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Inpa Recebe Proteja Talk 2024 para discutir Crimes Ambientais
Fotos: Débora Vale (Inpa)
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) foi palco da 6ª edição do Proteja Talk, evento que aconteceu na última segunda-feira (25), abordou os crescentes desafios dos crimes ambientais. Com o tema “Proteja o futuro: desafios e soluções para a redução de crimes ambientais”, o encontro, contou com a coordenação do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), reuniu especialistas, pesquisadores e ativistas, combinando falas inspiradoras, com debates, além do lançamento do documentário “Manaus Extrema” que retrata a seca no Amazonas.
Na mesa de abertura, o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira, enfatizou a importância de promover o diálogo entre diferentes atores envolvidos na proteção da Amazônia e que se dedicam a encontrar soluções para os problemas ambientais enfrentados na região.“Em outras edições, o Proteja Talks discutiu resistência territorial, justiça climática e a importância das áreas protegidas. Aqui no Inpa temos o Mestrado Profissional em Gestão de Áreas Protegidas, o MPGAP, que forma gestores para atuarem nas Unidades de Conservação. Como professor de legislação ambiente desse mestrado, eu considero extremamente importante, que nesta edição se discuta a busca por soluções para as ameaças ambientais que afetam a Amazônia”, pontuou.
Pereira também destacou a importância do uso da cartografia social e do mapeamento colaborativo como ferramentas para identificar áreas de conflito e fortalecer a proteção ambiental. “A implementação dessas recomendações exige um compromisso político firme e alocação adequada de recursos, contando com a participação ativa de governos, sociedade civil e setor privado”, afirmou.
A diretora adjunta de pesquisa do Ipam, a bióloga Patrícia Pinho, ressaltou que o evento foi criado para promover falas francas e abrir um espaço de diálogo para promover conhecimento. “Hoje, sabemos que a Amazônia vem enfrentando desafios complexos. É isso que discutimos aqui, incluindo riscos climáticos, violações dos direitos humanos e do território, além de toda a cadeia de crimes ambientais ilícitos que comprometem a oportunidade de uma vida sustentável e digna na floresta”, explicou
De acordo com Patrícia, o tema da 6ª edição do Proteja Talk possibilita debates que podem indicar soluções para os impactos da crise climática, a partir das pesquisas científicas realizadas “Esperamos que as discussões e os caminhos explorados ao longo de encontros como esse sejam uma contribuição significativa para a proteção do nosso futuro”, disse.Também participaram da mesa de abertura a gerente de monitoramento territorial indígena da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Vanessa Apurinã, e o Procurador-chefe da Procuradoria da República do Amazonas, Rafael Rocha.
Entre os palestrantes do evento estavam presentes lideranças do movimento indígena como André Baniwa, os pesquisadores Ane Alencar e Carlos Silva, e representantes do sistema de Justiça como Vinicius Lameira e Daniela Madeira.
O evento revisitou importantes relatos de resistência a crimes ambientais e contou com dois painéis principais: “Territórios Protegidos: Crimes Ambientais, Danos e Resiliência Climática” e “Destinação de Florestas Públicas e Monitoramento Territorial”. Durante os debates, especialistas compartilharam dados atualizados sobre a situação das florestas públicas, o desmatamento e os esforços de reparação judicial por danos ambientais. A discussão destacou a relevância dos temas abordados e o compromisso coletivo em buscar soluções para a proteção do meio ambiente e das comunidades indígenas.
As discussões do evento serão usadas para produzir um Policy Brief que oferecerá novas ferramentas para os tomadores de decisão sobre a temática.