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Diretora do Inpa participa de debate sobre o Instituto e a bioeconomia da Amazônia no programa Interlegis do Senado
A diretora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), a pesquisadora Antonia Franco, participou do debate Inpa: 70 anos descobrindo a Amazônia, promovido pelo programa Interlegis do Senado Federal, em Brasília. Franco falou sobre projetos e ações do Inpa para conhecer a biodiversidade da Amazônia, o funcionamento da maior floresta tropical do mundo, conservação e uso sustentável dos recursos para melhorar a qualidade de vida das pessoas, com inclusão social e a geração de renda na Amazônia.
Compuseram ainda a Mesa de debate o diretor de Comunicação e Marketing da Associação de Consultores e Advogados do Senado (Alesfe) e consultor Legislativo no Senado Federal, Marcos Peixoto; o coordenador Geral do Instituto Legislativo Brasileiro, Luís Fernando Machado, e o consultor Geral de Orçamentos do Senado, Flávio Luz. Na plateia, ainda participaram a coordenadora de Ações Estratégicas do Inpa, a pesquisadora Hillândia Brandão, e a coordenadora de Gestão de pessoas, Carolina Maia.
Durante a apresentação, no dia 14 de março, Franco destacou o papel do Inpa na geração e socialização do conhecimento, tecnologias e inovações contribuindo para a formulação de políticas públicas e ações para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Outra frente importante é a formação de mestres e doutores para atuar em áreas estratégicas, como conhecimento e utilização da biodiversidade, clima e ambiente, ecologia, áreas protegidas, criação de peixes, produção agrícola sustentável, tecnologia de alimentos e doenças tropicais (malária, dengue, leishmaniose, entre outras).
A diretora ressaltou ainda os avanços de projetos do Inpa com a iniciativa privada, um deles por meio dos convênios de cooperação técnico-científicas, utilizando recursos da Lei de Informática (Suframa/ Capda). Até o momento foram celebrados três convênios, que já somam um investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) de cerca de R$ 18 milhões, com perspectivas de ter outros.
“Temos aprendido muito. É uma dinâmica de trabalho diferente de você atuar com projetos de pesquisa financiado com recursos públicos, tendo a necessidade de entregas para as empresas a todo momento solicitado e com um planejamento mais rígido e retorno aplicado. Mas temos conseguido avançar com os investimentos da iniciativa privada dentro do Inpa e já com o interesse de novas empresas em ter outros projetos com o Inpa”, ressalta Franco.
O primeiro convênio foi firmado em 2019 com a Samsung, fábrica de eletrônicos instalada em Manaus, para o desenvolvimento do projeto Ieté, que visa instalar uma rede de monitoramento ambiental na bacia hidrográfica do Educandos e realizar testes de viabilidade da recarga artificial de água tratada no aquífero. O convênio com a empresa de origem coreana já atingiu R$ 12 milhões.
Os outros dois convênios são com a Beplast, do Rio Grando do Sul, firmado em 2022. É focado na produção de corantes naturais para a indústria de sapatos e roupas. E ainda nesse mesmo ano, o Inpa celebrou convênio com a Shell Brasil Petróleo, no valor de R$ 4 milhões, para uso de plantios florestais com castanheira focado na recuperação de áreas degradadas da Amazônia, com futuro aditivo da empresa.
Franco ressaltou ainda os desafios de unir C,T&I para gerar valor, destacando a importância das cadeias produtivas e dos níveis de maturidade tecnológica, que vão desde a pesquisa básica até a produção em larga escala.
Interlegis
O Interlegis é o programa do Senado Federal que objetiva fortalecer o Poder Legislativo estimulando a modernização e a integração das Casas Legislativas. Realiza sua missão principalmente por meio de transferência de tecnologia e ações de capacitação.