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Nanorad’s completa dois anos com inauguração de painel expositivo na Casa da Ciência
O projeto de "Aplicações da nanobiotecnologia para recuperar áreas degradadas na Amazônia: uma experiência florestal de pesquisa, ensino e extensão" (Nanorad’s), que tem como instituição sede o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), passa a integrar as exposições científicas permanentes do Bosque da Ciência. O painel expositivo com as pesquisas e ações de extensão do Nanorad’s foi inaugurado no dia 02 de abril, na Casa da Ciência, como parte das comemorações dos 29 anos do Bosque da Ciência.
Estavam presentes Alexandre Breda, gerente de Tecnologia de Baixo Carbono, André Cavalcante, coordenador de projeto de pesquisa, da Shell Brasil, o diretor do Inpa, Henrique Pereira, e o coordenador do Projeto Nanorad´s, o pesquisador do Laboratório de Fisiologia e Bioquímica Vegetal (Inpa-LFBV), José Francisco de Carvalho Gonçalves. Além destes representantes institucionais, também participaram do evento o professor da Universidade de Brasília (UnB/ Instituto de Química) Marcelo Rodrigues, CEO da Krilltech, startup fornecedora da nanomolécula (arbolina) usada no projeto.
Para o diretor do Inpa, o novo painel exposto na Casa da Ciência aproxima ainda mais as pesquisas do Inpa da sociedade. “Esse projeto tão importante para a região Amazônica, que é desenvolvido em áreas desflorestadas nos nove estados da Amazônia Legal, agora será também uma amostra científica no Bosque da Ciência”, destaca Pereira, lembrando da solidez da parceria entre o Inpa e a Shell Brasil com a busca pela ampliação em outros projetos e renovação do Nanorad’s.
A inauguração do painel expositivo marca o segundo ano de realização do projeto coordenado pelo Inpa, com financiamento da Shell Brasil que pesquisa a aplicação da nanobiotecnologia na recuperação de áreas degradadas na Amazônia. As pesquisas do Nanorad’s são desenvolvidas em 10 áreas experimentais (plots) de plantio distribuídos pelos nove estados da Amazônia Legal. Dois plots estão localizados no Amazonas, sendo um em Manaus, no Instituto Federal do Amazonas (Ifam, zona Leste) e outro em Humaitá também em parceria com o Ifam. Após a cerimônia no Bosque da Ciência, Breda e Cavalcante visitaram o plot do Ifam e viram de perto o andamento das pesquisas realizadas.
“É muito gratificante ver a evolução desses dois anos. Já temos os dez plots com os plantios, toda a parte de internet das coisas sendo implantada com aplicação de nanotecnologia em diferentes sistemas de plantios. É muito gratificante ver essa evolução toda em tão pouco tempo”, conta o gerente de Tecnologia de baixo carbono da Shell Brasil ressaltando que a “parceria entre a Shell e o Inpa é promissora e de longo prazo”.
As pesquisas realizadas nos plots do Nanorad´s apontam que a castanheira-da-Amazônia (Bertholletia excelsa) é a espécie mais viável para investimento em plantios de alto desempenho estabelecidos em áreas degradadas utilizando a nova tecnologia com a nanomolécula (arbolina). Além das pesquisas científicas, o projeto promove o ensino e a extensão com a integração e colaboração entre estudantes do ensino médio, de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) e de pós-doutorado.
Além do plot de plantio localizado em Manaus, os representantes da Shell conheceram os resultados parciais obtidos pelo projeto Nanorad’s que foram apresentados pelo coordenador do projeto no Laboratório de Fisiologia e Bioquímica Vegetal do Inpa nesses dois anos de execução no campo. De acordo com José Francisco Gonçalves, com a realização de análise estratégica de meio termo e o alinhamento com o comitê-técnico científico do projeto foram discutidas que novas e mais sólidas tecnologias devem ser embarcadas nos atuais e novos plantios que já estão sendo preparados para a nova fase do projeto.
Financiamento
A Shell Brasil financia o projeto com recursos oriundos da cláusula PD&I da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que estabelece que as concessionárias destinem 1% da receita bruta em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil.
As instituições de ensino e pesquisa vinculadas ao projeto são: Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal do Acre (Ufac), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cocais), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (Ifap), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Instituto Federal do Pará (IFPA), Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Ifam, Universidade Estadual de Roraima (UERR), Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia-Emater-RO, Emater- MT e Secretaria de Agricultura- TO.