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Conferência destaca incentivos governamentais para startups e Inovação com enfoque na inteligência artificial
Mais de 150 pessoas participaram do evento e das oficinas - Fotos: Ascom/Inpa
Disponibilidades governamentais no fomento a startups foi um dos assuntos discutidos durante a 5ª Edição da Conferência Internacional sobre Processos Inovativos na Amazônia. O evento foi realizado pelo Arranjo de Núcleos de Inovação Tecnológica da Amazônia Ocidental (Amoci) em parceria com Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). Mais de 150 pessoas participaram do evento e das oficinas.
Na solenidade de abertura estiveram presentes na mesa a diretora substituta do Inpa, Hillândia Brandão, a coordenadora do Arranjo Amoci e de Gestão da Inovação e Empreendedorismo do Inpa, Noélia Falcão, a subsecretária de Ciência e Tecnologia para a Amazônia do MCTI, Tanara Lauschner, o Coordenador Geral de Patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), Vagner Latsch, e a reitora em exercício da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Kátia Couceiro.
Além de Simone Baçal, representando a Fundação de Amparo à Pesquisa do estado do Amazonas (Fapeam) e o Presidente do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), Gesil Sampaio, o o coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD - Fiocruz Amazônia), Luís André Mariúba, e o advogado na Advocacia Geral da União (AGU), Allan Magalhães.
Brandão diz que o evento é palco para ouvir diferentes vozes sobre a inovação ao redor do mundo, como Canadá, Estados Unidos e Israel. “Que esta conferência seja um catalisador para novas ideias, parcerias frutíferas e iniciativas inovadoras, que deixarão uma marca inovadora nos nossos ecossistemas de Inovação. Que as conversas que iniciamos sirvam como base para a implantação de ações concretas que possam impulsionar o desenvolvimento sustentável e equitativo da Amazônia”, frisa.Falcão destacou a importância do evento de inovação que, somado às edições nacionais e internacionais, está em sua 9ª edição e depois de três anos voltou a ser presencial, com a parceria de universidades, institutos de pesquisas e empresas do setor privado. Na oportunidade aproveitou para divulgar a segunda edição do Inovação na Praça que tem o objetivo de proporcionar o debate sobre inovação tecnológica de forma descontraída.
“A inovação se destaca como um farol que vai dando o caminho para o desenvolvimento sustentável e a preservação da rica biodiversidade amazônica. É o momento de pensarmos em transformar tudo aquilo que sempre falamos como potencial em algo concreto. A inovação não é apenas uma ferramenta para o progresso, mas uma responsabilidade compartilhada para garantir que nossas ações atuais beneficiem as gerações futuras”, ressalta
Palestra Magna
Leonardo Freitas, coordenador de Ambientes Inovadores e Startups do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi o responsável por abrir as atividades do evento, com uma palestra sobre as disponibilidades governamentais no fomento a startups. Freitas apresentou dados sobre o número de startups no Brasil, atualmente 23 mil, comparado com China e Índia, que criam todos os dias mais de 10 mil.O especialista em startups, aponta que para o Brasil crescer, no quesito de inovação e startups, é necessário resolver a desigualdade social e promover a ligação de universidades com o mercado. “Podemos aprender com a Índia, que é ainda mais desigual que o Brasil, no entanto a população pobre do país [Índia] conseguiu perceber o impacto que ciência e tecnologia tem nas suas vidas. Então, penso que é isso que o Brasil tem que implantar para fazer com que as nossas massas entendam sobre inovação e tecnologia e com isso conseguir cada vez mais orçamento para essa pasta”, destaca.
Freitas enfatizou sobre a sanção do Marco Legal das Startups em junho de 2022, que vai garantir que as empresas do setor elétrico e do setor de óleo e gás, que já pagam investimentos oriundos da obrigação do investimento em pesquisas e desenvolvimento em decorrência da isenção de impostos, possam investir parte dessa aplicação em startups. Além disso, vai permitir, ainda, a desburocratização dos órgãos privados, que limitavam a participação das startups em contratos públicos.
“Agora, os órgãos públicos têm a possibilidade de lançar editais específicos, convocando empreendedores a oferecerem soluções para desafios tecnológicos. Caso as startups não alcancem êxito na resolução do problema, são ressarcidas pelo valor investido, mas havendo êxito, são abertas oportunidades contratuais de até 6 anos, permitindo que as mais de 23 mil startups brasileiras, fiquem a serviço do estado para resolver os grandes déficits nacionais, das indústrias e da sociedade como um todo”, completa.
Inovação na Praça
Para encerrar a programação, o público se reuniu na Ilha Tanimbuca para realização da segunda edição do “Inovação na Praça”, um evento, criado pelo Inpa, que tem como objetivo reunir diferentes especialistas para falar sobre ciência de forma mais descontraída. Os participantes ainda puderam se divertir com músicas ao vivo, um coquetel e muita ciência.