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Biodiversidade amazônica e soluções tecnológicas despertam interesse de visitantes em estande do Inpa na SBPC
Escultura de peixe-boi da Amazônia feita com resíduos. Foto Cimone Barros/ Ascom Inpa
Amostras da biodiversidade amazônica, soluções científicas e tecnológicas e estudos sobre a maior floresta tropical do mundo e as mudanças climáticas podem ser conferidos no estande e em palestras de cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) na 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Um dos maiores eventos científicos da América Latina, a Reunião da SBPC começou no domingo (23) e segue até sábado (29), na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba (PR).
A expectativa é que mais de 20 mil pessoas participem desta edição da SBPC, que tem como tema “Ciência e democracia para um Brasil justo e desenvolvido” no intuito de restabelecer a confiança no conhecimento e nos valores democráticos. Assuntos importantes para o desenvolvimento do Brasil nas áreas de ciência e tecnologia, meio ambiente, saúde e educação são debatidos e apresentados em conferências, palestras, mostras e atrações culturais.
Com estande na ExpoT&C, o Inpa atrai a atenção de alunos do ensino básico e universitários, principais públicos das exposições. Na segunda-feira, os secretários do MCTI, Inácio Arruda e Márcia Barbosa, e o presidente da SBPC, Renato Janine, visitaram o estande. A diretora do Inpa, a pesquisadora Antonia Franco, pesquisadores e técnicos do Instituto participam do evento.
No local, é possível ver amostras de animais, frutos e sementes de hortaliças não convencionais, tecnologias com madeiras e meliponicultura, maquete da torre ATTO (Observatório da Torre Alta da Amazônia), além de livros e cartilhas despertam a curiosidade dos visitantes. Também atraem o interesse e cliques do público as “esculturas sustentáveis” dos peixes-boi da Amazônia e de uma árvore produzida como se estivesse em processo de morte, mas ainda assim com outros seres usufruindo dela, como uma jiboia arco-íris, arara-vermelha, cogumelos, cutia e insetos.
“Trouxemos uma ambientação de floresta, com amostras de indivíduos da biodiversidade – quelônios, insetos, couro de sucuri, e outros elementos confeccionados com pegada artística e lúdica para encantar os visitantes. Queremos despertar a curiosidade do que é estar na Amazônia e do que o Inpa faz para conhecer e contribuir com o desenvolvimento sustentável da região”, destacou a coordenadora de tecnologia social do Inpa, Denise Gutierrez, que fará palestra na ExpoT&C, na quinta-feira (25), sobre Mapeamento de Tecnologia Social na Amazônia.
As esculturas são assinadas pela artista Priscila Martinelli, bolsista do Programa Ciência na Escola (PCE) do Bosque da Ciência. Na confecção das peças foram utilizados diversos resíduos, entre eles papelão, papéis, potes plásticos, isopor de marmitas, banners, tampinhas e cartuchos de impressoras.
Quem não perdeu a oportunidade de conhecer um pouco mais da Amazônia foi o estudante Cauã Santos, do 9º ano, do Colégio Decisivo. Ele mora em Curitiba com a família, mas seu pai é de Roraima. “Quero ir conhecer a Amazônia, enquanto isso conheço por aqui e tiro muitas fotos, gosto bastante de tirar fotos”, contou o aluno.
A estudante de ciências biológicas da UFPR, Helena Ody, se encantou com os elementos da biodiversidade amazônica e os livros produzidos pela Editora Inpa e projetos da instituição. “Meu interesse é ornitologia e quero me especializar em comportamento reprodutivo de aves, algo que já estou estudando. Então, gostei muito do livro de Aves da região de Manaus e tenho o maior interesse em conhecer o galo-da-serra e a araponga-da-Amazônia, que tem o som mais alto entre os animais”, revelou Ody.