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Fungos são uma das maiores riquezas da biodiversidade da região Amazônica, diz pesquisador do Inpa
Fotos: Victor Mamede - Ascom Inpa
Os fungos são os organismos com a maior diversidade na região amazônica e são apontados como uma potencial fonte de promoção do desenvolvimento socioeconômico. É o que aponta O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), João Vicente de Souza, que foi o palestrante dos Seminários da Amazônia com a palestra “Prioridades de Pesquisa com Fungos para valorização, desenvolvimento humano e preservação da Amazônia” na qual abordou a potencialidade de estudo dos fungos Amazônicos.
Para Souza os microorganismos, fungos, são uma das maiores riquezas da região amazônica que precisam ser melhor aproveitadas e também são um grande desafio. A pressão pelo desmatamento da floresta para a agropecuária e a abertura de estradas, como a Rodovia Álvaro Maia (BR-319), são algumas das ameaças ao conhecimento desses seres vivos e que são pouco conhecidos em relação à sua distribuição na Amazônia.“Nós, como pesquisadores, não temos a menor ideia do tamanho da quantidade de espécies de microorganismos, e no atual cenário demoraremos ainda para ter uma ideia e estimar o número de espécies desses organismos. Existe uma tomada de decisão que estamos vivendo no momento, se vamos pensar no agora, queimar e gastar tudo, ou se sonhamos com uma civilização mais avançada, com uma bioindústria mais desenvolvida”, explica.
Os microorganismos são fontes potenciais de desenvolvimento por estarem envolvidos em diversas cadeias de transformação e na criação de novos produtos como combustíveis. O pesquisador apresentou algumas áreas de pesquisas prioritárias na Amazônia e as possibilidades de pesquisas com fungos que beneficiam o ser humano, como a descoberta de novos antibióticos. Souza destaca, ainda, que pesquisas com fungos trazem soluções para doenças que desafiam a sociedade como a esporotricose.
Os Seminários acontecem duas vezes no mês, às 16h, no Centro de Convivência, campus 1 do Instituto. A depender da necessidade ou oportunidade, sessões extras podem ocorrer, inclusive com mudança de local. O evento é presencial (sem transmissão), aberto ao público e gratuito.
O próximo Seminários da Amazônia será no dia 29 de agosto com a pesquisadora Camila Ribas com o tema “Amazônia em movimento: biogeografia, evolução e conservação”.