trabalho remoto, interações da ciência com a educação, política e as artes.
A abertura será feita, às 9h45, pela diretora do Inpa, a pesquisadora Antonia Franco, primeira mulher a assumir a gestão do Instituto como diretora titular. A transmissão do evento será feita pelo canal do Inpa no YouTube/AscomInpa
Organizado pela Coordenação de Extensão (Coext/Inpa), Roda de Mulheres se desdobra em sete rodas de conversas, com média de 40 minutos de duração, com profissionais que atuam no campo científico e na interface entre ciência e sociedade. As debatedoras e mediadoras são pesquisadoras, professoras, estudantes de pós-graduação, bolsistas de pós-doutorado, gestoras, empreendedoras e parceiras do instituto.
“Fizemos um esforço para trazer uma diversidade temática para mostrar como é rico esse universo feminino da ciência. Ele se conecta com os negócios, com as artes, com a educação e também com as políticas. As mulheres mostram, cada vez mais, a sua participação nesses espaços e a sua contribuição para a construção de pluralidade de ideias e de visões de mundo”, destaca a coordenadora de Extensão, a pesquisadora Rita Mesquita .
As conversas trarão de temas presentes em tempos de pandemia de Covid-19 e outros anteriores a esse “novo normal”, parte deles caro para a ciência e para elas, como financiamento da CT&I no Brasil e carreira de mães cientistas, que desempenham um árduo trabalho para conciliar a carreira e a criação de filhos, principalmente quando as crianças estão na primeira infância.
Um trabalho publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômico e Aplicada (Ipea/ 2020), mostrou que “54% dos estudantes de doutorado no Brasil são mulheres, um aumento impressionante de 10% nas últimas duas décadas”, número similar ao de países, como os Estados Unidos. Na terra do Tio Sam, as mulheres foram responsáveis por 53% dos diplomas de doutorados em 2017. Apesar de serem a maioria, em várias partes do mundo incluindo o Brasil, a participação delas varia muito, de acordo com a área do conhecimento e na (in)visibilidade nos níveis mais altos da carreira.
Uma das Rodas de Mulheres será Trajetórias de mães cientistas, na qual pesquisadoras e bolsistas de pós-doutorado falarão sobre como a maternidade influencia a carreira profissional, particularmente as de cientistas. Fernanda Werneck, Camila Ribas, Juliana Menger e Izabela Aleixo são as convidadas dessa conversa. Também haverá troca de experiências sobre o papel das mulheres como motivadoras de novas carreiras na ciência, a união da arte e da ciência na produção e socialização do conhecimento e os desafios de ser filha de mãe cientista.
No Inpa, dos 504 servidores, as mulheres representam 36,7% dos recursos humanos, enquanto os homens respondem pela maioria (63,3%). Para o cargo de pesquisador, a proporção de mulheres melhora um pouco, mas ainda são minoria. As pesquisadoras correspondem a 40,3% e os pesquisadores a 59,7%.
Programação (Horário Manaus)
9h45 - Abertura
Antonia Franco
10h - Filha de peixe, peixinha é?
Lúcia Rapp, Vera Val, Anne Rapp, Nina Best e Alany Gonçalves
10h50 - Ensinar ciência e aprender sobre a vida
Maria Inês Higuchi, Genoveva Azevedo, Taís Tokusato (educadora ambiental / CEPEAM) e Dayse Ferreira.
11h35 - Empreendedorismo feminino
Larisse Drummond, Juliana Teles e Sonia Alfaia
16h - Ciência e Arte andam juntas
Rita Mesquita, Lilian Fraiji e Carolina Fernandes
16h50 - Pandemia e trabalho remoto
Carolina Silva, Caroline Schmaedeck e Denise Gutierrez
17h40 - Trajetórias de cientistas mães
Fernanda Werneck, Juliana Menger, Camila Ribas e Izabela Aleixo
18h30 - Política e ciência
Vera Val, Juliana Hipolito e Magali Henriques