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Semana de Meio Ambiente reafirma vocação do Bosque da Ciência como espaço educador sobre a Amazônia
O Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) encerra sua programação da Semana do Meio Ambiente com sucesso de público. Nos três dias do evento, gratuito e aberto a todos que ocorreu de 05 a 07 de junho, estiveram no Bosque aproximadamente 2.850 mil pessoas, mais de 29 escolas participantes e mais de 15 expositores, que ofereceram cerca de 30 atividades, tendo como centralidade a Amazônia em suas diferentes dimensões.
Além dos laboratórios e projetos do Inpa que já são uma tradição na Semana de Meio Ambiente do parque, a edição de 2024 contou com parceiros estreantes de outras instituições como a Oficina “Oia a Onça”, um projeto de extensão do Laboratório de Interações Fauna e Floresta (LaIFF) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o “Projeto Primatas” da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e as exposições do Comando Militar da Amazônia (CMA) e do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS).
A abertura do evento contou com a participação do diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira que deu as boas-vindas a dezenas de alunos que prestigiaram o evento na ilha da Tanimbuca: “Vocês estão num lugar especial, visitando o Inpa, e essa floresta é o Bosque da Ciência, a floresta que tem ciência. Aproveitem a semana e aprendam muitas coisas bacanas, e voltem sempre. Professor e professora muito obrigado, em especial meu agradecimento ao CMA que se junta ao Inpa neste evento e traz uma amostra da atuação das forças armadas na nossa região, que estão conosco protegendo essa parte do Brasil.”
O coordenador do Bosque, Jorge Lobato, agradeceu aos colaboradores de dentro e fora do Inpa que contribuíram para o sucesso do evento: “Quero parabenizar todos que estiveram envolvidos na organização deste evento. Em especial todos os pesquisadores, todos os alunos de pós-graduação, pessoal do CMA, pessoal do Cigs, que ajudaram a construir essa semana de meio ambiente.”
Ainda na cerimônia de abertura foi lançado o novo mascote do Bosque, um personagem, como nas histórias em quadrinhos e desenhos animados, que conversa e interage com os visitantes, ele é o menino do Bosque, o “Bosquinho”.
A semana teve como destaque o Dia Mundial do Meio Ambiente, 05/06, quando houve uma maior concentração de atividades, em que a biodiversidade amazônica e a mudança do clima foram os principais temas das atividades oferecidas aos visitantes. Nos dias 06 e 07 /06 a programação educativa foi organizada e oferecida pelo Programa Ciência na Escola (PCE) do Bosque.
A estudante Françoise, que visitava o Bosque pela primeira vez, se encantou pelos Insetos Aquáticos: “Eu aprendi sobre os animais das águas e dos igarapés. Aprendi dos bichos que vivem na água, que constroem casinhas para sobreviverem e não serem pegos pelos predadores. E também aprendi que a gente não pode sujar o ambiente e nem os igarapés.”
Além das exposições voltadas para o público infantil com muitas atividades lúdicas, a Semana contou com temas interessantes para os adultos como a exposição do CMA: “Viemos trazer as inovações e a contribuição do exército brasileiro para a Amazônia Ocidental por meio de projetos de recuperação de áreas degradadas por meio de reflorestamento. Trazemos também os projetos de tratamento de efluentes, onde realizamos o tratamento do esgoto direto antes de chegar ao corpo hídrico. E também os nossos projetos de plantas fotovoltaicas, a geração de energia limpa por meio da captação de luz solar nas áreas de fronteira da nossa região”, explica a 3º Sargento Catiane.
As famílias também marcaram presença, como a Rebeca junto com sua bebe Romana aproveitaram a programação da Semana: “Está sendo um dia muito legal, cheio de atividades, isso é muito bom para as crianças, para eles conhecerem, terem interação com a natureza. Parabéns ao Inpa pela iniciativa e por nos proporcionar esse momento tão especial, entre mães, filhos, amiguinhos e professores.”
Ainda assim, o público escolar foi o majoritário, atingindo 65% do total de visitantes durante o evento e mostrando mais uma vez o potencial do Bosque da Ciência como espaço educador não formal. O gestor Alexandre Lobo da Escola Carlos Santos, da zona rural de Manaus levou 140 alunos de 11 turmas para participar da programação da Semana: “Nós planejamos desde o mês de fevereiro para fazer essa visita, fazendo o agendamento com o pessoal do Bosque, e para as crianças é indiscutível, será um dia marcante de muito aprendizado.”
O Bosque confirma sua vocação como Laboratório a céu aberto para as escolas, em que se pode desenvolver práticas pedagógicas a partir dos atributos naturais do parque, que dificilmente seria possível no espaço escolar. Além disso, estudos demonstram que aulas em espaços verdes e encontros dos alunos com animais promoveram conexões empáticas, que podem se traduzir em mais cuidado com os animais e ações gerais de conservação no futuro.