Notícias
Inpa celebra 70 anos de criação com cerimônias no Teatro Amazonas e no Bosque da Ciência
70 anos de criação do Inpa no Teatro Amazonas. Foto Neila Rocha (SEAPC/MCTI)
Os 70 anos de criação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) contaram com comemoração dupla: Teatro Amazonas e Bosque da Ciência, nos dia 03 e 04 de novembro, respectivamente. As festividades foram marcadas por homenagens por parte do Inpa, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e do Governo Japonês, apresentação do vídeo comemorativo, além do concerto do Amazonas Filarmônica “Variações Enigma” e outras apresentações musicais.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, prestigiou a cerimônia no Teatro Amazonas. Também estiverem presentes o secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC-AM), Cândido Jeremias Cumarú Neto, representando o governador do Estado do Amazonas, Wilson Lima; o cônsul geral do Japão em Manaus, Masahiro Ogino; a cônsul geral Adjunta do Japão em Manaus, Reiko Nakamura, além da diretora do Inpa, Antonia Franco, servidores do Instituto, diretores e representantes de unidades do MCTI e de instituições do Amazonas.
Na oportunidade, o Governo Japonês homenageou o Inpa com a entrega do Diploma de Honra ao Mérito do Ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão do 4º Ano da Era Reiwa. O diploma foi entregue por Ogino para Franco. A diretora do Inpa também homenageou com placas a coordenadora de Ações Estratégicas do Inpa, Hillandia Brandão, e o ministro Paulo Alvim, pelas significativas contribuições ao Inpa.
Em sua fala, o ministro Paulo Alvim destacou o fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação na região Amazônica e que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) tem sido um grande parceiro, além de dialogar muito para produzir e disseminar a informação e o conhecimento. “Nunca se valorizou tanto a ciência para construção de soluções permanentes. A ciência e a tecnologia estão aqui e continuarão sempre contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, para as pessoas. E quando a gente pensa num bioma como da Amazônia, instituições como o Inpa são estratégicas. Nós recebemos com alegria o reconhecimento e a cooperação científica e tecnológica do Japão com Brasil, algo que dá orgulho à ciência brasileira, porque, juntos, construímos soluções fundamentais para o planeta, e aqui faço homenagem aos diretores de instituições de pesquisa do MCTI, trabalhando sempre de forma cooperativa, de forma integrada, com um único objetivo: o avanço da ciência e tecnologia e principalmente um compromisso com o desenvolvimento inclusivo sustentável do país”, afirmou.
O Inpa é uma referência na geração de conhecimento científico sobre a Amazônia e tem grandes contribuições para a conservação e o desenvolvimento sustentável da região. O instituto tornou-se modelo no mundo nos estudos de biologia tropical, sendo um grande gerador de conhecimento sobre o uso sustentável dos recursos naturais na Amazônia e, desde o fim da década de 1990, é sede de uma das maiores redes internacionais de estudos sobre as interações da biosfera amazônica com a atmosfera.
Conforme a diretora do Inpa, Antonia Franco, esse é um momento de muito orgulho e deixa mais forte a instituição, nunca esquecendo das mãos amigas que muito trabalharam em conjunto pela instituição. “A ciência é um sacerdócio e o Inpa é um grande laboratório vivo no meio da floresta, imerso nos mais diversos tipos de conhecimentos que detém muitas histórias de vida, de dedicação e também de cumplicidade. Cabe agora a cada um de nós, governantes, gestores, pesquisadores, servidores e alunos, continuarmos nossa defesa pelo Inpa e por sua sobrevivência na Amazônia”, destacou.
Para o secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC-AM), Cândido Jeremias Cumarú Neto, "o Inpa é um patrimônio do povo Amazonense. Um patrimônio por toda a entrega que é realizada para a ciência, tecnologia e para o conhecimento e o desenvolvimento do meio ambiente para a Amazônia. Conhecimento esse que é produzido e compartilhado com todo mundo e pode ser considerado o maior legado dessa grande instituição. O INPA figura entre as grandes instituições do mundo e seu impacto pode ser visto não só no desenvolvimento da ciência e tecnologia, mas também na formação educacional e no acesso ao conhecimento do meio ambiente, da floresta e dos povos originários”, disse.
Vários projetos surgiram na busca da compreensão em saber como a floresta está reagindo às mudanças climáticas. O grande desafio é gerar inovações e tecnologias, protegidas por patentes a partir da biodiversidade amazônica, que possam atender demandas da sociedade, e nesse sentido o INPA/MCTI, tem cada vez mais assumido a responsabilidade no que diz respeito a produzir conhecimento e formação de recursos humanos dentro dos parâmetros da sustentabilidade e agregar mais valor aos serviços e produtos da floresta.
Paulo Alvim finalizou sua participação na comemoração dos 70 anos do Inpa destacando a importância de fazer ciência e tecnologia na Amazônia. " A gente precisa incorporar os saberes os tradicionais, saberes que precisamos cada vez mais incorporar na busca de soluções que se tornam inovadoras e permanentes. Mas mais importante do que qualquer coisa, é pensarmos no futuro, o país, a Amazônia, precisam de mais Inpa, de mais ciência, mais tecnologia olhando esse bioma. Um bioma que, para nós brasileiros, é estratégico é fundamental para o planeta".
Bosque da Ciência
No dia 04, as comemorações aconteceram na sede do próprio Instituto, no bairro Aleixo. No Bosque da Ciência, foram realizadas atividades educativas e apresentação do Coral do Inpa EmCanto sob a regência do maestro regente Wagner Alves do Nascimento e homenagens a servidores e aluno egresso do Inpa pela sua trajetória no Inpa. Destaque para o servidor Lourival Quintiliano Reis, que ingressou no Inpa em 03/01/1973, sendo o servidor com mais tempo de serviço exclusivo no Inpa, com 49 anos de trajetória, boa parte do tempo na Reserva Florestal Adolpho Ducke.
Após a cerimônia no auditório, as festividades continuaram na Ilha da Tanimbuca com um coquetel e apresentação de bandas da Marujada e Batucada.
Homenageados pelos 70 anos de criação do Inpa
- Ao servidor mais antigo em tempo de serviço exclusivo no Inpa, Lourival Quintiliano Reis
- Ao servidor com mais idade ativo no Inpa, Johannes van Leeuwen
- À servidora que completa 70 anos em 2022 com a data mais próxima ao aniversário do Inpa, Beatriz Ronchi Teles;
- Ao egresso de destaque do Inpa, Patrik Ferreira Viana;
- À orientadora mais antiga dos Programas de Pós-Graduação do Inpa, Maria Lúcia Absy;
- Ao orientador veterano mais produtivo na Pós-Graduação do Inpa, William Ernest Magnusson;
- Ao pesquisador com maior produção bibliográfica ao longo da carreira, Philip Martin Fearnside.
VÍDEO COMEMORATIVO DOS 70 ANOS
LIVE - A CRIAÇÃO DE UM INSTITUTO CIENTÍFICO NA AMAZÔNIA - O debate sobre o que significou criar o Inpa, com sede em Manaus, e a história da Instituição contou com a participação de: - Priscila Fauhaber (Mast) -James Roberto Silva (Ufam) - Elisiana Pereira (Inpa) e Aline Magalhães (Mast / mediadora).