Notícias
Seminário Águas da Amazônia discute seca na bacia amazônica e os impactos na saúde humana e na biodiversidade
Banner: Instituto Soka
Na próxima segunda-feira (11), acontece a 9ª edição do Seminário das Águas da Amazônia, que vai discutir o panorama da seca na bacia Amazônia, impactos na saúde humana e biodiversidade. O evento é presencial e ocorre das 9h às 13h, no Auditório do Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), na rua Bem-te-vi, s/nº, Petrópolis, zona Sul de Manaus.
O Seminário é uma realização conjunta do Instituto Soka Amazônia e Inpa e faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A entrada é gratuita e aberta a acadêmicos e público interessado no tema. As vagas são limitadas. Para participar, basta efetuar a inscrição clicando aqui. Os participantes terão direito a certificado.
A programação do Seminário conta com três palestras e uma oficina social. Uma das palestras será com o pesquisador e coordenador de Hidrologia do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA/MCTI/Inpa), o climatologista Renato Senna, que vai falar sobre Secas na Amazônia: o contexto 2023 e 2024.
“A seca de 2024 é uma continuidade da seca de 2023. Eventos de secas cheias na Amazônia estão mais intensos e frequentes do que já foram no passado recente. A perspectiva é da continuidade deste comportamento nas próximas décadas, portanto é necessário estabelecimento de políticas públicas e iniciativas para adaptação a esta nova realidade”, destacou Senna.
O Laboratório Amanã do Inpa, liderado pelo pesquisador Renato Senna, disponibiliza gratuitamente todas as quintas o Boletim de monitoramento climático de grandes bacias hidrográficas: Bacia Amazônica. A equipe faz o acompanhamento e análise das chuvas ocorridas em intervalos de um mês em mais de 30 bacias - como as bacias dos rios Branco, Negro, Ucayali, Javari, Madeira e Xingu.
A Amazônia registra pelo segundo ano seguido seca severa. O rio Negro, em Manaus, alcançou a cota de 12,11 metros, a menor do último século. No Amazonas, os 62 municípios permanecem em estado de emergência, e uma em cada cinco pessoas foram afetadas pela estiagem, considerando que há 4,2 milhões de habitantes e 800 mil foram atingidas, conforme dados de 03 de novembro do Boletim da Estiagem.
Acesso à água, atividades de pesca e agricultura, serviços de saúde, educação, deslocamentos, navegação, transporte de pessoas e mercadorias estão prejudicados e até inviabilizados em muitas regiões. “No momento, o Rio Negro parece tender a estabilizar, mas a nossa expectativa é de que comece a encher até o final deste mês, com o retorno de chuvas mais generalizadas principalmente sobre a bacia do Rio Solimões”, adiantou Senna.
Programação
Além da palestra de Senna, outras duas estão programadas. A influência da Água na Saúde Humana, com Maria Cristina de Vasconcelos Gugliemi, e Impactos da Seca da Amazônia na Avifauna, projeto Vem Passarinhar da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com Bruna Silva e Rebeca Soares.
O Inpa também vai oferecer a oficina “Papel reciclado colorido com cascas de frutas e hortaliças” que será ministrada pela coordenadora de Tecnologia Social do Inpa e chefe do Laboratório de Celulose e Papel/Carvão Vegetal, a tecnologista Marcela Amazonas, e pela pesquisadora do Inpa e coordenadora do Centro de Ciência em Tecnologia em Segurança Alimentar e Nutricional da Região Norte (CCTSSAN-Norte), Dionísia Nagahama. São 20 vagas para a atividade prática.
Serviço: 9º SEMINÁRIO ÁGUAS DA AMAZÔNIA
Quando: 11 de novembro de 2024 (segunda-feira), das 09h00 às 12h30
Onde: Bosque da Ciência do Inpa
Inscrições gratuitas pelo site: https://doity.com.br/ix-seminario-aguas-da-amazonia
Vagas limitadas
Sobre os palestrantes
Secas na Amazônia: o contexto 2023 x 2024
Pesquisador Renato Sena, é meteorologista e Mestre em Agronomia, coordenador de Hidrologia do Programa de Grande Escala Biosfera-Atmosfera na Amazônia e editor do Boletim Bacias Hidrográficas: Bacia Amazônica do Inpa. Como coordenador geral de Agrometeorologia do INMET ajudou a implantar a Divisão de Meteorologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
A Influência da Água na Saúde Humana
Maria Cristina de Vasconcelos Gugliemi é Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da UERJ com Estágio Doutoral na Università degli Studi di Roma (La Sapienza). Abriu linha de pesquisa sobre a Fixação do Profissional em Medicina na Estratégia de Saúde da Família no Estado de Pernambuco pelo Cpqam. É graduada em Educação e Psicologia e Mestre em Psicologia. Foi pesquisadora da Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde - IMS/UERJ.
Impacto da seca na avifauna em Manaus/AM
Bruna Silva é Mestre em Zoologia, graduada em Ciências Biológicas e pós-graduanda de Ensino da Biologia (UEA). Iniciou seus estudos com Ornitologia, em 2019, e é pesquisadora dos impactos da urbanização sobre as espécies de aves da cidade de Manaus. É uma das idealizadoras do Projeto de Extensão "Vem Passarinhar Manaus" da UEA, que visa promover a conservação da avifauna através de ações de educação ambiental para toda a população.
Rebeca Soares é graduada em Ciências Biológicas e possui experiência em pesquisas em ecologia e botânica no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e em Educação através da Residência Pedagógica da UEA.
Oficina: Papel reciclado colorido com cascas de frutas e hortaliças
Marcela Amazonas é Mestre em Ciências Florestais e Ambientais (UFAM) e pós-graduada em Agente de Inovação e Difusão Tecnológica. É líder do Laboratório de Celulose e Papel/Carvão Vegetal do Inpa, onde realiza pesquisas nas áreas de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Educação, e atual coordenadora de Tecnologia Social do Inpa.
Dionísia Nagahama é pesquisadora do Inpa; doutora em Saúde Pública com concentração na área de Nutrição. Coordena o Centro de Ciência em Tecnologia em Segurança Alimentar e Nutricional da Região Norte, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Participa dos programas como Rede Alimenta e Amamenta (IBFAN e SUSAM), Kit Família Brasileira Fortalecida (Unicef), Slow Food, Rede Maniva de Agroecologia e Ação da Cidadania/AM.