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Inpa assina convênio de R$ 10 milhões com a Finep para construção do novo Herbário
Foto: Acervo Pessoal
O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), professor Henrique Pereira, assinou o convênio para expansão do Herbário Inpa com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A assinatura foi feita na última quinta-feira (5), no encerramento do workshop de Iniciativas de Pesquisa e Inovação para a Amazônia, promovido pela Finep, na sede do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus.
O contrato prevê o investimento de R$ 10 milhões para a construção do novo herbário no Instituto, visando modernizar as instalações e ampliar a integração da ciência e da sociedade com a maior coleção biológica da Amazônia. Conforme Pereira, a assinatura representa um ganho na ciência dentro da área botânica no Instituto. “A assinatura do termo de compromisso significa um avanço para o campo científico da botânica e para o programa de coleções do Inpa”, declara.
Além do convênio com o Inpa, o presidente da Finep, Celso Pansera, assinou dois outros convênios com outras Instituições Científicas e de Inovação Tecnológica (ICTs) e empresa da Amazônia, no total de R$ 50 milhões, em recursos não reembolsáveis do Fundo nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
O Herbário Inpa foi a primeira coleção botânica a ser criada, juntamente com o Instituto em julho de 1954. Atualmente conta com mais de 217 mil registros e cerca de 90% de seu acervo é composto por representantes da flora Amazônica Brasileira e de outros países da bacia Amazônica, representando a maior coleção de plantas da Amazônia, sendo o quinto maior herbário brasileiro.
Política de CT&I para o desenvolvimento da Amazônia
Mais de 70 representantes de 43 instituições governamentais, academia, empresas e organizações sociais participaram do Workshop. Ao final do evento, a Finep, em parceria com o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), e a Secretaria de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com apoio do CBA validaram, uma Declaração com 30 princípios e critérios norteadores para a construção de uma política nacional de fomento à ciência, tecnologia e inovação na Amazônia. O documento, que será levado ao presidente Lula, foi entregue ao secretário de Relações Institucionais da Presidência da República, ministro Alexandre Padilha.
Segundo as recomendações e princípios elencados no documento, deverão ser considerados, em futuros editais destinados ao financiamento da pesquisa e inovação na região, o impacto local e regional, integração de saberes, sustentabilidade, inovação em Bioeconomia, inserção de profissionais da região na região, cooperação em redes, escala e replicabilidade, interdisciplinaridade, inclusão social e equidade, infraestrutura científica, alinhamento com prioridades dadas pelo Estado brasileiro, inovação, monitoramento e avaliação, potencial econômico e soberania, e empreendedorismo.
O objetivo da Declaração, que será ainda aprimorada, é construir consensos sobre os critérios orientadores para o desenvolvimento do ecossistema produtivo e de ciência, tecnologia e inovação amazônico e, em especial, para as agências de fomento e sistema financeiro, a fim de promover o desenvolvimento sustentável da região de forma coordenada e coerente. O documento traz, em destaque, a necessidade de ampliação dos recursos para a região.
*Com Informações da Finep